quinta-feira, 10 de abril de 2014



         Como o prometido desde o meu terceiro estudo, aqui está esta síntese e retrospecto histórico sobre o importante assunto dízimo.

RECURSO PARA TRADUÇÃO EM OUTROS IDIOMAS
         O texto que você começou ler é integral em português, entretanto, se for traduzido para outro idioma; o sistema Google somente o fará até o parágrafo de número 108, devido à extensão (tamanho) do texto que vai até o parágrafo 199.
         Querendo você continuar a leitura do estudo no seu todo em outro idioma, que não seja o português, que aqui é integral. Leia no idioma que você preferiu até o parágrafo 108, que estará traduzido. Volte aqui a este lembrete e clique no endereço www.odizimoabibliaegracatrad.blogspot.com , o qual, lhe remeterá a outro Blog com a continuação do assunto que poderá ser traduzido, completando assim o texto total do estudo no idioma que você desejou.  

O DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA

Praticamente todas as igrejas que se estabelecem como representantes do Evangelho do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo têm se arrogado do direito de tomar dízimos de todos aqueles que se filiam às suas instituições; e até daqueles outros simples visitantes    ainda que ponderem que poderão fazê-lo sem obrigatoriedade... Por entender a gravidade de tudo isto é que desde o terceiro Blog postado por mim sobre cânticos espirituais, prometi que escreveria um estudo aprofundado sobre o dízimo, em conseqüência aqui está o cumprimento dessa promessa.   


PREÂMBULO
         Sendo repetitivo, hoje é unanimidade em tudo aquilo que se diz Evangelho de Cristo, ser o dízimo uma prática de: pasmem! Obrigatoriedade cristã e até o que definiria a pessoa como cristão ou não; necessária e obrigatória por parte de todo aquele que se vincula a qualquer dita igreja evangélica... Será que isto é verdade bíblica? Jesus e posteriormente seus apóstolos praticaram essa entrega, ou melhor, o pagamento do dízimo, e ensinaram aos primeiros cristãos assim fazer e por conseqüência também a nós? Preocupado com a gravidade deste assunto ─ quando desde o início dos meus primeiros Blogs, reiteradas vezes prometi que escreveria sobre este tema. Agora, por sentir diante de Deus ser este o momento oportuno, o estou fazendo neste estudo, no qual procurarei fundamentar ao máximo em sólidas bases bíblicas e coerente evolução histórica. Buscando  ─ como sempre tenho feito  ─, ser útil àqueles que me honram com o interesse pelos meus estudos postados na Internet. Também, por este estudo ter considerável extensão, resolvi numerar parágrafo por parágrafo para melhor identificação dos subtítulos (que sendo poucos) há informações específicas, nesse e naquele parágrafo que numerá-lo facilitará sua identificação.                                                       


                                                AGRADECIMENTO
Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais, agora catorze Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─  alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil  ─; e agora este, para o qual peço a mesma atenção.  Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo, que em função da saudável controvérsia suscitada por mim para a questão anticristo, que está tendo conseqüências; acresci o estudo nesse pormenor no final deste Blog e no Blog, endereço    www.igrejasmilmembros.blogspot.com . Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo. 


O DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA

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         Buscando ser objetivo começarei pelo texto mais usado pelos que defendem essa pratica como vigente para nós hoje, quando não usam os textos específicos da lei e sim aquele que eles acham mais convincente, pela veemência coerciva, o de Malaquias 3. 8-10. Que vem do Judaísmo (da Torá, o Pentateuco) nos escritos bíblicos, nos quais, aparece a legislação do dízimo; que hoje (desde o início do ministério de Jesus) não existe mais o direito de cobrá-lo com a destinação de suprir levitas ─ entendimento, inclusive, do próprio Judaísmo e também do Islamismo, que tem a sua base de origem na Torá  ─, de igual modo o Cristianismo (a Igreja de Jesus). Todavia, pode ficar tranqüilo que também me preocuparei com a questão didática em todo desenvolvimento do estudo, que é a facilitadora do entendimento de qualquer coisa que se pretenda informar...

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         O texto referido no início, que tem sua origem no Pentateuco como legislação; não é outro senão, o do livro do profeta Malaquias (escrito possivelmente em 397 a.C.) 3. 8-10    Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos?  Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque A mim me roubais, sim, vós, esta nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que vos advenha maior abastança. Texto este, que é basicamente político e tributário e não efetivamente religioso ou tão-somente nessa questão Religião a conexão existe pela característica Estatal da Religião Judaica até então naquela época. Por este motivo não foi citado por Jesus, nenhum dos apóstolos e escritores do Novo Testamento... Sendo lamentável e até criminoso trazer da era da lei somente as mentirosas centenas de promessa que se cumpririam na era da graça e a cobrança de dízimos ─ quando, diferentemente, todos os nossos irmãos do passado sofreram perseguições e morreram de morte violenta ─, ou seja, veiculam aquilo que convém à fácil alienação de inocentes úteis.

3
         Tendo começado esse estudo por este texto do livro do profeta Malaquias    o faço por coerência da minha parte e por conseqüência ou em decorrência da avidez pelo dinheiro alheio como se tem procurado apropriar-se e se procura estabelecer desesperadamente como legal “atribuindo-lhe base na Bíblia para tal”... E esteja atento, porquanto procurarei fazer um estudo sério, muito bem fundamentado, com o máximo de lealdade, como demanda este importante assunto; justamente por ser trabalhado no universo religioso, no qual ou para qual a maioria de nós tem pouco conhecimento teológico, e nisso somos facilmente manipulados por aqueles que têm interesses escusos, daí, a necessidade de estudo sério sobre a questão (perdoe a reiteração)...

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         Ainda, com relação ao livro do profeta Malaquias. Há por parte desses que estão interessados no dinheiro dos fiéis   não somente esses, mas também por aqueles, que de alguma forma se preocupam com as verdades do Evangelho. Considerando a massificação que se faz em cima de legitimar o dízimo na era da graça a partir desse texto específico de Malaquias, isto, como que, tem se tornado na chamada “ mui “conveniente verdade”. Porquanto, diferentemente; há diversas outras informações neste livro    muitíssimo mais importantes  ─, que são princípios aqui ressaltados que continuam vigentes na era da graça; quando, no entanto, o dízimo não tem nenhuma razão de ser na era da graça, quanto à sua valoração como mandamento e prática por parte da Igreja Nascente, conforme ficará plenamente claro neste estudo. 

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         As coisas mais importantes do livro do profeta Malaquias são as que objetivamente o tradutor atribuiu títulos; que com isto ficou mais fácil para todos nós entendermos    até porque esses títulos tiveram o pressuposto da já existente divisão de capítulos (século XIII) e de versículos (século XIV e XV), conforme está nas nossas Bíblias: Capítulo 1: O Amor de Deus por Jacó (povo de Israel), Capítulo 2: Repreensão aos Sacerdotes Ímpios, capítulo 3: O Anúncio da Vinda do Senhor, Precedido pelo seu Mensageiro, capítulo 4: A Diferença entre o Justo e o Ímpio.

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         O capitulo de número 1 fala do amor de Deus por Jacó ou uma metáfora do amor do Senhor nosso Deus pelos judeus, a nação sacerdotal    quando, embora a despeito das várias vezes que Deus, de forma milagrosa, tenha socorrido o seu povo  ─; não tinham para com Ele o devido respeito e adoração; naquela época evidenciada, nos sacrifícios de animais defeituosos oferecidos e nas ofertas de manjares, que, assim como fazemos hoje no nosso leviano culto, nada racional, conforme Romanos 12. 1-3... Entretanto, não cabendo de forma alguma associar as ofertas de animais com defeito; ao pouco dinheiro que se possa dar a essa ou aquela igreja    denunciada por Malaquias aqui neste capítulo  ─, porquanto esse tipo de culto (o de ofertas de animais para holocausto) foi coisa exclusiva do período da lei, conforme Malaquias 1. 6    O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? E se eu sou o amo, onde está o temor de mim? Diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. E vós dizeis: em que temos nós desprezado o teu nome?

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No capítulo 2 a repreensão é objetiva aos sacerdotes ou àqueles que eram responsáveis pela administração do culto, os levitas, conforme  Malaquias 2. 5-8 ─ Meu pacto com ele foi de vida e de paz; e eu lhas dei para que me temesse; e ele me temeu, e assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a impiedade não se achou nos seus lábios; ele andou comigo em paz e retidão, e de iniqüidade apartou a muitos. Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muito fizestes tropeçar na lei; corrompestes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos... Na segunda parte deste capítulo há uma forte repreensão contra; não exatamente o divórcio como conhecemos hoje ─ com possível ação bilateral de ambos os cônjuges e não o direito somente do homem; como era o caso naquela época do repudiar na lei judaica  ─, como também aparece no Novo Testamento e sim exatamente contra o direito unilateral do homem mandar sua mulher embora, conforme  Malaquias 3. 14-16    Todavia perguntais, por quê? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedestes deslealmente, sendo ela a tua companheira, e mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que sobejava  espírito? E porque somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Porquanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel. O que Malaquias quis dizer exatamente foi do absurdo desumano e machista, que hoje continua acontecendo, quando homens abandonam suas mulheres pelo simples fato de estarem engordando e/ou envelhecendo, também (nos dias de hoje) mulheres que descartam seus maridos por causa da barriguinha e/ou a calvície; isto acrescido do também abjeto direito do homem à poligamia, aceito por alguns povos    coisa essa  plenamente humana que acontecia naquela época, conforme Jesus explicou ser indevido, quando disse, conforme Mateus 19. 4-9 e Marcos 10. 5-8 ─ Disse-lhes Jesus: Pela dureza dos vossos corações ele vos deixou escrito esse mandamento. Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne, assim não serão mais dois, mas uma só carne. Também Malaquias, agora usando exatamente uma linguagem pessoal, informa de modo objetivo o que ele entendia da relação do povo com Deus, conforme Malaquias 2. 17    Tendes enfadado ao Senhor com vossas palavras, e ainda dizeis: Em que havemos enfadado? Nisto que dizeis: Qualquer que faça o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?.. A constatação do povo quanto à longanimidade de Deus em não ser utilitário como somos, todavia  parece que nós os ditos crentes de hoje queremos um Deus assim; ele (Malaquias) diz no capítulo 3. 10-11    numa espécie de contradição por parte dele  ─; não ser verdade essa lei de causa e afeito: vou dar para ser abençoado e receber o que dei aumentado, nem mesmo na era da Lei a coisa funcionava assim na visão de Deus, porquanto há aqui uma séria e objetiva contradição. Que pode ser entendida com facilidade quando estudamos o texto sagrado com seriedade, como Jesus explicou no citado por mim no parágrafo acima e identificou de maneira mais clara o caráter do Pai, que devemos imitar, conforme Mateus 5. 45 ─  para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos... Dureza do ser humano em colocar nas coisas de Deus, contradições e interesses seus, coisa essa que aparece no texto do Antigo e Novo Testamento. 

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         O capítulo de número 3 é o de fato mais relevante    não pelo fato da referencia ao dízimo ─, porquanto fala de determinado homem considerado por Jesus como aquele de maior importância, o profeta João Batista, conforme Lucas 7. 24-28    E, tendo-se retirado os mensageiros de João, Jesus começou a dizer às multidões a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado ao vento? Mas que saístes a ver? Um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam roupas preciosas, e vivem em delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos digo, e muito mais que um profeta. Esse é aquele de quem está escrito: (Malaquias 3. 1) Eis aí envio ante a tua face o meu mensageiro, que há de preparar adiante de ti o teu caminho. Pois eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior que João, mas aquele que é menor no reino de Deus é maior do que ele.  Este é aquele que fora profetizado antes Jeremias e por fim em Malaquias 3. 1, que Jesus identificou de forma plena, posteriormente, no seu ministério a sua importância como homem e como profeta.

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E toda construção de sua profecia tem a característica comum aos profetas do Antigo Testamento, que era a de falar como se fora o próprio Deus, quando continua na condenação aos procedimentos errados do povo de Israel e profetiza sobre João Batista, Jesus e o juízo final, conforme Malaquias  3. 1-5    Eis que eu envio o meu mensageiro, e ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo do fundidor e como o sabão do lavadeiro; assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e prata, até que tragam ao Senhor oferta em justiça. (...). E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que fraudam o trabalhador no seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos exércitos.

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         Em seguida neste capítulo, a repreensão quanto ao não entregar o dízimo    que era a Idéia embrionária do imposto único (que já agonizava como algo legal) quando fora praticado por Abraão; depois prometido por Jacó e posteriormente, de forma específica estabelecida na lei religiosa; e teve agravamento no momento da criação da monarquia. Também promessa de contrapartida em ser abençoado se o dízimo fosse entregue e de igual modo registrou a queixa e constatação do povo de que quem não servia a Deus prosperava sem ter que dar o dízimo    total contradição como expliquei acima  ─, como Asafe dissera no Salmo de número 73 (10 séculos a. C.).  Creio de alguma forma, estar devendo a você que está lendo esse pequeno estudo e, que não conhece a Bíblia e muito menos o Salmo de 73, de autoria de Asafe, uma explicação melhor. Daí, agora transcrever os primeiros doze versículos, de um total de 28, e peço-lhe que leia ele todo, o Salmo 73, do qual transcrevo os versículos de 1 a 12    Verdadeiramente bom é o Senhor para com, Israel para os limpos de coração. Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força. Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens. Pelo que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno. Os olhos deles estão inchados de gordura; superabundam as imaginações do seu coração. São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente. Erguem a boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra. Pelo que o seu povo volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem. E dizem: Como o sabe Deus? Ou há conhecimento no Altíssimo? Eis que esses são ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as riquezas. Isto é o que Asafe constatou na sua época (dez séculos antes de Cristo), como também o povo judeu nos relatos do livro do profeta Malaquias 3. 14-15 (quatro séculos antes de Cristo)    Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveita ter cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam; sim, eles tentam a Deus e escapam. Textos estes que mostram a infantilidade de alguns quanto ao estudo bíblico e a atitude leviana e fraudulenta desses líderes identificadores de centenas de promessas, porque, de alguma forma, era entendido pelos servos de Deus no Antigo Testamento e mais ainda pelos primeiros cristãos; exatamente diferente do que ensinam os pregoeiros das bênçãos de hoje, os caça-níqueis da prosperidade... O momento em que o profeta Malaquias estava pregando (profetizando) foi a época grave do povo de Israel; a posterior volta do cativeiro babilônico, sem lideranças fortes, o sacerdócio envolvido em mundanismo. Daí Malaquias reproduz uma fala como se fora Deus que estivesse falando literalmente tudo daquela forma; quando agravou a questão do dízimo, porquanto a extinção da monarquia desde a queda dos reinos de Israel e de Judá, a destruição do templo por Nabucodonosor, a falência de toda estrutura administrativa e de governo tinha praticamente feito cessar a entrega do dízimo; o qual, agora, era mais que importante, porquanto seria a única forma de arrecadação para o Estado recém reorganizado, pós a volta do cativeiro babilônico... Maiores detalhes sobre todo o período desde o fim do cativeiro babilônico (536 a.C.), Blog A NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DO ANTIGO TESTAMENTO, endereço www.esdraseneemias.blogspot.com .  

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         Quanto ao agravamento da tributação acontecido com o início da anterior  monarquia   que até então era somente os 10% do dízimo Levítico  ─, vejamos o que está registrado sobre isto (10 séculos a. C.)  no livro do profeta I Samuel 8. 4-6    Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram ter com Samuel, à Ramá, e lhe disseram: Eis que já estais velho, e teus filhos não andam nos teus caminhos. Constitui-nos, pois, agora um rei para nos julgar, como têm todas as nações. Mas pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Danos um rei para nos julgar. Então Samuel orou ao Senhor. Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é ti que têm rejeitado, porém a mim para que eu não reine sobre eles. Agora a parte na qual foi explicado os encargos que os do povo teriam que estar incumbidos de realizar além do dízimo, conforme I Samuel 8. 11-16    E disse: Este será o modo de agir do rei que houver de reinar sobre vós: tomará os vossos filhos, e os porá sobre os seus carros, e para serem cavalheiros, e para correrem adiante dos seus carros; e os porá por chefia de mil e chefes de cinqüenta, para lavrarem os seus campos, fazerem as suas colheitas e fabricarem as suas armas de guerra e petrechos de seus carros. Tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Também coisas que implicava em reais ônus, inclusive, o dízimo, conforme  I Samuel 8. 17-19    Tomará o melhor das vossas terras, das vossas vinhas e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. Também os vossos servos e as vossas servas, e os vossos melhores mancebos, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Tomará o dízimo do vosso rebanho; e vós lhe servireis de escravos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós mesmos houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá. O povo, porém não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei, para que nós também sejamos como todas as outras nações, e para que o nosso rei nos julgue, e saia adiante de vós e peleje as nossas batalhas. Ouviu, pois, Samuel todas as palavras do povo, e as repetiu aos ouvidos do Senhor.  
 
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         Isto fora uma cobrança específica  ─ o agravamento de Malaquias  ─, de um argumento com pressupostos humanos, conforme já estava plenamente identificado no Salmo 73, ser este entendimento comum ao povo judeu. Que para nós hoje não deveria ser estranho, pelo contrário, o que Malaquias constrói aqui neste agravamento, isto sim, deveria soar estranho, não só para aqueles que hoje vendem (difundem) a imagem do Deus extremamente amoroso e nada justo ─ Deus sabe que não estou evocando para mim a Sua justiça, porquanto, como ser humano consciente das minhas faltas prefiro para mim, sua misericórdia  ─, mas, também para aqueles que conhecem o caráter de Deus (explicado na Bíblia) totalmente isento de mesquinharia e utilitarismo. O que faz estranho a promessa registrada pelo profeta Malaquias, na qual, Deus condicionaria o abençoar dos seus servos ao pagamento de dízimos, quando abençoa indistintamente os ímpios, conforme o dito por Asafe no Salmo 73 e aqui (malaquias 3. 14-15) o povo em geral; e não somente deixar de abençoar, como também deixar de impedir pragas na lavoura desses, e em outras atividades, não impedir que haja algum acidente nos seus negócios, se o dízimo não fosse pago ─ total utilitarismo, cuja característica é exatamente humana, identificado aqui na argumentação de Malaquias... O mais sério quanto a isto é o fato de líderes dessas igrejas que só olham para o nosso bolso; argumentarem a importância (existência) do dízimo, por estar registrado no mesmo capítulo três que aborda o assunto divórcio (naquela época o repudiar unilateral); quando, com isto, demonstram má fé ou não ter conhecimento da Bíblia e da história, porquanto, até o ano 1250, no texto bíblico não havia divisão em capítulos e o assunto dízimo (já caminhando para sua extinção), diferentemente, fora usado por Malaquias junto a outros assuntos relevantes justamente para lhe dar sustentabilidade, conforme tenho explicado sobre o livro... Porquanto há plena contradição entre o que o povo dizia    versículos 13 a 15, que não foi desmentido, Deus abençoar os maus sem que eles dêem o dízimo. E a promessa (versículos 10b e c, a 12), a qual condiciona a bênção, a ter que dar o dízimo aos espertos da fé. Quanto a contradições    que foram fruto da influência humana à vontade de Deus. No livro sobre Escatologia que pretendo editar serão detalhadamente estudadas quanto à sua presença na Bíblia.           

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         No entanto (quanto ao dízimo), sendo o Catolicismo e o Islamismo ─  as duas religiões mais importantes  do mundo  ─, oriundas do Judaísmo, o qual estabeleceu o dízimo como base de tributação para sustentação do Estado Judaico religião no período do Antigo  Testamento. São essas: o Islamismo, que embora mantenham o princípio do dízimo (na ajuda aos pobres, o Zacat, 2,5%); e o Catolicismo que o trouxe para o cristianismo, o mantém, todavia, não o cobram de maneira coerciva e acintosa, como fazem as posteriores denominações (religiões) ditas evangélicas, as quais são oriundas dela, o Catolicismo e as neopentecoastais oriundas dessas evangélicas pentecostais. As quais, de maneira coerciva e acintosa, repito, insistem com seus fiéis na obrigação de pagamento de dízimos, como se isto fora uma recomendação do Senhor Jesus e dos seus apóstolos... Pagamento de dízimos ─ muito menos a leviano sofismar de entrega: pressuposto de ser ele devido  ─, não é coisa da Igreja de Cristo, conseqüentemente não é cristão, e nem neotestamentário, porquanto não fora praticado no tempo dos apóstolos pelas primeiras igrejas, conforme a ausência dessa prática no Novo Testamento.
   
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Quanto ao que informei de maneira grave em parágrafos anteriores; tem-se, inclusive, um registro muito interessante do filósofo Friedrich Nietzsche (1844  1900)    aquele a quem todos os religiosos execram por sua postura extremamente antropocêntrica  ,  não admitindo ele, de maneira nenhuma, a idéia da existência de Deus, do Diabo ou qualquer manifestação transcendente espiritual. Quando concorda com o que digo, com Asafe e com o povo de Israel na época de Malaquias; assim está no registro transcrito a seguir  possivelmente por observar e constatar  e como tenho informado, a Bíblia também o diz  , existir no mundo, parecendo até regra, os maus e os desonestos são os que mais progridem e se sentem felizes, conforme a transcrição da sua obra Para Além do Bem e do Mal    Está fora de dúvida, todavia, o fato de os maus e infelizes serem mais favorecidos e terem maior possibilidade de êxito na descoberta de certas partes da verdade. Isso para não falar dos maus que são felizes, espécie que os moralistas passam em silêncio. Quando esses fingem não perceber que assim acontece todo tempo no mundo, porquanto Deus não é mesquinho; como dizem aqueles que querem vender mentiras aos incautos e tornarem-se os representantes de Deus que agendam as bênçãos a serem conseguidas e recebem pagamentos por elas, quando, pelo contrário, Ele Deus abençoa amorosamente a todos indistintamente.               

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Deus e seu Filho o Senhor Jesus não perseguem, não amaldiçoam, nem tampouco mandam gafanhotos comerem os bens daquele que não entregam o dízimo ─  com relação a gafanhotos (numa pequena provocação), considere que na era da graça os servos de Deus são os que comem os gafanhotos, veja Mateus 3. 4, sobre o que João Batista comia  , senão leia o Salmo 73 e até mesmo o livro do profeta Malaquias (que gostam de usar partes isoladas), no qual o povo de Israel dizia; como Asafe constatou no Salmo 73, que Ele (Deus) não persegue o ímpio e o deixa prosperar, quando até não seria inteligente servi-Lo se analisarmos esse interesse mesquinho pela ótica humana, no qual, a real e exata diferença entre  o que serve e não serve a Deus...  é... melhor reproduzir o texto de Malaquias 3. 16-18    Então aqueles que temiam ao Senhor falaram uns aos outros; e o Senhor atentou e ouviu, e um memorial foi escrito diante dele, para os que temiam ao Senhor, e para os que lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, minha possessão particular naquele dia que preparei; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve (isto no juízo final)... A diferença ou aquilo que diferente irá acontecer na vida desse ou daquele que serve a Deus (isto, esta visão, até na era da lei), se projeta para o futuro e não a perseguida bênção imediata da prosperidade. 

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Esse é o final do capitulo três do livro do profeta Malaquias, que fala de maneira objetiva e clara de juízo final e da vida eterna; tanto que, no capítulo seguinte (o quarto e último) o profeta anuncia a vinda do precursor de Jesus (o profeta João Batista) e fala também de coisas do fim (Escatologia)... O que estou buscando lhe informar paralelo ao específico escatológico, que é o tema central do estudo é o que normalmente decorre da motivação dos seres humanos, quando nobres, morais e de justiça; são incentivados e ajudados pelo Espírito Santo, diferentemente quando mesquinhos, avarentos, imorais e injustos, recebem toda a carga de incentivo e ajuda de Satanás e seus demônios, tornando-se essas ações contra Deus e o seu Filho Jesus ou literalmente atos de anticristos, aqueles que são contra o Evangelho de Cristo.


 A TRAJETÓRIA DO DÍZIMO NA LEI E O SEU FIM NA ERA DA GRAÇA

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         A primeira menção sobre o dízimo e a sua prática está relatada em Gênesis 14. 18-20    Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo... Este evento foi posterior à guerra de Abrão contra os reis que levaram cativo Ló, sobrinho de Abrão    guerras, conquistas, tomada de despojos; coisas específicas do período da lei. Que lamentavelmente nos dias de hoje é usado como mote (referência, base) para arrecadar dízimos e ofertas de crédulos incautos, quando produzem o factóide (fato maximizado) de reunir ditos 318 intercessores para orar pelos inocentes úteis    aqueles 318 homens desse evento lá no passado distante: mataram e tomaram despojos dos vencidos; e foi daqueles despojos que Abrão deu o dízimo; não misturemos isto com a era da graça.

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         A segunda menção sobre o dízimo está relatada no mesmo livro de Gênesis, inclusive com a mesma característica sendo indevidamente usada hoje, a qual é a visão antiga, imperfeita, utilitarista, que só foi avalizada por Deus naquela época de total ignorância: como a poligamia e a prostituição    ainda praticada, naquela época, por crentes na era da graça ─ (Atos 15. 20); procedimento aquele, que não cabe hoje no pleno período da graça propor a Deus dar-lhe dinheiro para ser protegido e prosperar financeiramente, Gênesis 28. 20-22    Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo. É este o atual procedimento ensinado aos fiéis pelas igrejas caça-níqueis ─ pensamento infeliz e nada cristão de Jacó, que ainda não era Israel. Procedimento este aqui descrito (bíblico, portanto), entretanto, isto pertence ao período da lei do Antigo Testamento e aquele que não consegue entender isto; precisa urgentemente estudar melhor a Bíblia, e os que usam este expediente errado conscientemente, que se convertam, não esquecendo que Deus pedirá contas a todos nós, inclusive, os ditos abençoadores servos de Deus, conforme Mateus 7. 20-23    Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai. Que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nos vem teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não muitos milagres?    Embora tenhamos aproveitado para também pedir e arrecadar dinheiro em teu nome e prometido que Tu farias enriquecer todo aquele que nos desse grande quantia de dinheiro, isto, sem que Tu tivesses mandado assim fazer... Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. 

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         O dízimo, que só teve vigência bíblico-legal no período do Antigo Testamento; quando se tem, para comprovar essa minha afirmação, a total ausência desse tipo de recolhimento por parte das igrejas do início da era cristã.   Quando, a sua prática ilegal começou a partir do final do sexto século pela Igreja Católica Romana, agravando-a paulatinamente, e de maneira inadmissível contra os ensinamentos de Jesus e seus apóstolos, também por nós, os evangélicos ditos donos da verdade; como vou desenvolver paulatinamente; num estudo sério e bem fundamentado... Daí, nesta trajetória explicar exatamente o que foi de fato o dízimo na época da sua vigência legal do ponto de vista bíblico e a sua atual cobrança ilegal à luz do Evangelho do Jesus...

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         A primeira verdade importante sobre o dízimo; foi que na evolução da constituição da Nação Sacerdotal (Estado religioso) teve como objetivo o prover o sustento da tribo de Levi e do serviço religioso, também os levitas exerciam funções administrativas de Estado    sendo isto muito claro numa avaliação sincera dos propósitos de Deus em todo o processo de ensinamento e de salvação da humanidade... De igual modo se faz necessário que se saiba para que outras despesas se destinavam (usado para quais coisas exatamente) aquilo que se arrecadava como dízimos e ofertas.

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         Tem-se isto de maneira clara no livro dos Números 18. 23-26    Mas os levitas farão o serviço da tenda da revelação, e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor vem oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel. Disse mais o Senhor a Moisés : Também falarás os levitas, e lhes dirás: quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, dízimo dos dízimos. Têm-se aqui a principal destinação dos dízimos, que era a de suprir os levitas, aqueles que formavam a classe responsável pela administração do Estado religioso Sacerdotal... Que na era da graça não mais existiu, conforme vou explicar ao final desse estudo com detalhes ajudado pelo escritor aos hebreus.

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             Também havia outra destinação para os dízimos, que estranhamente todas as igrejas que indevidamente tomam hoje dízimos dos seus fiéis; ainda os espoliam obrigando-os a ofertarem para atendimento da beneficência (ajuda aos mais pobres), que na época da legalidade do dízimo esta ajuda e atendimento foram feitas com recursos oriundos dos próprios dízimos, conforme Deuteronômio 14. 27-29   Mas não desampararás o levita que está dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro de tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para  Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. Também o texto de Deuteronômio 26. 12-13    Quando acabardes de separar todos dos dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o ano dos dízimos, dá-los-ás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro de tuas portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas, e as dei ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi nenhum dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

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         Estas informações do livro de Deuteronômio aqui reproduzidas são prova evidente de que não havia a prática do dízimo por parte das igrejas neotestamentárias; porquanto, todas às vezes, que houve necessidade de atendimento aos mais pobres; recorreu-se à coleta de ofertas    evidenciando isto que se as igrejas praticassem a entrega de dízimos, o atendimento aos pobres teria sido feito com esses recursos, os quais, já estariam disponíveis e acertadamente seria usado, se de fato fosse esse o caso... Caminhemos um pouco na história desse povo, por meio do qual, fomos e somos abençoados por Deus em Cristo Jesus.  

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         Com relação ao período anterior e o do início da Igreja. Não vou caminhar na discussão    que é o argumento usado por alguns  ─,  de que no seu nascedouro o dízimo era basicamente de produto agrícola e de gado, até porque naquela época em outros povos já havia moeda (dinheiro)    Israel (povo judeu) ainda não tinha essa estrutura e nem terra, nação  ─, todavia, se nos reportamos para os dias de hoje, nos depararemos com as chamadas commodities (latinhas de alumínio e garrafas PET para reciclagem hoje já têm o status de commodities) de quase tudo na economia, desde gado, insumos industriais e produtos agrícolas... Voltando àquela época constatamos (não ache estranho isto) a Idéia dessas mesmas commodities, no: Ouro, prata, bronze, ferro (também), gado, madeira, produtos agrícolas, tais como: vinho, azeite, trigo e até escravos, eram encarados como mercadoria e vendidos em leilões públicos, como aconteceu em toda a história da humanidade; o sal, em período posterior, quando da supremacia romana foi usado como soldo (pagamento a soldados)  → “salário” daqueles que se alistavam no serviço militar romano. Commodities (no inglês, mercadorias), que dá cada item o status de moeda com cotação em bolsa... Em outras palavras, desde que o homem se entendeu como ser social, este praticou o que conhecemos como escambo (troca); quando várias mercadorias (itens, os mais diversos) eram trocadas aqui e ali nos relacionamentos comerciais das pessoas; que mesmo depois de se ter a efetiva moeda (dinheiro), os escambos continuaram, como hoje em pleno século XXI ainda se pratica o escambo, inclusive, em nível internacional quando de maneira objetiva se trocam mercadorias, que na operação contábil nada mais é senão: eu lhe vendo isto e você me paga com aquilo. Com este mesmo dinheiro lhe pago “aquilo” que acordamos trocar (escambo).                
 
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Voltando ao início de toda evolução de como aquele caldeu chamado Abrão, posteriormente Abraão se tornou (a sua descendência) a importante nação Israel. Passou pela saga: Abraão, Isaque (seu filho), Esaú e Jacó (filhos de Isaque), um dos dois, Jacó se tornou o herdeiro da principal promessa feita por Deus a Abraão ─ porquanto a descendência Ismael também foi abençoada, conforme Gênesis 21. 9-21 e dela surgiu, a descendência de Ismael, os árabes e a sua religião, o Islamismo  ─, dele, Jacó foram gerados os doze pais das doze tribos: Rúben   o primeiro filho, que perdeu a primogenitura por ter se relacionado sexualmente com Bila, concubina de seu pai  ─, Simeão, Levi, Judá (para quem o direito da primogenitura foi transferido),  Dã,  Naftali,  Gade,  Aser,  Isacar,  Zebulon,  José, Benjamim e Diná que não era contada na norma social judaica.

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Sendo mais preciso, no livro do Gênesis 29:31-35 e 30:1-24; tem-se o registro do nascimento de onze filhos (homens) e a filha de Jacó (que é também Israel) Diná, na seguinte ordem: De Leia (a filha primogênita de Labão, primeira esposa de Jacó), nasceram Rúben (o primogênito, que perde a primogenitura para Judá; por ter se relacionado sexualmente com sua madrasta Bila, concubina de seu pai, conforme Gênesis 35:22), Simeão, Levi, Judá (de quem descende o rei Davi, que é o seguimento da genealogia ou dinastia do Senhor Jesus), Issacar (que como já informamos não foi o quinto dos de Jacó, o quinto dele com Leia), Zebulom (que de igual modo não é o sexto de Jacó, mas o sexto de Leia) e por fim, com relação a Leia, temos o seu último abrir de madre, que é a sua filha Diná (que é o décimo primeiro de Jacó, considerando filhos e filhas e é Diná o sétimo filho (a) de Leia); também são atribuídos (coisas da cultura judaica) à Leia os filhos de sua criada Zilpa, que são: Gade e Aser (respectivamente, o sétimo e oitavo filhos de Jacó). Os filhos de Raquel (a esposa mais amada por Jacó), José (o jovem que deve ser o referencial e exemplo para todos os jovens em todo o mundo e em todo o tempo; sendo ele o primeiro de Raquel e considerando também a Diná, filha de Leia, José é o décimo primeiro dos filhos homens e o décimo segundo de todos os filhos), Benjamim    o último, caçula de Jacó; ao nascer, pela complicação do parto, sua mãe Raquel morreu  ─; também Benjamim é o irmão a quem José só veio conhecer após ter se tornado co-governador do Egito, pois quando Benjamim nasceu José já havia sido vendido pelos seus irmãos aos mercadores de escravos. Também ─ como no caso de Leia e sua criada Zilpa; os filhos de Jacó com Bila, criada de Raquel; são atribuídos a ela ─, Dã e Naftali são filhos de Bila e também são respectivamente os sétimo e oitavo filhos de Jacó... Posteriormente, Jacó e seus filhos tiveram muitos problemas, momentos de felicidade e alegria, quando José se tornou co-governador do Egito, e por fim tornaram-se escravos cativos da nação egípcia...  Creio que essas avaliações e outras que continuarei a fazer sobre diversas questões específicas irão nos ajudar em muito a entender questões importantíssimas de como valorizar o estudo bíblico e buscar o efetivo conhecimento que o Senhor nosso Deus quer tenhamos do texto sagrado.

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O período que compreendeu a presença do tabernáculo    construído depois da saída do Egito  ─, entre o povo de Israel, foi o da pós-saída desse povo do cativeiro do Egito (século XV a.C.) até o início do reinado de Salomão (século IX a.C.), que foi quem construí o primeiro templo, destruído posteriormente por Nabucodonosor, início do século VI a.C.  Lembremos  que no período de Moisés, Josué e dos juízes, esses foram efetivamente como representantes políticos da nação emergente, ressalvando de um modo mais especial a pessoa de Moisés, que de fato também exerceu a função como de um Supremo sumo sacerdote que não seria para se estranhar, pois Moisés era da tribo de Levi, porquanto, na verdade, desde o início fora o que relacionava de fato o povo com Deus, todavia, o sumo sacerdote oficial era seu irmão Arão. Estou buscando informar, e ao mesmo tempo chamar a atenção de que é preciso muito cuidado com certos tipos de conclusões tendenciosas quanto a esse ou aquele líder, evento ou conceito bíblico.

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Quero e voltarei ainda a falar sobre Moisés, entretanto teve-se em Josué, seu sucessor o seguimento dessa caminhada. Josué, servo fiel do Senhor Deus e general que comandava os homens de guerra de Israel; teve no suceder a Moisés; que conciliar mais duas incumbências (ou ministérios), anteriormente exercidas transitoriamente por ele. Na conquista da terra prometida, Josué vivenciou até um fato que lhe fugiu á avaliação prévia (Josué 9. 1-27), quando foi enganado pelos gibeonitas, numa perfeita representação teatral que citei como manifestação dessa arte entre os judeus muito antes que na Grécia; convenceu a ele e aos príncipes de Israel a fazer com eles um pacto de amizade, dizendo que moravam distante e fora da região da terra prometida.

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Em Josué tem-se a conquista da terra prometida em quase sua totalidade, agindo ele como líder principal na coordenação política da nação embrionária, general no comando de batalhas; como a mais importante delas a da conquista de Jericó, quando as muralhas foram milagrosamente derrubadas por Deus, e também como líder religioso junto ao sacerdote Eleazar, conforme Josué 14. 1, 17. 4, 19. 51 e 21. 1. Todos esses acontecimentos ainda com a presença do tabernáculo entre eles.

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Como nós sabemos ou devemos saber; a lei de Deus previa que os da tribo de Levi não teriam possessão, não participariam da efetiva divisão da terra conquistada; entretanto, hoje praticamente todos os que se intitulam (indevidamente) levitas querem possuir tudo, e a idéia de igrejas em células e a de existência de igrejas com filiais está exatamente em função de criar macro impérios religiosos com donos. O grave quanto ao que estou querendo informar é o fato desses buscarem alinhar tudo o que aconteceu no passado à igreja de hoje, dando interpretações indevidas e tendenciosas para normas e procedimentos que foram específicos daquela época e já são passados.

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Isto, com relação a Josué, e demais líderes daquele período, senão, suas atitudes morais e espirituais como indivíduos. O conjunto de eventos ligados a eles não são exatamente modelos ou normas a serem seguidas. A legislação, rituais e tudo o que aconteceu no passado, foram fatos específicos, alegóricos e transitórios, que vale a pena se fazer um estudo sério da epístola aos hebreus, que somente os princípios e atos de confiança em Deus (fé) se universalizam, por serem atemporais. E quanto aos levitas e a sua presença em todo território de Israel; há uma sinalização importantíssima que caminha na direção da fragmentação dos locais de culto, que foi o colocá-los residindo em todos os núcleos de propriedade de todas as tribos, conforme Josué 21. 19 (ler todo o capítulo 21). Isso sinaliza o que o Senhor Jesus ensinou à mulher samaritana quanto à descentralização da adoração e culto, que é sintetizada na grande comissão.

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Esta descentralização foi um ensinamento vigoroso da parte de Deus, e claramente demonstrado paulatinamente; na evolução de todo o processo que teve dois momentos claros do rompimento com essa indevida camisa de forca na era da graça, que é a presença de macro sistemas e mega congregações com concentração de poder eclesiástico. A primeira manifestação desse entendimento se deu no período da administração de Josué, quando membros das tribos de Ruben, de Gade e metade tribo de Manassés edificaram um altar ao Senhor; sendo isso inicialmente entendido como rebeldia, pois de alguma forma foi entendido como o fracionamento do controle de culto, que naquela época não era entendida como a correta, pois o período ainda era o da centralização, coisa que foi plenamente esclarecida e posteriormente entendida (Josué 22. 10-34).

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O evoluir deste processo; lembre que ainda voltarei a Moisés, que também nos levará a Josué capítulos 23 e 24, quando ele fala da sua idade avançada, traz à memória de todo povo toda a trajetória desde o cativeiro egípcio, e os concita a continuar servindo ao Senhor; e numa frase de grande efeito e sincera, porquanto o servir a Deus naquela fase (época) do entendimento humano era basicamente formal, conforme Josué 24. 15    Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estava além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor. Quando disse frase de grande efeito, porém sincera, isto, deve ser entendido hoje exatamente no grau de informação e pleno entendimento do ensinado por Jesus à mulher samaritana sobre a sinceridade e individualidade do culto a Deus, o Pai; no que, hoje é plenamente claro não poder eu responder espiritualmente pelos meus filhos e os da minha casa; porquanto, a única coisa que posso fazer é administrar o que se possa fazer fisicamente dentro do meu lar; no entanto, não posso comandar a relação em espírito e verdade exigida por Deus como o informado por seu Filho Jesus para a relação com Eles na ação cognitiva dos meus filhos e daqueles que vivem comigo.         

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Após ter trazido à mente do povo tudo o que Deus havia feito a eles, todos os ensinamentos da lei e instar para que continuassem obedecendo a Deus. Ele não indicou um sucessor para si, porque Deus não o mandou fazer, como mandara Moisés indicá-lo, entretanto insistiu que o povo permanecesse no servir ao Senhor e depois disso morreu aos 110 anos de idade, junto (na mesma época) com sacerdote Eleazar (Josué 24. 29).

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Teve-se no decorrer desta história os cerca de três séculos de duração para o período essencialmente dos juízes, com a plena ausência de lideranças pré-estabelecidas por Deus, quando claramente Deus esperou; que tendo o povo todo arcabouço da lei e todo ensinamento de como agir, eles se resolveriam religiosamente sem a intervenção de uma liderança central, coisa que se repetiu no período não profético dos 400 anos a.C.; induzindo que estes dois períodos, caminha no consolidar a regra de sistematização, amplamente estudada nos meus Blogs. Sendo o que estou ponderando neste parágrafo é que estes fatos caminham na direção de pequenas igrejas com administração congressional plena quanto a tudo e tão-somente se reportando a Jesus que é a cabeça da Igreja e das igrejas.

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Como prometi, e estou de volta a Moisés de maneira rápida e objetiva; primeiro ressalvando e reiterando que as lideranças do Antigo Testamento tiveram suas funções com características específicas e contemporâneas àquela época, inclusive como tenho demonstrado; com uma clara trajetória paulatina ascendente que culminou com o ministério do Senhor Jesus, e contextualizada nos textos de Gálatas 4. 4, Efésios 1. 10 e Hebreus 1. 1-3. Isso quer dizer que decididamente a liderança de Moisés e de outros não são modelo de administração de igrejas; até porque aquela religião era essencialmente estatal, e a Igreja de Cristo foi estabelecida totalmente desvinculada do Estado; daí o conflito do judaísmo com ela, e o tentar envolvê-la com o Império Romano, como demonstro em Estudo futuro: O sofrimento de Jesus na cruz, endereço www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com  que este estudo é parte.

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Não use como exemplo a idéia de Getro, sogro de Moisés, que foi posta em prática por ele e consentida por Deus para legitimar o seu título com a de fato hierarquia, na chefia sobre ditas igrejas em células, de bispo, apóstolo, missionário, pastor presidente; no pressuposto de que Moisés tivera ascendência de fato e de direito sobre líderes e multidões; entretanto antes de chegar a essa conclusão, identifique primeiramente o que foi Moisés naquele momento histórico, o que foi Arão e o que foram os sacerdotes. Moisés foi principalmente o líder político, e o representante direto de Deus, naquele momento de transição, Arão foi o primeiro sumo sacerdote, que teve sucessores até Jesus, não havendo sumo ou chefões de nada após o Senhor Jesus, que é a cabeça da Igreja e das igrejas. Se houver alguma duvida quanto a isso pergunte ao escritor aos Hebreus, pois na sua carta essas coisas são explicadas, que ele lhe mostrará de maneira didática e plena serem os sumo sacerdotes a transitada alegoria de Jesus, que findou com o seu nascimento e início do seu ministério. O que restou disto foi o sacerdote, que é alegoria do pastor ─ e no catolicismo corresponderia ao padre ─, obviamente o que hoje existe legitimamente e abençoado por Deus.  

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Para não me estender muito nesse assunto; vou considerar o outro momento transitório que foi a chamada de Samuel por Deus para juiz e profeta, que exerceu o seu ministério; tendo ainda como referencial entre o povo de Israel e Deus, o tabernáculo ─ sendo ainda a continuação da tentativa de Deus em promover a ausência de chefões eclesiásticos; que embora você que está lendo este Blog ache contraditório essa minha conclusão ─ procure estudar a Bíblia e todos os acontecimentos da história desse povo de Deus  ─; não a partir dos efeitos e sim das causas (raiz) ou efetivamente o que motivou esse ou aquele ensinamento e conhecimento. 

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A história narrada na Bíblia é conhecida de todos, ou senão, ela aí está disponível para esse aprendizado e estudo. Samuel, Saul, Davi, Salomão, a divisão em dois reinos, os profetas canônicos, a queda do reino de Israel e a posterior queda do reino de Judá. Paro aqui para voltar a Salomão. Por intermédio de quem foi construído o templo, e que mudou a referência de culto e adoração, até então ligada ao tabernáculo. Que passou para o templo recém construído, que ainda manteria historicamente, a prática adoração centralizada.

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Com a queda do reino de Israel, isso não se alterou, pois o templo estava em Jerusalém que era parte do reino de Judá. Entretanto com a queda do reino de Judá, a destruição do templo e o início do cativeiro babilônico, a idéia dessa dependência; anteriormente do tabernáculo, depois do templo, como fora quanto a alguns montes, ainda estava forte na mente até de servos valorosos de Deus, como Daniel 6. 10-11; entretanto, de forma até difícil de entender, foi a partir da destruição do templo a mando de Nabucodonosor e o cativeiro de setenta anos; quando os judeus começaram a construir as sinagogas ou pequenos templos, para reuniões, estudo e orações, que se tornou no forte e pleno referencial para as futuras igrejas que vieram na era da graça, inclusive foi o modelo judaico do que seria uma espécie de Escola Bíblica Dominical aos sábados.

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Este é um pequeno retrospecto histórico desses entendimentos; que inclusive com a reconstrução do templo consolidada em 515 a.C. se perpetuaram definitivamente como o verdadeiro modelo a ser seguido até a consumação dos séculos. Sendo que esta deformação do macro prédios e da mega membresia do Catolicismo romano, que não tem nada absolutamente nada com a Igreja de Cristo; assim como incorrem em um sério erro esses macros negócios ditos evangélicos, que decididamente também não têm nenhum respaldo bíblico, e sim, claro expediente humano com vistas à arrecadação maior de dinheiro dos crédulos incautos.

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Nessa saga ou trajetória de gentilização (perdoe o neologismo) do dízimo bíblico, que sempre foi somente judaico. A religião judaica (Judaísmo) em Jesus se tornou o Cristianismo     sem absolutamente todos os preceitos específicos da lei, ou seja, o que passou do Judaísmo (a lei) para a era da graça foram somente os princípios  ─; na qual, a adoração consistia em oferecer sacrifícios de sangue animal (alegoria do sacrifício de Jesus na cruz) e de ofertas de manjares, as quais, todas elas cessaram depois da morte e ascensão do Senhor Jesus. Que não venham com o contemporizar que devemos oferecer o nosso Isaque, correspondendo ao imóvel, carro e/ou qualquer bem que possuamos (como infelizmente tem acontecido), os quais devam ser doados para enriquecer donos de igrejas que se dizem procuradores de Deus. Também não comparar os sacrifícios, nos quais eram oferecidos animais em holocausto, com dízimos e ofertas polpudas que se deva dar a estes arrecadadores de plantão...

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‘Este cristianismo, que começou com o Império Romano se tornando cristão, sob Teodósio, o Grande em 392, e posteriormente tendo sido a verdadeira Igreja de Cristo capturada por lideranças de Roma; que a tornaram na Igreja Católica Romana, cujo primeiro Papa foi Leão I (440 a 461), aquele, a partir de quem a história realmente conhece como tal. Embora exista uma lista de 44 nomes: de Pedro    que nunca esteve em Roma e muito menos foi Papa  ─, até Leão I, esses (os anteriores) de fato, não exerceram o pontificado. E quanto ao Sumo Pontífice (pontificado, Papa), o primeiro de fato a existir e a história conhecer foi Leão I (440 ─ 461); cujo processo até ele passou pela liberdade religiosa em Constantino com a promulgação do edito de Milão em 313, o reconhecimento do cristianismo como religião oficial do Império por Teodósio I (346 ─ 395) e em 394 ─ 395 abolindo o paganismo politeísta, quando também tornou oficial a existência de dois Impérios nas pessoas dos seus dois filhos: Honório no Ocidente e Arcádio no Oriente, na época que  aconteceu a captura da Igreja pelo Império Romano    quando falo de captura é porque isso de fato aconteceu  ─, pois, mesmo antes do Império romano se tornar oficialmente cristão, o concílio de Nicéia em 325 fora presidido pelo imperador Constantino.

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Para que fique bem claro saber eu do que estou falando, vou reproduzir o rol (lista) dos Papas, que segundo a Igreja católica romana sucederam a Pedro até o dia de hoje, conforme a Enciclopédia Britânica do Brasil: entretanto, a lista que reproduzirei só constará o nome de Pedro e os demais da lista até Leão I (440 ─ 461) que foi de fato o primeiro Papa (como referencial da Tradição Católica romana), porquanto de Leão I para trás não há nenhum vestígio histórico dessa chefia na Igreja. Há sim, fartamente documentado por historiadores importantes, essa chefia na religião pagã romana, os Pontifex Maximus, que foi o caminho de transição para o Papado (sincretismo)... Tema que não vou desenvolver aqui, por não ter conexão direta com o assunto dízimo; entretanto, tenho um livro que pretendo editar, no qual, abordo este assunto nos mínimos detalhes.

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         A lista dos 44 Papas defendida pelo catolicismo como anteriores a Leão I, são: Pedro (64 – 67), Lino (67 – 76/79), Anacleto ou Cleto (79 – 91), Clemente I (88/92 – 97/101), Evaristo (97 – 107), Alexandre I (105 – 115  ou 109 - 119), Sisto I (115 – 125?), Telesforo (125 – 136?), Higino (136 – 140?), Pio I (140 – 155?), Aniceto 155 – 166?), Sotero (166 – 175?), Eleutério (175 – 189?), Vitor (189 – 199?), Zeferino (199 – 217?), Calixto (217 – 222?) , Urbano (222 – 230), Ponciano (230 – 235) Antero (235 – 236), Fabiano (236 – 250), Cornélio (251 – 253), Lucio I (253 – 254), Estevão I (254 – 257), Sisto II (257 – 258), Dionísio (259 – 268), Felix I (269 – 274), Eutiquiano (275 – 283), Caio (283 – 296), Marcelino (291/296 – 304), Marcelo 309 – 310), Melquiades ou Melciades (311 – 314), Silvestre I (314 – 335), Marcos 336, Júlio I (337 – 352), Libério (352 – 366), Damaso I (369 – 384), Sirício (384 – 399), Anastácio I (399 – 401), Inocêncio I (401 – 417), Zozímo (417 – 418), Bonifácio (418 – 422), Celestino I (422 – 432), Sisto III (432 – 440) e por fim Leão (440 – 461), aquele que verdadeiramente foi o primeiro Papa. Entendo como necessário    a bem da verdade e da coerência histórica ─, a construção de uma explicação plausível, de como um mar de nomes como esse (44 Papas), possam ter sido ignorados pela história no exercício desses pontificados; se aceitarmos que de fato neste período eles tenham existido como tal.

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         O dízimo bíblico da era da lei foi praticado pela Igreja católica (a partir do final do sexto século e foi se implementando) depois pelas protestantes e outras que surgem e surgem a cada dia em função de arrecadar esses mesmos dízimos e ofertas... Um fato interessante a ressaltar: é que tendo a Igreja católica romana a plena similitude com a estrutura da Religião Estatal judaica (excetuando a hierarquia sacerdotal)    até porque, o Vaticano é um Estado (nação) e Religião, que no pressuposto de ser judaico-cristão teria mais direito de receber dízimos do que outras religiões, porquanto, sua característica de Estado não lhe permite ter um indivíduo e sócios e/ou familiares como donos  ─ anulado isto no celibato do clero, estabelecido paulatinamente  pelo catolicismo, que buscou também anular o desgraçado Nepotismo ─, como diferentemente são, de alguma forma, as modernas ditas igrejas evangélicas, cujo espólio é de forma beligerante disputado pelos pseudo-s herdeiros.

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         Porquanto é justamente a Igreja Católica, nos dias de hoje; que não é voraz, agressiva, alienante e prosélito (a) em buscar conseguir esses dízimos e ofertas dos inocentes crédulos; como fazem ostensivamente as ditas igrejas evangélicas, que até se digladiam e se submetem ou criam leilão por espaço no Radio e TV aberta; nas quais fazem essa captação de recursos, por isto buscam ter emissoras de Rádio e TV, e se nãos as tem pagam quantias vultosas para manterem-se na Mídia para mais e mais para arrecadar, que mesmo aquelas que têm emissoras de Rádio e TV também compram esses horários em “emissoras ditas seculares”...  Inicialmente como Princípio, não tenho nada, absolutamente nada, contra qualquer Mídia, pelo simples fato de ser a Comunicação, o meio maior de crescimento do ser humano como pessoa; quando indevidamente hoje, alguns demonizam a Internet... Tenho sim, tudo contra, como cidadão e como cristão, prevendo e temendo o que se pode fazer por meio da comunicação; senão, lembremos do nazismo e de Joseph Goebbels e sua habilidade de comunicação contra a vida do ser humano. Nisso, a presença dos meus excessivos apostos (explicação) tem como objetivo eu ser plenamente entendido e principalmente inibir certos tipos de Edição à torcer o que se diz e o que se escreve e/ou pretende informar, por parte de quem quer contestar.              


ANÁLISE POLÍTICO-ESTRUTURAL DA IGREJA NA SUA  EVOLUÇÃO

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         O período do Antigo Testamento    também algumas coisas da era da graça  ─, foram marcadas por ações plenamente humanas nas suas decisões, ou seja, servos de Deus assumiram posições a partir do que entendiam como certo e necessário; e isto aconteceu principalmente no período da ausência de profetas (conforme as narrativas dos livros I e II Macabeus), e também de líderes desse período (como Esdras e Neemias) e objetivamente o profeta Malaquias, cuja linguagem é muito autoritária    nunca, em nenhum período da história do povo de Deus e sua relação com Ele, a ausência da efetiva cognição do ser humano... Deus, não é Senhor de robôs, e nisso, aconteceram relatos por parte dos seus servos serem como se o próprio Deus estivesse falando pessoalmente ao povo, buscando dar maior credibilidade à informação.

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         Sendo que, este tipo de abordagem no final do período da plena revelação de Deus ao povo de Israel; teve nos dois penúltimos profetas: Ageu (520 a.C. ─ ?) e Zacarias (519 a. C. ─ 487 a. C.), que profetizaram no momento histórico das ações do sacerdote e escriba, Esdras. O qual, nos seus atos teve a plena inicial ação milagrosa de Deus, em tocar no coração de Ciro, o então reino dos Medos-persas, que venceram a Nabucodonosor, formando o 2º Império do roteiro escatológico de Daniel capítulo II e capítulo VII (a estátua e os quatro animais simbólicos); quando ele (Ciro) autoriza, fornece condições, e devolve todas as riquezas que pertenciam ao templo, e foram tomadas por Nabucodonosor.

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         Possivelmente aquelas provas evidentes de Deus estar agindo fez com que Esdras tomasse medidas por demais radicais e inconseqüentes do ponto de vista da coerência, justiça e misericórdia, quando arbitrariamente fez com que todos aqueles que tinham tomado como esposas mulheres gentias; as mandasse embora juntamente com seus filhos, não levando em conta que esses filhos tinham também sangue (descendente) judeu... Criando com isto um contingente de mulheres e crianças abandonadas. Coisa essa, sem nenhum sentido de humanidade e espiritualidade e sim, simplesmente, formal e injusta... Eu costumo dizer com relação a nossa chamada  Abolição da escravatura no Brasil; a qual foi paulatina e criminosa, quando, inicialmente reteve como escravo o adulto na idade do vigor físico; provendo a existência do ancião e do menor abandonado, identifiquei esse tipo de crime, como inventado na nossa demorada e estranha chamada abolição, entretanto, entendo agora que a invenção mais antiga do menor abandonado coube a Esdras;  porquanto,  diferentemente, como fora ordenado por Deus, conforme Deuteronômio 7. 3-4    Não contrairás com elas matrimônio; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam teus filhos desviarem-se de mim, para servirem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria... O ordenado por Deus fora o de não haver casamentos com mulheres gentias (daqueles povos). Séculos depois desses casamentos consumados e com filhos gerados (filhos de homens judeus); tornou a medida tomada por Esdras em algo tristemente lamentável e claramente desumana e incompatível com algo que agradaria a Deus, até porque a coisa não era exatamente como Esdras supunha, conforme o mesmo livro de Deuteronômio 21. 10    Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher. Parece que Esdras    pelo seu radicalismo, ainda que sincero no amor a Deus  ─, não tinha o exato entendimento da proibição dos casamentos com gentias, que era pela possível influência religiosa dessas; que no caso dos casamentos com filhos já existentes, não teve sensibilidade para analisar aquele fato novo e diferente, nos quais casos, deveria ele procurar saber em que casamentos ditos ilegais as mulheres perverteram seus maridos; não fez assim e de forma impensada determina aos maridos mandar suas mulheres e filhos embora, acontecendo com isto, sério erro por parte dele, também, inclusive, ele não considerou o texto acima, no que, é até possível que dentre os casamentos desfeitos por esta ação sua, existisse algum como o caso acima, e até dentre  aqueles que se entendiam como judeus puros poderiam possivelmente existir judeus miscigenados descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele, no longo período em que não houve a séria preocupação com esse tipo de união; e quem teria condições e coragem    naquele momento grave para o povo de Israel ─, de se insurgir contra o grande líder Esdras, concitando-o ao bom senso? Como tem acontecido com decisões históricas de lideranças ditas evangélicas, por exemplo, no caso do dízimo, que por interesses menores é mantido como se fora ensinado por Jesus e seus apóstolos a sua manutenção na era da graça...

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         Ainda, com relação às mulheres de outros povos (estranhas) conforme Gênesis 29. 24 (Zilpa dada a Léia como serva) e Gênesis 29. 29 (Bila dada a Raquel como serva), dadas respectivamente a cada uma por Labão, sogro de Jacó (Israel). Os doze filhos de Jacó, que se tornaram os pais das doze tribos de Israel; não foram todos eles filhos de Léia e de Raquel, conforme consta na relação gerada pela evolução histórica construída por mim no início desse estudo. E voltando a esta parte do estudo vê-se que dos oito filhos atribuídos à Léia, dois deles são de Zilpa, sua serva: Gade e Aser, e dos quatro filhos (mais Diná, filha) tidos como de Raquel, dois deles são de Bila, sua serva: Dã e Naftali... Não estou sendo leviano nem concluído quanto a essas duas mulheres, apenas registrando um fato histórico relevante, com toda sinceridade e respeito, inclusive; remetendo a questão em apreço a estudiosos judeus (israelenses) e/ou a antropólogos e historiadores que tenham deles aval sobre o específico assunto da origem genealógica dessas mulheres.   

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Na realidade, o que se conclui disto (sendo repetitivo) é que esta observação tinha a preocupação lógica que está no texto de Deuteronômio 7. 4 e na ponderação anterior, que era a possibilidade dessa mulher tomada como esposa vir a corromper a fé do marido, como aconteceu com o rei Salomão, o qual, na sua velhice foi convencido por suas mulheres gentias a adorar ídolos e deuses estranhos... No caso específico de Salomão e suas 700 princesas e 300 concubinas; isto foi um absurdo e não teve ou tem absolutamente nada a ver com a vontade de Deus ─  embora no Antigo Testamento isto tenha sido tratado de forma normal  ─, como qualquer outro nível de poligamia é inaceitável. É aí    em coisas como essas  ─, que entra a plena ação humana, que até agora tem sido entendida de maneira infantil e sem a devida responsabilidade no texto sagrado, com inocência e desaviso por aqueles que são sérios e de maneira criminosa e fraudulenta pelos que querem se locupletar por meio do Evangelho, quando esquecem que todos nós teremos que dar conta a Deus pelo que fazemos aqui nesta vida...

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E mais, com relação a Salomão, seu reinado, o que se escreveu sobre ele enquanto reinou, e após sua morte dentro do que é importante avaliar com maturidade cada relato bíblico na sua exata informação, conseqüências e condicionantes de cada fato analisado. Na vida de Salomão (Jededias, o amado de Deus), aconteceram claros propósitos de Deus estabelecidos para a sua vida: A promessa de paz no seu reino habilitando-o a ter mãos limpas de sangue para promover a construção do templo, conforme I Crônicas 22. 6-13, sabedoria, riqueza do seu reino e proteção de seus inimigos, conforme I Reis 3. 4-13 e II Crônicas 1. 7-13, quando basicamente durante os seus quarenta anos de reinado não houve nenhuma crítica quanto ao seu comportamento; nem mesmo no início; no episódio da negociação da madeira para a construção do templo com Hirão, o rei de Tiro, cuja negociação não foi da parte de Salomão, na mesma seriedade como fora tratado por Hirão, inclusive quando confiou cegamente na honestidade do filho de Davi e se decepcionou, conforme I Reis 9. 11-13    Ao fim dos vinte anos em que Salomão edificara as duas casas, a casa do Senhor e a casa do rei, como Hirão, rei de Tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de cipreste e ouro segundo todo o seu desejo, deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra da Galiléia. Hirão, pois, saiu de Tiro para ver as cidades que Salomão lhe dera; porém não lhe agradaram. Pelo que disse: Que cidades são estas que me deste, irmão meu? De sorte que são chamadas até hoje terra de Cabul... Salomão não agiu corretamente com Hirão na medida de tudo que ele fizera para a obra do templo. Também no final do seu reinado Salomão deixando-se corromper por suas mulheres, conforme I Reis 11. 1-3    Ora, o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, adomitas, sidônias e heteias, das nações de que o Senhor dissera aos filhos de Israel: Não ireis para elas, nem elas virão para vós, doutra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses, a estas se apegou Salomão, levado pelo amor. Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração... Lamentável tudo isto, e foi registrado para nossa ciência e aprendizado útil. 

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Você que está lendo esse estudo, possivelmente pode estar se perguntando e questionando o motivo e pertinência da minha preocupação quanto à questão divórcio e poligamia... Poligamia, nem pensar sobre isto como normal; e é este o motivo de aproveitar o assunto dízimo    que não é a parte importante do livro do profeta Malaquias e sim os outros assuntos  ─, no entanto, poligamia é agressão desumana ao indivíduo mulher a favor do homem... E o divórcio; não exatamente o divórcio no entendimento moderno e sim o direito unilateral do homem, naquela época, de mandar sua mulher embora por qualquer motivo; que se constituía em agressão e desrespeito, crime e pecado (a lei era humana e religiosa) contra Gênesis 2. 24, e mais uma evidência clara para nós hoje de como devemos ser sérios, verdadeiros e equilibrados no estudo do texto sagrado, quanto à sua parte plenamente humana, conforme o Senhor Jesus advertiu em Mateus 19. 4-8   Respondeu-lhes Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isto deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhes carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. E também que se lembre, reiterando, as outras questões constantes no livro do profeta Malaquias, que são de fato as mais importantes e não o dízimo como procuram incutir na mente dos, não sei se inocentes ou os nada inteligentes interesseiros incautos. 

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E voltando a Salomão, ainda, convêm também analisar coisas do seu reinado que só foram veiculadas no texto sagrado após a sua morte; como historicamente acontece em governos que entram em crise política, quando são sucedidos por governantes que eram anteriormente oposição ou como no caso de Salomão após a morte desses. O continuar em coisas da vida de Salomão se prende a fatos relativos à tributação    que tem relação direta com dízimos  ─, e também a necessidade de estudar o que está contido no texto sagrado na sua exata informação, conseqüência e princípios e regras a seguir ou não. Como já expliquei anteriormente; embora o rei Salomão tenha recebido da parte de Deus: sabedoria, proteção dos inimigos e riquezas; a sua vida no seu agir não correspondeu exatamente às expectativas de Deus para sua trajetória como servo Dele, tanto que, foi Salomão o exato culpado da divisão dos reinos em o de Judá e o de Israel (I Reis 11. 11-13), senão, vejamos ainda o que nos foi informado após a sua morte, conforme os dois textos iguais: I Reis 12. 1-4 e/ou II Crônicas 10. 1-4    Roboão foi  a Siquém, pois toda Israel se congregara ali para fazê-lo rei. E Jereboão, filho de Nabate, que estava então no Egito para onde fugira da presença do rei Salomão, ouvindo isto, voltou do Egito. E mandaram chamá-lo; Jeroboão e todo Israel vieram e falaram a Roboão, dizendo: Teu pai fez duro o nosso jugo; agora, pois, alivia a dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos. Termino aqui o comentário sobre a vida de Salomão; sugerindo-lhe que leia com carinho e atenção o seu livro Eclesiastes; o qual é uma espécie de desabafo dele pela frustração que abate a todo ser humano quando consegue tudo o que quer sem dificuldades, sendo isto muito claro no seu falar quase depressivo, quando lamenta e lamenta e pergunta a si mesmo, conforme Eclesiastes 1. 1-3 ─ Palavras do pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém. Vaidades de vaidades, diz o pregador; vaidades de vaidades, tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?.. O que se tem aqui e em todo o livro de Eclesiastes é o lamento de um homem que ultrapassou tudo aquilo que um ser humano poderia ter, e se você quer entender o porquê de tudo isto. Pense que, não adianta nenhum de nós conseguirmos tudo no mundo, porquanto, ao final, tudo serão vaidades e vaidades (reproduzido 25 vezes no livro Eclesiastes), diremos eu e você. Não consigo imaginar que conclusões futuras chegarão àqueles que se locupletam com expedientes em descordo com a Bíblia e a vontade de Deus, só Deus o sabe. Voltemos ao livro de Malaquias.

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O livro do profeta Malaquias tem coisas importantes da revelação de Deus dada a ele sobre o seu amor ao povo de Israel, contra o divórcio (aqui unilateral) e contra a poligamia, a profecia sobre João Batista e a vinda do Senhor Jesus, e somando a isto, Malaquias se aproveitou para defender interesses financeiros dos levitas, num período do já desgastado ministério deles, e bem próximo da sua extinção... Não há nenhuma conexão entre a existência de levitas com o ministério do Senhor Jesus, porquanto, o escritor aos hebreus diz que melquisedeque e o ministério Levítico foram alegoria do Senhor Jesus, o Supremo e eterno Sumo sacerdote, conforme Hebreus capítulo VII, que vou desenvolver didaticamente ao final desse estudo. 

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Quando digo ter sido a parte sobre dízimos de interesse de Malaquias, isto tem fácil conclusão de valoração na análise do assunto e do livro. O dízimo naquela época já caminhava na direção de sua extinção, como aconteceu na era da graça; no entanto, a ação do Espírito Santo, ainda que, respeitando a nossa intenção de pensar e fazer, como no caso da veemente inserção de Malaquias sobre o dízimo no conjunto das profecias do seu livro; de alguma forma, Ele, o Espírito Santo fez e continua fazendo com que essa ação particular de Malaquias sirva de referencial para estudo e discussão séria sobre o assunto, como é o caso deste meu estudo sobre o dízimo, que tem como referência básica o texto de Malaquias 3. 8-10; que infelizmente é ostensivamente usado pelos interessados no dinheiro alheio.  

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A evolução da Nação Sacerdotal Israel, por meio da qual toda humanidade seria alcançada. Que era o que foi chamado no decorrer da história e é hoje conhecido como teocracia, que pode também ser identificado de maneira etimológica objetiva, como Teo, Theós (Deus) + cracia ou arquia (governo, poder), que inclusive no período do Antigo Testamento fora também estatal (religião da nação judaica).

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Com o início do ministério do Senhor Jesus essa relação se consolidou com o nome de Igreja (grego, Εκκλησία ─ Assembléia), conforme Mateus 16.18    Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra (eu, o Filho de Deus) edificarei a minha igreja, (...). Também, Efésios 2. 20    Edificados sobre os fundamentos dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina. De igual modo, I Pedro 2. 4    e, chegando-vos para ele  (Jesus), a pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para Deus eleita e preciosa. Como foi visto não há mínima possibilidade de associar a alegoria pedra à pessoa do apostolo Pedro; até porque essa alegoria fora didaticamente construída em Isaías 28. 16-19 (sete séculos antes), também foi usada por Pedro e por Paulo; daí a reiteração didática de Jesus em função da afirmação pétrea de Simão Barjonas: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo... Inicialmente essa Igreja, da qual, Jesus é a cabeça; passou a existir (ainda não de fato) com a formação do colégio apostólico ─ uma espécie de Seminário Teológico divino  ─, cujo pastor (professor) era o Senhor Jesus, pois a Igreja ou igrejas são assembléias, como foi a reunião dos discípulos como liderados de Jesus. Que com o evento do fim do ministério terreno de Jesus; se deu o início efetivo da implantação das igrejas (cada uma, parte da sua transcendente Igreja) ─ as quais, inicialmente na fase da eventual superintendência hierárquica transitória dos apóstolos; nos seus ministérios participaram da sua estruturação (organização) e da sustentação doutrinaria para àquelas e as futuras, quando coube a Paulo a responsabilidade maior nessa preparação teológica, que caminhou até a morte de João, porquanto não há sucessão apostólica ou de maneira bem didática e repetitiva: Não existe nenhuma hierarquia na Igreja de Cristo pós a morte de João.             
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Essa visão anárquica (sem governo supremo humano) da administração das igrejas, já fora sinalizada de maneira visivelmente clara desde o cativeiro babilônico através das sinagogas, como detalhei de maneira grave no meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! No qual mostrei o início das sinagogas  ─ que foram construídas em diversos lugares onde os judeus residissem e, eram administradas independentes do sumo sacerdote isso antes do templo ser reconstruído e também depois  ─, como vemos nos relatos bíblicos do Novo Testamento. Essa ponderação feita aqui (consistente do ponto de vista bíblico e histórico) tem toda uma fundamentação objetiva no livro do profeta Jeremias (Jeremias 31. 31-34), cujo período marca a preparação para o início da era da graça ─ plenamente identificado anteriormente pelo profeta Isaías, o profeta  messiânico  ─, com esse componente principal da descentralização de poder eclesiástico através das sinagogas ─ que marcam esse fracionamento e tendo também a sinalização ou formatação das primeiras igrejas e a clara idéia das nossas modernas Escolas Bíblicas Dominicais, que aparecem em vários textos sobre a presença de Jesus e de Paulo ensinando nas sinagogas  ─; sendo um dos exemplos: Atos 17.9-10 - E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagogas dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que dos que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda a avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se era assim.  
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Outra prova contundente do que tenho ponderado sobre a ausência de chefia acima do pastor na igreja de Cristo é a maneira objetiva com o escritor aos hebreus mostra e explica como entender as alegorias do período do Antigo Testamento, quando após a sinopse de todo o texto sagrado (a Bíblia), feita no capítulo 1.1-3, ele desenvolve uma forte construção (em forma de Midrash, a exegese judaica) da divindade do Senhor Jesus nos 3 primeiros capítulos, e a partir do capítulo 4 ao capítulo 9, faz um relato minucioso de identificação do sumo sacerdote como sendo alegoria de Jesus, cujo sacrifício único fora alegorizado com a entrada do sumo sacerdote no santo dos santos, que no sacrifício do Senhor Jesus, o véu que separava os dois ambientes é rompido definitivamente e com isso só restou a figura do sacerdote, que correspondeu e é hoje o pastor (que no catolicismo corresponderia ao padre), ficando objetivamente claro não ter existido e o poder existir hoje nem de leve a possibilidade de existir hierarquia    como a católica romana, que a cópia a estrutura do Império romano ─, nem  pastoral, como é praticada hoje em dia no meio evangélico. 
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Estou constatando essa mudança clara estabelecida por Deus para a existência de igrejas institucionais (que seriam partes da espiritual Igreja de Cristo, cujo pastor e cabeça é Ele); também usando de maneira grave a terminologia advinda de uma das vertentes do desdobramento do Iluminismo (que fora precedido pelo Renascimento tendo no seu segmento a Reforma Protestante) de contestação ao período negro da supremacia católica romana, na alta e baixa Idade Média e o Absolutismo; que junto a outras como o Socialismo; o ANARQUISMO (também do século XIX), cuja operacionalidade foi considerada como inatingível, entretanto as igrejas verdadeiramente de Cristo têm que ser anárquicas, como as primitivas, e algumas denominações como os batistas autênticos têm essa origem, entretanto algumas estão sendo seduzidas a abandonar esse princípio pelo canto diabólico do poder e da riqueza.      
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Objetivamente, até para melhor entendimento! ANARQUIA, assim como UTOPIA, tem para a maioria de nós, não doutos e até ditos doutos de hoje, o entendimento aculturado de bagunça, confusão, baderna e etc... e, utopia, algo inatingível, fora de propósito e fora de realidade, respectivamente; quando de fato (ver dicionário), UTOPIA ─ segundo a visão crítica de Thomas More ou Morus 1477-1535, corresponde exatamente a como deveriam ser todas as coisas, não fora a nossa natureza má. ANARQUIA, nada mais é que: AN (grego, prefixo de negação), ARQUIA (grego, governo, comando), ou seja, anarquia ─ é não ter um chefe supremo (sem governo) como foi a forma administrativa das primeiras igrejas, com a supervisão eventual e transitória dos apóstolos, que decididamente não se sucedem ou o chefe, das igrejas de Cristo, é Ele próprio. Maravilhoso foi que depois de ter acontecido a Reforma Protestante, tivemos no século XIX, juntamente contra o Absolutismo, surgiu entre as opções de forma de governo secular buscadas como alternativa; a forma ANÁRQUICA que foi defendida como a melhor maneira, pelo francês Pierre  Proudhon (1809-1865), e foi efetivamente detalhada e desenvolvida por dois russos: Bakunin (1814-1876) e Kropotkin (1842-1921, como a melhor forma, a de  se autogovernar sem o comando do Estado).
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Embora concorde que essa forma administrativa seja praticamente impossível para o universo secular (em função do grave conflito de interesses dos seres humanos), no entanto, o mundo espiritual da fé tem que ter essa característica, e em função disto também entendo que decididamente essa deve ser a forma de constituição e administração das igrejas verdadeiramente de Cristo, porquanto não há, de maneira nenhuma o pressuposto de igrejas (que possam efetivamente ser chamadas de sérias do ponto de vista bíblico) com hierarquias e domínio efetivo de uma “chamada matriz sobre filiais”, no que, conseqüentemente aparecerá a figura desses chefões, que biblicamente são anticristos (ocupam o lugar de Cristo na chefia dessas igrejas).   
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O mundo não aceitou a forma anárquica de Governo. Em contrapartida conviveu e continua convivendo com a mono + arquia, o socialismo (que é na realidade uma espécie oligo + arquia) e a efetiva Monarquia versus Parlamentarismo e, as nações de tendência democrática incorporaram aos seus sistemas de Governos a idéia dos três (3) poderes autônomos (Executivo, Legislativo e Judiciário), construída pelo filósofo Charles Secondat 1689-1755 (conhecido como Montesquieu), na sua obra O espírito das leis. Os Batistas passaram a existir dentro da forma neotestamentária da  anarquia, quando são (cada igreja) autônomas quanto a tudo ─ principalmente quanto a bens e receita financeira, todavia fiéis quanto aos princípios bíblicos do universo das igrejas do seu credo denominacional. 
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De fato, as primeiras igrejas (que foram parte, como nós hoje, da Universal e transcendente Igreja de Cristo), eram administradas pelo sistema an + arquista... Todavia o sistema secular de administração sempre foi o da mono + arquia (embora a religião judaica até a vinda de Jesus, também assim tivesse sido). Com o evento do Império romano se tornar “cristão”; a Igreja visível foi capturada pelo Império romano, se tornando, não uma, mono + arquia, e sim de fato uma teo + cracia ou teo + arquia, a partir do Papa ser uma espécie de semideus, a cópia ou sincretismo do Pontifex maximus da religião pagã romana, conforme as profecias de Apocalipse 13. 1 (as sete cabeças) e 17. 10  ─ sete imperadores Pontifex Maximus e os posteriores Sumo Pontífices (Papas), do sincretismo católico romano.
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Com o acontecer da Alta e Baixa Idade Média ─ que teve como parâmetro o seu começo na queda do Império romano do Ocidente em 476 e o seu fim na queda do Império romano do Oriente em 1453. Teve-se dentro desse período a evolução para o modelo administrativo chamado Feudalismo ─ que findou na Idade Media  ─; que é hoje praticado pelos evangélicos pentecostais tradicionais através dos chamados “ministérios”, que têm (cada um deles) várias igrejas de suas propriedades.
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Os Batistas saíram da reforma, como todas as igrejas evangélicas, pois não existiu nenhuma igreja evangélica concomitante à Igreja católica romana; sendo isso profecia bíblica e maravilhosamente com a forma administrativa bíblica, que é da  an + arquia (cada igreja ser autônoma, regendo seus bens e receita financeira através do seu pastor e da sua membresia), na quais, o seu governo supremo é o Senhor Jesus, I Cor. 12.12-31 e Efésios 5.23 ─ cada uma das igrejas formando um corpo, que é parte do corpo maior que é a Igreja, cuja cabeça de todas elas é Cristo, não existe biblicamente igreja que pertença a uma determinada igreja matriz (Feudalismo religioso), nem os impérios neopentecostais.  
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Infelizmente vêem-se hoje algumas igrejas Batistas se desviando desses princípios; migrando para o sistema pentecostal e outras para o sistema que chamamos de burgos; quando se constroem macro templos para comportar mega congregações, que torna o pastor dessa igreja um administrador anticristo (I João 2.18) de grande número de empregados e vultosas receitas financeiras e, na verdade os pastores que serão identificados por Jesus naquele importante (Mateus 7. 20-23) são àqueles auxiliares que pastoreiam a cada fração dessa chamada grande igreja, que é na realidade um grande negócio que tem dentro de si várias igrejas tributárias.
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Lamentável foi que a partir da reforma, alguns grupos efetivamente protestantes tenham preservado parte do sistema hierárquico católico romano (entretanto com certa seriedade), como: a igreja Anglicana é a Católica Romana inglesa, Presbiterianos, Congregacionais, Luteranos, Metodistas e os Adventistas do Sétimo Dia (oriundo dos Metodistas)   que segundo um de seus ministros, o pastor Edgar Silva Pereira, num trabalho disponível na internet ─ oleviataadventista.blogspot.com ; critica ou denuncia que os Adventistas (sua igreja) têm abandonado o sistema administrativo hierárquico-democrático (oriundo do contraponto com o catolicismo, com já expliquei) e segundo ele  evoluindo ou caminhando para o modelo que ele identifica com o construído na alegoria do livro do filósofo Thomas Hobbes, O Leviatã de 1651, semelhante ao Império católico romano e dos neopentecostais... O mais terrível sobre isso são os grupos que nos são mais contemporâneos, os impérios semelhantes à Igreja Católica Romana ─ que foi e é o princípio disso tudo, que muitos de nós indevidamente até elogiamos coisas, como: a igreja do reverendo Moon, a do Paul Yonggi Cho, a Universal do Reino de Deus, a Igreja da Graça, a Deus é Amor, a Mundial da Fé, a Renascer, a Cara de Leão, a Cristo Vive e muitas outras que têm ramificações internacionais. Também os feudos pentecostais?  que são muitos, e foram eles a ponta desse grande iceberg, inclusive, a Igreja Cristã de Nova Vida foi de onde saiu as principais lideranças dessas mega neopentecostais, ver na Internet site   http:pt.wikipédia.org/wiki/igreja_cristã_de_nova_vida , do que é hoje o grande universo das igrejas comerciais, que são muitos e estão seduzindo pequenas igrejas ainda sérias, quanto ao que preceitua a Bíblia, a buscarem formas alternativas de concentração de poder e controle de grandes receitas através de arranjos macros, como: igrejas com propósitos (modelo que corresponde a Burgos), fórmula advinda de Rick Waren, cuja operacionalidade é uma rede extensa de ditos ministros, criando no corpo de Cristo (as igrejas) uma grande empresa, que fica difícil entender, se para pastorear vidas    não sendo esse modelo efetivamente compatível com o pastorear ovelhas? Como o faz a verdadeira igreja de Cristo, e sim o de fato administrar receitas financeiras vultosas desse negócio evangélico com propósitos.
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Nesse modelo quando há problema com o seu líder maior; toda a estrutura, que é composta de milhares e milhares de pessoas, sofre e prejudica tremendamente esse grande universo de vidas; em contrapartida o modelo bíblico que é micro, quando tem problemas com qualquer de seus líderes, isso atinge o pequeno número de pessoas que a compõem  ─ que é característica desse modelo genuinamente cristão. Com relação ao modelo macro; pensemos no seguinte: Uma igreja de 40 mil membros são no mínimo 40 igrejas de mil, e deveriam assim estar divididas e autônomas; pensemos ainda, que considerando um período de culto em torno de duas horas, teríamos 40 coros ─ coros sim! Não deixe que ele acabe na sua igreja, pois ele é o núcleo de nos prepararmos para a vida futura de louvor; teríamos 40 grupos de louvor congregacional, também cantando, teríamos 40 irmãos fazendo solos, teríamos 40 pastores pregando. Deu para entender? Numa igreja de 40 mil membros, para isso acontecer teríamos que despender de duas (2) horas vezes 40 ou 80 horas de culto, ou melhor, dizendo 3 dias ininterruptos e mais 8 horas.       
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De igual modo, esse modelo macro, que é mais ou menos o mesmo sistema do parágrafo anterior: muitos dízimos e ofertas a serem administrados; a partir do fatiar uma mega-membresia em grupos, tais como: células ou grupos disso ou daquilo, sendo um exemplo de “sucesso” disso, o modelo igreja batista da Lagoinha, em cuja membresia estão presentes as inúmeras igrejas an + arquicas, que não existem no grande Estado de Minas Gerais; grandemente carente da presença do Evangelho de Cristo, e se esta estrutura grande e forte lá existe, porque não, batistas, com inúmeras igrejas aqui e ali, porém autônomas? Minas Gerais versus igreja batista da Lagoinha é o maior exemplo negativo do ponto de vista bíblico de crescimento horizontal; essa igreja é sim exemplo de sucesso de mídia, econômico e lamentavelmente vertical (no contraponto do horizontal), ou mais ainda, dentro do efetivo etimológico ─ estomacal ─ terminologia muito usada para o relativo ao que é interno, que é crescer para si mesmo, de maneira humana materialmente egoísta... Os modelos: Pentecostais de Feudos e os Neopentecostais de impérios, nem pensar.  
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Teve-se também desde o Renascimento a crítica veemente ao que ficou sendo chamada de nepotismo ou a autoridade dos parentes dos Papas; que é a praga estranha mais presente em todos os poderes hoje no mundo, quando, de maneira pouco compreensível se vê sucessões ininterruptas aqui e ali, numa plena dinastia, inclusive nas igrejas, até comprovada como anormal, porquanto muitos filhos de pastores afirmam veementemente que: filhos de pastor não são necessariamente pastorzinhos. O filósofo inglês John Locke (1632-1704), quando batendo no Absolutismo disse não acreditar nas idéias inatas, ou seja, filho de rei não era reizinho. A anárquica igreja de Cristo não pode decididamente ser propriedade de nenhum pastorzão e muito menos espólio de sua descendência (dinastia).
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Deus está chamando a cada pastor sério, a pensar efetivamente numa igreja que promova e fomente o crescimento horizontal ou o aparecimento de igrejas em locais diferentes; no interesse do Evangelho do Senhor Jesus, quando esse pastor promova o aparecimento (formação) de outros pastores, na sua igreja e também busque influenciar a outros que assim também o façam... Porque a verdade factual é haver em toda a igreja que tem um número exagerado de membros ─ a deformação preferida por aqueles que têm administração congregacional, que é bíblica transformando-a numa espécie de Burgo  ─, porquanto o princípio bíblico da autonomia das igrejas locais é ainda muito forte entre esses. Nelas as ovelhas não são efetivamente pastoreadas e, o outro fato abjeto e nada espiritual é que o seu pastor ganha status hierárquico de “bispo prefeito” dessa macro comunidade, tendo também nessa mega membresia ─ que historicamente se mostra muito heterogênea, quanto ao procedimento e expectativas espirituais, porquanto, a vertente maior é a da sociabilidade (clubezinhos) em detrimento da espiritualidade.
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Depois desse modelo macro-local (espécie de Burgo), que acaba sendo a fase inicial; do modelo que é unanimidade; sendo o mais usado e o que mais prolifera, é o que chamamos modelo ou ADMINISTRAÇÃO FEUDAL; pois esse modelo contempla a existência de uma igreja chamada matriz, que promove o aparecimento de outras igrejas em outros lugares, sendo maravilhoso isso, pois contempla o crescimento bíblico horizontal do evangelho, entretanto essas novas igrejas são propriedade dessa primeira, e chamadas de pertencentes a esse determinado Ministério; todavia, confesso também que esse fator tem sido o motor do crescimento do número das igrejas Pentecostais, que tem também motivado as tradicionais a migrarem para os chamados renovados (Pentecostais). Essa constatação nos leva a triste conclusão de que o Evangelho de Cristo só “cresce ou crescerá” através de um desses modelos de interesse financeiro, como se vê de fato acontecer...
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Será que aqueles de princípios sérios quanto às verdades bíblicas, vão parar ou continuar nesse ritmo lento de evangelismo, por não haver para si motivação financeira humana? Vamos criar algum outro modelo sedutor humano alternativo a esses ─ para enganar a nossa consciência, que possa servir de motor para gerar motivação em nós? Ou seremos plenamente sérios, isentos de ganância e veremos o Evangelho de Cristo simplesmente como é: O poder de Deus para salvação de todo aquele que crer. Será que nós os ditos evangélicos de hoje vamos caminhar na trilha dos importantes servos de Deus do decorrer da história, os quais, em todos os momentos que participaram de eventos de evangelização; poder-se-ia criar dois gráficos: Um sobre a violência nesses lugares, e outro sobre o crescimento do Evangelho. Cuja leitura desses dois gráficos no decorrer da história, sempre que apontou para evolução crescente do Evangelho, a contrapartida foi da redução da violência; diferente e lamentavelmente, hoje à medida que se diz que o Evangelho está crescendo no Brasil (ascendência no gráfico), miseravelmente a violência tem crescido mais do que a influência das igrejas.          
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Deus está chamando a cada pastor sério, a pensar efetivamente numa igreja de crescimento horizontal, na qual, esse líder incentiva e promove o aparecimento de outros pastores na sua igreja ─ já disse isto anteriormente  ─, e havendo grande crescimento na sua membresia, deve optar, não por criar pastores e pastores auxiliares, e sim, ter a grandeza de avaliar que numa igreja de elevado número de membros, existe vários irmãos que residem em bairros distantes do templo dessa igreja ─ que demanda em alguns casos, gastos com locomoção até iguais ou maiores do que o dízimo, indevidamente  recolhido, por esses irmãos ─, também o morar longe expõe esses irmãos    no caso do culto a noite, a estarem na rua em horários considerados perigosos ─ tanto para os que têm condução própria, como para os que dependem do transporte público, que é escasso nesses horários de menor demanda... Daí, com toda a grandeza, espiritualidade e avaliação raciona; buscar construir em local próximo às residências desses vários irmãos, outro templo, e indicar pastores até então auxiliares para consolidar o aparecimento de uma nova igreja, “que será plenamente autônoma”, todavia incentivada a fomentar essa norma, como é ainda princípio básico para denominações sérias  ─ graças a Deus por isso!
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Outra coisa. Para a nossa vergonha; as Testemunhas de Jeová, muito criticada pelos outros evangélicos    sendo eles também evangélicos e os que mais anunciam Jesus como salvador  ─; estão fazendo de maneira contínua um ótimo trabalho de pregar de casa em casa, e lamentável é, que tenhamos estado a todo o tempo buscando e praticando freneticamente inúmeras chamadas estratégias de evangelismo, e não estejamos  sistematicamente usando a forma simples e eficaz que o Senhor Jesus ensinou aos discípulos; que foi o ir de dois em dois e de casa em casa... E observe que esse trabalho gera de maneira tranqüila o “chamado estratégico grupo de estudo” ─ pergunte ou investigue isso junto às Testemunhas de Jeová ─, só que, maravilhosamente na casa daquele que ainda não recebeu a Cristo como salvador; aquele que está sendo evangelizado, e, outro fator importantíssimo é que esse relacionamento de estudo estará efetivamente ligado com a Bíblia, por interesse dos próprios visitados, e detalhe, isso já estará acordado e estabelecido previamente nos primeiros contatos das anteriores visitas evangelísticas feitas a eles de dois em dois.
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Quando agravei na questão administração e conseqüente manipulação de quantias volumosas, é porque, até sem considerar a questão hierarquia, que não tem definitivamente base bíblica; porquanto a grande concentração de poder administrativo e a presença de grande volume de dinheiro, que só se torna possível com grande concentração de poder administrativo, como se tem visto presentemente na mídia, num volume maior que 10 milhões de reais, são incompatíveis com a Igreja de Cristo e as igrejas institucionais que poderiam ser consideradas suas, pelo fato do modelo neotestamentário ser micro... Fatos como esse, só são compatíveis com igrejas que não são de Cristo, ligadas às instituições que têm o perfil já enumerado e que produzam efeitos, mesmo sendo sete vezes menor (uma mala apenas). Decididamente não podem ter nenhuma relação com o Rabi da Galiléia, que nasceu em um estábulo ─ lugar nada digno para qualquer ser humano, sendo também infecto e com presença de excrementos de animais e teve como berço uma manjedoura. A sua curta estada aqui como humano foi das mais humildes, que Ele diz através de Mateus 8.19-20 ─ E, aproximando-se um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Esse é o Senhor Jesus, o Filho do Deus vivo, que é o bom pastor, que diferentemente da maioria dos pastores e semideuses de hoje, Ele é, segundo o que disse através de João 10.11 ─ Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas...
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 Aos pastores    que deveriam ter a Jesus como exemplo  ─; o Senhor nosso Deus através do profeta Ezequiel já havia chamado a atenção para os seus procedimentos, naquela época e profeticamente para hoje (o mesmo princípio), como consta em Ezequiel 34.1-10, que reproduzirei os versículos 3 e 4 para melhor chamar a atenção dessas questões muito sérias: ─ Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas, não apascentais as ovelhas.  A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornaste a trazer, e a perdida não buscaste; mas dominais sobre elas com rigor e dureza... Essas palavras ditas há vinte e seis séculos passados soam plenamente atuais e não devem ser desprezadas por aqueles que são sérios.         
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Quando digo de maneira veemente que o volume de dinheiro atribuído a esses negócios que se intitulam igrejas de Cristo, os identificam claramente sem compromisso com o Evangelho, é fruto de uma avaliação consciente e séria, pois igrejas localizadas na nossa região metropolitana, com membresia em torno de 1000 membros, que entendo deva ser o número máximo geram receitas em torno de 50 a 70 mil reais, sendo esse valor maior correspondente àquelas, nas quais, a classe média é mais presente entre os seus membros... Milhões de reais decididamente não têm nada a ver com o simples e humilde Rabi da Galiléia, o nosso salvador Jesus Cristo.   
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Assusto-me quando vejo pastores reconhecidamente sérios, evitando criticar essas coisas que se dizem igrejas de Cristo e até as defendendo ─ compreendo que por corporativismo (que não os isenta ou inculpa, quanto a essa omissão), mas não consigo entender como não haver repulsa quanto a isso. Entendo que o Senhor nosso Deus e o seu Filho, o Senhor Jesus ─ tanto que nos tem disponibilizado o seu Santo Espírito para habilitar a pastores e a cada um de nós a termos discernimento, capacidade de ensino e coragem de desapego de estar em acordo com o mundo  ─; para diferentemente ter como prioridade e colocarmos em prática o que manda a Sua Palavra. 
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Isso que tenho ponderado aqui é estudo sério sobre a Bíblia, isso de igual modo é do Evangelho e também isso é estudo sobre a Igreja e as igrejas (instituições), que demanda a necessidade da existência de uma Escola Bíblica Dominical efetivamente alicerçada no simples e pleno estudo da Bíblia, e não nessas impertinentes chamadas contemporizações ─ tem-se que estudar na Bíblia e o que de fato ela diz e ensina  ─; contemporizar os seus ensinamentos (da Bíblia) é coisa minha e de cada um, ainda que com a ajuda do pastor, entretanto sendo imprescindível que permitamos em nós a ação do Espírito Santo de Deus para as conclusões exatamente corretas.
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O usar a terminologia advindo do século XIX, a ANARQUIA, que foi a alternativa de administração (governo) de contraposição à MONARQUIA que junto ao ABSOLUTISMO ─ que tinha dentro de si o componente da TEOCRACIA (usada de maneira exacerbada na época), ser a sucessão dinástica de origem divina  ─; é para mostrar de maneira contundente essa questão de suma importância, que intencionalmente não é estudada.
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Creio como pertinente falar quanto aos grupos que nos são contemporâneos, que enumerei no início, e que se dizem igrejas de Cristo, cuja maneira de operar as questões relativas à fé e compromissos com Deus; são visivelmente anti-bíblicos, nas quais não há nem haverá dificuldade em entendê-los como tais ─ inclusive também por serem, do ponto de vista administrativo totalmente dissociado da correta forma bíblica.
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Nessa pequena avaliação já concluída, quero chamar a atenção para um fato contundente    eu disse fato, que do ponto de vista teórico jurídico coloca todas as igrejas que não são parte da católica romana e não são administradas como ela, como ilegais ─ vou explicar! Se entendermos e aceitamos a idéia de que pode haver nas igrejas de Cristo com chefia acima do pastor (monarquia); então teremos também que aceitar, que essa chefia pertenceria à Igreja Católica Romana através do Papa, porquanto pós as primeiras igrejas, que foram literalmente destroçadas pelo imperador Diocleciano e seu co-imperador Maximiniano da Trácia no ano 303 a 305; e a partir do final desse 5º  século (440-461, o primeiro Papa), o que existiu e existe do ponto de vista institucional foi e é a Igreja católica  romana... O que estou dizendo é que todas as igrejas que têm chefia acima do pastor; está usurpando a chefia do Senhor Jesus, todavia essa atitude nos ditos evangélicos, do ponto de vista humano, os torna até usurpadores dessa pseudo-chefia, que dentro dessa questão humana pertenceria ao Papa, por sermos oriundos da Reforma chamada  Protestante. Porque é o catolicismo o macro poder oriundo do Império romano e identificado na Bíblia como o animal indefinível chamado besta, e os anticristos (I João 2. 18) esses outros poderes menores de práticas anti-bíblicas, são concorrentes daquele maior (os anticristos) dos quais fazem parte todo aquele pastor caça-níquel, que usa o nome do Senhor Jesus, daí a provocação, em dizer que deveriam estar submissos ao catolicismo.
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A abordagem direta quanto ao anticristo (o correto é o plural, I João 2. 18), que foi a denominação dada erradamente ao poder maior identificado no Apocalipse como a besta, pelos teólogos católicos romanos e seguidos pela maioria dos evangélicos, me motiva a transcrever parte de outro livro de minha autoria (ainda não editado), quando faço referencia ao filósofo Nietzsche, que se auto-titulou o anticristo. Essa referencia à Nietzsche    é como que dizer, que gostaria que ele estivesse aqui, vendo todos esses movimentos mercantilistas, quando não consigo nem imaginar o grau de belicosidade, que estariam presentes nos seus possíveis “aforismos” contra esses movimentos que se intitulam evangélicos.   
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Início da transcrição: A discussão metafísica quanto ao ser humano não é parte efetiva desse trabalho, com enfoques na discussão filosófica, até porque a “tricotomia bíblica do ser humano” (I Tess. 5. 23, também a epístola Romanos) só veio a ser filosófica, empírica, racionalmente identificada, sancionada e sistematizada em Freud (1875-1961) Id, Ego e Superego; que em Jung (1770-1831) o Ego ficou “inchado”, se tornando Self    não sei se para significar si-mesmo ou se “para benefício de si-mesmo”    deu para notar que prefiro a objetividade e  pragmatismo de Freud. 
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O ruim e bom quanto ao que antecedeu a Freud ─ Renascimento e Iluminismo ou Idade Moderna e a Contemporânea; foi o embate entre os da corrente do Empirismo e os do Racionalismo, que continuou empurrando a questão metafísica humana para frente, que inclusive não fora resolvida em Aquino (1225-1274), o teólogo preferido dos Seminários. Em Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), isso foi maravilhosamente conciliado, quando disse: Tudo o que é real é racional, tudo o que e racional é real...  Ainda, Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), “coitado, primeira vez”; irônica e tragicamente contemporâneo “de o” psicanalista Freud...  Insurge-se de maneira veemente contra a metafísica e de maneira mais objetiva na direção do que ele chamou ou era conhecido como cristianismo e, se apresentou como o anticristo; quando na realidade, esse cristianismo ─ leia-se catolicismo romano na sua fase de perseguição, e hoje alguns ramos neopentecostais, do qual ele se disse “anti”, é o que foi e é o verdadeiro anticristo, que é também o espólio do decaído Império Romano... Nietzsche, “coitado, segunda vez”; no seu exacerbado antrocentrismo, perdeu o bonde da história em não ter acariciado de maneira terna os descendentes de Zadoque, os saduceus, não ter dedicado a Epicuro todo o amor demonstrado para com Buda    tem isso, tudo a ver sim, analise. Por fim, poderia ter sido um seguidor de Voltaire; que bateu em tudo e em todos, inclusive no judaísmo e no catolicismo, todavia entendeu e soube trabalhar efetivamente a questão metafísica e ao mesmo tempo foi um ótimo antropocentrista e uma das maiores expressões do Iluminismo, sendo o seu Deus metafísico Providencia mais que imanente e transcendente quase que pessoal. Nietzsche, “coitado, terceira vez”; é o homem raro referido por ele mesmo no seu  O Anticristo; o qual, pelo seu tamanho não coube dentro de sua mente    que não o suportou, por ser maior que um homem normal  ─,  daí, eu dizer, que foi irônico e trágico Nietzsche ter sido contemporâneo de Freud.
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Pobre Nietzsche... Paulo, por quem ele aprendeu a nutrir grande ódio    fora muito maior do que ele, e diferentemente se dizia “louco” por amor do Evangelho de Cristo, em contrapartida, de maneira veemente se contrapôs às ciência, filosofia  e saberes outros, “quando usados como meio, para aquele fim, que é Jesus” (não necessariamente contra).  Esse Paulo se mostrou intelectual, racional e cientificamente maior que muitos de sua época, e também maior que Nietzsche, todavia tendo cabido dentro de sua mente, pois perdeu a cabeça ao ser decapitado e não pela loucura; mostrando para Nietzsche como poderia manter a sanidade, ainda que sendo extremamente antropocentrista, todavia não caindo na loucura do niilismo.  Fim da transcrição.    
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Como evangélico, admito que qualquer vendedor de indulgências do passado se escandalizaria com o mercantilismo praticado por certos setores que hoje se dizem servos de Deus... Considerando a teologia católica romana, na visão de juízo a partir do: “limbo, purgatório e inferno”; numa comparação entre “esses” e “aqueles” que vendem e vendiam a fé ─ certamente esses mereceriam o inferno, e aqueles (dentro dessa comparação) talvez até se livrassem do “limbo”...  Aqueles (também comercializavam a fé); vendiam perdão dos pecados ─ o que tornava os que compravam, pessoas de objetivos até nobres ─ buscar perdão...  Esses de hoje são inqualificáveis, porquanto corrompem exatamente o que a Bíblia ensina    que é considerar a Deus, não como o Senhor a ser adorado, e sim, o Deus provedor de todas as benesses materiais que lhe exigimos em nome de Jesus; de quem esses que vendem se apresentam como uma espécie de representante (como aqueles fizeram), cobradores e recebedores do indevido pagamento, para deferirem o recebimento da famosa “benção”...  É possível, que o dito aqui por mim esteja próximo do que seria dito por Friedrich wilhelm Nietzsche contra esses que hoje vendem acintosamente a fé.     
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Sou cristão e creio em igrejas congregacionais sem chefões (como referencial de conjunto de idéias), e quero falar efetivamente como aquele que entende que os que são sérios quanto à fé; atentemos para os genuínos princípios bíblicos, entendendo não caber o que chamo de BURGOS ou igrejas com número elevado de membros.
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Se uma determinada igreja tem número exagerado de membros, terá também invariavelmente que ter um grande número de pastores auxiliares... Esse grande número de pastores inevitavelmente gerará uma estrutura hierárquica interna que na prática parece-me que é maquiada por eufemismos, para evitar o de fato Papa, cardeais, arcebispos e bispos; pois aquele que se reporta àquele, que se reporta àquele outro, que se reporta ao presidente Supremo; são de fato e de direito, partes do conjunto hierárquico, que embora sofismado, de fato existe nessas macro-congregações.                  
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Em tempo, tenho afirmado esse meu conjunto de entendimentos ─ por entender serem estes os princípios mais próximos do ensino bíblico (quando da sua origem), entretanto não faço proselitismo quanto a essa ou aquela denominação ─ até porque, hoje, grande parte dos que se dizem cristãos    lamentavelmente os mais importantes    comungam e praticam de alguma forma essa hierarquia abjeta ─, porquanto Deus e o seu Filho o Senhor Jesus, ensinam a mim e a todos os que queiram ter eterna relação com Eles através de aceitarem a Jesus como salvador; a  pregarmos o Evangelho a toda criatura, conforme Atos 1.7-8 ─ Respondeu-lhes: a vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra. Mateus 28.20 - Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos... Eu, como qualquer pessoa que receba o Senhor Jesus com salvador, tenho a obrigação de anunciar a Jesus como salvador e a concomitante delegação de ensinar os Princípios bíblicos, os quais Princípios, entendo estar fazendo, também aqui, de maneira séria.
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Por fim, sem alarde, de maneira determinada e constante, sigamos os princípios bíblicos a nós ensinados no texto sagrado; que será levar plenamente em conta o que nos adverte o escritor aos Hebreus 2.1-4 ─ Por isso convêm atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas. Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu justa retribuição, como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade.  
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Antes de qualquer consideração objetiva sobre os diversos pontos, gostaria de dizer, que a “questão estratégia é não ter estratégia...” ─  Jorge, você sabe o que está falando, me questionariam    Jesus ensinou estratégias e as usou em seu ministério? Sei sim, exatamente do que estou falando... Quando falam e falam de estratégias, inclusive com o pressuposto de necessária, a grande maioria tem a idéia de que as usadas por Jesus estariam obsoletas ou para alguns, nem eram necessariamente estratégias, mas sim, o agir de forma aleatória em função da demanda daquele momento.
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Quando faço essa afirmação forte na direção de estratégias é para ser entendida exatamente contra o que denomino de “estrategismo exacerbado”, que nada mais é o que dissera Nicolau Maquiavel na sua obra, O Príncipe: Os fins justificam os meios    quanto ao que dizem sobre essa fala de Maquiavel, ler o subtítulo Considerações iniciais do Blog, endereço    www.socratesplataomachado.blogspot.com   ─, quando, hoje, se faz de tudo para lotar os templos a todo custo, com objetivos muitas das vezes, nada nobres.   
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Pastores, essas palavras amargas não têm absolutamente nada a ver com esse ou aquele irmão (como pessoa) específico; todavia tenho grandes reservas quanto aos exemplos de igrejas citadas por muitos irmãos, as quais, lamentavelmente (perdoe, a meu juízo) são exatamente aquilo ─ embora profetizado que aconteceria  ─, que não corresponde ao que Jesus e seus apóstolos ensinaram e nos delegaram fazer.
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É um fato incontestável que o crescimento considerável em igrejas evangélicas está invariavelmente ligado a estratégias, aberturas e comportamentos mais liberais, que de forma alegórica, seria o caminho largo e espaçoso e não a porta estreita... Isso permite que se crie uma metáfora aritmética, mais ou menos assim: Jesus afirmou    usando uma parábola para isso, que na seara a ser colhida no juízo tem em si trigo e joio ou nas igrejas temos no seu rol de membros, salvos e perdidos. Considerando para salvos a letra S, para perdidos a letra P... Primeiramente teríamos que, se tem nas igrejas, salvos e perdidos, podemos afirmar que nos membros das igrejas há P e S.
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A metáfora aritmética de que falei tornam-se conseqüentes da seguinte maneira: Sendo P perdidos e S salvos. A igreja que adota a estratégia do caminho e porta larga terá nos seus membros P > S; no entanto, logicamente, a igreja que segue a Palavra de Deus adotando a porta estreita terá no seu rol de membros P < S. A conseqüência maior de ter P > S é que o pastor dessa igreja terá efetivos problemas com o joio ou lobos dentro do seu rebanho, que fatalmente contaminará os demais. Sendo a contrapartida disso, a igreja com S > P, quando, nessas, as coisas acontecem de maneira tranqüila e sem maiores problemas para o pastor.
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Ainda, a questão substantiva quanto a assunto igreja é que igreja (grego, ’Εκκλησία ─ assembléia, grupo de pessoas) não é e não deve se tornar em clubezinho de amigos que pagam para ali estar, enriquecendo os seus líderes, os quais usam vários títulos e nomes buscando cooptar inocentes crédulos... Nada contra clubezinhos de amizade, cuja finalidade seja exatamente esta, no entanto, o que não se pode aceitar como normal é o Evangelho de Cristo ser usado com fins que não sejam o estabelecido pelo Senhor Jesus e seus apóstolos, conforme II Pedro 2. 2-3 ─ E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita... E quanto ao denunciar essas coisas estranhas ao Evangelho, o Senhor Jesus nos manda assim fazer numa advertência séria, que não deve ser ignorada por aqueles que amam a Deus, conforme Lucas 19. 40    Ao  que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão. 

                          VOLTA À QUESTÃO DÍZIMO
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Após essa retrospectiva de fatos, momentos, acertos e lamentáveis deformações quanto ao entendimento e prática das coisas de Deus; vou caminhar de forma objetiva na questão dízimo e ofertas numa visão bem mais próxima de nós ou efetivamente contemporânea, no que diz respeito a sua legitimidade ou não hoje, como está sendo praticado e o que se pode dizer exatamente sobre isto.

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              Todo aquele e/ou aquela dita igreja que recebe dízimos (por entender isto vigente na era da graça) e ofertas por bênçãos e milagres no pressuposto de serem oriundos de ações suas; estão praticando crime bíblico (ilícito cristão) de apropriação indébita contra a Constituição da fé humana, que é a Bíblia e os preceitos de procedimentos que regem pós o ministério de Jesus (era da graça) os atos de todos nós, os escritos do Novo Testamento, quando diz, II Pedro 2. 1-4 ─ Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócios; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita. De igual modo, o texto quando Jesus disse em Lucas 6. 24-25    Mas ai de vós que sois ricos porque já recebestes a vossa consolação (...). O texto de Mateus 24. 24,  usado como referência importante para o estudo é o seguinte  Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que se possível fora, enganariam até os escolhidos. E outros textos como: I Timóteo 6. 9-11 ─  Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.  Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmo com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.  Também I Timóteo 6. 3-7 ─ Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, disputa de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro; e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento. Porque nada trouxemos para esse mundo, e nada podemos daqui levar; tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. Mas os querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.

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E o dito por Jesus quando da formação da comissão dos doze, conforme Lucas 9. 1-6,  Marcos 6. 1-13 e Mateus 10. 1-16, da qual reproduzo o versículo oito, que é uma antítese do que ensinam os mercenários da fé ávidos por dinheiro    Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes de graça daí... Crimes esses, que se fosse estabelecido um tribunal regido pelos ensinamentos do Senhor Jesus e seus apóstolos para julgar a procedência ou não da cobrança de dízimos; com toda certeza, os recursos tomados dessa maneira indevida    do ponto de vista cristão  ─; fatalmente seria determinado que tudo fosse devolvido com juros e correção monetária àqueles que de boa fé acreditaram serem devidos a essas instituições não bíblicas quanto a esse procedimento e muitos outros que têm prejudicado a fé verdadeira segundo a Bíblia.      

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         Quando qualquer pastor ou aquele que age como uma espécie de semideus, donos de igrejas, lhe chamarem de ladrão com base no texto de Malaquias 3. 8-10 e lhe atribuir falta de fé, quando você diante de pagar o aluguel de onde mora e/ou comprar remédios não pagar o dízimo, lhe dizendo não estar você confiando suficientemente em Deus. Devolva-lhe a acusação de falta de fé; porquanto a primária e real falta de fé é aquela do líder que se diz chamado por Deus para o ministério pastoral e não tem fé suficiente para acreditar que Deus moverá os corações dos fiéis a ofertarem para o sustento da sua obra; e não que o dito pastorzão semideus precise ter com segurança um recolhimento compulsório polpudo de dízimos e ofertas regulares... Quem é que não tem fé, afinal de contas?  

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         Inclusive, quando qualquer líder cristão que acusa os fiéis de sua religião de ladrão, a partir de Malaquias 3. 8-10 incorre em crime de injúria e difamação, porquanto o pagar dízimos a qualquer igreja dita cristã não é devido, conseqüentemente não se constitui em ilícito cristão o não entregar dízimos. Pelo fato de não haver a mínima relação do que disse Malaquias sobre o dízimo com qualquer igreja cristã ou dita cristã; pelo elementar fato, de que, o dízimo era uma tributação do Estado-religião judaica, não tendo qualquer religião cristã ou qualquer cristão a obrigação de pagá-lo, diferentemente, como disse antes, o cobrá-lo dos fiéis se constitui em ilícito bíblico... Ou você entende e crê ou lavaram (alienação) sua mente a ponto de acreditar que Jesus e seus discípulos não conheciam o texto de Malaquias 3. 8-10, e por este motivo não o citaram e em conseqüência as igrejas não o praticaram, no entanto, agora, os maravilhosos líderes evangélicos servos de Deus descobriram que o Senhor Jesus e seus apóstolos erraram em não saber disto e praticar, daí a indevida prática voraz dessa cobrança exacerbada.   

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         Após essas considerações é possível que os interessados na continuidade e recrudescimento dessas deformações apelem para o dito crescimento do evangelho (Evangelho, sim é o do Senhor Jesus) no Brasil; o que é tremendamente lamentável na maneira como está acontecendo e o que se tem gerado nas pessoas atingidas (cooptadas), na sua fé, conhecimento e prática; quando esse crescimento não se dá nas igrejas históricas tradicionais e defensoras do Evangelho verdadeiro e sim em nichos novos; cujo discurso básico é o do ecumenismo da relativização da fé focado no ofertar, ser curado de doenças e receber bênçãos materiais.

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         Isto, conseguido por meio dos veículos Rádio e Televisão com programas cuidadosamente preparados por material editado sobre curas, cuja materialização é predominantemente de conseqüência psicossomática de ação posterior...   O que chamo de ação posterior é aquela cura que acontece muito depois de uma determinada oração ter sido feita; ou seja, alguém (um desses ditos iluminados que nos pedem dinheiro) faz determinada oração com características universais ─ para todo aquele que em qualquer tempo, em qualquer lugar, leve quanto tempo levar; a ouça num determinado programa de Rádio ou Televisão; no qual, essa oração, previamente já fora contemporizada, porquanto, inteligentemente ele a fez com a construção de como se estivesse falando comigo e contigo ontem, hoje, amanhã ou qualquer dia que esse programa vá ao ar.

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Também nesse processo e maneira de fazer há três nichos de procedimento que são indevidamente usados, que são: o tratamento psicológico, aí está o erro teológico; junto a problemas familiares, também quanto ao uso de drogas; quando fazem literalmente procedimentos de psicólogos e psicanalistas,  e alguns até o são; num claro exercício ilegal da profissão, se avaliado o que realmente se pode fazer do ponto de vista evangélico. Que confesso serem esses como evangelistas, ótimos psicólogos e psicanalistas, sem o ônus do perigo de erro profissional, que é remetido para Deus no motivo da falta de fé do crédulo inocente útil. De igual modo, os casos que deveriam ser tratados por psiquiatras; são remetidos para ser tratado como possessão demoníaca, quando qualquer sintoma com essa semelhança    entendendo que existem casos verdadeiros de possessão  ─, o racional, inteligente e correto é e seria remeter primeiramente essa pessoa a um profissional da psiquiatria, o qual, não sendo o caso da pessoa problema patológico irá identificar isto, porque Deus não é Deus de confusão... Diferentemente, quando de fato existe ação diabólica, sabemos que Jesus e seus apóstolos trataram isto de maneira sumária, com um simples de Jesus, saia! Ou por parte dos apóstolos, saia em nome de Jesus! Entretanto, as entrevistas e o mandar façam isto ou aquilo ─ numa analise inteligente de conivência  ─, é perfeitamente conveniente àquele que é pai da mentira, Satanás; porquanto a ele convém esse joguinho de projetar como semideus o líder exorcista e ao mesmo tempo iludir os crédulos inocentes úteis... E se você não sabe como tratar com Satanás, primeiro tome ciência do que foi dito por Paulo em Romanos 16. 20    E o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés... O problema quanto ao estudo e interpretação do que se lê é muito sério    tanto que se identificou e se classificou desde a terceira década do século passado (século XIX) o entendimento do chamado analfabetismo funcional  ─; ou seja, muitos de nós temos lido vários livros e outras obras escritas, e não as temos entendido. Quando isto acontece com relação à Bíblia, a coisa se torna muito séria, porquanto envolve fé e assertivas ou não quanto a procedimentos e a nossa relação com Deus; que no caso de Satanás, essa fala de Paulo e o que se tem concluído sobre ela, num determinado cântico, inclusive de melodia péssima, isto é até repugnante; e o lamentável e perigoso é interpretar e entender que nós podemos pisar em Satanás, quando o texto diz de forma objetiva: Deus esmagará, tempo futuro, que ainda não aconteceu, passados quase dois mil anos, conforme Apocalipse 20. 7-15, do qual transcrevo somente o versículo 10    e o Diabo (Satanás), que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos... Quanto ao adjetivo breve (com a idéia de curto tempo), isto foi exatamente o desejo e expectativa de Paulo, aqui externada. Após a explicação acima é fácil concluir não haver a mínima possibilidade de seres humanos brincarem com Satanás, como parece fazer os exorcistas de plantão na Mídia, conforme Zacarias 3. 2  Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor que escolheu Jerusalém, te repreenda! Também na carta II Pedro 2. 11    enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciaram contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. E na epístola de Judas 1. 9    Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda. Esses três textos concluem de maneira decisiva não ser correto e possível o teatrinho que se faz nessas ditas igrejas de líderes exorcistas, cujo objetivo é validar o líder caça-níquel, com a plena concordância do pai da mentira, Satanás.

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Do exposto, se pode explicar com toda racionalidade e de forma didática o quanto é perigoso e ao mesmo tempo ridículo, quando, nós inocentes úteis, nos deixamos levar por essas coisas... Se entendermos que só por Deus, o Pai e em nome do Senhor Jesus se poderá contrapor a Satanás, então se faz necessário analisar o que de fato acontece ou está acontecendo no momento que alguém num pretenso trabalho de libertação (exorcismo); quando aquele liderzão se dirige ao dito possesso de demônio, lhe cobrando entrevista, mandando que faça isso ou aquilo (até coisas degradantes para o indivíduo) e depois, como que num passe de mágica, ele ordena que o demônio vá embora. Você e eu, nós os crédulos inocentes úteis; fatalmente ficaremos amedrontados e sem a mínima condição de dizer não a esse líder, ainda que ele nos peça para lhe dar até a nossa roupa do corpo, coisa essa que está acontecendo, quando pessoas retiram poupança, transferem propriedade de veículos e de imóveis para dar às igrejas desses.

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Se eu estou denunciando isto é pelo elementar fato de que realmente está acontecendo e pessoas têm reclamado sobre esse tipo de coisa; preciso também explicar como é possível que esses líderes possam dar a entender que têm e tenham esse poder; se há centenas, senão milhares de relatos, nos quais, parece que Satanás foi vencido. Isto acontece, pelo fato de que quem não tem discernimento espiritual e até pouca inteligência acaba sendo enredado por Satanás; que segundo Paulo, se transfigura em anjo luz (II Coríntios 11.13-15) quando lhe interessa e é ardilosamente sagaz para interagir em eventos cuja conclusão seja contrária ao que a Bíblia ensina e  conseqüente vontade de Deus. Não sei se você esta se lembrando de eventos na TV, em algumas igrejas e em algumas casas, nas quais, o líder ungidão (indevido esse status de unção, como vou explicar em trabalho posterior) brinca com a pessoa possessa, inclusive numa ação ilegal e constrangedora para a pessoa possessa; manda que o demônio faça isso ou aquilo buscando mostrar-se “o poderoso servo de Deus” que faz quer do Diabo e seus demônios, também quando mandam usar isso ou aquilo para que o demônio saia, inclusive, ungindo-o com óleo. Expedientes estes que não têm nenhum poder sobre os demônios, entretanto, na maioria dos casos que se conhece são os que aparentemente dão certo; porque a maioria das pessoas acredita nisto e os espertos da fé sabem que Satanás adora este tipo de cumplicidade. Porquanto o espertalhão fica importante como quem manda no Diabo, e o Diabo fica com a implantação da nova heresia, que acontece também no caso do dito servo de Deus inocente útil, aquele que crê naquilo que viu e entendeu errado e não no ensinado pela Bíblia.

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Caminhando um pouco mais neste ponto específico, como você já deve ter visto em filmes e nos noticiários na Mídia. Há muitos casos de lutadores que são subornados para perder a luta, ou seja, recebem dinheiro daquele com quem vai lutar, para que perca e aquele seu opositor seja vencedor... É algo mais ou menos parecido com isto que acontece com essa espécie de show; nos quais, os exorcistas espertos de plantão    que sabem não ser  Deus  mesquinho, e de outro modo    plenamente misericordioso, que só pedirá contas do que fazemos de errado no juízo final  ; sabem da possibilidade de  fazer este tipo de teatro para  conseguir fama e dinheiro, também agrada a Satanás, fazer com esses uma espécie de cumplicidade (como comparei com o suborno aos lutadores); em que, com total facilidade, zombaria e prepotência. Esses ditos ungidãos mandam e desmandam (em cumplicidade) nos demônios que estão perturbando alguma pessoa; entretanto, sendo isto muito comum acontecer aqui e ali, deveria servir de alerta para querer saber o que está por traz de tanta facilidade, porquanto, quando, de fato um verdadeiro servo de Deus expulsa um demônio, sempre o demônio resiste por algum tempo. Justamente na tentativa de desacreditar a pessoa séria que o está expulsando, diferentemente, quando se trata de alguém que usa métodos não bíblicos, ensina heresias aos fiéis e não é espiritual. Como que, numa espécie de passe de mágica, em cumplicidade o Diabo e seus demônios agem de forma dócil e obediente para dar credibilidade a este, pois lhe interessa o ter como aliado na divulgação de heresias. Devemos ter todo o cuidado com estes pretensos grandes líderes que zombam do Diabo (quando os anjos de Deus assim não fazem e ensinam não fazê-lo, senão veja Zacarias 3. 1-2 e Judas 1. 8-13), derrubam pessoas com paletós, com sopro e usam uma série de coisas que já enumerei, inclusive, óleo para unção. O expulsar demônios é pura e simplesmente dizer: Saia em nome de Jesus! O que passar disto deve ser encarado com todas as restrições e exame, segundo o discernimento que Deus nos dá para tal. 

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Você que esta lendo este estudo, considere tudo o que eu disse até agora, estude a Bíblia, seja mais contestador como os crentes de Beréia (Atos 17. 11), não permitindo que lhe enfiem por goela abaixo toda e qualquer heresia, e comece a lembrar, não para temer o poder de Satanás e dos demônios, porquanto eles estarão sempre subordinados ao poder maior de Deus como estão todos os anjos e nós que somos humanos.  Ninguém se deixe levar por informações erradas de pregoeiros da feitiçaria e até de religiões que se dizem evangélicas; entretanto difundem todas essas coisas sem base bíblica, e se dizem preparados para lutar contra elas, sendo esta causa de Satanás cada vez mais dispor de meios para agir dentro desse mar de heresias.

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         A partir daí (nos casos de cura); eu ou você, inocentes úteis, que estamos ouvindo e/ou vendo este show-man da fé; usamos a fé que o Espírito Santo de Deus nos deu, e é por este motivo que a cura acontece, senão veja-se o que Jesus disse sobre isto: A TUA FÉ TE SALVOU! Do que podemos listar alguns casos que mostram isto no Novo Testamento: A cura da mulher que tinha fluxo de sangue: Mateus 9. 22, Marcos 5. 34, Lucas 8. 48. O cego de Jericó: Marcos 10. 52, Lucas 18. 42. A mulher Cananéia: Mateus 15. 28, Marcos 7. 29.  O cego de Betesda: Marcos 22-26, nos quais relatos é claro por parte de Jesus a construção da conseqüência psicossomática naquele homem cego.  

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         Aproveito aqui, para com todo respeito, reconhecimento e apreço agradecer de todo meu coração, como ser humano e cidadão, aos chamados Doutores do riso pelo brilhante e importante trabalho, feito aqui e ali na visão de solidariedade humana; quando agregam a essa nobre coisa o conhecimento científico, no uso do que chamo, me permitam: Terapia psicossomática concomitante do riso; trabalho esse que tem se mostrado reconhecidamente eficaz do ponto de vista médico, e maravilhoso na sua conseqüência lúdica, que gera felicidade e vontade de viver nos pacientes, inclusive, evolução eficaz no tratamento, e quiçá, a cura... No que, esses homens e mulheres ─ seres humanos como cada um nós  ─, dedicam tempo de suas vidas e habilidades cognitivas a gerar esta coisa, digo novamente, maravilhosa, que já se constitui em patrimônio doado por todos eles (as) a nós seres humanos.    

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         Dando seguimento ao que parei para a justa menção e agradecimento aos Doutores do Riso. Lamentavelmente o que acontece é que eu e você e muitas outras pessoas endeusamos esses que usurpam a glória de Deus, nos tornando seus fiéis contribuintes, inclusive, financiando a construção de templos da religião que estes são uma espécie de Papas    coisa essa que dizemos repudiar com relação à Igreja Católica... Ainda, há milagres que valeria a pena serem investigados e alguns testemunhos também; e com relação a isto bom seria que você que está lendo este estudo procurasse nas locadoras ou na internet o filme que aborda de maneira satírica este assunto; estrelado pelo grande ator de comédias, Stive Martin, o filme, Leap of Faith (título original e inglês), similar (copiado) ao livro de James Randi, The Faith Herlers, cujo título em português (do filme) é: FÉ DEMAIS NÃO CHEIRA BEM, que satiriza essa prática abjeta muito usada nos Estados Unidos que veio para o Brasil com força total... E quanto ao orar pela cura ou solução de algum problema, melhor é seguir o conselho do Senhor Jesus; pelo simples fato de não ser necessário    não estou dizendo que alguém sério não possa orar por outra pessoa. Porquanto, sendo repetitivo, eu, você ou outra pessoa podemos orar por nós mesmos ou por outrem; no entanto, tenho a preocupação de lhe informar não haver, de maneira nenhuma, a necessária dependência do dito iluminado servo de Deus, arrecadador de dízimos e ofertas, e sim, preferencialmente, como Jesus ensinou, conforme Mateus 6. 5-6 E, quando orardes não sejais como os hipócritas que gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que te vê em secreto, te recompensará.                

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         Com relação a verdadeiros milagres e curas feitas pela ação de alguém e não pela fé daquele que recebeu a ação de cura, como são os ditos milagres que estão acontecendo: o da fé da pessoa que o recebeu (a tua fé te salvou) que na maioria das vezes, é pura e exatamente cura psicossomática (ação mental sobre o corpo). As de fato curas milagrosas, que têm componentes e características que estão além do que é tecnicamente possível, os anticristos não fazem ─ não estranhe eu chamar os líderes donos de religiões de anticristos, e quanto a isto leia o Blog, endereço: www.igrejamilmembros.blogspot.com ─, porquanto essa prerrogativa de curas e milagres é muito difícil, e só aconteceu basicamente no início da Igreja. Que foram curas como a ressurreição de Lázaro ─  ressucitação seria o termo correto, porquanto Lázaro morreu posteriormente e aguarda como todos nós a definitiva ressurreição... Vou listar quatro curas (milagres) com essa característica, as quais aconteceram por ação do próprio Jesus, e atentem para o fato, que quando de forma diferente, os realmente milagres nunca acontecerão por mérito de quem quer que seja, senão em nome do Senhor Jesus. As três citações são: A Ressurreição de Lázaro (já citada acima), conforme João 11. 1-44. A ressurreição do filho da viúva de Naim, Lucas 7. 11-17. A cura do homem que tinha a mão mirrada (atrofiada), Mateus 12. 9-13, Marcos 3. 1-5 e Lucas 6. 6-11. O paralítico do tanque de Betesda João 5. 1-16... Essas ações milagrosas por parte do Senhor Jesus aqui identificadas foram plenamente de milagre, como as chamou o grande cientista Sir. Isaac Newton (1643 ─ 1727) quanto à física, matemática, astronomia e as ciências no geral e até lhe devemos respeito quanto à Teologia, que disse ser milagre aquilo que quebra as leis da Natureza, ou seja, não poderiam acontecer por efeito psicossomático para serem usadas por espertos de plantão.  

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         Precisamos, todos nós, da maturidade de fé, grande conhecimento e sensibilidade dos expedientes humanos existentes aqui e ali para nos enredar como inocentes úteis; inclusive, quando argumentam que devemos simplesmente crer na obrigatoriedade dos pagamentos dos dízimos, sistemáticas ofertas e as ofertas votivas parceladas (as campanhas e correntes)    que insistem deva ser entendido como entrega no pressuposto de ser devido  ─;  na tranqüila irresponsabilidade nossa de não nos cabe questionar o uso ou apropriação desses recursos por nós pagos. Quando, diferentemente, o judaísmo entende que depois da destruição do templo, e Jerusalém ter sido arrasada no ano setenta, tendo com isto, feito findar o ministério levítico, o que restou do dízimo foi o princípio de ajuda aos pobres, muito bem praticado pelo Judaísmo no Maasser Ani (os 10% para caridade), que é de responsabilidade do indivíduo, inclusive, no acompanhar o sério uso dos recursos doados. Assim age hoje o Judaísmo, de quem é oriunda a prática do dízimo; e o Islamismo pratica o seu Zacat (2,5% para caridade) que tem a mesma raiz do dízimo do Judaísmo; ambos entendem que o dízimo ser devido aos levitas e ao templo é passado desde o ano 70; e o mantêm tão-somente com princípio de ajuda aos pobres, na qual, aquele que entrega  ─ não à sinagoga ou a mesquita e sim diretamente à pessoa necessitada ou à instituição beneficente, buscando responsavelmente investigar o correto uso desses recursos; coisa essa, obrigação sine qua non daquele que fez e faz a oferta. Têm-se também neste rol as Testemunhas de Jeová que não cobram dízimos dos fiéis para nenhum objetivo.   

119
         No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude voraz o cobrar dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja católica romana   que começou de fato no seu primeiro Papa Leão I (440-461)  ─; posteriormente (final do VI século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade Média   teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao Judaísmo na era da lei; porquanto, como já comentei  o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o Catolicismo não age hoje com a  voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque  recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império Romano do Oriente). O período que compreende ou marca o final da Alta e início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a ascensão política do Islamismo, o Cisma Católico em 1079 e o início da falência do sistema feudal.        

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         Quando digo que não há no Novo Testamento legitimação para cobrança de dízimos; isto, esta afirmação, decorre ou está baseada em não haver em nenhum relato, quer dos evangelhos, o livro de Atos dos apóstolos (que é uma espécie de rastreamento histórico das igrejas), nas epístolas de Pedro, Tiago, Judas. Paulo, no caso da epístola aos hebreus (que entendo ser dele escrevendo de forma anônima), como escritor, de forma objetiva discorre sobre o sacerdócio judaico, a findada função sacerdotal dos levitas e o conseqüente fim do dízimo    por isto não fora praticado pelas igrejas do período do Novo Testamento.

121
         O escritor aos hebreus do que escreveu dedicou ─ daquilo que foi posteriormente identificado como capítulo, isto em toda Bíblia. A divisão em capítulos, por Hugo de Sancto-Caro em 1250, e em versículos por Robert Stevens em 1445 (A. T.) e em 1551 (N. T), do capítulo cinco ao capítulo nove, quando minuciosamente estudou à luz do Antigo Testamento: O ministério exercido pelos levitas, o sacerdócio judaico, o seu final no ministério do Senhor Jesus e o total final do antigo pacto (lei), no qual estava também o dízimo, que nunca existiu como prática cristã e não mais existe para nenhuma igreja que se diga cristã e com seriedade pratique os ensinamentos de Jesus e dos seus apóstolos.


O DÍZIMO E O NOVO TESTAMENTO

122
         No Novo Testamento há a inserção da palavra dízimo dez (10) vezes, e a partir disto os arrecadadores de plantão buscam legitimar esta forma de arrecadação indevida... Vejamos agora com carinho e realidade o que de fato a Bíblia (o Novo Testamento) ensina e registrou na sua parte histórica a sua prática ou não pelos primeiros cristãos, como consta nos relatos do evangelho de Mateus e no evangelho de Lucas.

123
         Estando eu falando agora especificamente dos evangelhos, e de um modo mais ainda específico dos chamados sinópticos; é bom também falar de particularidades que envolvem o estudo desses escritos para se ter maiores informações sobre como a Bíblia foi escrita, como é entendida por essa ou aquela corrente teológica e o quanto é necessário sabermos essas coisas para que se cumpra em nós o que disse Jesus: E conhecereis a verdade e a verdade vos (também, nos) libertará.   

124
         O conteúdo dos três evangelhos sinópticos (vistos pelo mesmo ângulo) é exatamente a narrativa da história embrionária Igreja nascente, que passou a existir de fato pós o evento relatado em Atos capítulo 2 (já disse isto); pela instrumentalidade dos apóstolos, que a partir daquele momento tiveram a plena ação do Espírito Santo capacitando-os para aquele importante e árduo trabalho, conforme os relatos desse mesmo livro dos Atos dos apóstolos. Que tendo sido escritos no período da Igreja já existente; alguns relatos foram influenciados por fatos posteriores, como comentarei de maneira objetiva em livro sobre Escatologia a ser editado... Aguardo de quem queira fazê-lo ─  veja partes dele no Blog, endereço    www.igrejamilmembros.blogspot.com .     
   
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No prefácio do evangelho de Lucas, precisamente no primeiro versículo, ele nos dá a idéia da feitura do seu evangelho ser concomitante a outros relatos, e não cópia de algo existente... No segundo versículo, ele fala da sua preocupação em ter como fonte de informação, pessoas que foram testemunhas oculares dos fatos; que a priori afasta a possibilidade de cópia, pois Marcos não foi testemunha ocular. Também por que o Evangelho de Lucas, e de igual modo o de Mateus, começam as suas narrativas efetivamente desde o princípio da era cristã: Mateus, com nascimento de Jesus, e Lucas, com nascimento de João Batista; também não teria nenhum sentido, que Mateus sendo testemunha ocular de todos os fatos, pois fora um dos discípulos, fosse recorrer a João Marcos que foi informado por outro, possivelmente Pedro; também há a impossibilidade de Lucas ter copiado a Marcos, pois isto o tornaria verdadeiro e mentiroso ao mesmo tempo, porquanto Lucas diz que a sua base de informação foi a de pessoas que testemunharam os acontecimentos, do versículo dois e a parte “a” do versículo três, no qual ele diz ter feito isto de maneira cuidadosa, que contrasta com o Evangelho de Marcos, que é resumido em relação aos outros; todavia, se o absurdo copiar é verdade!? O prefácio do evangelista Dr. Lucas é mentiroso, pois ele não informa que copiou e diferentemente diz que a sua fonte foi a de testemunhas oculares; nas quais decididamente não poderia estar João Marcos, que não viu os acontecimentos.

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            Junte a essas ponderações anteriores, mais esses dados: Dos eventos, parábolas, ou efetivos registros nos três sinópticos, que nas nossas Bíblias recebem subtítulos do editor. Tem-se no de Lucas, que não foi testemunha ocular, entretanto fez um trabalho sério de pesquisa, conforme seu prefácio. Identificando 124 subtítulos ou assuntos... No de Mateus, que foi testemunha ocular, lemos 117 assuntos, e para Marcos, que não foi testemunha ocular como Lucas, tem-se 77 subtítulos ou assuntos.   

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         Nos 124 subtítulos de Lucas, nos 117 de Mateus e nos 77 de Marcos; encontramos nesses três sinópticos, dentre esses assuntos; 53 deles são comuns aos três Evangelhos. Numa comparação entre Lucas e Mateus vemos que eles registraram 64 assuntos presentes nos relatos de um e do outro. A comparação entre Lucas e Marcos está contemplada na comparação entre os três, quando identifiquei 53 registros que aparecem nos três. Agora comparando Mateus e Marcos, tem-se 13 assuntos, que são comuns aos dois, e que Lucas não registrou.

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         Nos 53 assuntos comuns aos registros dos três, tem-se o da parábola do semeador, que está em Mateus 13. 10-17, Marcos 4. 10-12 e Lucas 8.  9-10, na qual, o Senhor Jesus explica o significado dessa parábola e ressalta o valor, a pertinência e o efetivo objetivo delas (as parábolas)... Mateus entendeu essa ponderação do Senhor Jesus, pois registrou 14 parábolas no seu Evangelho... Lucas levou a “sério mesmo” essa ponderação, pois no seu evangelho, tem-se o registro de 24 parábolas no total, sendo 21 tituladas, e mais três outras sem estar titulada pelo editor das Bíblias: Lucas 6. 39-44, Lucas 7. 40-43, Lucas 14. 31-33; já no Evangelho de Marcos, tem-se o registro de somente 5 parábolas... Creio que todas essas ponderações e as anteriores inviabilizam o especular na direção daquilo que denominaram Proto-Marcos (o primeiro que serviu de base para os outros), algo nada racional como foi visto até agora.    

129
         Vale a pena ainda analisar e ponderar  numa visão da possível construção paulatina dos escritos sinópticos... Quando João Marcos, que possivelmente foi informado dos fatos por Pedro, como o ponderado acima por mim    também considerando a dificuldade de escrever certo volume a partir de uma única fonte que não possa a todo tempo estar disponível para informar, é fácil concluir, pelo menos duas condicionantes importantes: Pedro foi informando a Marcos aos poucos, à medida que lhe era possível com ele estar   também, certamente Marcos, por Pedro lhe ser muito próximo e uma importante liderança, acabou tornando-se a sua principal fonte de informação ─; daí pode-se perfeitamente entender a pequena extensão do evangelho de Marcos.

130
         Mateus, tendo sido testemunha ocular dos fatos, lhe foi possível ir paulatina e ordenadamente construindo um evangelho extenso, se comparado com o de Marcos, o qual é mais detalhado e resgata (mostra) o  perfil judaizante do seu autor... Que não foi maior ainda, talvez por ter Mateus somente levado em conta o que a sua memória lhe permitiu reproduzir    no que, uma evidência para isso seria o fato de que embora Lucas não tenha sido testemunha ocular dos fatos  ─, conseguiu escrever nos 24 capítulos do seu relato, mais do que Mateus, pois se tem na reprodução do seu evangelho 1.151 versículos (para 124 assuntos), contra os 1.067 versículos dos 28 capítulos do Mateus (para 117 assuntos), também em função da maior habilidade dialética da escrita de Lucas.

131
         Lucas, como mostrado anteriormente    da maneira relatada no prefácio do seu evangelho, conforme Lucas 1. 1-4 ─; informou que a feitura desse seu escrito, teve o pressuposto de primeiramente informar-se quanto aos fatos e as suas ordenações cronológicas; o que infere que ele inicialmente reuniu as informações conseguidas aqui e ali    buscando juntamente identificar, se as testemunhas foram oculares ou não e se verídica as suas informações (Lucas 1. 3)  ─; posteriormente, já com as informações em seu poder, construiu, com ordenação cronológica a narrativa dos fatos que lhe foram relatados por várias fontes oculares, 124 assuntos, contra 117 de Mateus e 77 de João Marcos... Se você está também cuidadosamente avaliando essa minha segunda construção exegética plenamente alicerçada na hermenêutica, certamente constatará que é sem a menor procedência a idéia de Lucas ter copiado a Marcos... Verá de igual modo, que tendo Lucas construído a sua versão a partir de informações de muitas pessoas; isso lhe permitiu uma construção mais isenta, até de si mesmo e melhor explicada, facilitando isso a sua interpretação, como podemos constatar nas três versões da chamada A grande tribulação (titulação indevida), que misturam juízo final com a destruição de Jerusalém, grafadas em Mateus 24. 15-28, Marcos 13. 14-23 e Lucas 21. 20-24, que no texto do Evangelho de Lucas é claro se tratar da destruição de Jerusalém no ano 70. Isso mostra o pouco que entendemos sobre muitas coisas com relação à Bíblia, e não só não entender; mas também, o sermos mal informados, e o pior e lamentável, é que essa má informação tem se tornado senso comum e usado para nos alienar, não para sermos conduzidos biblicamente como ovelhas (metáfora bíblica) e sim como “gado marcado” da crítica poética da canção do nosso Zé Ramalho.
 
132
            Vou aproveitar essa questão Proto-Marcos  ─ o entender que Mateus e Lucas copiaram a Marcos  ─, para colocar dentro desse trabalho, a sinalização de um futuro estudo sobre o chamado discipulado, que tem vínculo direto com a insinuada relação de dependência entre os sinópticos... Rudolf Bultmann, na sua Teologia do Novo Testamento, que poderia ser chamada de Evolução Cultural, Sociológica e Religiosa do Judaísmo ou ainda o Judaísmo e a sua Helenização Cristã; caminha na direção do Proto-Marcos, e quando vai desenvolvendo citações do Evangelho de Marcos e identifica textos iguais nos outros dois sinópticos ele as denomina de paralelas. É inconseqüente estranhar isto, pois o ideal e perfeitamente normal seria todas as falas de Jesus estarem grafadas nos sinópticos exatamente iguais (por serem o mesmo fato), no entanto cada evangelista registrou as falas na sua própria forma de reproduzir fatos... Tem-se também nesse volumoso trabalho uma acintosa presença de textos grafados em grego, num volume excessivo e sem a devida pertinência quanto ao elucidar problemas de etimologia e muito menos gramatical junto à tradução, no qual, aparecem também textos em hebraico sem a mesma pertinência... Maiores informações sobre a improcedência do chamado Proto-Marcos será feito em estudo futuro.  

133
         Quem estuda com seriedade a Bíblia num todo, encontra desconexões cronológicas em muitas narrativas, entretanto, não creio que isto afete a legitimidade da informação. No entanto, vale à pena e é até necessário que se comente que não há como estabelecer o momento de determinada fala do Senhor Jesus em relação a outros eventos, como a intitulada: Jesus censura os fariseus e os escribas, registrada em Lucas 11. 37-54, isto com registro anterior ao da Entrada triunfal em Jerusalém  como parâmetro cronológico para identificar a seqüência de relato dos evangelistas, sem usar datas  ─; no relato de Lucas do capítulo 19, quando a mesma fala foi registrada em Mateus 23. 1-39, informada por Mateus após o registro da Entrada triunfal em Jerusalém... Sendo que, a informação colocada aqui por mim tem o objetivo de também chamar sua atenção para a maneira simplista e mal-intencionada como esses líderes lhe explicam coisas relativas à Bíblia; quando não há, absolutamente, o interesse de lhe ensinar com segurança o que realmente o texto sagrado ensina; não lhe motivando a estudá-lo, e sim, pura e simplesmente querem aliená-lo como crédulo tributário.    

134
         A primeira menção, que tem dois textos para a mesma fala de Jesus, conforme Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54, das quais cito o versículo 42    Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e da hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas. O total desse texto contempla seis ais, entre elas o dízimo, para um conjunto de treze severas repreensões, como se poderá constatar na leitura de ambos os textos.

135
         Para esta mesma fala de Jesus do texto acima do evangelho de Lucas, a registrada por Mateus 23. 1-39 (o outro relato), que cito o versículo 23    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cuminho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. No total desse texto há oito ais, num conjunto de trinta severas repreensões    afinal, este texto é da mesma fala de Jesus registrada em Lucas 11. 37-54  ─, e no seu todo de trinta repreensões; nos oito ais está à parte relativa ao dízimo, a transcrita acima, que nos dois casos não é o mais importante.

136
         A segunda legitimação buscada para o dízimo no Novo Testamento é parte de uma censura indireta (por meio de uma parábola) Lucas 18.  9-14, A parábola do fariseu e do publicano, do qual, transcrevo o versículo 12   Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho... Quando disse censura indireta; isto se prendeu ao fato de Jesus ter usado uma parábola, aqui nesta espécie de alerta; para chamar a atenção para a falta de humildade, que no caso fariseu, a sua maneira de ser como indivíduo reunia práticas, as quais, a juízo deles (a maioria) os credenciavam como melhores que outras pessoas em tudo o que faziam; que a de dar o dízimo era muito importante, inclusive, dar o dízimo e ser circuncidado era aquilo que mais movia a jactância exacerbada de vários fariseus.

137
         O que se conclui dos textos até agora analisados    os quais são os que aqueles interessados nos dízimos dos fiéis usam na busca de legitimá-lo como devido às igrejas  ─, é que de maneira clara, de fato, essas falas do Senhor Jesus não tiveram de forma alguma, como motivo dar a estender a sua legitimação cristã ou transferir o dízimo da era da lei para a era da graça...

138
         Primeiro, pelo fato da citação do dízimo nessas duas falas teve exatamente o motivo e objetivo de ensinar que não se deveria fazer nada do que os fariseus apregoavam como bom e correto e/ou, em algumas questões, as julgasse pelo procedimento deles, e quanto ao dízimo, o não condená-lo estava exatamente em função do ensinado e comentado nessas falas ter como universo o judaísmo e não a igreja (Jesus referiu-se a lideranças do Judaísmo), que só passou a existir após o evento narrado em Atos capítulo 2, o início do ministério do Espírito Santo... Também, se você observar (ler, estudar) os três textos das duas falas de Jesus, verá que na primeira (Lucas 11. 37-54) há seis ais (repreensões mais graves)    advertência quanto à punição  ─, em treze graves repreensões e na segunda (Mateus 23. 1-39) as repreensões são trinta, dentro das quais há oito ais, como o comentado anteriormente por mim.

139
         Segunda, a questão de dar ênfase às coisas visíveis foi sempre presente na visão religiosa dos fariseus e demais líderes do Judaísmo: identificada de maneira contundente nos dois textos, chamado pelo tradutor de: Jesus censura os fariseus e os escribas (sendo eu repetitivo), com duas inserções para a mesma fala de Jesus (Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54), tendo esses dois textos 30 severas críticas do Senhor Jesus quanto a essa deformação de caráter de mostrar-se importante por meio de ações visíveis... De igual modo, a fala de Jesus, produzida por meio de uma parábola: A parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18. 9-14) teve por objetivo mostrar a importância da humildade e ao mesmo tempo censurar de maneira severa a presunção e jactância que muitas das vezes tem-se enrustida ou flagrante, atrás de uma pretensa santidade, como era a daquele fariseu da parábola.  

140
         Se você que está lendo esse estudo tem realmente interesse em entender plenamente essa e outras questões bíblicas; teve a devida preocupação de ler detidamente os três textos que aparecem a palavra dízimo: o da parábola A parábola do fariseu e do publicano, tem, como as duas da censura, um elenco de procedimentos visíveis dos quais os fariseus se vangloriavam de praticar, conforme já comentei... Nas duas censuras, que correspondem à mesma fala de Jesus, no registro de cada um dos evangelistas: Mateus e Lucas, que têm na sua soma total (considerando os dois, os de Lucas estão dentro do de Mateus) de trinta repreensões, nas quais aparecem oito ais ─ estou sendo repetitivo intencionalmente ─, nos quais, fica também evidente que no texto, nem para o Judaísmo Jesus estava legitimando a prática do dízimo. Senão considerem outras evidencias da preocupação dos fariseus com aquilo que era visível e palpável...

141
         No episódio da cura do Paralítico de Cafarnaum têm-se mais uma evidência dessa visão do satisfazer-se ou ter como referencia tão-somente coisas visíveis por parte dos fariseus, conforme Mateus 9. 26, Marcos 2. 5-11 e Lucas 5. 20-24    E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem, são-te perdoados os teus pecados. Então os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém percebendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Por que arrazoais nos vossos corações? Qual é mais fácil? Dizer: são-te perdoados teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa. Na realidade qualquer um de nós, também, possivelmente faria conjetura semelhante, entretanto, no caso dos escribas e fariseus havia essa exacerbada valorização do que é visível e palpável; e no caso da fé daqueles que introduziram o paralítico pelo telhado, a fé deles não teve a ver com o perdão e a cura daquele homem, conforme ponderei em outros casos identificando-os como fruto de efeito psicossomático.

142
         Ainda, com relação a gostar de coisas visíveis e que poderia gerar prestígio, como se achar o importante servo de Deus por entregar o dízimo, que é parte do elenco das trinta repreensões contidas nos dois textos: o de Mateus 22. 1-39 e Lucas 11. 37-54; há outra dessas coisas censuráveis, por exemplo, na série de assuntos do sermão do monte, quando Jesus falou sobre a forma correta de jejuar    que foi um dos itens da jactância do fariseu na parábola sobre ele e o publicano. Como todo o conjunto de falas do sermão do monte, foi proferido como ensinamento para uma multidão, e não de forma específica como a fala de censura diretamente aos fariseus; daí, o ensinamento sobre o jejum está no ensinar o procedimento correto àqueles ali reunidos e a menção de quem jejua de maneira errada foi identificado como hipócritas (como Jesus chamava os fariseus), conforme Mateus 6. 16-18 ─  Quando jejuares, não vos mostreis entristecidos como os hipócritas, porque eles desfiguram seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estas jejuando, mas teu Pai, que está em secreto, te recompensará... Creio ter ficado objetivamente claro que a inserção do dízimo nos textos chamados de Jesus censura os escribas e fariseus, com o número de trinta repreensões, e no meio delas a inserção do dízimo, não teve a função de legitimá-lo.  

143
         Nesta parte final de estudo sobre os três textos dos evangelhos; agora objetivando não haver ─ como já informado anteriormente  ─, registros no livro de Atos dos apóstolos e nas epístolas da prática do dízimo; pelo contrário o registro de coletas de ofertas com fins de ajuda a irmãos pobres, que justamente essas coletas identificavam não haver a prática do dízimo (como vou explicar com detalhes); e a veemente contraposição do escritor aos hebreus sobre esse assunto dízimo. Sendo que isto se apóia numa anterior informação de Jesus, já descredenciando qualquer prática do período da lei continuar com vigência na era da graça, quando disse, conforme Mateus 11. 13 e Lucas 16. 16    As leis e os profetas vigoraram até João, desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele.   

144
         Até agora somente trabalhei três textos do Novo Testamento, nos quais aparece a palavra dízimo, quando busquei explicar a finalidade objetiva daqueles textos na relação com a era da graça; quando no detalhamento fiz algumas outras considerações buscando dar ao estudo maior abrangência. E ainda vou caminhar um pouco mais, justamente pelo fato de; às vezes, por ignorância e muitas outras pelo puro e simples interesse de beneficiar-se de interpretações erradas daquilo que é bíblico; como no caso dos líderes religiosos daquela época, quando na sua vangloria de dar o dízimo estariam advogando em causa própria, porquanto, os sacerdotes e os escribas eram levitas (descendentes de Levi), também os saduceus (zadoquitas), descendentes do sacerdote Zodaque (Ezequiel 40. 46) eram, de igual modo, levitas; restando agora identificar os fariseus, que também tinham nos seus quadros descendentes dos levitas e/ou de outras tribos...       

145
         Os fariseus eram uma facção séria de conhecedores da lei e tradições do povo judeu... Fariseu significa: separatista, aqueles que buscavam seguir seriamente (bom se fosse verdade) as leis de Deus, tanto que, Deus quando precisou de alguém para ensinar objetivamente sobre o novo pacto. O Evangelho de Cristo; chamou exatamente um fariseu, Saulo da cidade de Tarso, o nosso Paulo, conforme Gálatas 1. 1, 15-116 e Filipenses 3. 4-6... A hermenêutica (do grego, interpretar) é coisa de muita importante; quem não considerá-la terá tremenda dificuldade em entender corretamente tudo o que se escreve, desde literatura, leis (Direito) até o texto bíblico (Teologia); como explico no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM CASMURRO, endereço    www.verdadedomcasmurro.blospot.com ... Considerando o que é bíblico e a hermenêutica; o que se tem com relação à posição defensiva e de vangloria dos saduceus, sacerdotes, escribas e fariseus    os três primeiros, todos descendestes de Levi  ─, e no caso dos fariseus, nem todos, porquanto, Paulo, fariseu por excelência era da tribo de Benjamim, conforme Filipenses 3. 5    circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus, quanto à lei fui fariseu, como possivelmente outros de outras tribos, inclusive de Levi.  

146
         A avaliação hermenêutica da motivação de defesa e vangloria dos líderes quanto ao dízimo remete exatamente para interesse próprio, no que, o pagar dízimo, decorreria de primeiramente recebê-lo como levita, conforme Levítico 23. 18-26 (transcrito no parágrafo de número 21), dízimo dos dízimos, ou seja, para um levita pagar o dízimo, necessário se fazia recebê-lo antes como levita, ou ainda, no entender deles era preciso fazer propaganda da fonte de renda em causa própria, com toda certeza assim fizeram; daí, a reprovação do Senhor Jesus registrada por Mateus e Lucas nos textos transcritos nos parágrafos desse estudo, números: 134, 135 e 136... Do exposto, não se reocupe com o tamanho que este estudo possa atingir em função das ainda sete inserções da palavra dízimo, que estão dentro de pormenorizado estudo do escritor aos hebreus: do capítulo sete ao de número dez, porquanto o estudo já caminha para a conclusão. Daí, em atenção à promessa feita por mim (comentada no início), anteriormente de maneira objetiva no Blog sobre cânticos, endereço    www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com , do qual, transcrevo parte sobre o ministério levítico, para marcar a conclusão deste estudo e a sinalização e evidência da promessa feita anteriormente sendo cumprida... Início da transcrição:
 
147
Começarei a fechar esse pequeno comentário com um lembrete que julgo muito importante e oportuno; que é dizer serem levitas (como a maioria indevidamente quer entender) no sentido figurado do Antigo Testamento; não somente aqueles (homens e mulheres) grandes instrumentistas, grandes cantores (gogós de ouro) e grandes compositores, mas, de igual modo o pastor, mesmo não sendo instrumentista ou cantor e também todos os que prestam serviços no templo. Outro lembrete importantíssimo ─ sendo os brilhantes instrumentistas, as vozes maravilhosas e importantes, e os grandes compositores (considerando que esses dons foram dados por Deus) se lembre de que aquele ou aquela, que vocês não têm dado muito valor; seriam também como vocês, ditos levitas (nessa comparação do que já é passada e não existe mais); porquanto pode acontecer que Deus atente mais para este ou aquele levita que faz a limpeza do templo com todo amor, carinho e respeito a Ele, o Pai e ao seu Filho o Senhor Jesus, do que para qualquer outro dito levita seja: pastorzão, cantorzão, instrumentistazão, professorzão, compositorzão ou qualquer outro “zão”. Ainda, considerando o meu aparente aceitar da continuação do chamado ministérios levítico ─ o fiz tão-somente como elemento didático de comparação  ─, entenda, e isto é plenamente bíblico: o não existir desde o início da Igreja de Cristo, esse dito ministério levítico (que vou explicar com todos os detalhes num trabalho futuro sobre dízimos). Não há nenhum levita no sentido da função na era da graça (leia-se na Igreja), inclusive, não é citada nem dada nenhuma ênfase à tribo de Levi no Novo Testamento, ou pior, o escritor aos hebreus diz de maneira pormenorizada que esse ministério era passado. Que não aparece em nenhuma das igrejas do Novo Testamento e é explicado pelo escritor aos hebreus (reiterando, Hebreus capítulo 7) não mais existir todas essas coisas (inclusive ditas promessas específicas dos judeus) pós o início do ministério do Senhor Jesus, traz do Antigo Testamento somente os princípios morais e espirituais, como o Senhor Jesus e os apóstolos informam de maneira clara no Novo Testamento. Tem muitos espertalhões ávidos de projeção pessoal e ganhar dinheiro com o Evangelho, que aí estão se intitulando muitas coisas e prometendo muitas outras na conta de Deus e de forma concomitante se apresentando com tesoureiros de Deus para receber o dinheiro que Ele não os mandou pedir, como Jesus diz em Mateus 10.8    Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí. Fim da transcrição.
148
         Não existe hoje no cristianismo nenhum cantor ou cantora levita    gospel, ou seja: o que se queira rotular, que seja até levita; contudo, até pode ser  ─, na premissa deste ou aquela, sendo judeus, e serem também descendentes da tribo de Levi, entretanto, de maneira nenhuma levitas no sentido Teológico-cristão... O serão tão-somente do ponto de vista histórico e genealógico    se forem judeus da tribo de Levi. Senão, pergunte sobre isto ao escritor aos hebreus, como também sobre o dízimo.  

149
         Dos dez (10) textos que aparece a palavra dízimo ─ três deles nos evangelhos, já foram detalhadamente mostrados por mim  ─, há ainda sete outros na carta do escritor aos hebreus, os quais ou sobre os quais, eu e você que está lendo este estudo caminharemos de maneira tranqüila, séria e detalhada... Isto será feito basicamente nos capítulos sete, oito, nove e dez, e os textos da palavra dízimo que consta da carta aos hebreus são: Hebreus 7. 2  ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7.  9 (duas vezes); mas, antes identifiquemos alguns relatos de ofertas que foram praticadas na era da graça, que é o modelo de contribuição usado pelos crentes no período do Novo Testamento.

150
         Podemos entender e chamar de ofertas o que foi praticado no pequeno período que denomino de Escatologia de Pedro, entretanto, com as devidas restrições que lhe cabem e procurarei demonstrar, conforme Atos 4. 32-37 e Atos 5. 1-16    Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, por que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formastes este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Para isto, usarei parte de livro que pretendo sobre escatologia, quanto ao qual faço pequena menção no Blog, endereço   www.igrejamilmembros.blogspot.com . Início da transcrição:

151
     O que chamo de Escatologia de Pedro foi o entendimento inicial dos discípulos (excetuando Paulo, ainda não convertido), a partir da interpretação errada que tiveram de uma pergunta de Pedro feita a Jesus, no último momento em que o Senhor esteve junto com eles antes da sua ascensão aos céus...

152
     Jesus, no seu terceiro contato com parte dos discípulos (sete deles), junto ao mar de Tiberíades, na parte final desse relato; aconteceram ou foram registradas três interações (se falou sobre eles) de Jesus para com Pedro e uma para João, que são muito importantes para entendermos as deformações ou maneiras de fazer inicialmente o que Jesus ensinara totalmente diferente do mandado pelo Senhor, vejamos primeiro os relatos de João 21. 18-19    Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levarão para onde não queres.  Ora, isso ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isso, ordenou-lhe: Segue-me. Sobre essa profecia quanto à forma da sua morte (por velhice), Pedro a registrou no início da sua segunda carta, conforme II Pedro 1. 13-15    Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, assim como nosso Senhor Jesus Cristo mo revelou. Mas procurarei diligentemente que também em toda ocasião depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas. Sendo que esses relatos invalidam de maneira contundente a fantasia da tradição católica romana da estada de Pedro em Roma e a sua crucificação de cabeça para baixo ─  inclusive, aceita até por Seminários evangélicos. Antes dessa informação de Jesus a Pedro sobre a maneira como morreria, Jesus fizera-lhe três perguntas (João 21. 15-17) e concluiu pedindo que ele apascentasse as suas ovelhas; que se refere a Pedro ser constituído como o principal apóstolo aos judeus e não o primeiro Papa, pois o primeiro Papa que a história conheceu foi Leão I (440-461)... Se a história não viu Pedro em Roma, se Jesus disse-lhe que ele morreria de velhice, é óbvio que ele não morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma, porquanto não há prova histórica quanto a isto... São tristes, pouco compreensíveis e tremendamente lamentáveis as contradições que atribuíram ao grande apóstolo Pedro no decorrer da história. Ainda, como você deve estar lembrando o que falei sobre os três evangelhos chamados sinópticos, escritos esses basicamente de narrativas de acontecimentos (história), diferentemente, o evangelho de João reúne história e avaliação teológica por parte dele. Que no caso do relato registrado do versículo 15 ao 24 (João 21. 15-24), nos quais, do versículo 15 ao de número 18, o registro é histórico, e no versículo 19, João, na realidade informa um fato posterior     porquanto o seu evangelho foi escrito por volta do ano 90, quando possivelmente Pedro havia morrido de velhice, pois João era bem mais jovem que ele na época do ministério de Jesus... O que disse de forma objetiva, e isto é o exercício da importante e necessária Hermenêutica, senão constate que os versículos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22, referem-se ou é narrativa histórica daquele momento antes da ascensão de Jesus, no entanto, os versículos 19, 23, 24 e 25 é a avaliação dele dos relatos passados no momento em que João estava escrevendo o seu evangelho... Concluir isto é estudo cuidadoso e sério de escritos antigos, textos de Leis e inclusive Literatura, conforme comentei no parágrafo de número 145.                      

153
     Creio que essas duas informações de João sobre o diálogo de Pedro com o Senhor Jesus, tiveram toda a pertinência de estarem contidas nos escritos de João; e quero evoluir na terceira, que se funde ou foi parte importante da vida de João, de Pedro, dos demais apóstolos e de todos os primeiros crentes (que eram todos judeus), que participaram infantilmente daquela espécie comunismo cristão, identificado por mim como Escatologia de Pedro. Prossigamos com a leitura de João 21. 20-23    (...) Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor e deste, que será?  Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quero que fique até que eu venha, que tens tu com isso?  Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 

154
     Se esquecermos do vício da maioria de nós, de buscarmos na Bíblia textos isolados para fundamentar pretensiosos estudos que alardeamos estar fazendo, e com seriedade considerarmos de forma diligente os textos com os seus contextos e principalmente a sua seqüência histórica; ver-se-á ou se vislumbrará para nós encadeamentos e conseqüências de fatos anteriormente narrados, que obviamente se interligam; e o mais interessante    que não podem de maneira nenhuma ser desconsiderados  ─, que é o seguimento de um determinado assunto ter o seu continuar ou conseqüência, na narrativa feita por intermédio de outro escritor servo de Deus, sendo isso feito às vezes de forma intencional (que via de regra identifiquei), e de forma natural como é mais comum, pois acontecimentos, história de um determinado universo de pessoas, estão necessariamente sempre interligados... Entender isso, saber identificar e trabalhar essas informações consiste na mais elementar; entretanto, também a maior e melhor vertente da habilidade e arte dessa coisa que é a importante e necessária hermenêutica.

155
     Após essa pequena avaliação sobre hermenêutica e a necessidade de um estudo mais aprofundado do que chamaria de causa e efeito; creio que podemos agora melhor entender o que denominei de Escatologia de Pedro, referendando-a a explicar o momento atípico ─ que denominei de Comunismo cristão ─, inconseqüente e totalmente improcedente como referencial a ser seguido, conforme o ide e pregai estabelecidos por Jesus.

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     No texto acima do Evangelho de João 21. 20-23 foi informado por ele, que a partir do Jesus ter dito: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isto?”, se criou a idéia ou os discípulos e os crentes entenderam e divulgavam que ele, João, não morreria ou mais precisamente, Jesus voltaria estando ele ainda vivo... A conseqüência disso foi, primeiro (esquecendo o ide de Jesus), a pregação ostensivamente judaica de Pedro com o componente fortemente escatológico ─ sendo esse o ponto maravilhoso, se fosse aos dias de hoje; o que aconteceu naquele momento atípico e cheio de deformações  ─; quando os atos dos discípulos, naquela fase inicial da Igreja foram norteados por esse entendimento da volta iminente do Senhor Jesus, pois ele voltaria antes de João morrer de velhice.

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         Se Deus agisse e estendesse o seu poder somente àqueles que entendem e fazem tudo exatamente como ele determinou; fatalmente não haveria a atuação do seu Santo Espírito em muitos eventos bíblicos... Estou dizendo isso porque é muito claro nos relatos de Atos capítulo dois ao capítulo seis mostrarem uma atitude de ignorar o ide de Jesus por parte dos discípulos; tendo estacionado ali em Jerusalém para aguardar essa pretensa volta iminente de Jesus analisada a partir do possível tempo de vida de João; que gerou o momento, que denomino de Comunismo cristão, quando coisa parecida com essa só veio acontecer em 1525 na Alemanha e pelo mesmo erro. Apud: Harald Schaly, Breve História da Escatologia cristã.  2a  edição; JUERP  RJ 1992    Havia um pastor em Lochal e Holandorf, no condado de Wittenberg, cujo nome era Stiefel, que também, por conta própria, calculou e chegou à conclusão que o dilúvio estava para chegar e que o mundo desapareceria. (...). Com isto pararam todas as  atividades. O arado enferrujava no campo, o gado pastava no roçado e ninguém se importava e com razão. Que adiantava acumular posses, quando o mundo estava para se acabar? Os mendigos que passavam por Lochal experimentavam tempos áureos, pois dali saiam rindo por terem enchido seus bolsos e sacolas. Os visinhos que não acreditavam nas profecias nas profecias de Stiefel também se loclupretavam, quando negociavam e regateavam com os moradores dessas duas vilas. Os porões e dispensa se esvaziavam, e as mesas fumegavam com gostosos, de manhã, ao meio dia e à noite... Pois tudo devia ser consumido, porque quem levaria chouriços, presentes, etc., para a eternidade? (...). Às 7 horas, nuvens escuras vinham em direção do rio Elba, e, às 8, começou a chuviscar, mas ficou nisso, o vento levou as nuvens, o sol saiu. Ai, então ergueram a cabeça, um após outro, olhando para o pastor, que se havia levantado e esfregou as mãos e as ergueu para o céu. Esperai, queridos filhos    disse ele com voz rouca  ─ talvez eu tenha me enganado quanto à hora. Mas já eram 9 horas, depois 10, e as nuvens não mais voltaram e o sol era de escaldar... Creio bastar por aqui; voltemos ao início da era cristã... Que aquele posicionamento atípico lá no início da Igreja, acabou até prejudicando ao casal Ananias e Safira, que em função do gerado naquele momento mentiram ao Espírito Santo; quando informaram estar praticando a comunhão total de bens, conforme Atos 4. 34. 35    Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam  o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.  Esse procedimento totalmente atípico, porquanto não era fruto de um verdadeiro sentimento de generosidade, como a maioria dos que estudam a Bíblia superficialmente entendem; e também é usado indevidamente para fundamentar a infeliz estratégia de igrejas em células, foi sim, o entender, que sendo a volta de Jesus iminente (se fosse verdade), seria até falta de inteligência reter propriedades e riquezas que não poderiam levar; não houve ali naquela época e momento histórico, nenhuma ação de desprendimento e grandeza cristã e sim, a pseudo simples avaliação racional, que até acabou complicando a visão gananciosa de Ananias e Safira, e também não tem nada, absolutamente nada, a ver com dízimos    bi-dízimos, tri-dízimos com toalhas sujas de suor ou outras coisas que eles inventam para tomar dinheiro dos incautos  ─, e nem com ofertas, o que nortearia a vida da igreja em relação aos pobres e àqueles em dificuldades, que diferentemente devem receber e não doar.

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     A conseqüência desastrosa desse proceder foi a de não haver o início e consolidar do evangelismo exigido por Jesus na grande comissão, cuja ordem era e é: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”; que eles não praticaram inicialmente, se tornando necessário Deus agir de alguma forma para acabar com aquela deformação, e o Evangelho começar a ser pregado a todas as pessoas... Coisa que só aconteceu com a perseguição de Saulo, conforme os relatos de Atos 8. 1 e 4    Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. (...) No entanto os que foram dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. A partir daí o ide do Senhor Jesus começou a ser cumprido ou praticado como Ele ordenara, e aquela espécie de Comunismo cristão acabou e não mais aconteceu no período apostólico. Também se faz necessário, um melhor estudo por parte dos estrategistas dos Gs 12 e das células em constatar que não há a mínima possibilidade de associar essa dita estratégia àquele momento atípico que denominei de Comunismo cristão, pois o que se praticou ali, naquele momento, foi exatamente o contrário do que Jesus ordenara a eles que fizessem... Para que você tenha uma melhor idéia sobre isso leia com a máxima atenção os oito primeiros capítulos do livro de Atos e dê uma atenção especial aos discursos de Pedro, nos quais se vê claramente a atitude racista (pregando unicamente na direção dos judeus, Atos 2. 14 e 3. 12), com uma mensagem plenamente escatológica iminente, que começou a perder o seu componente racista na visão que o mandou pregar a Cornélio (Atos 10. 9-23) e a idéia da volta iminente de Jesus ele foi perdendo aos poucos, principalmente em função da zombaria    que mereceram, porquanto o Senhor Jesus mandou que se pregasse o Evangelho e não a sua volta iminente. Que motivou a mea-culpa (justificar-se) que consta em II Pedro 3. 3-14 e, inclusive, nos versículos 15 e 16, de alguma forma confessar ter feito confusão com que Paulo dissera, conforme comentei no subtítulo O pretenso anticristo... A questão substantiva quanto àquele momento de Atos dos apóstolos, a da Alemanha em 1525, a previsão dos Adventistas para o ano de 1844 e das Testemunhas de Jeová para o ano de 1914; foram exatamente inconseqüentes, justamente pelo fato do Senhor Jesus e posteriormente os apóstolos terem informado de maneira grave que a sua vinda seria à semelhança do agir do ladrão (que não avisa), como aparece de Mateus a Apocalipse 16. 15  Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes para que não ande nu, e se veja a sua nudez. Advertência grave quanto à conduta, justamente por não haver data para a volta de Jesus, e sim profecias que se cumpririam antes    a maioria delas (as principais) já se cumpriram.               

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     O outro ponto importante e lamentável foi o fato de que esse Comunismo cristão capitaneado por Pedro, mesmo depois da perseguição de Saulo, e a sua posterior conversão; a idéia da volta iminente de Jesus ainda persistiu por muito tempo, chegando inclusive ao final do primeiro século quando da feitura das cartas de João como comentei no subtítulo O pretenso anticristo (que João ironizou)... Leia novamente esse subtítulo e estude este livro sem preconceito, mas com atenção e carinho, como deve ser a maneira de fazer daqueles que amam a verdade.   

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     Ainda, com relação ao estudo e entendimento bíblico; no decorrer da história esse tem sido o grande problema de todos que nos julgamos aptos e entendedores das coisas de Deus (nós, hoje e aqueles nossos irmãos do passado), daí, vejo até como profética, a pergunta de Filipe ao eunuco etíope (Atos 8. 30), que tem, de alguma forma, cabido a cada um de nós no decorrer da história, pois, temos tido, grande dificuldade no trato com o texto sagrado e a sua correta interpretação, como a dificuldade de Pedro, dos demais apóstolos e crentes do passado. Erro esse, elementar; que está presente em muito do se escreve e se verbaliza sobre a Bíblia; quando ignora liminarmente que os evangelhos e o livro de Atos dos apóstolos são essencialmente relatos históricos    excetuando o evangelho de João, que também mescla narrativa histórica com avaliação plenamente teológica de Jesus e também e de João, como no caso do final do capítulo 21, que agora estamos estudando. No final desse capítulo, até o versículo dezoito, tem-se o seguimento da narrativa histórica; no entanto, a parte “a” do versículo dezenove é uma constatação contemporânea ao momento que João estava escrevendo o seu evangelho (final do primeiro século); indicando o cumprimento da profecia sobre a morte de Pedro por velhice    que certamente já havia acontecido, conforme o informado aqui  ─, e segue a narrativa até o versículo vinte e três, e nos dois versículos finais as suas considerações contemporâneas.    

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     O que procurei informar e motivar aqui é o fato passado e presente que precisa ser mudado, que consiste no vício de fazer doutrina e até estabelecer princípios a partir de qualquer coisa que esteja escrita na Bíblia; que por leviana inferência legitimaria, de fato dizer: isso é bíblico! Esse vício, lamentavelmente    e esse é o grande perigo  ─, tem por traz de si a motivação da nossa idéia pronta que busca desesperadamente base bíblica; e quando encontra alguma coisa parecida, não interessa avaliar melhor com toda ferramenta hermenêutica. Se o encontrado encaixar plenamente no que nós pretendemos... Do exposto, concluo, que ainda que o Senhor Jesus tivesse explicado plenamente: o “se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?” Creio que pouco adiantaria, porque eles (os nossos irmãos do passado) queriam crer na volta iminente do Senhor Jesus. Daí, para melhor ficar entendido o que ali aconteceu e o que significou do ponto de vista plenamente escatológico, vou construir e reproduzir uma paráfrase do que o Senhor disse exatamente a Pedro.

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     Se, está sendo lembrado, como insisti no fato de que a regra básica para fundamentar escatologia tem que prioritariamente vir do livro de Daniel e o de Apocalipse. Que ao dizer isso, você pode concluir ser esse o principal motivo pelo qual o Senhor Jesus foi todo o tempo evasivo e aleatório quanto a fatos escatológicos, sendo preciso (objetivo, claro) tão-somente quando falou sobre a destruição de Jerusalém, que, esse evento, sim, era iminente, como de fato aconteceu. Leia a paráfrase que  faço de João 21. 22    Se eu quero que ele fique até que eu venha. Que tens tu com isso, Pedro? Faça, e continue sem interrupção a obra de evangelismo que vou ordenar a ti e a todos que me receberem como salvador (Atos 1. 8), e não esqueças também o que já te ordenei: apascenta as minhas ovelhas, os judeus. Não te intrometas, Pedro; com essas questões de ordem escatológica, porque, como já te disse: que tens tu com isso, se é a João que darei a incumbência de falar sobre esse assunto? Sei que tu és cabeça dura, como todos seres humanos, e vais se intrometer nisso    que vai fazer com que  tenhas que se explicar quando escrever tua segunda epístola (II Pedro capítulo 3) a judeus dispersos, como também o será a eles, a  primeira  ─, nisso, sei que tu aprenderás; que embora eu tenha vindo para salvar toda humanidade, o teu ensinamento prioritário é aos judeus. Paulo também vai ajudar nessa questão escatologia, mas a complicação já estará feita por ti, e Paulo, de igual modo, se complicará, como tu dirás nessa tua carta com relação a ele: serem essas coisas difíceis de entender (II Pedro 3 15-16)... Não, a questão é que vós não consultastes a Daniel, aquele que estabelece todo o roteiro dos eventos escatológicos; e o pior, não esperastes João escrever sobre esse assunto, que veio a ser a complementação do que escreveu Daniel. Fique tranqüilo Pedro, tu também Paulo e os demais; porque como vou dizer a Paulo (II Coríntios 12. 8),  a minha graça basta a todos vos e como o próprio Paulo dirá  (Romanos 8. 28): mesmo que tenha havido em vós a precipitação bem intencionada, quanto a tudo isto, esse vosso agir, como tudo, contribuiu, contribui e continuará contribuindo para o bem daqueles que me amam.

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     Seria algo semelhante a isso que Jesus poderia ter dito a Pedro e aqueles irmãos que difundiram que João não morreria antes dele, Jesus, voltar para arrebatar a Igreja (João 21. 22-23). Sim! É mais ou menos isso que significaria, aqueles irmãos terem divulgado que João não morreria. Se não foi isso que você concluiu ao ler essa informação nesse texto do evangelho de João; procure ficar mais atento a tudo o que lê na Bíblia, senão as suas conclusões estarão longe do que o texto sagrado realmente diz e ensina. Fim da transcrição... A transcrição concluída agora sobre o que chamei de Escatologia de Pedro foi para que você naturalmente concluir que tudo acontecido no período apostólico ─ o trabalhado no estudo  ─, não houve a prática e não se considerou absolutamente a questão dízimo. 

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     Segue agora os textos que evidenciam não ter havido no período do início da Igreja qualquer tipo de coleta ou arrecadação que não fosse de ofertas voluntárias    o dízimo fora devido e compulsório na era da lei, e na era da graça ele não apareceu  ─; inclusive a partir do motivo da ajuda a irmãos pobres que passavam dificuldades. E o primeiro relato bíblico a seguir se deu dentro do período do ano 41 ao ano 54 (tempo de Cláudio como imperador), quando foi envenenado por Agripina, mãe de Nero, que assumiu o poder após isto neste mesmo ano (54)... Vale à pena, rapidamente informar a chegada de Cláudio ao poder, porquanto sua ascensão marcou o início da intervenção militar ─  que foi de profecia citada por mim no final desse parágrafo ─, na secessão do poder em Roma: O assassinato de Calígula (antecessor de Cláudio), que embora não tenha gerado revolta pela sua perda, fez abrir uma séria crise sucessória, pois não havia nada determinado quanto a quem o sucederia... Enquanto o Senado estava avaliando essa questão; a guarda pretoriana (segurança pessoal dos imperadores, que até então era de Calígula) resolveu proclamar Cláudio como imperador; que considerando a característica pessoal simplória de Cláudio, para o Senado convinha alguém assim; no entanto entende-se que esse perfil de assim agir era uma espécie de auto-proteção de sua vida num possível conflito sucessório; também, esse evento marcou o efetivo início do “golpe militar” na sucessão do poder no Império romano; como aconteceu novamente na sucessão de Nero ─ o ano dos quatro imperadores  ─, que alguns historiadores identificam somente três, no entanto foram de fato quatro como vou mostrar. Com a morte de Nero em 9 de julho de 68, assumiu o poder o general Galba, governando até 15 de janeiro de 69; sendo sucedido pelo general Oton (que só se manteve no poder por três meses), que quando vencido pelo general Vitélio, se suicidou em 17 de abril de 69. Vitélio assumiu o poder e posteriormente foi morto (degolado) pelos partidários do general Vespasiano  em 19 de dezembro de 69 ─ aquele que invadiu a Judéia no ano 66 a mando de Nero  ─, que tendo deixado o seu filho Tito no cerco à Jerusalém, invadida e destruída no ano 70; assumiu o poder em Roma em 20 de dezembro de 69, quando foi aclamado como imperador, portanto quatro imperadores no ano 69: Galba, Oton, Vitélio e Vespasiano. Posteriormente, a partir da morte do imperador Domiciano em 96 ─ 2º filho de Vespasiano; aquele que exilou o apóstolo João em Patmos  ─, começou o que a história chamou de Pax Romana, que se consolidou de Nerva (96-98) até o imperador filósofo Marco Aurélio (161-180), sucedido pelo obsceno e injusto Cômodo (180-192), morto pela guarda pretoriana; aquele do ótimo filme, O Gladiador (o herói general Maximus do filme não pertence à história); a partir de quem findou a Pax Romana, quando império foi leiloado pela guarda pretoriana, e comprado pelo Senador Dídio Juliano, em seguida deposto pelo general Septímio Severo (193 - 211), em quem iniciou a conturbada ascensão dessa dinastia, e em Alexandre Severo (222 - 235) findou no ano 235 a dinastia dos Severos; quando até a ascensão de Diocleciano e seu co-imperador no ano 284, se cumpriu o período profetizado em Apocalipse 6. 4    o cavalo vermelho, que mostra a luta constante pelo poder em Roma (se matassem uns aos outros), e no versículo 5 o cavalo preto (inflação, um queniz de trigo por denário), que corresponde ao período de Diocleciano e Maximiano da Trácia (284-305). Isto e muito mais está plenamente detalhado no livro sobre escatologia que pretendo editar... Identificado o período cronológico em Cláudio e eventos subseqüentes prossigamos com o texto de Atos dos apóstolos.       

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Lê-se em Atos 11. 27-29  Naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia: e levantou-se um deles, de nome Ágabo dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. E os discípulos resolveram mandar, cada um conforme suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. Os textos que serão analisados no seguimento, como este, estão todos ligados basicamente às dificuldades pelas quais passaram os irmãos (os cristãos) da igreja da Judéia, que foram socorridos por meio de coleta de ofertas pelos seus iguais de diversas outras igrejas.     

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     Gálatas 2. 9-10   e quando reconheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas, e João, que pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para que nós fossemos aos gentios, e eles à circuncisão. Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; que procurei fazer com diligência. Este texto de carta de Paulo aos gálatas (no ano 53) é a síntese do que se decidiu sobre ajuda aos pobres, que ele naquela carta estava informando o que acontecera em Jerusalém quando daquela conclusão e preocupação a ser levada em conta. Coisa essa, que se fora normal e praticada a entrega do dízimo pelos primeiros cristãos, aqui, neste relato de Paulo, ele informaria que a decisão dos apóstolos teria sido a de, conforme está em Deuteronômio 14. 27-29 e Deuteronômio 26. 12-13, que retivessem parte dos dízimos arrecadados para doar aos necessitados. Após essas primeiras considerações sobre ofertas e a sua destinação creio já estar perfeitamente claro não ter havido de modo nenhum a presença do dízimo nas igrejas do Novo Testamento. Senão, você que está lendo esse estudo, procure lembrar ou reveja os dois textos do Antigo Testamento transcritos no início, os endereços citados acima.

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     A citação feita por Paulo, em carta ditada por ele e escrita por Tércio no ano 57 (em Corinto), antes de Paulo ir a Roma, conforme Romanos 15. 25-27    Mas agora vou para Jerusalém a ministrar aos santos.  Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto, pois, lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais. Esta carta, que Paulo ditou quando estava com os irmãos de Corinto; e nesta carta entre vários assuntos, Paulo, também faz aos irmãos de Roma apelo no sentido deles, como os de Antioquia, da Galácia, da Macedônia, da Acaia e os de Corinto, de igual modo recolhessem ofertas de ajuda aos irmãos da Judéia.  

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II Coríntios 8. 1-4 ─ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus que foi dada às igrejas da Macedônia; como, em muita prova de tribulação, a abundância do seu gozo e de sua profunda pobreza abundaram em riquezas da sua generosidade. Porque, dou-lhe testemunho de que, segundo as suas posses, deram voluntariamente; pedindo-nos encarecidamente, o privilégio de participarem desse serviço a favor dos santos. Aqui nesta segunda carta de Paulo aos de Corinto, escrita no ano 56 ─ primeira inserção do assunto ajuda aos pobres da Judéia  ─, ele inicialmente aproveitou para elogiar os membros das igrejas da Macedônia, os quais, segundo Paulo, reivindicaram como privilégio, participarem das ofertas aos irmãos pobres da Judéia, diferentemente, hoje, certas igrejas buscam tomar de maneira voraz o dinheiro do pobre.  Coisa que se assemelha ao que diz Aristóteles na obra Ética a Nicômado, diz  Ao contrário, a avareza é ao mesmo tempo incurável (pois considera-se que a idade e as diversas manifestações da decrepitude tornam os homens avarentos) e mais inerente à natureza humana do que a prodigalidade, pois a maioria dos homens gosta mais de ganhar dinheiro do que dá-lo, e esse vício é também muito difundido e se apresenta sob diversas formas, visto que parece haver muitas espécies de avareza. (...)    um enfrenta os maiores perigos por amor ao produto do roubo, enquanto o outro tira dinheiro dos seus amigos, aos quais, devia, em vez disso, dar. Os dois, então, como de bom grado auferem ganhos de fontes erradas, são sórdidos amantes do ganho, portanto todas essas formas de tomar incluem-se no vício da avareza...

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II Coríntios 9. 1-2    Pois, quanto à ministração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Este texto do capítulo nove na sua totalidade é usado para fundamentar o chamam de Lei da semeadura e colheita; quando na realidade este texto refere-se simples e exatamente a ofertas a favor dos pobres da Judéia, os quais foram tremendamente prejudicados pela fome havida naquela região por algum tempo, conforme o registro anterior de Atos 11. 27-29... Agora vejamos como este texto da carta aos coríntios é usado de maneira indevida:     

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O ensinamento didático e comparativo, como o Senhor Jesus fez usando as parábolas, que ainda continuam ─ por esse motivo assim ensinou, pelo componente atemporal delas ─, com toda sua força didática e de facilitação para o melhor entendimento. A partir dessa lógica ponderação; estou, convidando você, leitor, a uma determinada comparação  que, inclusive, vez outra, nos remete para “nos colocarmos no lugar do outro”  para à partir daí entendermos com mais facilidade o ensinamento proposto aqui por mim numa elementar comparação.

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O que estou de forma objetiva dizendo e propondo, é que façamos num dado momento a comparação entre nós e Deus, ou nos coloquemos no lugar Dele; quando pressupomos e exercemos a atitude de considerá-Lo, pura e simplesmente como nosso ente provedor de todas as coisas. Na comparação de nos colocarmos na condição de sermos nós Deus, isto fatalmente nos remeterá para a conclusão de que sendo eu (ou você) Deus    aquele que tem o pleno direito sobre todos os seres humanos, os anjos fiéis e também os demônios. Será que eu (ou você) aceitaria a leviana abordagem de ditos crentes fiéis que dizem gostar deste Deus (que seria eu ou você) porque entendem prioritariamente que Ele, este Deus    que seríamos nós  , é por deveras bonzinho e pronto a atendê-los imediatamente em todos os seus desejos? Será que você (ou eu) veria com bons olhos e aceitaria esse tipo de relacionamento  entenda, que guardada as devidas proporções. Deus (é fácil e elementar concluir assim) certamente não gosta nem aceita esse tipo de relacionamento, que nesta comparação concluímos e temos ciência que não, porquanto nos colocamos no lugar Dele (eu, nem você aceitaríamos); que no Antigo Testamento nos manda amá-Lo (primeiro mandamento) de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento, sem nenhuma contrapartida. E no Novo Testamento nos manda, conforme Mateus 6. 33   “buscar o seu reino em primeiro lugar”. A essa comparação agregue a conjectura do como você (ou eu) se sentiria, do ponto de vista do amor e da adoração, quando aqueles seus ditos adoradores; têm o pressuposto de amá-lo e adorá-lo porque receberão riquezas e toda sorte de bênçãos? Receberia você (ou eu), com alegria e compreenderia pessoas com esse perfil de intenções utilitaristas mesquinhas?

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O sério e ruim, quanto a esse posicionamento (da maioria dos ditos crentes de hoje) é que temos na Mídia e em vários lugares (igrejas) ensinamentos que colidem com essa didática conclusão. E um dado interessante quanto a isto é que nesta mesma Mídia (na TV) há um importante pastor, dentre outros    que é uma espécie de Ícone evangélico, o qual respeito tão-somente pela sua capacidade intelectual   que é aceito e seguido por crentes de inúmeras denominações ; quando nesta sua projeção e aceitação, tem feito em suas  mensagens o uso indevido do que ele chama de “lei da semeadura e colheita” (como muitos outros também fazem); quando, de fato, essa pretensa lei existiria exatamente    não em II Coríntios capítulo nove    que vou explicar com detalhes o porquê não  , e sim, no que fazemos em toda a nossa vida.

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Tanto que, por todo o tempo do seu ministério o Senhor Jesus associou a colheita ao juízo final, conforme Mateus 9. 35-37, Mateus 13. 1-30 (as parábolas do semeador e do joio, que também estão presentes em Marcos e Lucas), Marcos 4. 26-29 (a parábola da semente), João 4. 31-42 (A ceifa e os ceifeiros), em Apocalipse 14. 14-20 (A ceifa e vindima). E se devemos valorar essa idéia de semeadura e colheita como lei, isto, esta lei, teria os contornos que Jesus lhe dera, e os apóstolos seguiram, inclusive Paulo, que a sistematizou exatamente nesta outra direção, que não é a deste pastor, quando escreveu aos Gálatas 6. 7-8  Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não em  II Coríntios capítulo nove (já citado acima), no qual, semeadura e colheita têm uma aplicação didática diferente; que nos remete para ele próprio que ostensivamente diz na Mídia: “texto fora do contexto é pretexto para heresia”; porque o texto em apreço é  sobre beneficência ou ajuda aos irmãos pobres, senão vejamos: No versículo nove (deste capítulo nove de II Coríntios), Paulo faz referência ou transcreve parte do Salmo 112. 9 (II Coríntios 9. 9)    Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o seu poder será exaltado em honra. No seguimento também Isaías 55. 10    Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador, e pão ao que come. Na mesma idéia e entendimento de Paulo sobre o assunto, Oséias 10. 12  Semeai para vós em justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado (fértil, preservado em toda a sua força, para o novo plantio); porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós.  Ainda, o Salmo 126. 5-6 (que foi escrito na volta do povo judeu do cativeiro babilônico)    Os que semeiam com lágrimas, com cânticos de jubilo cegarão. Aquele que vai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de jubilo trazendo consigo os molhos.  É essa a visão e entendimento de Paulo sobre semeadura e colheita; que não tem nada a ver com o vou dar uma boa quantia em dinheiro a este “procurador de Deus” (semeadura) e tenho certeza que Deus vai me dar muitas vezes mais do que eu dei (colheita), quando isso é na verdade a dita Doutrina da Prosperidade; sofismada de forma leviana ou mais precisamente uma espécie de cassino, onde jogamos uma determinada quantia na expectativa de ganhar muito mais, entretanto, seja bereano (aquele que quer realmente saber a verdade, Atos 17. 11-12) e constate que Paulo em momento algum caminhou nessa direção de entendimento. Veja os textos de suas epístolas que aparecerão no decorrer do estudo, e leia novamente o que ele diz objetivamente sobre bênçãos em Efésios 1. 3.

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Ainda, sobre semeadura como alegoria totalmente diferente de riquezas, em I Coríntios 15. 36-37 (falando sobre ressurreição), ele diz   Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. Por favor, não tentem colocar na boca de Paulo nada absolutamente nada que se relacione com a Doutrina da Prosperidade. Buscando ser o mais abrangente possível, ou não tão-somente isto; porquanto creio que você pode melhorar e dar maior abrangência a esse estudo na direção do que é verdadeiramente bíblico. Também dizer não ter eu exatamente o interesse de denegrir o que este importante pastor tem feito via Mídia ─ porque alguma coisa do dito por ele se aproveita ─; entretanto é fato ele sofismar de maneira lamentável o seu alinhamento com a Doutrina da Prosperidade (com a qual diz não concordar, mas seu amor ao dinheiro o faz agir diferente); e outra coisa    a qual pode ser o seu estilo de pregar, já aceito por aqueles que o seguem  , que consiste no uso indevido de excessiva ironia e do jocoso despropositado, inclusive, com linguajar chulo, inconveniente ao púlpito de qualquer líder cristão. Não cai bem a alguém que é uma espécie de referencial evangélico; que pela sua reconhecida capacidade intelectual poderia ser muito mais útil ao Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente nesta questão, que é hoje o nicho de maior atuação de Satanás, esta dita doutrina, que é a comercialização da fé. Por este motivo o Senhor Jesus teve como preocupação desde o início do seu ministério o contestar isto, que ele sabia que se constituiria na poderosa arma de Satanás nos últimos tempos; quando compara os lírios do campo a Salomão em toda a sua riqueza e glória e neste mesmo texto de Mateus 6. 24-33, que será transcrito no todo mais frente, no versículo 26 ele usa a semeadura e a colheita, mais uma vez, totalmente diferente do como o defensor dessa pretensa lei as vê  Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso pai celestial as alimenta... Em suma, pratica do dízimo no Novo Testamento de maneira nenhuma foi ensinado, muito menos praticado; quanto a ofertas, creio ter ficado bem claro quando e como foi praticada...

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Se você está lembrando os dois primeiros versículos do capítulo nove (II Coríntios 9. 1-2), do conjunto de quinze versículos, que é usado indevidamente, também para fundamentar o dízimo, quando diversos pastores lêem esse texto no momento dedicado a esta arrecadação, e como o explicado acima é, de igual modo, usado para fundamentar o que chamam de Lei da semeadura e colheita, quando, entretanto, se isto fosse verdade e o dízimo fosse praticado pela igrejas, como já demonstrei de maneira cabal que não; todavia vale à pena ser mais incisivo repetindo os dois versículos, acrescido do texto de Maquias 3. 10, em vermelho como paráfrase; para a qual, assim seria a construção que segue; se o dízimo fosse verdade para Paulo    Pois, quanto à ministração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Se fosse verdade para Paulo e prática pelas igrejas, do dízimo, naquela época; ele agregaria à sua fala esse texto aqui em vermelho: Por este motivo também vos exorto: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que vos advenha maior abastança. Entretanto nada, absolutamente nada se pensou ou falou sobre dízimos quando se precisou de recursos financeiros na época dos discípulos.   

176
Por fim, estudemos agora ajudados pelo escritor aos hebreus, quanto ao sacerdócio e por conseqüência sobre o dízimo... Para tratar desses assuntos, o escritor aos hebreus o fez desde o capítulo sete até o capítulo dez um detalhado estudo sobre o assunto, quando no capítulo sete, registrou a palavra dízimo sete vezes, as quais são: Hebreus 7. 2  ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas vezes); que foram usadas no explicar a sua relação com o Sacerdócio Levítico, que incluía todos os levitas. O estudo e considerações sobre o sacerdócio, ele o começa por Melquisedeque, que estava antes de Jacó (Israel), pai de Levi e identificou Melquisedeque como sendo alegoria do Senhor Jesus (o sumo sacerdote de fato)... Creio que não será preciso trabalhar detalhadamente esses três capítulos da carta do escritor aos hebreus, porquanto o que vou fazer é transcrever boa parte desse conjunto de textos, de maneira a estimulá-lo a ler a Bíblia com atenção tudo o que ele buscou informar nesse estudo e informação.

177
Como o informado, o assunto sacerdócio levítico, que findou no sacrifício do Senhor Jesus, foi plenamente explicado em três capítulos, o de número sete, titulado pelo tradutor como: O sacerdócio de Melquisedeque era figura do sacerdócio eterno de Cristo, com 28 versículos, em sete dos quais aparece a palavra dízimo e serão transcritos sete desses 28, sendo que na leitura desse capítulo já se entende com clareza ser findo o sacerdócio e ministério levítico e a plena ausência do dízimo na era da graça; desse capítulo sete transcreverei sete versículos. O capítulo oito tem 13 versículos, dos quais, transcreverei três, e foi titulado como: O antigo pacto era um símbolo transitório: Cristo é mediador de um pacto melhor e eterno. Do capítulo nove, cujo titulo é: Os sacrifícios do santuário, por causa de suas imperfeições, repetiam-se, mas o de Cristo é único, porque é perfeito, transcreverei dois versículos, sendo o total do capítulo 28 versículos. O capítulo dez segue o título do capítulo nove e tem 18 versículos, dos quais vou transcrever cinco versículos.

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Seguindo o roteiro acima quanto às transcrições, reproduzo, conforme Hebreus 7. 11 ─  7. 12 ─ 7. 15 ─ 7. 18  ─ 7. 19    7. 24 e 7. 25   De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois, sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz a mudança da lei (versículos 11 e 12). (...). E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote (versículo 15), (...). Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido totalmente) por causa da sua fraqueza e inutilidade (versículo 18) (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus (versículo 19). (...) mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles (versículos 24 e 25)... A ordem dos versículos transcritos é a do início do parágrafo, mas leia todo o capítulo e também a carta aos hebreus na Bíblia.

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Do capítulo oito vou transcrever, conforme Hebreus 8. 1 ─ 8. 2 e 8. 13    Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem (versículos 1 e 2). (...). Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer (versículo 13).

180
Do capítulo nove transcrevo dois, conforme Hebreus 9. 11 e 9. 24    Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação) (versículo 11). (...) quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? (versículo 24).
                                                     
181
         O capítulo dez tem 18 versículos e desses transcreverei somente cinco, que segue o nove no desenvolver do assunto, até porque, o tradutor lhe atribuiu o mesmo título, dos quais cito Hebreus 10. 1    10. 14    10. 15    10. 16  ─ 10. 17    Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano a ano, aperfeiçoar os que chegam a Deus (versículo 1). (...). Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito: Este é o pacto que farei com eles depois daquele dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas eqüidades (versículos 1, 14, 15, 15, 15, 16 e 17). A referência que o escritor aos hebreus faz aqui é de uma profecia de Jeremias 31. 31-34, (629 ─ 585 a. C.) que é exatamente sobre o novo pacto da era da graça e o envelhecimento e nulidade da lei.

182
         Para que se tenha a plena idéia da importância da epístola aos hebreus e como eu, que estudo com seriedade a Bíblia: primeiro não tenho dúvidas sobre a autoria desta carta. Ela foi escrita por Paulo quando esteve preso em Roma até o ano 62, que tendo sido absolvido, nesta primeira vez que foi preso e julgado, retornou a Jerusalém. E na direção de provar isto, não há ninguém no período apostólico que tenha currículo como o de Paulo, e que corresponda ao conteúdo do pleno conhecimento do Judaísmo na questão lei e tradição judaica desta epístola... O motivo do anonimato está em ser Paulo apóstolo aos gentios e a carta ter sido dirigida a hebreus (judeus). Também que se veja a informação que termina esta carta (Hebreus 13. 23-24), que claramente é uma dica intencional para identificar o autor da carta e o lugar de onde veio.

183
         Paulo a começa com uma sinopse de todo o plano de Deus para a humanidade, quando diz    Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, e aos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem também fez o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas. Ainda, nesse primeiro, no segundo e terceiro capítulo, inclusive, em forma de midrash, a contextura, na sua maior plenitude, pois na aglutinação de textos de 9 Salmos e dois do profeta Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato eterno, e não uma simples manifestação do Pai, como quer a Doutrina da Trindade... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira objetiva por meio do escritor aos Hebreus 1. 1-3 (transcrito acima), Heb. 1. 12-13, e Heb. 12. 2... Os demais textos usados são: Heb. 1. 5 ((Salmo 2.7), Heb. 1.7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61. 1), Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1 . 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18 . 2 e Isaías 8. 18)... Daí, até o capítulo dez (10) o assunto foi Moisés e a lei, e o sacerdócio dos levitas; o onze (11) e doze (12) sobre o tema fé, cujo referencial é a base de toda teologia de Paulo, o texto de Habacuque 2. 4, que em Hebreus 10. 38, ele agrava o que Habacuque dissera ─  esse texto é o que encerrará este estudo... O capítulo treze (13) consiste basicamente em considerações finais; leia toda a epístola aos hebreus, porque ela é uma espécie de plano de estudo de toda a Bíblia.                              


IMPLICAÇÕES MACROECONÔMICAS DO DÍZIMO

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Agora nessa parte final pretendo abordar a questão dízimo na sua importante vertente, que é o conseqüente pleno efeito para o bem das pessoas ou não ─ sua implicação macroeconômica, útil ou não para sociedade ─, e para isto me permito analisar até onde possa fazê-lo, ou melhor, sinalizar o assunto numa pequena comparação    que não terei como fazer por falta da disponibilidade de informações confiáveis sobre essa enorme massa de recursos tiradas de maneira não bíblica da economia ─, que tem e terá como objetivo remeter à economistas e sociólogos a oportunidade de fazer tese de doutorado sobre este importante assunto, até por necessidade de transparência e conhecermos o útil efeito macroeconômico ou não desse grande volume de recursos recolhido na economia da maneira compulsória e com indevida coerção, confrontando II Coríntios 9. 7, quando não se tem absolutamente nenhum respaldo bíblico para tal.

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         Como já foi visto no decorrer desse estudo. O dízimo e ofertas com características compulsórias, inclusive, as com o componente de parcelamento, para se atingir quantias maiores    as chamadas campanhas e/ou correntes  e também os famigerados carnês e boletos bancários  ─; cujo problema bíblico, como foi visto até agora, foi e é o não haver respaldo, validação cristã por parte de Jesus e seus apóstolos para essa prática. Que agora quero analisar do ponto de vista macroeconômico...

186
Atualmente o Governo do nosso país pratica uma forma de distribuir renda na direção dos mais pobres, chamado: Bolsa família, que segundo o informado pela ministra que administra essa área; serão destinados a esse programa de distribuição de renda no ano de 2012, recursos da ordem de 16 bilhões de reais; agora com uma espécie de gatilho muito interessante, que é: dar o peixe junto com a vara de pescar (perdoe o coloquial), ou seja, a família cadastrada que recebe o benefício poderá pedir que o benefício cesse, se num dado momento entendê-lo desnecessário, sem que com isto perca o cadastro; que havendo  necessidade poderá solicitá-lo novamente...

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Nesta mesma direção tem-se atualmente o Empréstimo consignado, com recursos de 2.29 bilhões de reais    que pela sua inadimplência zero, permite juros humanos e morais. Também se tem o Micro-crédito, com recursos de 3 bilhões de reais a estimular o empreender por parte dos mais pobres... Enfim, o que estou querendo trazer para o nosso foco de visão é que essas medidas; de alguma forma, têm distribuído renda, ou seja; essa massa considerável de recursos injetada na economia está comprovadamente tendo sua função social, e se parece com o que o Judaísmo faz com o Maasser Ani (o dízimo remetido diretamente aos pobres) e o Zacat (idem) do Islamismo; não sendo exatamente assim no catolicismo e muitíssimo e menos no caso das ditas igrejas evangélicas; quando não se pode precisar se tem ou não função social a grande massa de recursos arrecadados ─ tirados da economia e justamente daqueles que mais precisam desse dinheiro para a sua subsistência ─, por meio de dízimos e ofertas compulsórias, as das espoliativas correntes e campanhas.

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Se nos reportarmos aos dois textos que transcrevi do Antigo Testamento no início, ver-se-á a preocupação do nosso Deus com os mais pobres (isto é regra bíblica), conforme Deuteronômio 14. 27-29     Mas não desampararás o levita que está dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro de tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para  Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. Também o texto de Deuteronômio 26. 12-13    Quando acabardes de separar todos dos dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o ano dos dízimos, dá-los-ás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro de tuas portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas, e as dei ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi nenhum dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

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Como foi visto desde o princípio do estudo; dos 10% correspondentes ao pagamento dos que administravam a Nação-religião Israel, parte dos recursos eram destinados especificamente à ajuda dos mais pobres (beneficência no geral) e isto estava presente em outros textos, como o de Levítico 19. 9-10 ─  Quando fizeres a colheita da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha, deixá-los-ás para o pobre e para o estrangeiro. Eu sou o Senhor teu Deus. Coisa essa, que como foi visto no estudo; tendo cessado o ministério dos levitas; o Judaísmo e o Islamismo ─  que tem a mesma origem  ─, mantiveram esse tipo de ensinamento na direção única de ajuda aos necessitados, isto, com a severa observação de que essa prática seja de indivíduo para indivíduo, ou seja, aquele que dá o dízimo, no Judaísmo e no Islamismo, não o faz à Religião    sinagoga ou mesquita e sim àquele que precisa ou a alguma instituição, a qual, precisam investigar a sua seriedade. Isto, de forma elementar remete para a exata idéia de distribuir renda aos necessitados, quando, embora nós os cristãos, também tenhamos a mesma raiz (origem) do Judaísmo; o nosso procedimento quanto a dízimos é totalmente incorreto, até pelo fato óbvio de não existir legalmente esse direito ─ do ponto de vista bíblico  ─, o dízimo cristão. E o pior, a forma como é recolhido, pela religião, e não diretamente ao pobre.

190
Se esquecida ou colocada de lado essa irregularidade bíblica; restará a pergunta e conseqüente análise, comprovação ou não; se esses recursos cumprem sua função bíblica e social estabelecida desde o Antigo Testamento? Do que, vale à pena e é até necessário que se faça um estudo sério sobre isto, porquanto o texto sagrado deixa bem claro para qualquer um de nós: ser a  beneficência de competência exclusiva da prática da igreja indivíduos  (os fiéis)    as pessoas, aquelas que doam e fiscalizam quem recebem a doação  ─, e não no templo ou na religião, reiterando, igreja são as pessoas ( grego εκκλησία, assembléia)... Sendo repetitivo, o ensinamento bíblico e o seu conseqüente entendimento é que igreja (grego, εκκλησία) significa exatamente Assembléia, grupo de pessoas, e é nesse principal entendimento que aparece (foi escrito, grafado) no Novo Testamento; embora apareça de maneira decorrente com entendimento semântico de instituição: como é usado hoje de forma cultural inadequadamente prejudicial, inclusive já dicionarizaram o templo como igreja.          

191
Sendo repetitivo maia uma vez, nenhuma religião cristã ou dita cristã TEM O DIREITO BÍBLICO DE COBRAR E RECEBER DÍZIMOS, porquanto, as igreja (como instituição) do Novo Testamento assim não fizeram, Jesus não ensinou a fazê-lo e os apóstolos também não validaram essa prática. Isto, pelo fato de igreja (grego, ’εκκλησία) significar exatamente assembléia    grupo ou reunião de pessoas  ─, que do ponto de vista bíblico, lingüístico, etimológico e semântico, igreja nunca será ou significará templo ou religião; por que na verdade templo é o local onde a igreja se reúne e religião, a instituição, a qual a igreja pertence (melhor, faz parte); isto é a informação bíblica e teológica correta, entretanto, o mais importante é o que foi visto neste estudo: não há absolutamente nenhuma menção da prática pelos primeiros cristãos do pagamento e recebimento de dízimos... E às igrejas (as pessoas) cabe hoje pregar o Evangelho e cada uma dessas pessoas (que são as igrejas no conjunto de cada grupo) na medida do possível ajudarem aos menos favorecidos, conforme também já estabelecia o Antigo Testamento em Deuteronômio 15. 11    Pois nunca deixará de haver pobres na terra; pelo que eu te ordeno dizendo: Livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra. Esta ordenança lá no passado fora dirigida à pessoa, o indivíduo, e isto continuou na era da graça, inclusive para nós hoje, como já foi visto no decorrer do estudo... Na Igreja nascente (os primeiros cristãos) não se recolheu dízimos, somente ofertas; e em nenhum momento foi remetida à Religião (a instituição) e sim àqueles que necessitavam da ajuda. Tanto que, o Senhor Jesus quando diante de um jovem que se dizia grande servo de Deus ─ identificando o seu amor às riquezas, como os caçadores das bênçãos de hoje  ─, lhe disse, conforme Mateus 19. 16-30, Marcos 10. 17-31 e Lucas 18. 21-22    Replicou o homem: Tudo isto tenho guardado desde a minha juventude. Quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Com certeza os caça-níqueis de plantão gostariam que Jesus tivesse dito: Entrega tudo o que você conseguiu com a venda dos seus bens ao primeiro pastorzão e/ou a qualquer outro zão que aparecer ou procure aquele que você acha mais famoso e da dita igreja mais poderosa... Graças a Deus (o Pai), o Senhor Jesus não disse isto.               

192
Você, que tem me acompanhado nesse estudo, está? Ou não está?! Se perguntando como é que uma igreja ─ entenda como igreja um grupo pequeno de pessoas, cuja referencial bíblico é sinagoga (120 pessoas, Atos 1. 15)  ─, irá sustentar-se sem o dízimo? E me lembrará também que os textos que citei neste estudo referem-se somente a ofertas para os pobres. Sim, é somente isto que o Novo Testamento ensina sobre dinheiro... Deus, o seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, que habita em nós e nos capacita a agir corretamente; fez, faz e fará sua obra acontecer   como prova a sua trajetória, no agir daqueles homens simples e perseguidos pelo sistema    fizeram o Evangelho chegar até nós ─, não tendo eu, você ou ninguém que cobrar dízimos para fazer esse maravilhoso trabalho, como estou fazendo ao levar este estudo até você; que comprou o seu PC e está doando parte de tempo de sua vida para ler este estudo. Uma coisa que a maioria de nós não sabe é que esse grande volume de dinheiro que compra empresas de Comunicação, constrói macro e suntuosos templos para a honra de seus líderes; a improcedência disto hoje, explicado pelo diácono Estevão, conforme Atos 7. 47-50 ─ Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa (o templo, destruído duas vezes); mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é meu trono, e a terra escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso? Esta é a verdade a partir do ministério de Jesus, que antes não era entendida; como também pagar milhões de reais por horários nobres a essas mesmas empresas é oriundo de dízimos e ofertas compulsórias (campanhas e correntes), não de ricos tributários e sim de crédulos sinceros de pouca renda (escala de muitos), que torna possível arrecadar milhões de reais... Conclua agora com toda calma que pequenas ofertas voluntárias    sem lhe meter medo, sem lhe prometer bênção ou lhe iludindo com pretensa necessidade. Fará o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, voltar a ser poderoso em nós (em si ele sempre foi e será) na sua forma simples, que não dependa dos líderes show men dos milhões de reais... Se alguém quer insistir em ter como base o Antigo Testamento; que o faça na sua figuração e referencial de princípio.
  
193
Paulo, nas suas epístolas usa como referencial básico para todo seu estudo teológico um texto do profeta Habacuque 2. 4, que na carta aos hebreus é usado ostensivamente, no que o tradutor titulou de Exortação a perseverar na fé e O que é a fé: exemplos de fé tirados do Antigo Testamento, conforme expliquei no parágrafo de número 182; sendo a fé o fator (elemento) principal da relação do ser humano com Deus, e é ela (a fé) o mote ou instrumento de manipulação dos líderes caça-níqueis para enredar os incautos e tomar dinheiro deles; entretanto é a fé a base (desculpe a reiteração) do Evangelho do Senhor Jesus, tanto que, este estudo desde o início caminhou por ela, como não poderia ser diferente... Daí, este estudo terminar com o uso de Habacuque 2. 4, num agravamento feito pelo escritor aos hebreus.

194
Para os que gostam de aferir-se pelo Antigo Testamento (a lei) considerem este texto, mas, levando em conta o que é espiritual na obra de Deus e a provisão Dele para mantê-la; que para tal comparação e referendar, o caso da viúva visitada por Eliseu é e será uma ótima referência para os que são sérios (II Reis 4. 1-7), quando ali, enquanto era necessário e havia vasos a serem enchidos do azeite para honrar dividas e compromissos, ele não faltou; de igual modo    sem a arrecadação do indevido dízimo, que não é da era graça  ─, não faltará recursos financeiros para as religiões  sérias que confiam no Senhor, dono da obra; que proverá tudo na exata medida e segundo a regra estabelecida por Ele, quando diz por intermédio do escritor aos Hebreus 11. 6    Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11. 8 ─ Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu sem saber para onde ia. E Hebreus 10. 35-38 ─ Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá pela fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Lembrando o grande teólogo Paulo na sua carta aos Romanos 12. 1-2: Com toda racionalidade cognitiva, com plena fé (que contempla perfeita cognição), humanidade e a concomitante espiritualidade; afirmo com tristeza e decepção como não se tem levado em conta os ensinamentos do Senhor Jesus, e lamentavelmente estão usando o Evangelho para ganhar dinheiro.  
   
195
Eu sendo cristão e cidadão brasileiro, tenho toda autoridade para fazer crítica de valor sobre o universo evangélico; todavia, não estou aqui representando nenhuma denominação evangélica e o seu conjunto de doutrinas, todavia, por ser servo de nosso Senhor Jesus Cristo e buscando pautar-me e remeter aos outros, como é determinado no texto sagrado, os seus ensinamentos e dos seus apóstolos. Nisso permito-me evocar dados pós o início da Reforma Protestante, a qual teve o seu de fato início em wycliffe. Dito isso, convido-o (a) a entrar em contato com a história sobre a Reforma, quando lá encontrará a plena identificação de João Wycliffe  (1320 ─ 1384), como sendo o primeiro a romper a barreira católica romana da Bíblia do latim para o idioma inglês, quando foi fazendo aos poucos, e à medida que ia traduzindo, copiava e distribuía essas cópias para os seus alunos e o povo em geral; que pelos seus atos, ficou conhecido na história como a Estrela Matutina da Reforma... Falarei sobre isto com detalhes num livro sobre o Tema Escatologia. Ler meu Blog, endereço    www.igrejamilmembros.blogspot.com  . 

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Quando faço essa referencia a historia versus o Evangelho é pelo fato de um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo, quarenta e dois meses, e mil duzentos e sessentas dias (cada um dos três exatamente iguais 1260 anos), com o início da contagem em Diocleciano (284─305, início e final de governo) e término em Calvino (1509─1564, nascimento e morte). Tempo e profecias estas que têm seus endereços em Daniel 7. 25, Daniel 12. 7, Daniel 12. 11 e Daniel 12. 12; Apoc. 11. 2, Apoc. 11. 3, Apoc. 12. 6, Apoc. 12. 14 e Apoc. 13. 5. Disso se conclui de maneira objetiva serem os mil duzentos e sessenta dias (que são anos, como já conclui) começaram na tetrarquia nos dois imperadores romanos: Diocleciano e seu co-imperador Maximiniano da Trácia e seus dois Césares (284 a 305, anos de governo) e terminaram em João Calvino (1509 a 1564); em quem se completam o um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo ou mil duzentos e sessenta dias ou ainda quarenta e dois meses, ou exatamente mil duzentos e sessenta anos... Perdoe o ser repetitivo e me alongar, porquanto no seguimento vou explicar o motivo.             
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Conforme os dois parágrafos imediatamente anteriores. A partir do início da Reforma Protestante: em todos os lugares onde o evangelho era pregado e aceito pelo povo houve comoção, redução da imoralidade, abandono de diversos vícios e total redução nos índices de violência, como no caso da Suíça sob o comando de Calvino. Diferentemente no Brasil à medida que cresce (incha) o dito ramo evangélico... A violência cresce e tem crescido em número exatamente igual ou até maior do que o crescimento desse evangelho mercantilista. Coisa que torna tremendamente frágil e duvidosa a qualidade desse dito crescimento do “evangelho” no Brasil, conforme já comentei no parágrafo de número 76 sobre a compatibilidade do atual dito crescimento do evangelho e dos índices de violência ─ quando o desejável e normal seria (incompatibilidade) o “Evangelho” crescer e a violência diminuir.

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Sendo repetitivo; é criminoso do ponto de vista da Bíblia (heresia) sacralizar dízimos e ofertas compulsórias, como se fora algo divino e de obrigação de todo cristão, que caiba apelação coerciva, quando diferente do que Jesus e seus apóstolos ensinaram; esses dizem precisar de milhões de reais para evangelizar, e há alguém bem mais sutil e habilidoso dentre eles que diz ser imperioso receber essa grande massa de recursos o mais rápido possível, porquanto, segundo ele, o evangelho será suprimido brevemente (não haverá mais escritos bíblicos); isto, usando a profecia de Amós (787 a. C.), capítulo 8. 11-12    Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão. Profecia essa que já se cumpriu no período dos 1260 anos, informado nos parágrafos 195 e 196 (acima) ─ quando, inclusive neste período ainda não havia impressão tipográfica ─, como a maioria das profecias bíblicas já se cumpriu antes do fim da Reforma Protestante e nela... Hoje não há como suprimir informações bíblicas em literatura (livros) e no amplo universo da Mídia eletrônica ─ como aconteceu na Alta e Baixa Idade Média e na Inquisição ─, hoje, isto é algo impossível; o que torna quem diz coisa semelhante isto ter pouquíssimo conhecimento bíblico ou estar com má intenção nessa informação nada verossímil, porquanto profecia e seu cumprimento é coisa muito séria e não pode ser elemento de  manobra para iludir incautos, dos quais se quer tomar dinheiro de forma ilegal apelativa.

199
Para concluir, de forma provocativa estou repetindo o parágrafo de número 119 em azul, numa espécie de fazer lembrar que somente a partir do final do sexto século; dízimos começaram a ser cobrados pela Igreja católica romana e antes disso nenhuma religião ligada ao cristianismo cobrou e recebeu dízimos, conforme tudo que já foi explicado no estudo e a repetição desse parágrafo, que é o de número 119: No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude o cobrar dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja católica romana    que começou de fato no seu primeiro papa Leão I (440-461)  ─; posteriormente (final do VI século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade Média    teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao judaísmo na era da lei; porquanto, como já comentei  o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o catolicismo não age hoje com a  voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque  recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império romano do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império romano do Oriente). Quanto ao período que compreende ou marca o final da Alta e o início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a ascensão política e bélica do Islamismo, o Cisma católico romano em 1079 e o início da falência do sistema feudal.       


CONSIDERAÇÕES FINAIS
         Este estudo estava prometido por mim há algum tempo e agora o tendo colocado para leitura e avaliação; entenda que o aqui reproduzido corresponde exatamente a um trabalho sério de estudo e pesquisa. Também entenda, assim como este estudo, tudo o que tenho postado na Internet é fruto do estado de consciência como indivíduo e cristão de que cabe a cada um de nós o expressar o que entendemos e sentimos sobre aquilo que irá, de alguma forma, influir ou ter conseqüência na nossa vida. Daí, o estar presente novamente diante de você, leitor, em mais um estudo para sua leitura e avaliação, até porque, o Senhor Jesus nos adverte quanto ao ter que fazer isto, conforme  Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre repreende os teus discípulos. Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se esses (eu me calar) se calarem, as pedras clamarão.


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                                                  FINAL I
Esse é o meu décimo terceiro Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o seguinte a ser postado (o décimo quarto), cujo Tema ainda não defini, se sobre a TRINDADE    entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 

FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado    não tão-somente em função do direito autoral, mas, para  que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 

                    Jorge Vidal  Escritor autodidata        
                                    
                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br