Como o prometido desde o meu terceiro estudo, aqui está esta
síntese e retrospecto histórico sobre o importante assunto dízimo.
RECURSO PARA TRADUÇÃO EM OUTROS IDIOMAS
O
texto que você começou ler é integral em português, entretanto, se for
traduzido para outro idioma; o sistema Google somente o fará até o parágrafo de
número 108, devido à extensão (tamanho) do texto que vai até o parágrafo 199.
Querendo você continuar a leitura do estudo no seu todo em
outro idioma, que não seja o português, que aqui é integral. Leia no idioma que
você preferiu até o parágrafo 108, que estará traduzido. Volte aqui a este
lembrete e clique no endereço www.odizimoabibliaegracatrad.blogspot.com
, o qual, lhe remeterá a outro Blog com a continuação do assunto que poderá ser
traduzido, completando assim o texto total do estudo no idioma que você
desejou.
O
DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA
Praticamente todas as igrejas que se
estabelecem como representantes do Evangelho do nosso Senhor e salvador Jesus
Cristo têm se arrogado do direito de tomar dízimos de todos aqueles que se
filiam às suas instituições; e até daqueles outros simples visitantes ─
ainda que ponderem que poderão fazê-lo sem obrigatoriedade... Por
entender a gravidade de tudo isto é que desde o terceiro Blog postado por mim
sobre cânticos espirituais, prometi que escreveria um estudo aprofundado sobre
o dízimo, em conseqüência aqui está o cumprimento dessa promessa.
PREÂMBULO
Sendo
repetitivo, hoje é unanimidade em tudo aquilo
que se diz Evangelho de Cristo, ser o dízimo uma prática de: pasmem! Obrigatoriedade
cristã e até o que definiria a pessoa como cristão ou não; necessária e
obrigatória por parte de todo aquele que se vincula a qualquer dita igreja
evangélica... Será que isto é verdade bíblica? Jesus e posteriormente seus
apóstolos praticaram essa entrega, ou melhor, o pagamento do dízimo, e
ensinaram aos primeiros cristãos assim fazer e por conseqüência também a nós? Preocupado
com a gravidade deste assunto ─ quando desde o início dos meus primeiros Blogs,
reiteradas vezes prometi que escreveria sobre este tema. Agora, por sentir
diante de Deus ser este o momento oportuno, o estou fazendo neste estudo, no
qual procurarei fundamentar ao máximo em sólidas bases bíblicas e coerente evolução
histórica. Buscando ─ como sempre tenho
feito ─, ser útil àqueles que me honram
com o interesse pelos meus estudos postados na Internet. Também, por este
estudo ter considerável extensão, resolvi numerar parágrafo por parágrafo para
melhor identificação dos subtítulos (que sendo poucos) há informações específicas,
nesse e naquele parágrafo que numerá-lo facilitará sua identificação.
AGRADECIMENTO
Aproveito de igual modo,
para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus
atuais, agora catorze Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados
por milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior
do que no Brasil ─; e agora este, para o
qual peço a mesma atenção. Isto enseja o
meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos
sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos
mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser
útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às
contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e
conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo, que em função
da saudável controvérsia suscitada por mim para a questão anticristo, que está tendo conseqüências; acresci o estudo nesse
pormenor no final deste Blog e no Blog, endereço ─ www.igrejasmilmembros.blogspot.com .
Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique no link perfil geral
do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título
de cada um para acessá-lo.
O
DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA
1
Buscando ser objetivo começarei pelo
texto mais usado pelos que defendem essa pratica como vigente para nós hoje,
quando não usam os textos específicos da lei e sim aquele que eles acham mais
convincente, pela veemência coerciva, o de Malaquias 3. 8-10. Que vem do Judaísmo
(da Torá, o Pentateuco) nos escritos bíblicos, nos quais, aparece a legislação
do dízimo; que hoje (desde o início do ministério de Jesus) não existe mais o
direito de cobrá-lo com a destinação de suprir levitas ─ entendimento,
inclusive, do próprio Judaísmo e também do Islamismo, que tem a sua base de
origem na Torá ─, de igual modo o Cristianismo
(a Igreja de Jesus). Todavia, pode ficar tranqüilo que também me preocuparei
com a questão didática em todo desenvolvimento do estudo, que é a facilitadora
do entendimento de qualquer coisa que se pretenda informar...
2
O texto referido no início, que tem sua
origem no Pentateuco como legislação; não é outro senão, o do livro do profeta Malaquias
(escrito possivelmente em 397 a.C.) 3. 8-10
─ Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas
alçadas. Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque A mim me roubais, sim,
vós, esta nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
exércitos, se não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal
bênção, que vos advenha maior abastança. Texto este, que é basicamente
político e tributário e não efetivamente religioso ou tão-somente nessa questão
Religião a conexão existe pela característica Estatal da Religião Judaica até
então naquela época. Por este motivo não foi citado por Jesus, nenhum dos
apóstolos e escritores do Novo Testamento... Sendo lamentável e até criminoso
trazer da era da lei somente as mentirosas centenas de promessa que se
cumpririam na era da graça e a cobrança de dízimos ─ quando, diferentemente,
todos os nossos irmãos do passado sofreram perseguições e morreram de morte
violenta ─, ou seja, veiculam aquilo que convém à fácil alienação de inocentes
úteis.
3
Tendo começado esse estudo por este
texto do livro do profeta Malaquias
─ o faço por coerência da minha
parte e por conseqüência ou em decorrência da avidez pelo dinheiro alheio como
se tem procurado apropriar-se e se procura estabelecer desesperadamente como
legal “atribuindo-lhe base na Bíblia para tal”... E esteja atento, porquanto
procurarei fazer um estudo sério, muito bem fundamentado, com o máximo de
lealdade, como demanda este importante assunto; justamente por ser trabalhado
no universo religioso, no qual ou para qual a maioria de nós tem pouco
conhecimento teológico, e nisso somos facilmente manipulados por aqueles que
têm interesses escusos, daí, a necessidade de estudo sério sobre a questão (perdoe
a reiteração)...
4
Ainda, com relação ao livro do profeta
Malaquias. Há por parte desses que estão interessados no dinheiro dos
fiéis ─ não somente esses, mas também por aqueles, que
de alguma forma se preocupam com as verdades do Evangelho. Considerando a
massificação que se faz em cima de legitimar o dízimo na era da graça a partir
desse texto específico de Malaquias, isto, como que, tem se tornado na chamada
“ mui “conveniente verdade”. Porquanto, diferentemente; há diversas outras
informações neste livro ─ muitíssimo mais importantes ─, que são princípios aqui ressaltados que
continuam vigentes na era da graça; quando, no entanto, o dízimo não tem
nenhuma razão de ser na era da graça, quanto à sua valoração como mandamento e
prática por parte da Igreja Nascente, conforme ficará plenamente claro neste
estudo.
5
As coisas mais importantes do livro do
profeta Malaquias são as que objetivamente o tradutor atribuiu títulos; que com
isto ficou mais fácil para todos nós entendermos ─ até
porque esses títulos tiveram o pressuposto da já existente divisão de capítulos
(século XIII) e de versículos (século XIV e XV), conforme está nas nossas
Bíblias: Capítulo 1: O Amor de Deus por
Jacó (povo de Israel), Capítulo 2: Repreensão
aos Sacerdotes Ímpios, capítulo 3: O
Anúncio da Vinda do Senhor, Precedido pelo seu Mensageiro, capítulo 4: A Diferença entre o Justo e o Ímpio.
6
O capitulo de número 1 fala do amor de
Deus por Jacó ou uma metáfora do amor do Senhor nosso Deus pelos judeus, a
nação sacerdotal ─ quando, embora a despeito das várias vezes
que Deus, de forma milagrosa, tenha socorrido o seu povo ─; não tinham para com Ele o devido respeito
e adoração; naquela época evidenciada, nos sacrifícios de animais defeituosos
oferecidos e nas ofertas de manjares, que, assim como fazemos hoje no nosso
leviano culto, nada racional, conforme Romanos 12. 1-3... Entretanto, não
cabendo de forma alguma associar as ofertas de animais com defeito; ao pouco
dinheiro que se possa dar a essa ou aquela igreja ─
denunciada por Malaquias aqui neste capítulo ─, porquanto esse tipo de culto (o de ofertas
de animais para holocausto) foi coisa exclusiva do período da lei, conforme
Malaquias 1. 6 ─ O
filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a
minha honra? E se eu sou o amo, onde está o temor de mim? Diz o Senhor dos
exércitos a vós, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. E vós dizeis: em que
temos nós desprezado o teu nome?
7
No capítulo 2 a repreensão é objetiva
aos sacerdotes ou àqueles que eram responsáveis pela administração do culto, os
levitas, conforme Malaquias 2. 5-8 ─ Meu pacto com ele foi de vida e de paz; e
eu lhas dei para que me temesse; e ele me temeu, e assombrou-se por causa do
meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a impiedade não se achou nos
seus lábios; ele andou comigo em paz e retidão, e de iniqüidade apartou a
muitos. Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca
devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos
exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muito fizestes tropeçar na
lei; corrompestes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos... Na segunda
parte deste capítulo há uma forte repreensão contra; não exatamente o divórcio
como conhecemos hoje ─ com possível ação bilateral de ambos os cônjuges e não o
direito somente do homem; como era o caso naquela época do repudiar na lei
judaica ─, como também aparece no Novo
Testamento e sim exatamente contra o direito unilateral do homem mandar sua
mulher embora, conforme Malaquias 3.
14-16 ─
Todavia perguntais, por quê?
Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para
com a qual procedestes deslealmente, sendo ela a tua companheira, e mulher da
tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que sobejava espírito? E porque somente um? Não é que
buscava descendência piedosa? Porquanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém
seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divórcio,
diz o Senhor Deus de Israel. O que Malaquias quis dizer exatamente foi
do absurdo desumano e machista, que hoje continua acontecendo, quando homens
abandonam suas mulheres pelo simples fato de estarem engordando e/ou
envelhecendo, também (nos dias de hoje) mulheres que descartam seus maridos por
causa da barriguinha e/ou a calvície; isto acrescido do também abjeto direito
do homem à poligamia, aceito por alguns povos ─ coisa
essa plenamente humana que acontecia
naquela época, conforme Jesus explicou ser indevido, quando disse, conforme Mateus
19. 4-9 e Marcos 10. 5-8 ─ Disse-lhes
Jesus: Pela dureza dos vossos corações ele vos deixou escrito esse
mandamento. Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão os
dois uma só carne, assim não serão mais dois, mas uma só carne. Também
Malaquias, agora usando exatamente uma linguagem pessoal, informa de modo
objetivo o que ele entendia da relação do povo com Deus, conforme Malaquias 2.
17 ─
Tendes enfadado ao Senhor com
vossas palavras, e ainda dizeis: Em que havemos enfadado? Nisto que dizeis: Qualquer
que faça o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada;
ou: Onde está o Deus do juízo?.. A constatação do povo quanto à
longanimidade de Deus em não ser utilitário como somos, todavia parece que nós os ditos crentes de hoje queremos
um Deus assim; ele (Malaquias) diz no capítulo 3. 10-11 ─ numa
espécie de contradição por parte dele ─;
não ser verdade essa lei de causa e afeito: vou dar para ser abençoado e
receber o que dei aumentado, nem mesmo na era da Lei a coisa funcionava assim
na visão de Deus, porquanto há aqui uma séria e objetiva contradição. Que pode
ser entendida com facilidade quando estudamos o texto sagrado com seriedade,
como Jesus explicou no citado por mim no parágrafo acima e identificou de
maneira mais clara o caráter do Pai, que devemos imitar, conforme Mateus 5. 45
─ para
que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o
seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos... Dureza
do ser humano em colocar nas coisas de Deus, contradições e interesses seus,
coisa essa que aparece no texto do Antigo e Novo Testamento.
8
O capítulo de número 3 é o de fato mais
relevante ─ não pelo fato da referencia ao dízimo ─,
porquanto fala de determinado homem considerado por Jesus como aquele de maior
importância, o profeta João Batista, conforme Lucas 7. 24-28 ─ E, tendo-se retirado os mensageiros de
João, Jesus começou a dizer às multidões a respeito de João: Que saístes a ver
no deserto? Um caniço agitado ao vento? Mas que saístes a ver? Um homem trajado
de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam roupas preciosas, e vivem em
delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos
digo, e muito mais que um profeta. Esse é aquele de quem está escrito: (Malaquias
3. 1) Eis aí envio ante a tua face o meu
mensageiro, que há de preparar adiante de ti o teu caminho. Pois eu vos digo
que, entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior que João, mas aquele que
é menor no reino de Deus é maior do que ele. Este é aquele que fora
profetizado antes Jeremias e por fim em Malaquias 3. 1, que Jesus identificou
de forma plena, posteriormente, no seu ministério a sua importância como homem
e como profeta.
9
E toda construção de sua profecia tem a
característica comum aos profetas do Antigo Testamento, que era a de falar como
se fora o próprio Deus, quando continua na condenação aos procedimentos errados
do povo de Israel e profetiza sobre João Batista, Jesus e o juízo final,
conforme Malaquias 3. 1-5 ─ Eis que eu envio o meu mensageiro, e ele há
de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor,
a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o
Senhor dos exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá,
quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo do fundidor e como o sabão do
lavadeiro; assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os
filhos de Levi, e os refinará como ouro e prata, até que tragam ao Senhor
oferta em justiça. (...). E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei contra os
adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que fraudam o trabalhador
no seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro,
e não me temem, diz o Senhor dos exércitos.
10
Em seguida neste capítulo, a repreensão
quanto ao não entregar o dízimo ─ que era a Idéia embrionária do imposto único (que
já agonizava como algo legal) quando fora praticado por Abraão; depois prometido
por Jacó e posteriormente, de forma específica estabelecida na lei religiosa; e
teve agravamento no momento da criação da monarquia. Também promessa de
contrapartida em ser abençoado se o dízimo fosse entregue e de igual modo registrou
a queixa e constatação do povo de que quem não servia a Deus prosperava sem ter
que dar o dízimo ─ total contradição como expliquei acima ─, como Asafe dissera no Salmo de número 73
(10 séculos a. C.). Creio de alguma
forma, estar devendo a você que está lendo esse pequeno estudo e, que não
conhece a Bíblia e muito menos o Salmo de 73, de autoria de Asafe, uma
explicação melhor. Daí, agora transcrever os primeiros doze versículos, de um
total de 28, e peço-lhe que leia ele todo, o Salmo 73, do qual transcrevo os
versículos de 1 a 12 Verdadeiramente
bom é o Senhor para com, Israel para os limpos de coração. Quanto a mim, os
meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus
passos. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.
Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força. Não se
acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens. Pelo
que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno. Os
olhos deles estão inchados de gordura; superabundam as imaginações do seu
coração. São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam
arrogantemente. Erguem a boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra.
Pelo que o seu povo volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem. E
dizem: Como o sabe Deus? Ou há conhecimento no Altíssimo? Eis que esses são
ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as
riquezas. Isto é o que Asafe constatou na sua época (dez séculos antes
de Cristo), como também o povo judeu nos relatos do livro do profeta Malaquias
3. 14-15 (quatro séculos antes de Cristo)
Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveita ter cuidado
em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos
exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os
que cometem impiedade prosperam; sim, eles tentam a Deus e escapam. Textos
estes que mostram a infantilidade de alguns quanto ao estudo bíblico e a
atitude leviana e fraudulenta desses líderes identificadores de centenas de
promessas, porque, de alguma forma, era entendido pelos servos de Deus no
Antigo Testamento e mais ainda pelos primeiros cristãos; exatamente diferente
do que ensinam os pregoeiros das bênçãos de hoje, os caça-níqueis da
prosperidade... O momento em que o profeta Malaquias estava pregando (profetizando)
foi a época grave do povo de Israel; a posterior volta do cativeiro babilônico,
sem lideranças fortes, o sacerdócio envolvido em mundanismo. Daí Malaquias
reproduz uma fala como se fora Deus que estivesse falando literalmente tudo
daquela forma; quando agravou a questão do dízimo, porquanto a extinção da
monarquia desde a queda dos reinos de Israel e de Judá, a destruição do templo
por Nabucodonosor, a falência de toda estrutura administrativa e de governo tinha
praticamente feito cessar a entrega do dízimo; o qual, agora, era mais que
importante, porquanto seria a única forma de arrecadação para o Estado recém reorganizado,
pós a volta do cativeiro babilônico... Maiores detalhes sobre todo o período
desde o fim do cativeiro babilônico (536 a.C.), Blog A NECESSÁRIA TEOLOGIA
CRISTOCÊNTRICA DO ANTIGO TESTAMENTO, endereço www.esdraseneemias.blogspot.com .
11
Quanto ao
agravamento da tributação acontecido com o início da anterior monarquia ─ que
até então era somente os 10% do dízimo Levítico
─, vejamos o que está registrado sobre isto (10 séculos a. C.) no livro do profeta I Samuel 8. 4-6 ─ Então todos os anciãos de Israel se
congregaram, e vieram ter com Samuel, à Ramá, e lhe disseram: Eis que já estais
velho, e teus filhos não andam nos teus caminhos. Constitui-nos, pois, agora
um rei para nos julgar, como têm todas as nações. Mas pareceu mal aos olhos
de Samuel, quando disseram: Danos um rei para nos julgar. Então Samuel orou ao
Senhor. Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem,
pois não é ti que têm rejeitado, porém a mim para que eu não reine sobre eles. Agora
a parte na qual foi explicado os encargos que os do povo teriam que estar
incumbidos de realizar além do dízimo, conforme I Samuel 8. 11-16 ─ E disse: Este será o modo de agir do rei
que houver de reinar sobre vós: tomará os vossos filhos, e os porá sobre os
seus carros, e para serem cavalheiros, e para correrem adiante dos seus carros;
e os porá por chefia de mil e chefes de cinqüenta, para lavrarem os seus
campos, fazerem as suas colheitas e fabricarem as suas armas de guerra e
petrechos de seus carros. Tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras
e padeiras. Também coisas que
implicava em reais ônus, inclusive, o dízimo, conforme I Samuel 8. 17-19 ─ Tomará o melhor das vossas terras, das
vossas vinhas e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. Também os vossos servos e as vossas servas,
e os vossos melhores mancebos, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no
seu trabalho. Tomará o dízimo do vosso rebanho; e vós lhe servireis de
escravos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós mesmos houverdes
escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá. O povo, porém não quis ouvir a voz de
Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei, para que nós também
sejamos como todas as outras nações, e para que o nosso rei nos julgue, e saia
adiante de vós e peleje as nossas batalhas. Ouviu, pois, Samuel todas as
palavras do povo, e as repetiu aos ouvidos do Senhor.
12
Isto fora
uma cobrança específica ─ o agravamento
de Malaquias ─, de um argumento com
pressupostos humanos, conforme já estava plenamente identificado no Salmo 73,
ser este entendimento comum ao povo judeu. Que para nós hoje não deveria ser
estranho, pelo contrário, o que Malaquias constrói aqui neste agravamento, isto
sim, deveria soar estranho, não só para aqueles que hoje vendem (difundem) a
imagem do Deus extremamente amoroso e nada justo ─ Deus sabe que não estou
evocando para mim a Sua justiça, porquanto, como ser humano consciente das
minhas faltas prefiro para mim, sua misericórdia ─, mas, também para aqueles que conhecem o
caráter de Deus (explicado na Bíblia) totalmente isento de mesquinharia e
utilitarismo. O que faz estranho a promessa registrada pelo profeta Malaquias,
na qual, Deus condicionaria o abençoar dos seus servos ao pagamento de dízimos,
quando abençoa indistintamente os ímpios, conforme o dito por Asafe no Salmo 73
e aqui (malaquias 3. 14-15) o povo em geral; e não somente deixar de abençoar,
como também deixar de impedir pragas na lavoura desses, e em outras atividades,
não impedir que haja algum acidente nos seus negócios, se o dízimo não fosse
pago ─ total utilitarismo, cuja característica é exatamente humana,
identificado aqui na argumentação de Malaquias... O mais sério quanto a isto é
o fato de líderes dessas igrejas que só olham para o nosso bolso; argumentarem
a importância (existência) do dízimo, por estar registrado no mesmo capítulo
três que aborda o assunto divórcio (naquela época o repudiar unilateral); quando,
com isto, demonstram má fé ou não ter conhecimento da Bíblia e da história,
porquanto, até o ano 1250, no texto bíblico não havia divisão em capítulos e o assunto
dízimo (já caminhando para sua extinção), diferentemente, fora usado por
Malaquias junto a outros assuntos relevantes justamente para lhe dar
sustentabilidade, conforme tenho explicado sobre o livro... Porquanto há plena
contradição entre o que o povo dizia
─ versículos 13 a 15, que não foi
desmentido, Deus abençoar os maus sem que eles dêem o dízimo. E a promessa
(versículos 10b e c, a 12), a qual condiciona a bênção, a ter que dar o dízimo
aos espertos da fé. Quanto a contradições
─ que foram fruto da influência
humana à vontade de Deus. No livro sobre Escatologia que pretendo editar serão
detalhadamente estudadas quanto à sua presença na Bíblia.
13
No entanto
(quanto ao dízimo), sendo o Catolicismo e o Islamismo ─ as duas religiões mais importantes do mundo
─, oriundas do Judaísmo, o qual estabeleceu o dízimo como base de
tributação para sustentação do Estado Judaico religião no período do
Antigo Testamento. São essas: o
Islamismo, que embora mantenham o princípio do dízimo (na ajuda aos pobres, o Zacat, 2,5%); e o Catolicismo que o
trouxe para o cristianismo, o mantém, todavia, não o cobram de maneira coerciva
e acintosa, como fazem as posteriores denominações (religiões) ditas evangélicas,
as quais são oriundas dela, o Catolicismo e as neopentecoastais oriundas dessas
evangélicas pentecostais. As quais, de maneira coerciva e acintosa, repito,
insistem com seus fiéis na obrigação de pagamento de dízimos, como se isto fora
uma recomendação do Senhor Jesus e dos seus apóstolos... Pagamento de dízimos ─
muito menos a leviano sofismar de entrega: pressuposto de ser ele devido ─, não é coisa da Igreja de Cristo,
conseqüentemente não é cristão, e nem neotestamentário, porquanto não fora
praticado no tempo dos apóstolos pelas primeiras igrejas, conforme a ausência
dessa prática no Novo Testamento.
14
Quanto ao que informei de maneira grave
em parágrafos anteriores; tem-se, inclusive, um registro muito interessante do
filósofo Friedrich Nietzsche (1844 1900)
aquele a quem todos os
religiosos execram por sua postura extremamente antropocêntrica , não
admitindo ele, de maneira nenhuma, a idéia da existência de Deus, do Diabo ou
qualquer manifestação transcendente espiritual. Quando concorda com o que digo,
com Asafe e com o povo de Israel na época de Malaquias; assim está no registro
transcrito a seguir possivelmente por observar e constatar e como tenho
informado, a Bíblia também o diz ,
existir no mundo, parecendo até regra, os maus e os desonestos são os que mais
progridem e se sentem felizes, conforme a transcrição da sua obra Para Além do Bem e do Mal Está
fora de dúvida, todavia, o fato de os maus e infelizes serem mais favorecidos e
terem maior possibilidade de êxito na descoberta de certas partes da verdade. Isso
para não falar dos maus que são felizes, espécie que os moralistas passam em
silêncio. Quando esses fingem não perceber que assim acontece todo
tempo no mundo, porquanto Deus não é mesquinho; como dizem aqueles que querem
vender mentiras aos incautos e tornarem-se os representantes de Deus que
agendam as bênçãos a serem conseguidas e recebem pagamentos por elas, quando,
pelo contrário, Ele Deus abençoa amorosamente a todos indistintamente.
15
Deus e seu Filho o Senhor Jesus não
perseguem, não amaldiçoam, nem tampouco mandam gafanhotos comerem os bens
daquele que não entregam o dízimo ─ com
relação a gafanhotos (numa pequena provocação), considere que na era da graça
os servos de Deus são os que comem os gafanhotos, veja Mateus 3. 4, sobre o que
João Batista comia , senão leia o Salmo
73 e até mesmo o livro do profeta Malaquias (que gostam de usar partes
isoladas), no qual o povo de Israel dizia; como Asafe constatou no Salmo 73,
que Ele (Deus) não persegue o ímpio e o deixa prosperar, quando até não seria
inteligente servi-Lo se analisarmos esse interesse mesquinho pela ótica humana,
no qual, a real e exata diferença entre
o que serve e não serve a Deus...
é... melhor reproduzir o texto de Malaquias 3. 16-18 ─ Então aqueles que temiam ao Senhor falaram
uns aos outros; e o Senhor atentou e ouviu, e um memorial foi escrito diante
dele, para os que temiam ao Senhor, e para os que lembraram do seu nome. E
eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, minha possessão particular naquele
dia que preparei; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.
Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a
Deus, e o que não serve (isto no juízo final)... A diferença ou
aquilo que diferente irá acontecer na vida desse ou daquele que serve a Deus
(isto, esta visão, até na era da lei), se projeta para o futuro e não a
perseguida bênção imediata da prosperidade.
16
Esse é o final do capitulo três do livro
do profeta Malaquias, que fala de maneira objetiva e clara de juízo final e da
vida eterna; tanto que, no capítulo seguinte (o quarto e último) o profeta
anuncia a vinda do precursor de Jesus (o profeta João Batista) e fala também de
coisas do fim (Escatologia)... O que estou buscando lhe informar paralelo ao
específico escatológico, que é o tema central do estudo é o que normalmente decorre
da motivação dos seres humanos, quando nobres, morais e de justiça; são
incentivados e ajudados pelo Espírito Santo, diferentemente quando mesquinhos,
avarentos, imorais e injustos, recebem toda a carga de incentivo e ajuda de
Satanás e seus demônios, tornando-se essas ações contra Deus e o seu Filho
Jesus ou literalmente atos de anticristos,
aqueles que são contra o Evangelho de
Cristo.
A TRAJETÓRIA DO DÍZIMO NA LEI E O SEU FIM NA
ERA DA GRAÇA
17
A primeira menção sobre o dízimo e a sua
prática está relatada em Gênesis 14. 18-20
─ Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era
sacerdote do Deus altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: Bendito seja Abrão pelo
Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E Bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de
tudo... Este evento foi posterior à guerra de Abrão contra os reis que
levaram cativo Ló, sobrinho de Abrão
─ guerras, conquistas, tomada de
despojos; coisas específicas do período da lei. Que lamentavelmente nos dias de
hoje é usado como mote (referência, base) para arrecadar dízimos e ofertas de
crédulos incautos, quando produzem o factóide (fato maximizado) de reunir ditos
318 intercessores para orar pelos inocentes úteis ─
aqueles 318 homens desse evento lá no passado distante: mataram e
tomaram despojos dos vencidos; e foi daqueles despojos que Abrão deu o dízimo;
não misturemos isto com a era da graça.
18
A segunda menção sobre o dízimo está
relatada no mesmo livro de Gênesis, inclusive com a mesma característica sendo
indevidamente usada hoje, a qual é a visão antiga, imperfeita, utilitarista,
que só foi avalizada por Deus naquela época de total ignorância: como a poligamia
e a prostituição ─ ainda praticada, naquela época, por crentes
na era da graça ─ (Atos 15. 20); procedimento aquele, que não cabe hoje no
pleno período da graça propor a Deus dar-lhe dinheiro para ser protegido e
prosperar financeiramente, Gênesis 28. 20-22 ─ Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus
for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer
e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o
Senhor for meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de
Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo. É este o
atual procedimento ensinado aos fiéis pelas igrejas caça-níqueis ─ pensamento
infeliz e nada cristão de Jacó, que ainda não era Israel. Procedimento este
aqui descrito (bíblico, portanto), entretanto, isto pertence ao período da lei
do Antigo Testamento e aquele que não consegue entender isto; precisa
urgentemente estudar melhor a Bíblia, e os que usam este expediente errado
conscientemente, que se convertam, não esquecendo que Deus pedirá contas a
todos nós, inclusive, os ditos abençoadores servos de Deus, conforme Mateus 7.
20-23 ─
Portanto, pelos seus frutos os
conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade do meu Pai. Que está nos céus. Muitos me dirão
naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nos vem teu nome? E em teu nome
não expulsamos demônios? E em teu nome não muitos milagres? ─ Embora tenhamos aproveitado para também
pedir e arrecadar dinheiro em teu nome e prometido que Tu farias enriquecer
todo aquele que nos desse grande quantia de dinheiro, isto, sem que Tu tivesses
mandado assim fazer... Então lhes
direi claramente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniqüidade.
19
O dízimo, que só teve vigência bíblico-legal
no período do Antigo Testamento; quando se tem, para comprovar essa minha
afirmação, a total ausência desse tipo de recolhimento por parte das igrejas do
início da era cristã. Quando, a sua prática ilegal começou a partir
do final do sexto século pela Igreja Católica Romana, agravando-a
paulatinamente, e de maneira inadmissível contra os ensinamentos de Jesus e
seus apóstolos, também por nós, os evangélicos ditos donos da verdade; como
vou desenvolver paulatinamente; num estudo sério e bem fundamentado... Daí,
nesta trajetória explicar exatamente o que foi de fato o dízimo na época da sua
vigência legal do ponto de vista bíblico e a sua atual cobrança ilegal à luz do
Evangelho do Jesus...
20
A primeira verdade importante sobre o
dízimo; foi que na evolução da constituição da Nação Sacerdotal (Estado
religioso) teve como objetivo o prover o sustento da tribo de Levi e do
serviço religioso, também os levitas exerciam funções administrativas de Estado ─
sendo isto muito claro numa avaliação sincera dos propósitos de Deus em
todo o processo de ensinamento e de salvação da humanidade... De igual modo se
faz necessário que se saiba para que outras despesas se destinavam (usado para
quais coisas exatamente) aquilo que se arrecadava como dízimos e ofertas.
21
Tem-se isto de maneira clara no livro
dos Números 18. 23-26 ─ Mas os
levitas farão o serviço da tenda da revelação, e eles levarão sobre si a sua
iniqüidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos
de Israel nenhuma herança terão. Porque os dízimos que os filhos de Israel
oferecerem ao Senhor vem oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos
levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de
Israel. Disse mais o Senhor a Moisés : Também falarás os levitas, e lhes dirás:
quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por
herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, dízimo dos
dízimos. Têm-se aqui a principal destinação dos dízimos, que era a de
suprir os levitas, aqueles que formavam a classe responsável pela administração
do Estado religioso Sacerdotal... Que na era da graça não mais existiu,
conforme vou explicar ao final desse estudo com detalhes ajudado pelo escritor
aos hebreus.
22
Também havia outra destinação para os dízimos,
que estranhamente todas as igrejas que indevidamente tomam hoje dízimos dos
seus fiéis; ainda os espoliam obrigando-os a ofertarem para atendimento da
beneficência (ajuda aos mais pobres), que na época da legalidade do dízimo esta
ajuda e atendimento foram feitas com recursos oriundos dos próprios dízimos,
conforme Deuteronômio 14. 27-29 ─ Mas não
desampararás o levita que está dentro das tuas portas, pois não tem parte nem
herança contigo. Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua
colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o
levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a
viúva, que estão dentro de tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que
as tuas mãos fizerem. Também o texto de Deuteronômio 26. 12-13 ─ Quando acabardes de separar todos dos
dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o ano dos dízimos, dá-los-ás ao
levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro de tuas
portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as
coisas consagradas, e as dei ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva,
conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi nenhum
dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.
23
Estas informações do livro de
Deuteronômio aqui reproduzidas são prova evidente de que não havia a prática do
dízimo por parte das igrejas neotestamentárias; porquanto, todas às vezes, que
houve necessidade de atendimento aos mais pobres; recorreu-se à coleta de
ofertas ─ evidenciando isto que se as igrejas
praticassem a entrega de dízimos, o atendimento aos pobres teria sido feito
com esses recursos, os quais, já estariam disponíveis e acertadamente seria
usado, se de fato fosse esse o caso... Caminhemos um pouco na história desse
povo, por meio do qual, fomos e somos abençoados por Deus em Cristo Jesus.
24
Com relação ao período anterior e o do
início da Igreja. Não vou caminhar na discussão ─ que é
o argumento usado por alguns ─, de que no seu nascedouro o dízimo era
basicamente de produto agrícola e de gado, até porque naquela época em outros
povos já havia moeda (dinheiro) ─ Israel (povo judeu) ainda não tinha essa estrutura
e nem terra, nação ─, todavia, se nos
reportamos para os dias de hoje, nos depararemos com as chamadas commodities (latinhas de alumínio e garrafas
PET para reciclagem hoje já têm o status
de commodities) de quase tudo na
economia, desde gado, insumos industriais e produtos agrícolas... Voltando
àquela época constatamos (não ache estranho isto) a Idéia dessas mesmas commodities, no: Ouro, prata, bronze,
ferro (também), gado, madeira, produtos agrícolas, tais como: vinho, azeite,
trigo e até escravos, eram encarados como mercadoria e vendidos em leilões
públicos, como aconteceu em toda a história da humanidade; o sal, em período
posterior, quando da supremacia romana foi usado como soldo (pagamento a
soldados) → “salário” daqueles que se
alistavam no serviço militar romano. Commodities
(no inglês, mercadorias), que dá cada item o status de moeda com cotação em bolsa... Em outras palavras, desde
que o homem se entendeu como ser social, este praticou o que conhecemos como
escambo (troca); quando várias mercadorias (itens, os mais diversos) eram
trocadas aqui e ali nos relacionamentos comerciais das pessoas; que mesmo
depois de se ter a efetiva moeda (dinheiro), os escambos continuaram, como hoje
em pleno século XXI ainda se pratica o escambo, inclusive, em nível internacional
quando de maneira objetiva se trocam mercadorias, que na operação contábil nada
mais é senão: eu lhe vendo isto e você me paga com aquilo. Com
este mesmo dinheiro lhe pago “aquilo” que acordamos trocar (escambo).
25
Voltando
ao início de toda evolução de como aquele caldeu chamado Abrão, posteriormente
Abraão se tornou (a sua descendência) a importante nação Israel. Passou pela
saga: Abraão, Isaque (seu filho), Esaú e Jacó (filhos de Isaque), um dos dois,
Jacó se tornou o herdeiro da principal promessa feita por Deus a Abraão ─ porquanto
a descendência Ismael também foi abençoada, conforme Gênesis 21. 9-21 e dela
surgiu, a descendência de Ismael, os árabes e a sua religião, o Islamismo ─, dele, Jacó foram gerados os doze pais das
doze tribos: Rúben ─ o primeiro filho, que
perdeu a primogenitura por ter se relacionado sexualmente com Bila, concubina
de seu pai ─, Simeão, Levi, Judá (para
quem o direito da primogenitura foi transferido), Dã, Naftali,
Gade,
Aser, Isacar, Zebulon,
José, Benjamim e Diná que não era contada na norma social judaica.
26
Sendo mais preciso, no livro do Gênesis
29:31-35 e 30:1-24; tem-se o registro do nascimento de onze filhos (homens) e a
filha de Jacó (que é também Israel) Diná, na seguinte ordem: De Leia (a filha
primogênita de Labão, primeira esposa de Jacó), nasceram Rúben (o primogênito,
que perde a primogenitura para Judá; por ter se relacionado sexualmente com sua
madrasta Bila, concubina de seu pai, conforme Gênesis 35:22), Simeão, Levi,
Judá (de quem descende o rei Davi, que é o seguimento da genealogia ou dinastia
do Senhor Jesus), Issacar (que como já informamos não foi o quinto dos de Jacó,
o quinto dele com Leia), Zebulom (que de igual modo não é o sexto de Jacó, mas
o sexto de Leia) e por fim, com relação a Leia, temos o seu último abrir de
madre, que é a sua filha Diná (que é o décimo primeiro de Jacó, considerando
filhos e filhas e é Diná o sétimo filho (a) de Leia); também são atribuídos
(coisas da cultura judaica) à Leia os filhos de sua criada Zilpa, que são: Gade
e Aser (respectivamente, o sétimo e oitavo filhos de Jacó). Os filhos de Raquel
(a esposa mais amada por Jacó), José (o jovem que deve ser o referencial e exemplo
para todos os jovens em todo o mundo e em todo o tempo; sendo ele o primeiro de
Raquel e considerando também a Diná, filha de Leia, José é o décimo primeiro
dos filhos homens e o décimo segundo de todos os filhos), Benjamim ─ o
último, caçula de Jacó; ao nascer, pela complicação do parto, sua mãe Raquel
morreu ─; também Benjamim é o irmão a quem
José só veio conhecer após ter se tornado co-governador do Egito, pois quando
Benjamim nasceu José já havia sido vendido pelos seus irmãos aos mercadores de
escravos. Também ─ como no caso de Leia e sua criada Zilpa; os filhos de Jacó
com Bila, criada de Raquel; são atribuídos a ela ─, Dã e Naftali são filhos de
Bila e também são respectivamente os sétimo e oitavo filhos de Jacó...
Posteriormente, Jacó e seus filhos tiveram muitos problemas, momentos de
felicidade e alegria, quando José se tornou co-governador do Egito, e por fim
tornaram-se escravos cativos da nação egípcia... Creio que essas avaliações e outras que
continuarei a fazer sobre diversas questões específicas irão nos ajudar em
muito a entender questões importantíssimas de como valorizar o estudo bíblico e
buscar o efetivo conhecimento que o Senhor nosso Deus quer tenhamos do texto
sagrado.
27
O período que compreendeu a presença do
tabernáculo ─ construído depois da saída do Egito ─, entre o povo de Israel, foi o da pós-saída
desse povo do cativeiro do Egito (século XV a.C.) até o início do reinado de
Salomão (século IX a.C.), que foi quem construí o primeiro templo, destruído
posteriormente por Nabucodonosor, início do século VI a.C. Lembremos que no período de Moisés, Josué e dos juízes,
esses foram efetivamente como representantes políticos da nação emergente,
ressalvando de um modo mais especial a pessoa de Moisés, que de fato também exerceu
a função como de um Supremo sumo sacerdote que não seria para se
estranhar, pois Moisés era da tribo de Levi, porquanto, na verdade, desde o
início fora o que relacionava de fato o povo com Deus, todavia, o sumo
sacerdote oficial era seu irmão Arão. Estou buscando informar, e ao mesmo tempo
chamar a atenção de que é preciso muito cuidado com certos tipos de conclusões
tendenciosas quanto a esse ou aquele líder, evento ou conceito bíblico.
28
Quero e voltarei ainda a falar sobre
Moisés, entretanto teve-se em Josué, seu sucessor o seguimento dessa caminhada.
Josué, servo fiel do Senhor Deus e general que comandava os homens de guerra de
Israel; teve no suceder a Moisés; que conciliar mais duas incumbências (ou
ministérios), anteriormente exercidas transitoriamente por ele. Na conquista da
terra prometida, Josué vivenciou até um fato que lhe fugiu á avaliação prévia
(Josué 9. 1-27), quando foi enganado pelos gibeonitas, numa perfeita representação
teatral que citei como manifestação dessa arte entre os judeus muito antes que
na Grécia; convenceu a ele e aos príncipes de Israel a fazer com eles um pacto
de amizade, dizendo que moravam distante e fora da região da terra prometida.
29
Em Josué tem-se a conquista da terra
prometida em quase sua totalidade, agindo ele como líder principal na
coordenação política da nação embrionária, general no comando de batalhas; como
a mais importante delas a da conquista de Jericó, quando as muralhas foram
milagrosamente derrubadas por Deus, e também como líder religioso junto ao
sacerdote Eleazar, conforme Josué 14. 1, 17. 4, 19. 51 e 21. 1. Todos esses
acontecimentos ainda com a presença do tabernáculo entre eles.
30
Como nós sabemos ou devemos saber; a lei
de Deus previa que os da tribo de Levi não teriam possessão, não participariam
da efetiva divisão da terra conquistada; entretanto, hoje praticamente todos os
que se intitulam (indevidamente) levitas querem possuir tudo, e a idéia de igrejas
em células e a de existência de igrejas com filiais está exatamente em função
de criar macro impérios religiosos com donos. O grave quanto ao que estou
querendo informar é o fato desses buscarem alinhar tudo o que aconteceu no
passado à igreja de hoje, dando interpretações indevidas e tendenciosas para
normas e procedimentos que foram específicos daquela época e já são passados.
31
Isto, com relação a Josué, e demais
líderes daquele período, senão, suas atitudes morais e espirituais como
indivíduos. O conjunto de eventos ligados a eles não são exatamente modelos ou
normas a serem seguidas. A legislação, rituais e tudo o que aconteceu no
passado, foram fatos específicos, alegóricos e transitórios, que vale a pena se
fazer um estudo sério da epístola aos hebreus, que somente os princípios e atos
de confiança em Deus (fé) se universalizam, por serem atemporais. E quanto aos
levitas e a sua presença em todo território de Israel; há uma sinalização
importantíssima que caminha na direção da fragmentação dos locais de culto, que
foi o colocá-los residindo em todos os núcleos de propriedade de todas as
tribos, conforme Josué 21. 19 (ler todo o capítulo 21). Isso sinaliza o que o
Senhor Jesus ensinou à mulher samaritana quanto à descentralização da adoração e
culto, que é sintetizada na grande comissão.
32
Esta descentralização foi um ensinamento
vigoroso da parte de Deus, e claramente demonstrado paulatinamente; na evolução
de todo o processo que teve dois momentos claros do rompimento com essa
indevida camisa de forca na era da graça, que é a presença de macro sistemas e
mega congregações com concentração de poder eclesiástico. A primeira
manifestação desse entendimento se deu no período da administração de Josué,
quando membros das tribos de Ruben, de Gade e metade tribo de Manassés
edificaram um altar ao Senhor; sendo isso inicialmente entendido como rebeldia,
pois de alguma forma foi entendido como o fracionamento do controle de culto,
que naquela época não era entendida como a correta, pois o período ainda era o
da centralização, coisa que foi plenamente esclarecida e posteriormente
entendida (Josué 22. 10-34).
33
O evoluir deste processo; lembre que
ainda voltarei a Moisés, que também nos levará a Josué capítulos 23 e 24,
quando ele fala da sua idade avançada, traz à memória de todo povo toda a
trajetória desde o cativeiro egípcio, e os concita a continuar servindo ao
Senhor; e numa frase de grande efeito e sincera, porquanto o servir a Deus
naquela fase (época) do entendimento humano era basicamente formal, conforme
Josué 24. 15 ─ Mas, se vos parece mal o servirdes ao
Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram
vossos pais, que estava além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra
habitais. Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor. Quando disse frase de grande efeito, porém
sincera, isto, deve ser entendido hoje exatamente no grau de informação e pleno
entendimento do ensinado por Jesus à mulher samaritana sobre a sinceridade e
individualidade do culto a Deus, o Pai; no que, hoje é plenamente claro não
poder eu responder espiritualmente pelos meus filhos e os da minha casa;
porquanto, a única coisa que posso fazer é administrar o que se possa fazer fisicamente
dentro do meu lar; no entanto, não posso comandar a relação em espírito e
verdade exigida por Deus como o informado por seu Filho Jesus para a relação
com Eles na ação cognitiva dos meus filhos e daqueles que vivem comigo.
34
Após ter trazido à mente do povo tudo o
que Deus havia feito a eles, todos os ensinamentos da lei e instar para que
continuassem obedecendo a Deus. Ele não indicou um sucessor para si, porque
Deus não o mandou fazer, como mandara Moisés indicá-lo, entretanto insistiu que
o povo permanecesse no servir ao Senhor e depois disso morreu aos 110 anos de
idade, junto (na mesma época) com sacerdote Eleazar (Josué 24. 29).
35
Teve-se no decorrer desta história os
cerca de três séculos de duração para o período essencialmente dos juízes, com
a plena ausência de lideranças pré-estabelecidas por Deus, quando claramente
Deus esperou; que tendo o povo todo arcabouço da lei e todo ensinamento de como
agir, eles se resolveriam religiosamente sem a intervenção de uma liderança
central, coisa que se repetiu no período não profético dos 400 anos a.C.;
induzindo que estes dois períodos, caminha no consolidar a regra de
sistematização, amplamente estudada nos meus Blogs. Sendo o que estou
ponderando neste parágrafo é que estes fatos caminham na direção de pequenas
igrejas com administração congressional plena quanto a tudo e tão-somente se
reportando a Jesus que é a cabeça da Igreja e das igrejas.
36
Como prometi, e estou de volta a Moisés
de maneira rápida e objetiva; primeiro ressalvando e reiterando que as
lideranças do Antigo Testamento tiveram suas funções com características
específicas e contemporâneas àquela época, inclusive como tenho demonstrado;
com uma clara trajetória paulatina ascendente que culminou com o ministério do
Senhor Jesus, e contextualizada nos textos de Gálatas 4. 4, Efésios 1. 10 e
Hebreus 1. 1-3. Isso quer dizer que decididamente a liderança de Moisés e de
outros não são modelo de administração de igrejas; até porque aquela religião
era essencialmente estatal, e a Igreja de Cristo foi estabelecida totalmente
desvinculada do Estado; daí o conflito do judaísmo com ela, e o tentar
envolvê-la com o Império Romano, como demonstro em Estudo futuro: O
sofrimento de Jesus na cruz,
endereço www.osofrimentodejesusnacruz.blogspot.com que este estudo é parte.
37
Não use como exemplo a idéia de Getro,
sogro de Moisés, que foi posta em prática por ele e consentida por Deus para
legitimar o seu título com a de fato hierarquia, na chefia sobre ditas igrejas
em células, de bispo, apóstolo, missionário, pastor presidente; no pressuposto
de que Moisés tivera ascendência de fato e de direito sobre líderes e
multidões; entretanto antes de chegar a essa conclusão, identifique
primeiramente o que foi Moisés naquele momento histórico, o que foi Arão e o
que foram os sacerdotes. Moisés foi principalmente o líder político, e o representante
direto de Deus, naquele momento de transição, Arão foi o primeiro sumo
sacerdote, que teve sucessores até Jesus, não havendo sumo ou chefões de nada
após o Senhor Jesus, que é a cabeça da Igreja e das igrejas. Se houver alguma
duvida quanto a isso pergunte ao escritor aos Hebreus, pois na sua carta essas
coisas são explicadas, que ele lhe mostrará de maneira didática e plena serem
os sumo sacerdotes a transitada alegoria de Jesus, que findou com o seu
nascimento e início do seu ministério. O que restou disto foi o sacerdote, que
é alegoria do pastor ─ e no catolicismo corresponderia ao padre ─, obviamente o
que hoje existe legitimamente e abençoado por Deus.
38
Para não me estender muito nesse
assunto; vou considerar o outro momento transitório que foi a chamada de Samuel
por Deus para juiz e profeta, que exerceu o seu ministério; tendo ainda como
referencial entre o povo de Israel e Deus, o tabernáculo ─ sendo ainda a
continuação da tentativa de Deus em promover a ausência de chefões
eclesiásticos; que embora você que está lendo este Blog ache contraditório essa
minha conclusão ─ procure estudar a Bíblia e todos os acontecimentos da
história desse povo de Deus ─; não a
partir dos efeitos e sim das causas (raiz) ou efetivamente o que motivou esse
ou aquele ensinamento e conhecimento.
39
A história narrada na Bíblia é conhecida
de todos, ou senão, ela aí está disponível para esse aprendizado e estudo.
Samuel, Saul, Davi, Salomão, a divisão em dois reinos, os profetas canônicos, a
queda do reino de Israel e a posterior queda do reino de Judá. Paro aqui para
voltar a Salomão. Por intermédio de quem foi construído o templo, e que mudou a
referência de culto e adoração, até então ligada ao tabernáculo. Que passou
para o templo recém construído, que ainda manteria historicamente, a prática
adoração centralizada.
40
Com a queda do reino de Israel, isso não
se alterou, pois o templo estava em Jerusalém que era parte do reino de Judá.
Entretanto com a queda do reino de Judá, a destruição do templo e o início do
cativeiro babilônico, a idéia dessa dependência; anteriormente do tabernáculo,
depois do templo, como fora quanto a alguns montes, ainda estava forte na mente
até de servos valorosos de Deus, como Daniel 6. 10-11; entretanto, de forma até
difícil de entender, foi a partir da destruição do templo a mando de Nabucodonosor
e o cativeiro de setenta anos; quando os judeus começaram a construir as
sinagogas ou pequenos templos, para reuniões, estudo e orações, que se tornou
no forte e pleno referencial para as futuras igrejas que vieram na era da
graça, inclusive foi o modelo judaico do que seria uma espécie de Escola
Bíblica Dominical aos sábados.
41
Este
é um pequeno retrospecto histórico desses entendimentos; que inclusive com a
reconstrução do templo consolidada em 515 a.C. se perpetuaram definitivamente
como o verdadeiro modelo a ser seguido até a consumação dos séculos. Sendo que
esta deformação do macro prédios e da mega membresia do Catolicismo romano, que
não tem nada absolutamente nada com a Igreja de Cristo; assim como incorrem em
um sério erro esses macros negócios ditos evangélicos, que decididamente também
não têm nenhum respaldo bíblico, e sim, claro expediente humano com vistas à
arrecadação maior de dinheiro dos crédulos incautos.
42
Nessa
saga ou trajetória de gentilização
(perdoe o neologismo) do dízimo bíblico, que sempre foi somente judaico. A religião
judaica (Judaísmo) em Jesus se tornou o Cristianismo ─ sem
absolutamente todos os preceitos específicos da lei, ou seja, o que passou do Judaísmo
(a lei) para a era da graça foram somente os princípios ─; na qual, a adoração consistia em oferecer
sacrifícios de sangue animal (alegoria do sacrifício de Jesus na cruz) e de
ofertas de manjares, as quais, todas elas cessaram depois da morte e ascensão do
Senhor Jesus. Que não venham com o contemporizar que devemos oferecer o nosso
Isaque, correspondendo ao imóvel, carro e/ou qualquer bem que possuamos (como
infelizmente tem acontecido), os quais devam ser doados para enriquecer donos
de igrejas que se dizem procuradores de Deus. Também não comparar os
sacrifícios, nos quais eram oferecidos animais em holocausto, com dízimos e
ofertas polpudas que se deva dar a estes arrecadadores de plantão...
43
‘Este cristianismo, que começou com o
Império Romano se tornando cristão, sob Teodósio, o Grande em 392, e
posteriormente tendo sido a verdadeira Igreja de Cristo capturada por
lideranças de Roma; que a tornaram na Igreja Católica Romana, cujo
primeiro Papa foi Leão I (440 a 461), aquele, a partir de quem a história
realmente conhece como tal. Embora exista uma lista de 44 nomes: de Pedro ─ que
nunca esteve em Roma e muito menos foi Papa
─, até Leão I, esses (os anteriores) de fato, não exerceram o
pontificado. E quanto ao Sumo Pontífice
(pontificado, Papa), o primeiro de fato a existir e a história conhecer foi
Leão I (440 ─ 461); cujo processo até ele passou pela liberdade religiosa em
Constantino com a promulgação do edito de
Milão em 313, o reconhecimento do cristianismo como religião oficial do
Império por Teodósio I (346 ─ 395) e em 394 ─ 395 abolindo
o paganismo politeísta, quando também tornou oficial a existência de dois
Impérios nas pessoas dos seus dois filhos: Honório no Ocidente e Arcádio no
Oriente, na época que aconteceu a
captura da Igreja pelo Império Romano ─
quando falo de captura é porque isso de fato aconteceu ─, pois, mesmo antes do Império romano se
tornar oficialmente cristão, o concílio de Nicéia em 325 fora presidido pelo
imperador Constantino.
44
Para que fique bem claro saber eu do que
estou falando, vou reproduzir o rol (lista) dos Papas, que segundo a Igreja
católica romana sucederam a Pedro até o dia de hoje, conforme a Enciclopédia Britânica do Brasil:
entretanto, a lista que reproduzirei só constará o nome de Pedro e os demais da
lista até Leão I (440 ─ 461) que foi de fato o primeiro Papa (como referencial
da Tradição Católica romana), porquanto de Leão I para trás não há nenhum
vestígio histórico dessa chefia na Igreja. Há sim, fartamente documentado por
historiadores importantes, essa chefia na religião pagã romana, os Pontifex Maximus, que foi o caminho de
transição para o Papado (sincretismo)... Tema que não vou desenvolver aqui, por
não ter conexão direta com o assunto dízimo; entretanto, tenho um livro que
pretendo editar, no qual, abordo este assunto nos mínimos detalhes.
45
A lista dos 44 Papas defendida pelo catolicismo
como anteriores a Leão I, são: Pedro (64 – 67), Lino (67 – 76/79), Anacleto ou Cleto (79 – 91), Clemente I (88/92 – 97/101),
Evaristo (97 – 107), Alexandre I (105 – 115
ou 109 - 119), Sisto I (115 – 125?), Telesforo (125 – 136?), Higino (136
– 140?), Pio I (140 – 155?), Aniceto 155 – 166?), Sotero (166 – 175?),
Eleutério (175 – 189?), Vitor (189 – 199?), Zeferino (199 – 217?), Calixto (217
– 222?) , Urbano (222 – 230), Ponciano (230 – 235) Antero (235 – 236), Fabiano
(236 – 250), Cornélio (251 – 253), Lucio I (253 – 254), Estevão I (254 – 257),
Sisto II (257 – 258), Dionísio (259 – 268), Felix I (269 – 274), Eutiquiano
(275 – 283), Caio (283 – 296), Marcelino (291/296 – 304), Marcelo 309 – 310),
Melquiades ou Melciades (311 – 314), Silvestre I (314 – 335), Marcos 336, Júlio
I (337 – 352), Libério (352 – 366), Damaso I (369 – 384), Sirício (384 – 399),
Anastácio I (399 – 401), Inocêncio I (401 – 417), Zozímo (417 – 418), Bonifácio
(418 – 422), Celestino I (422 – 432), Sisto III (432 – 440) e por fim Leão (440
– 461), aquele que verdadeiramente foi o primeiro Papa. Entendo como
necessário ─ a bem da verdade e da coerência histórica ─,
a construção de uma explicação plausível, de como um mar de nomes como esse (44
Papas), possam ter sido ignorados pela história no exercício desses
pontificados; se aceitarmos que de fato neste período eles tenham existido como
tal.
46
O dízimo bíblico da era da lei foi
praticado pela Igreja católica (a partir do final do sexto século e foi se
implementando) depois pelas protestantes e outras que surgem e surgem a cada
dia em função de arrecadar esses mesmos dízimos e ofertas... Um fato
interessante a ressaltar: é que tendo a Igreja católica romana a plena
similitude com a estrutura da Religião Estatal judaica (excetuando a hierarquia
sacerdotal) ─ até porque, o Vaticano é um Estado (nação) e
Religião, que no pressuposto de ser judaico-cristão teria mais direito de receber
dízimos do que outras religiões, porquanto, sua característica de Estado não
lhe permite ter um indivíduo e sócios e/ou familiares como donos ─ anulado isto no celibato do clero, estabelecido
paulatinamente pelo catolicismo, que
buscou também anular o desgraçado Nepotismo
─, como diferentemente são, de alguma forma, as modernas ditas igrejas
evangélicas, cujo espólio é de forma beligerante disputado pelos pseudo-s
herdeiros.
47
Porquanto é justamente a Igreja
Católica, nos dias de hoje; que não é voraz, agressiva, alienante e prosélito
(a) em buscar conseguir esses dízimos e ofertas dos inocentes crédulos; como
fazem ostensivamente as ditas igrejas evangélicas, que até se digladiam e se
submetem ou criam leilão por espaço no Radio e TV aberta; nas quais fazem essa
captação de recursos, por isto buscam ter emissoras de Rádio e TV, e se nãos as
tem pagam quantias vultosas para manterem-se na Mídia para mais e mais para
arrecadar, que mesmo aquelas que têm emissoras de Rádio e TV também compram
esses horários em “emissoras ditas seculares”... Inicialmente como Princípio, não tenho nada,
absolutamente nada, contra qualquer Mídia, pelo simples fato de ser a
Comunicação, o meio maior de crescimento do ser humano como pessoa; quando indevidamente
hoje, alguns demonizam a Internet... Tenho sim, tudo contra, como cidadão e
como cristão, prevendo e temendo o que se pode fazer por meio da comunicação;
senão, lembremos do nazismo e de Joseph Goebbels e sua habilidade de
comunicação contra a vida do ser humano. Nisso, a presença dos meus excessivos
apostos (explicação) tem como objetivo eu ser plenamente entendido e
principalmente inibir certos tipos de Edição à torcer o que se diz e o que se
escreve e/ou pretende informar, por parte de quem quer contestar.
ANÁLISE
POLÍTICO-ESTRUTURAL DA IGREJA NA SUA
EVOLUÇÃO
48
O período do
Antigo Testamento ─ também algumas coisas da era da graça ─, foram marcadas por ações plenamente
humanas nas suas decisões, ou seja, servos de Deus assumiram posições a partir
do que entendiam como certo e necessário; e isto aconteceu principalmente no
período da ausência de profetas (conforme as narrativas dos livros I e II
Macabeus), e também de líderes desse período (como Esdras e Neemias) e
objetivamente o profeta Malaquias, cuja linguagem é muito autoritária ─ nunca,
em nenhum período da história do povo de Deus e sua relação com Ele, a ausência
da efetiva cognição do ser humano... Deus, não é Senhor de robôs, e nisso,
aconteceram relatos por parte dos seus servos serem como se o próprio Deus estivesse
falando pessoalmente ao povo, buscando dar maior credibilidade à informação.
49
Sendo que, este tipo de abordagem no
final do período da plena revelação de Deus ao povo de Israel; teve nos dois
penúltimos profetas: Ageu (520 a.C. ─ ?) e Zacarias (519 a. C. ─ 487 a. C.),
que profetizaram no momento histórico das ações do sacerdote e escriba, Esdras.
O qual, nos seus atos teve a plena inicial ação milagrosa de Deus, em tocar no
coração de Ciro, o então reino dos Medos-persas, que venceram a Nabucodonosor,
formando o 2º Império do roteiro escatológico de Daniel capítulo II e capítulo
VII (a estátua e os quatro animais simbólicos); quando ele (Ciro) autoriza,
fornece condições, e devolve todas as riquezas que pertenciam ao templo, e
foram tomadas por Nabucodonosor.
50
Possivelmente aquelas provas evidentes de
Deus estar agindo fez com que Esdras tomasse medidas por demais radicais e
inconseqüentes do ponto de vista da coerência, justiça e misericórdia, quando
arbitrariamente fez com que todos aqueles que tinham tomado como esposas
mulheres gentias; as mandasse embora juntamente com seus filhos, não levando em
conta que esses filhos tinham também sangue (descendente) judeu... Criando
com isto um contingente de mulheres e crianças abandonadas. Coisa essa, sem
nenhum sentido de humanidade e espiritualidade e sim, simplesmente, formal e
injusta... Eu costumo dizer com relação a nossa chamada Abolição
da escravatura no Brasil; a qual foi paulatina e criminosa, quando, inicialmente
reteve como escravo o adulto na idade do vigor físico; provendo a existência do
ancião e do menor abandonado, identifiquei esse tipo de crime, como inventado
na nossa demorada e estranha chamada abolição, entretanto, entendo agora que a
invenção mais antiga do menor abandonado coube a Esdras; porquanto,
diferentemente, como fora ordenado por Deus, conforme Deuteronômio 7.
3-4 ─
Não contrairás com elas
matrimônio; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para
teus filhos; pois fariam teus filhos desviarem-se de mim, para servirem a outros
deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria...
O ordenado por Deus fora o de não haver casamentos com mulheres gentias
(daqueles povos). Séculos depois desses casamentos consumados e com filhos
gerados (filhos de homens judeus); tornou a medida tomada por Esdras em algo
tristemente lamentável e claramente desumana e incompatível com algo que
agradaria a Deus, até porque a coisa não era exatamente como Esdras supunha,
conforme o mesmo livro de Deuteronômio 21. 10
─ Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os
entregar nas tuas mãos, e o levares cativo, e se vires entre os cativos uma
mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher,
então a trarás para tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e
despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a
sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela
será tua mulher. Parece que Esdras ─ pelo
seu radicalismo, ainda que sincero no amor a Deus ─, não tinha o exato entendimento da
proibição dos casamentos com gentias, que era pela possível influência
religiosa dessas; que no caso dos casamentos com filhos já existentes, não teve
sensibilidade para analisar aquele fato novo e diferente, nos quais casos, deveria
ele procurar saber em que casamentos ditos ilegais as mulheres perverteram seus
maridos; não fez assim e de forma impensada determina aos maridos mandar suas
mulheres e filhos embora, acontecendo com isto, sério erro por parte dele,
também, inclusive, ele não considerou o texto acima, no que, é até possível que
dentre os casamentos desfeitos por esta ação sua, existisse algum como o caso
acima, e até dentre aqueles que se
entendiam como judeus puros poderiam possivelmente existir judeus miscigenados
descendentes Salomão e de judeus posteriores a ele, no longo período em que não
houve a séria preocupação com esse tipo de união; e quem teria condições e
coragem ─ naquele momento grave para o povo de Israel
─, de se insurgir contra o grande líder Esdras, concitando-o ao bom senso? Como
tem acontecido com decisões históricas de lideranças ditas evangélicas, por
exemplo, no caso do dízimo, que por interesses menores é mantido como se fora
ensinado por Jesus e seus apóstolos a sua manutenção na era da graça...
51
Ainda,
com relação às mulheres de outros povos (estranhas) conforme Gênesis 29. 24
(Zilpa dada a Léia como serva) e Gênesis 29. 29 (Bila dada a Raquel como
serva), dadas respectivamente a cada uma por Labão, sogro de Jacó (Israel). Os
doze filhos de Jacó, que se tornaram os pais das doze tribos de Israel; não
foram todos eles filhos de Léia e de Raquel, conforme consta na relação gerada
pela evolução histórica construída por mim no início desse estudo. E voltando a
esta parte do estudo vê-se que dos oito filhos atribuídos à Léia, dois deles
são de Zilpa, sua serva: Gade e Aser, e dos quatro filhos (mais Diná, filha)
tidos como de Raquel, dois deles são de Bila, sua serva: Dã e Naftali... Não
estou sendo leviano nem concluído quanto a essas duas mulheres, apenas
registrando um fato histórico relevante, com toda sinceridade e respeito,
inclusive; remetendo a questão em apreço a estudiosos judeus (israelenses) e/ou
a antropólogos e historiadores que tenham deles aval sobre o específico assunto
da origem genealógica dessas mulheres.
52
Na
realidade, o que se conclui disto (sendo repetitivo) é que esta observação
tinha a preocupação lógica que está no texto de Deuteronômio 7. 4 e na
ponderação anterior, que era a possibilidade dessa mulher tomada como esposa
vir a corromper a fé do marido, como aconteceu com o rei Salomão, o qual, na
sua velhice foi convencido por suas mulheres gentias a adorar ídolos e deuses
estranhos... No caso específico de Salomão e suas 700 princesas e 300
concubinas; isto foi um absurdo e não teve ou tem absolutamente nada a ver com
a vontade de Deus ─ embora no Antigo
Testamento isto tenha sido tratado de forma normal ─, como qualquer outro nível de poligamia é
inaceitável. É aí ─ em coisas como essas ─, que entra a plena ação humana, que até
agora tem sido entendida de maneira infantil e sem a devida responsabilidade no
texto sagrado, com inocência e desaviso por aqueles que são sérios e de maneira
criminosa e fraudulenta pelos que querem se locupletar por meio do Evangelho,
quando esquecem que todos nós teremos que dar conta a Deus pelo que fazemos
aqui nesta vida...
53
E
mais, com relação a Salomão, seu reinado, o que se escreveu sobre ele enquanto
reinou, e após sua morte dentro do que é importante avaliar com maturidade cada
relato bíblico na sua exata informação, conseqüências e condicionantes de cada
fato analisado. Na vida de Salomão (Jededias, o amado de Deus), aconteceram
claros propósitos de Deus estabelecidos para a sua vida: A promessa de paz no
seu reino habilitando-o a ter mãos limpas de sangue para promover a construção
do templo, conforme I Crônicas 22. 6-13, sabedoria, riqueza do seu reino e
proteção de seus inimigos, conforme I Reis 3. 4-13 e II Crônicas 1. 7-13,
quando basicamente durante os seus quarenta anos de reinado não houve nenhuma
crítica quanto ao seu comportamento; nem mesmo no início; no episódio da
negociação da madeira para a construção do templo com Hirão, o rei de Tiro,
cuja negociação não foi da parte de Salomão, na mesma seriedade como fora
tratado por Hirão, inclusive quando confiou cegamente na honestidade do filho
de Davi e se decepcionou, conforme I Reis 9. 11-13 ─ Ao fim dos vinte anos em que Salomão
edificara as duas casas, a casa do Senhor e a casa do rei, como Hirão, rei de
Tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de cipreste e ouro segundo todo o
seu desejo, deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra da Galiléia.
Hirão, pois, saiu de Tiro para ver as cidades que Salomão lhe dera; porém não
lhe agradaram. Pelo que disse: Que cidades são estas que me deste, irmão meu?
De sorte que são chamadas até hoje terra de Cabul... Salomão não agiu
corretamente com Hirão na medida de tudo que ele fizera para a obra do templo.
Também no final do seu reinado Salomão deixando-se corromper por suas mulheres,
conforme I Reis 11. 1-3 ─ Ora, o
rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó,
moabitas, amonitas, adomitas, sidônias e heteias, das nações de que o Senhor
dissera aos filhos de Israel: Não ireis para elas, nem elas virão para vós,
doutra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses, a
estas se apegou Salomão, levado pelo amor. Tinha ele setecentas mulheres,
princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração...
Lamentável tudo isto, e foi registrado para nossa ciência e aprendizado
útil.
54
Você
que está lendo esse estudo, possivelmente pode estar se perguntando e
questionando o motivo e pertinência da minha preocupação quanto à questão divórcio
e poligamia... Poligamia, nem pensar sobre isto como normal; e é este o motivo de
aproveitar o assunto dízimo ─ que não é a parte importante do livro do
profeta Malaquias e sim os outros assuntos
─, no entanto, poligamia é agressão desumana ao indivíduo mulher a favor
do homem... E o divórcio; não exatamente o divórcio no entendimento moderno e
sim o direito unilateral do homem, naquela época, de mandar sua mulher embora
por qualquer motivo; que se constituía em agressão e desrespeito, crime e
pecado (a lei era humana e religiosa) contra Gênesis 2. 24, e mais uma
evidência clara para nós hoje de como devemos ser sérios, verdadeiros e
equilibrados no estudo do texto sagrado, quanto à sua parte plenamente humana,
conforme o Senhor Jesus advertiu em Mateus 19. 4-8 ─ Respondeu-lhes Jesus: Não tendes lido que o
Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isto
deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só
carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhes
carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos
corações Moisés vos permitiu vossas mulheres; mas não foi assim desde o
princípio. E também que se lembre, reiterando, as outras questões
constantes no livro do profeta Malaquias, que são de fato as mais importantes e
não o dízimo como procuram incutir na mente dos, não sei se inocentes ou os
nada inteligentes interesseiros incautos.
55
E
voltando a Salomão, ainda, convêm também analisar coisas do seu reinado que só
foram veiculadas no texto sagrado após a sua morte; como historicamente
acontece em governos que entram em crise política, quando são sucedidos por
governantes que eram anteriormente oposição ou como no caso de Salomão após a
morte desses. O continuar em coisas da vida de Salomão se prende a fatos
relativos à tributação ─ que tem relação direta com dízimos ─, e também a necessidade de estudar o que
está contido no texto sagrado na sua exata informação, conseqüência e
princípios e regras a seguir ou não. Como já expliquei anteriormente; embora o
rei Salomão tenha recebido da parte de Deus: sabedoria, proteção dos inimigos e
riquezas; a sua vida no seu agir não correspondeu exatamente às expectativas de
Deus para sua trajetória como servo Dele, tanto que, foi Salomão o exato
culpado da divisão dos reinos em o de Judá e o de Israel (I Reis 11. 11-13), senão,
vejamos ainda o que nos foi informado após a sua morte, conforme os dois textos
iguais: I Reis 12. 1-4 e/ou II Crônicas 10. 1-4
─ Roboão foi a Siquém, pois toda
Israel se congregara ali para fazê-lo rei. E Jereboão, filho de Nabate, que
estava então no Egito para onde fugira da presença do rei Salomão, ouvindo
isto, voltou do Egito. E mandaram chamá-lo; Jeroboão e todo Israel vieram e
falaram a Roboão, dizendo: Teu pai fez duro o nosso jugo; agora, pois, alivia a
dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos. Termino
aqui o comentário sobre a vida de Salomão; sugerindo-lhe que leia com carinho e
atenção o seu livro Eclesiastes; o qual é uma espécie de desabafo dele pela
frustração que abate a todo ser humano quando consegue tudo o que quer sem
dificuldades, sendo isto muito claro no seu falar quase depressivo, quando
lamenta e lamenta e pergunta a si mesmo, conforme Eclesiastes 1. 1-3 ─ Palavras do pregador, filho de Davi, rei de
Jerusalém. Vaidades de vaidades, diz o pregador; vaidades de vaidades, tudo é
vaidade. Que proveito tem o homem, de todo trabalho, com que se afadiga debaixo
do sol?.. O que se tem aqui e em todo o livro de Eclesiastes é o lamento de
um homem que ultrapassou tudo aquilo que um ser humano poderia ter, e se você
quer entender o porquê de tudo isto. Pense que, não adianta nenhum de nós
conseguirmos tudo no mundo, porquanto, ao final, tudo serão vaidades e vaidades
(reproduzido 25 vezes no livro Eclesiastes), diremos eu e você. Não consigo imaginar
que conclusões futuras chegarão àqueles que se locupletam com expedientes em
descordo com a Bíblia e a vontade de Deus, só Deus o sabe. Voltemos ao livro de
Malaquias.
56
O
livro do profeta Malaquias tem coisas importantes da revelação de Deus dada a
ele sobre o seu amor ao povo de Israel, contra o divórcio (aqui unilateral) e
contra a poligamia, a profecia sobre João Batista e a vinda do Senhor Jesus, e
somando a isto, Malaquias se aproveitou para defender interesses financeiros
dos levitas, num período do já desgastado ministério deles, e bem próximo da
sua extinção... Não há nenhuma conexão entre a existência de levitas com o
ministério do Senhor Jesus, porquanto, o escritor aos hebreus diz que
melquisedeque e o ministério Levítico foram alegoria do Senhor Jesus, o Supremo
e eterno Sumo sacerdote, conforme Hebreus capítulo VII, que vou desenvolver
didaticamente ao final desse estudo.
57
Quando
digo ter sido a parte sobre dízimos de interesse de Malaquias, isto tem fácil
conclusão de valoração na análise do assunto e do livro. O dízimo naquela época
já caminhava na direção de sua extinção, como aconteceu na era da graça; no
entanto, a ação do Espírito Santo, ainda que, respeitando a nossa intenção de
pensar e fazer, como no caso da veemente inserção de Malaquias sobre o dízimo
no conjunto das profecias do seu livro; de alguma forma, Ele, o Espírito Santo
fez e continua fazendo com que essa ação particular de Malaquias sirva de
referencial para estudo e discussão séria sobre o assunto, como é o caso deste
meu estudo sobre o dízimo, que tem como referência básica o texto de Malaquias
3. 8-10; que infelizmente é ostensivamente usado pelos interessados no dinheiro
alheio.
58
A evolução da Nação Sacerdotal Israel,
por meio da qual toda humanidade seria alcançada. Que era o que foi chamado no
decorrer da história e é hoje conhecido como teocracia, que pode também ser
identificado de maneira etimológica objetiva, como Teo, Theós (Deus) + cracia
ou arquia (governo, poder), que
inclusive no período do Antigo Testamento fora também estatal (religião da
nação judaica).
59
Com
o início do ministério do Senhor Jesus essa relação se consolidou com o nome de
Igreja (grego, Εκκλησία ─ Assembléia), conforme Mateus 16.18 ─ Pois também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra (eu, o Filho de Deus) edificarei
a minha igreja, (...). Também, Efésios 2. 20 ─ Edificados sobre os fundamentos dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo
Jesus a principal pedra da esquina. De igual modo, I Pedro 2. 4 ─ e, chegando-vos para ele (Jesus), a pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para Deus
eleita e preciosa. Como foi visto não há mínima possibilidade de associar a
alegoria pedra à pessoa do apostolo Pedro; até porque essa alegoria fora
didaticamente construída em Isaías 28. 16-19 (sete séculos antes), também foi
usada por Pedro e por Paulo; daí a reiteração didática de Jesus em função da
afirmação pétrea de Simão Barjonas: Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo... Inicialmente essa Igreja, da qual,
Jesus é a cabeça; passou a existir (ainda não de fato) com a formação do
colégio apostólico ─ uma espécie de Seminário Teológico divino ─, cujo pastor (professor) era o Senhor
Jesus, pois a Igreja ou igrejas são assembléias, como foi a reunião dos
discípulos como liderados de Jesus. Que com o evento do fim do ministério
terreno de Jesus; se deu o início efetivo da implantação das igrejas (cada uma,
parte da sua transcendente Igreja) ─ as quais, inicialmente na fase da eventual
superintendência hierárquica transitória dos apóstolos; nos seus ministérios
participaram da sua estruturação (organização) e da sustentação doutrinaria
para àquelas e as futuras, quando coube a Paulo a responsabilidade maior nessa
preparação teológica, que caminhou até a morte de João, porquanto não há
sucessão apostólica ou de maneira bem didática e repetitiva: Não existe nenhuma
hierarquia na Igreja de Cristo pós a morte de João.
60
Essa
visão anárquica (sem governo supremo humano) da administração das igrejas, já
fora sinalizada de maneira visivelmente clara desde o cativeiro babilônico
através das sinagogas, como detalhei de maneira grave no meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! No qual mostrei o
início das sinagogas ─ que foram
construídas em diversos lugares onde os judeus residissem e, eram administradas
independentes do sumo sacerdote isso antes do templo ser reconstruído e também
depois ─, como vemos nos relatos
bíblicos do Novo Testamento. Essa ponderação feita aqui (consistente do ponto
de vista bíblico e histórico) tem toda uma fundamentação objetiva no livro do
profeta Jeremias (Jeremias 31. 31-34), cujo período marca a preparação para o
início da era da graça ─ plenamente identificado anteriormente pelo profeta
Isaías, o profeta messiânico ─, com esse componente principal da
descentralização de poder eclesiástico através das sinagogas ─ que marcam esse
fracionamento e tendo também a sinalização ou formatação das primeiras igrejas
e a clara idéia das nossas modernas Escolas Bíblicas Dominicais, que aparecem
em vários textos sobre a presença de Jesus e de Paulo ensinando nas
sinagogas ─; sendo um dos exemplos: Atos
17.9-10 - E logo, de noite, os irmãos
enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagogas
dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que dos que os de Tessalônica,
porque receberam a palavra com toda a avidez, examinando diariamente as
Escrituras para ver se era assim.
61
Outra
prova contundente do que tenho ponderado sobre a ausência de chefia acima do
pastor na igreja de Cristo é a maneira objetiva com o escritor aos hebreus
mostra e explica como entender as alegorias do período do Antigo Testamento,
quando após a sinopse de todo o texto sagrado (a Bíblia), feita no capítulo
1.1-3, ele desenvolve uma forte construção (em forma de Midrash, a exegese
judaica) da divindade do Senhor Jesus nos 3 primeiros capítulos, e a partir do
capítulo 4 ao capítulo 9, faz um relato minucioso de identificação do sumo
sacerdote como sendo alegoria de Jesus, cujo sacrifício único fora alegorizado
com a entrada do sumo sacerdote no santo dos santos, que no sacrifício do
Senhor Jesus, o véu que separava os dois ambientes é rompido definitivamente e
com isso só restou a figura do sacerdote, que correspondeu e é hoje o pastor
(que no catolicismo corresponderia ao padre), ficando objetivamente claro não
ter existido e o poder existir hoje nem de leve a possibilidade de existir
hierarquia ─ como a católica romana, que a cópia a estrutura
do Império romano ─, nem pastoral, como
é praticada hoje em dia no meio evangélico.
62
Estou
constatando essa mudança clara estabelecida por Deus para a existência de
igrejas institucionais (que seriam partes da espiritual Igreja de Cristo, cujo
pastor e cabeça é Ele); também usando de maneira grave a terminologia advinda
de uma das vertentes do desdobramento do Iluminismo (que fora precedido pelo
Renascimento tendo no seu segmento a Reforma Protestante) de contestação ao
período negro da supremacia católica romana, na alta e baixa Idade Média e o Absolutismo;
que junto a outras como o Socialismo; o ANARQUISMO (também do século XIX), cuja
operacionalidade foi considerada como inatingível, entretanto as igrejas verdadeiramente
de Cristo têm que ser anárquicas, como as primitivas, e algumas denominações
como os batistas autênticos têm essa origem, entretanto algumas estão sendo
seduzidas a abandonar esse princípio pelo canto diabólico do poder e da
riqueza.
63
Objetivamente,
até para melhor entendimento! ANARQUIA, assim como UTOPIA, tem para a maioria
de nós, não doutos e até ditos doutos de hoje, o entendimento aculturado de
bagunça, confusão, baderna e etc... e, utopia, algo inatingível, fora de
propósito e fora de realidade, respectivamente; quando de fato (ver dicionário),
UTOPIA ─ segundo a visão crítica de Thomas More ou Morus 1477-1535, corresponde
exatamente a como deveriam ser todas as coisas, não fora a nossa natureza má.
ANARQUIA, nada mais é que: AN (grego, prefixo de negação), ARQUIA (grego,
governo, comando), ou seja, anarquia ─ é não ter um chefe supremo (sem governo)
como foi a forma administrativa das primeiras igrejas, com a supervisão
eventual e transitória dos apóstolos, que decididamente não se sucedem ou o
chefe, das igrejas de Cristo, é Ele próprio. Maravilhoso foi que depois de ter
acontecido a Reforma Protestante,
tivemos no século XIX, juntamente contra o Absolutismo, surgiu entre as opções
de forma de governo secular buscadas como alternativa; a forma ANÁRQUICA que
foi defendida como a melhor maneira, pelo francês Pierre Proudhon (1809-1865), e foi efetivamente
detalhada e desenvolvida por dois russos: Bakunin (1814-1876) e Kropotkin
(1842-1921, como a melhor forma, a de se
autogovernar sem o comando do Estado).
64
Embora
concorde que essa forma administrativa seja praticamente impossível para o
universo secular (em função do grave conflito de interesses dos seres humanos),
no entanto, o mundo espiritual da fé tem que ter essa característica, e em
função disto também entendo que decididamente essa deve ser a forma de
constituição e administração das igrejas verdadeiramente de Cristo, porquanto
não há, de maneira nenhuma o pressuposto de igrejas (que possam efetivamente
ser chamadas de sérias do ponto de vista bíblico) com hierarquias e domínio
efetivo de uma “chamada matriz sobre filiais”, no que, conseqüentemente
aparecerá a figura desses chefões, que biblicamente são anticristos (ocupam o
lugar de Cristo na chefia dessas igrejas).
65
O
mundo não aceitou a forma anárquica de Governo. Em contrapartida conviveu e
continua convivendo com a mono + arquia, o socialismo (que é na realidade
uma espécie oligo + arquia) e a efetiva Monarquia versus Parlamentarismo e, as nações de
tendência democrática incorporaram aos seus sistemas de Governos a idéia dos
três (3) poderes autônomos (Executivo, Legislativo e Judiciário), construída
pelo filósofo Charles Secondat 1689-1755 (conhecido como Montesquieu), na sua
obra O espírito das leis. Os Batistas passaram a existir dentro da forma
neotestamentária da anarquia, quando são
(cada igreja) autônomas quanto a tudo ─ principalmente quanto a bens e receita
financeira, todavia fiéis quanto aos princípios bíblicos do universo das
igrejas do seu credo denominacional.
66
De
fato, as primeiras igrejas (que foram parte, como nós hoje, da Universal e
transcendente Igreja de Cristo), eram administradas pelo sistema an + arquista...
Todavia o sistema secular de administração sempre foi o da mono + arquia (embora a
religião judaica até a vinda de Jesus, também assim tivesse sido). Com o evento
do Império romano se tornar “cristão”; a Igreja visível foi capturada pelo
Império romano, se tornando, não uma, mono
+ arquia, e sim de fato uma teo + cracia ou teo + arquia, a partir do Papa ser uma espécie
de semideus, a cópia ou sincretismo do Pontifex
maximus da religião pagã romana, conforme as profecias de Apocalipse 13. 1
(as sete cabeças) e 17. 10 ─ sete
imperadores Pontifex Maximus e os
posteriores Sumo Pontífices (Papas), do sincretismo católico romano.
67
Com
o acontecer da Alta e Baixa Idade Média ─ que teve como parâmetro o seu começo
na queda do Império romano do Ocidente em 476 e o seu fim na queda do Império romano
do Oriente em 1453. Teve-se dentro desse período a evolução para o modelo
administrativo chamado Feudalismo ─
que findou na Idade Media ─; que é hoje
praticado pelos evangélicos pentecostais tradicionais através dos chamados
“ministérios”, que têm (cada um deles) várias igrejas de suas propriedades.
68
Os
Batistas saíram da reforma, como todas as igrejas evangélicas, pois não existiu
nenhuma igreja evangélica concomitante à Igreja católica romana; sendo isso
profecia bíblica e maravilhosamente com a forma administrativa bíblica, que é
da an + arquia
(cada igreja ser autônoma, regendo seus bens e receita financeira através do
seu pastor e da sua membresia), na quais, o seu governo supremo é o Senhor
Jesus, I Cor. 12.12-31 e Efésios 5.23 ─ cada uma das igrejas formando um corpo,
que é parte do corpo maior que é a Igreja, cuja cabeça de todas elas é Cristo,
não existe biblicamente igreja que pertença a uma determinada igreja matriz (Feudalismo
religioso), nem os impérios neopentecostais.
69
Infelizmente
vêem-se hoje algumas igrejas Batistas se desviando desses princípios; migrando
para o sistema pentecostal e outras para o sistema que chamamos de burgos;
quando se constroem macro templos para comportar mega congregações, que torna o
pastor dessa igreja um administrador anticristo (I João 2.18) de grande número
de empregados e vultosas receitas financeiras e, na verdade os pastores que
serão identificados por Jesus naquele importante (Mateus 7. 20-23) são àqueles
auxiliares que pastoreiam a cada fração dessa chamada grande igreja, que é na realidade
um grande negócio que tem dentro de si várias igrejas tributárias.
70
Lamentável
foi que a partir da reforma, alguns grupos efetivamente protestantes tenham
preservado parte do sistema hierárquico católico romano (entretanto com certa
seriedade), como: a igreja Anglicana é a Católica Romana inglesa,
Presbiterianos, Congregacionais, Luteranos, Metodistas e os Adventistas do
Sétimo Dia (oriundo dos Metodistas) ─ que segundo um de seus ministros, o pastor
Edgar Silva Pereira, num trabalho disponível na internet ─ oleviataadventista.blogspot.com
; critica ou denuncia que os Adventistas (sua igreja) têm abandonado o sistema
administrativo hierárquico-democrático (oriundo do contraponto com o
catolicismo, com já expliquei) e segundo ele evoluindo ou caminhando para o modelo que ele
identifica com o construído na alegoria do livro do filósofo Thomas Hobbes, O Leviatã de 1651, semelhante ao Império
católico romano e dos neopentecostais... O mais terrível sobre isso são os
grupos que nos são mais contemporâneos, os impérios semelhantes à Igreja
Católica Romana ─ que foi e é o princípio disso tudo, que muitos de nós
indevidamente até elogiamos coisas, como: a igreja do reverendo Moon, a do Paul
Yonggi Cho, a Universal do Reino de Deus, a Igreja da Graça, a Deus é Amor, a
Mundial da Fé, a Renascer, a Cara de Leão, a Cristo Vive e muitas outras que
têm ramificações internacionais. Também os feudos pentecostais? que são muitos, e foram eles a ponta desse
grande iceberg, inclusive, a Igreja Cristã de Nova Vida foi de onde saiu as
principais lideranças dessas mega neopentecostais, ver na Internet site http:pt.wikipédia.org/wiki/igreja_cristã_de_nova_vida
, do que é hoje o grande universo das igrejas comerciais, que são muitos e
estão seduzindo pequenas igrejas ainda sérias, quanto ao que preceitua a
Bíblia, a buscarem formas alternativas de concentração de poder e controle de
grandes receitas através de arranjos macros, como: igrejas com propósitos
(modelo que corresponde a Burgos), fórmula advinda de Rick Waren, cuja
operacionalidade é uma rede extensa de ditos ministros, criando no corpo de
Cristo (as igrejas) uma grande empresa, que fica difícil entender, se para
pastorear vidas ─ não sendo esse modelo efetivamente compatível
com o pastorear ovelhas? Como o faz a verdadeira igreja de Cristo, e sim o de
fato administrar receitas financeiras vultosas desse negócio evangélico com
propósitos.
71
Nesse
modelo quando há problema com o seu líder maior; toda a estrutura, que é
composta de milhares e milhares de pessoas, sofre e prejudica tremendamente
esse grande universo de vidas; em contrapartida o modelo bíblico que é micro,
quando tem problemas com qualquer de seus líderes, isso atinge o pequeno número
de pessoas que a compõem ─ que é
característica desse modelo genuinamente cristão. Com relação ao modelo macro;
pensemos no seguinte: Uma igreja de 40 mil membros são no mínimo 40 igrejas de
mil, e deveriam assim estar divididas e autônomas; pensemos ainda, que
considerando um período de culto em torno de duas horas, teríamos 40 coros ─
coros sim! Não deixe que ele acabe na sua igreja, pois ele é o núcleo de nos
prepararmos para a vida futura de louvor; teríamos 40 grupos de louvor
congregacional, também cantando, teríamos 40 irmãos fazendo solos, teríamos 40
pastores pregando. Deu para entender? Numa igreja de 40 mil membros, para isso
acontecer teríamos que despender de duas (2) horas vezes 40 ou 80 horas de
culto, ou melhor, dizendo 3 dias ininterruptos e mais 8 horas.
72
De
igual modo, esse modelo macro, que é mais ou menos o mesmo sistema do parágrafo
anterior: muitos dízimos e ofertas a serem administrados; a partir do fatiar
uma mega-membresia em grupos, tais como: células ou grupos disso ou daquilo,
sendo um exemplo de “sucesso” disso, o modelo igreja batista da Lagoinha, em
cuja membresia estão presentes as inúmeras igrejas an + arquicas, que não
existem no grande Estado de Minas Gerais; grandemente carente da presença do
Evangelho de Cristo, e se esta estrutura grande e forte lá existe, porque não,
batistas, com inúmeras igrejas aqui e ali, porém autônomas? Minas Gerais versus igreja batista da Lagoinha é o
maior exemplo negativo do ponto de vista bíblico de crescimento horizontal;
essa igreja é sim exemplo de sucesso de mídia, econômico e lamentavelmente
vertical (no contraponto do horizontal), ou mais ainda, dentro do efetivo
etimológico ─ estomacal ─ terminologia muito usada para o relativo ao que é
interno, que é crescer para si mesmo, de maneira humana materialmente
egoísta... Os modelos: Pentecostais de Feudos e os Neopentecostais de impérios,
nem pensar.
73
Teve-se
também desde o Renascimento a crítica
veemente ao que ficou sendo chamada de nepotismo ou a autoridade dos parentes
dos Papas; que é a praga estranha mais presente em todos os poderes hoje no
mundo, quando, de maneira pouco compreensível se vê sucessões ininterruptas
aqui e ali, numa plena dinastia, inclusive nas igrejas, até comprovada como
anormal, porquanto muitos filhos de pastores afirmam veementemente que: filhos
de pastor não são necessariamente pastorzinhos. O filósofo inglês John Locke (1632-1704),
quando batendo no Absolutismo disse não acreditar nas idéias inatas, ou
seja, filho de rei não era reizinho. A anárquica igreja de Cristo não pode
decididamente ser propriedade de nenhum pastorzão e muito menos espólio de sua
descendência (dinastia).
74
Deus
está chamando a cada pastor sério, a pensar efetivamente numa igreja que
promova e fomente o crescimento horizontal ou o aparecimento de igrejas em
locais diferentes; no interesse do Evangelho do Senhor Jesus, quando esse
pastor promova o aparecimento (formação) de outros pastores, na sua igreja e
também busque influenciar a outros que assim também o façam... Porque a verdade
factual é haver em toda a igreja que tem um número exagerado de membros ─ a
deformação preferida por aqueles que têm administração congregacional, que é
bíblica transformando-a numa espécie de Burgo
─, porquanto o princípio bíblico da autonomia das igrejas locais é ainda
muito forte entre esses. Nelas as ovelhas não são efetivamente pastoreadas e, o
outro fato abjeto e nada espiritual é que o seu pastor ganha status hierárquico de “bispo prefeito”
dessa macro comunidade, tendo também nessa mega membresia ─ que historicamente
se mostra muito heterogênea, quanto ao procedimento e expectativas espirituais,
porquanto, a vertente maior é a da sociabilidade (clubezinhos) em detrimento da
espiritualidade.
75
Depois
desse modelo macro-local (espécie de Burgo), que acaba sendo a fase inicial; do
modelo que é unanimidade; sendo o mais usado e o que mais prolifera, é o que
chamamos modelo ou ADMINISTRAÇÃO FEUDAL; pois esse modelo contempla a
existência de uma igreja chamada matriz, que promove o aparecimento de outras
igrejas em outros lugares, sendo maravilhoso isso, pois contempla o crescimento
bíblico horizontal do evangelho, entretanto essas novas igrejas são propriedade
dessa primeira, e chamadas de pertencentes a esse determinado Ministério;
todavia, confesso também que esse fator tem sido o motor do crescimento do
número das igrejas Pentecostais, que tem também motivado as tradicionais a
migrarem para os chamados renovados (Pentecostais). Essa constatação nos leva a
triste conclusão de que o Evangelho de Cristo só “cresce ou crescerá” através
de um desses modelos de interesse financeiro, como se vê de fato acontecer...
76
Será
que aqueles de princípios sérios quanto às verdades bíblicas, vão parar ou
continuar nesse ritmo lento de evangelismo, por não haver para si motivação
financeira humana? Vamos criar algum outro modelo sedutor humano alternativo a
esses ─ para enganar a nossa consciência, que possa servir de motor para gerar
motivação em nós? Ou seremos plenamente sérios, isentos de ganância e veremos o
Evangelho de Cristo simplesmente como é: O poder de Deus para salvação de
todo aquele que crer. Será que nós os ditos evangélicos de hoje vamos
caminhar na trilha dos importantes servos de Deus do decorrer da história, os
quais, em todos os momentos que participaram de eventos de evangelização;
poder-se-ia criar dois gráficos: Um sobre a violência nesses lugares, e outro
sobre o crescimento do Evangelho. Cuja leitura desses dois gráficos no decorrer
da história, sempre que apontou para evolução crescente do Evangelho, a
contrapartida foi da redução da violência; diferente e lamentavelmente, hoje à
medida que se diz que o Evangelho está crescendo no Brasil (ascendência no
gráfico), miseravelmente a violência tem crescido mais do que a influência das
igrejas.
77
Deus
está chamando a cada pastor sério, a pensar efetivamente numa igreja de
crescimento horizontal, na qual, esse líder incentiva e promove o aparecimento
de outros pastores na sua igreja ─ já disse isto anteriormente ─, e havendo grande crescimento na sua
membresia, deve optar, não por criar pastores e pastores auxiliares, e sim, ter
a grandeza de avaliar que numa igreja de elevado número de membros, existe
vários irmãos que residem em bairros distantes do templo dessa igreja ─ que
demanda em alguns casos, gastos com locomoção até iguais ou maiores do que o
dízimo, indevidamente recolhido, por
esses irmãos ─, também o morar longe expõe esses irmãos ─ no
caso do culto a noite, a estarem na rua em horários considerados perigosos ─
tanto para os que têm condução própria, como para os que dependem do transporte
público, que é escasso nesses horários de menor demanda... Daí, com toda a
grandeza, espiritualidade e avaliação raciona; buscar construir em local
próximo às residências desses vários irmãos, outro templo, e indicar pastores
até então auxiliares para consolidar o aparecimento de uma nova igreja, “que
será plenamente autônoma”, todavia incentivada a fomentar essa norma, como é
ainda princípio básico para denominações sérias
─ graças a Deus por isso!
78
Outra
coisa. Para a nossa vergonha; as Testemunhas de Jeová, muito criticada pelos outros
evangélicos ─ sendo eles também evangélicos e os que mais
anunciam Jesus como salvador ─; estão
fazendo de maneira contínua um ótimo trabalho de pregar de casa em casa, e
lamentável é, que tenhamos estado a todo o tempo buscando e praticando freneticamente
inúmeras chamadas estratégias de evangelismo, e não estejamos sistematicamente usando a forma simples e
eficaz que o Senhor Jesus ensinou aos discípulos; que foi o ir de dois em dois
e de casa em casa... E observe que esse trabalho gera de maneira tranqüila o
“chamado estratégico grupo de estudo” ─ pergunte ou investigue isso junto às
Testemunhas de Jeová ─, só que, maravilhosamente na casa daquele que ainda não
recebeu a Cristo como salvador; aquele que está sendo evangelizado, e, outro
fator importantíssimo é que esse relacionamento de estudo estará efetivamente
ligado com a Bíblia, por interesse dos próprios visitados, e detalhe, isso já
estará acordado e estabelecido previamente nos primeiros contatos das
anteriores visitas evangelísticas feitas a eles de dois em dois.
79
Quando
agravei na questão administração e conseqüente manipulação de quantias
volumosas, é porque, até sem considerar a questão hierarquia, que não tem
definitivamente base bíblica; porquanto a grande concentração de poder administrativo
e a presença de grande volume de dinheiro, que só se torna possível com grande
concentração de poder administrativo, como se tem visto presentemente na mídia,
num volume maior que 10 milhões de reais, são incompatíveis com a Igreja de
Cristo e as igrejas institucionais que poderiam ser consideradas suas, pelo
fato do modelo neotestamentário ser micro... Fatos como esse, só são
compatíveis com igrejas que não são de Cristo, ligadas às instituições que têm
o perfil já enumerado e que produzam efeitos, mesmo sendo sete vezes menor (uma
mala apenas). Decididamente não podem ter nenhuma relação com o Rabi da Galiléia,
que nasceu em um estábulo ─ lugar nada digno para qualquer ser humano, sendo
também infecto e com presença de excrementos de animais e teve como berço uma
manjedoura. A sua curta estada aqui como humano foi das mais humildes, que Ele
diz através de Mateus 8.19-20 ─ E,
aproximando-se um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que
fores. Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos,
mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Esse é o Senhor Jesus,
o Filho do Deus vivo, que é o bom pastor, que diferentemente da maioria dos
pastores e semideuses de hoje, Ele é, segundo o que disse através de João 10.11
─ Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a
sua vida pelas ovelhas...
80
Aos pastores
─ que deveriam ter a Jesus como
exemplo ─; o Senhor nosso Deus através
do profeta Ezequiel já havia chamado a atenção para os seus procedimentos,
naquela época e profeticamente para hoje (o mesmo princípio), como consta em
Ezequiel 34.1-10, que reproduzirei os versículos 3 e 4 para melhor chamar a
atenção dessas questões muito sérias: ─ Comeis
a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas, não apascentais as
ovelhas. A fraca não fortalecestes, a
doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornaste a
trazer, e a perdida não buscaste; mas dominais sobre elas com rigor e dureza...
Essas palavras ditas há vinte e seis séculos passados soam plenamente atuais e
não devem ser desprezadas por aqueles que são sérios.
81
Quando
digo de maneira veemente que o volume de dinheiro atribuído a esses negócios
que se intitulam igrejas de Cristo, os identificam claramente sem compromisso
com o Evangelho, é fruto de uma avaliação consciente e séria, pois igrejas
localizadas na nossa região metropolitana, com membresia em torno de 1000
membros, que entendo deva ser o número máximo geram receitas em torno de 50 a
70 mil reais, sendo esse valor maior correspondente àquelas, nas quais, a
classe média é mais presente entre os seus membros... Milhões de reais
decididamente não têm nada a ver com o simples e humilde Rabi da Galiléia, o
nosso salvador Jesus Cristo.
82
Assusto-me
quando vejo pastores reconhecidamente sérios, evitando criticar essas coisas
que se dizem igrejas de Cristo e até as defendendo ─ compreendo que por
corporativismo (que não os isenta ou inculpa, quanto a essa omissão), mas não
consigo entender como não haver repulsa quanto a isso. Entendo que o Senhor
nosso Deus e o seu Filho, o Senhor Jesus ─ tanto que nos tem disponibilizado o
seu Santo Espírito para habilitar a pastores e a cada um de nós a termos
discernimento, capacidade de ensino e coragem de desapego de estar em acordo com
o mundo ─; para diferentemente ter como
prioridade e colocarmos em prática o que manda a Sua Palavra.
83
Isso
que tenho ponderado aqui é estudo sério sobre a Bíblia, isso de igual modo é do
Evangelho e também isso é estudo sobre a Igreja e as igrejas (instituições),
que demanda a necessidade da existência de uma Escola Bíblica Dominical
efetivamente alicerçada no simples e pleno estudo da Bíblia, e não nessas
impertinentes chamadas contemporizações ─ tem-se que estudar na Bíblia e o que
de fato ela diz e ensina ─;
contemporizar os seus ensinamentos (da Bíblia) é coisa minha e de cada um,
ainda que com a ajuda do pastor, entretanto sendo imprescindível que permitamos
em nós a ação do Espírito Santo de Deus para as conclusões exatamente corretas.
84
O
usar a terminologia advindo do século XIX, a ANARQUIA, que foi a alternativa de
administração (governo) de contraposição à MONARQUIA que junto ao ABSOLUTISMO ─
que tinha dentro de si o componente da TEOCRACIA (usada de maneira exacerbada
na época), ser a sucessão dinástica de origem divina ─; é para mostrar de maneira contundente essa
questão de suma importância, que intencionalmente não é estudada.
85
Creio
como pertinente falar quanto aos grupos que nos são contemporâneos, que
enumerei no início, e que se dizem igrejas de Cristo, cuja maneira de operar as
questões relativas à fé e compromissos com Deus; são visivelmente
anti-bíblicos, nas quais não há nem haverá dificuldade em entendê-los como tais
─ inclusive também por serem, do ponto de vista administrativo totalmente
dissociado da correta forma bíblica.
86
Nessa
pequena avaliação já concluída, quero chamar a atenção para um fato
contundente ─ eu disse fato, que do ponto de vista teórico
jurídico coloca todas as igrejas que não são parte da católica romana e não são
administradas como ela, como ilegais ─ vou explicar! Se entendermos e aceitamos
a idéia de que pode haver nas igrejas de Cristo com chefia acima do pastor
(monarquia); então teremos também que aceitar, que essa chefia pertenceria à
Igreja Católica Romana através do Papa, porquanto pós as primeiras igrejas, que
foram literalmente destroçadas pelo imperador Diocleciano e seu co-imperador
Maximiniano da Trácia no ano 303 a 305; e a partir do final desse 5º século (440-461, o primeiro Papa), o que
existiu e existe do ponto de vista institucional foi e é a Igreja católica romana... O que estou dizendo é que todas as
igrejas que têm chefia acima do pastor; está usurpando a chefia do Senhor
Jesus, todavia essa atitude nos ditos evangélicos, do ponto de vista humano, os
torna até usurpadores dessa pseudo-chefia, que dentro dessa questão humana
pertenceria ao Papa, por sermos oriundos da Reforma chamada Protestante. Porque é o catolicismo o macro
poder oriundo do Império romano e identificado na Bíblia como o animal
indefinível chamado besta, e os anticristos (I João 2. 18) esses outros poderes
menores de práticas anti-bíblicas, são concorrentes daquele maior (os
anticristos) dos quais fazem parte todo aquele pastor caça-níquel, que usa o
nome do Senhor Jesus, daí a provocação, em dizer que deveriam estar submissos
ao catolicismo.
87
A
abordagem direta quanto ao anticristo (o correto é o plural, I João 2. 18), que
foi a denominação dada erradamente ao poder maior identificado no Apocalipse
como a besta, pelos teólogos católicos romanos e seguidos pela maioria dos
evangélicos, me motiva a transcrever parte de outro livro de minha autoria
(ainda não editado), quando faço referencia ao filósofo Nietzsche, que se
auto-titulou o anticristo. Essa referencia à Nietzsche ─ é
como que dizer, que gostaria que ele estivesse aqui, vendo todos esses
movimentos mercantilistas, quando não consigo nem imaginar o grau de
belicosidade, que estariam presentes nos seus possíveis “aforismos” contra
esses movimentos que se intitulam evangélicos.
88
Início da transcrição: A discussão
metafísica quanto ao ser humano não é parte efetiva desse trabalho, com
enfoques na discussão filosófica, até porque a “tricotomia bíblica do ser
humano” (I Tess. 5. 23, também a epístola Romanos) só veio a ser filosófica,
empírica, racionalmente identificada, sancionada e sistematizada em Freud
(1875-1961) Id, Ego e Superego; que em Jung (1770-1831) o Ego ficou “inchado”,
se tornando Self ─ não sei se para significar si-mesmo ou se
“para benefício de si-mesmo” ─ deu para notar que prefiro a objetividade
e pragmatismo de Freud.
89
O
ruim e bom quanto ao que antecedeu a Freud ─ Renascimento e Iluminismo ou Idade
Moderna e a Contemporânea; foi o embate entre os da corrente do Empirismo e os
do Racionalismo, que continuou empurrando a questão metafísica humana para
frente, que inclusive não fora resolvida em Aquino (1225-1274), o teólogo
preferido dos Seminários. Em Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), isso
foi maravilhosamente conciliado, quando disse: Tudo o que é real é racional,
tudo o que e racional é real...
Ainda, Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), “coitado, primeira vez”;
irônica e tragicamente contemporâneo “de o” psicanalista Freud... Insurge-se de maneira veemente contra a
metafísica e de maneira mais objetiva na direção do que ele chamou ou era
conhecido como cristianismo e, se apresentou como o anticristo; quando na
realidade, esse cristianismo ─ leia-se catolicismo romano na sua fase de
perseguição, e hoje alguns ramos neopentecostais, do qual ele se disse “anti”,
é o que foi e é o verdadeiro anticristo, que é também o espólio do decaído
Império Romano... Nietzsche, “coitado, segunda vez”; no seu exacerbado
antrocentrismo, perdeu o bonde da história em não ter acariciado de maneira
terna os descendentes de Zadoque, os saduceus, não ter dedicado a Epicuro todo
o amor demonstrado para com Buda ─ tem isso, tudo a ver sim, analise. Por fim,
poderia ter sido um seguidor de Voltaire; que bateu em tudo e em todos,
inclusive no judaísmo e no catolicismo, todavia entendeu e soube trabalhar
efetivamente a questão metafísica e ao mesmo tempo foi um ótimo
antropocentrista e uma das maiores expressões do Iluminismo, sendo o seu Deus
metafísico Providencia mais que imanente e transcendente quase que pessoal.
Nietzsche, “coitado, terceira vez”; é o homem raro referido por ele mesmo no
seu O
Anticristo; o qual, pelo seu tamanho não coube dentro de sua mente ─ que
não o suportou, por ser maior que um homem normal ─,
daí, eu dizer, que foi irônico e trágico Nietzsche ter sido
contemporâneo de Freud.
90
Pobre
Nietzsche... Paulo, por quem ele aprendeu a nutrir grande ódio ─ fora
muito maior do que ele, e diferentemente se dizia “louco” por amor do Evangelho
de Cristo, em contrapartida, de maneira veemente se contrapôs às ciência,
filosofia e saberes outros, “quando
usados como meio, para aquele fim, que é Jesus” (não necessariamente
contra). Esse Paulo se mostrou
intelectual, racional e cientificamente maior que muitos de sua época, e também
maior que Nietzsche, todavia tendo cabido dentro de sua mente, pois perdeu a
cabeça ao ser decapitado e não pela loucura; mostrando para Nietzsche como
poderia manter a sanidade, ainda que sendo extremamente antropocentrista,
todavia não caindo na loucura do niilismo.
Fim da transcrição.
91
Como
evangélico, admito que qualquer vendedor de indulgências do passado se
escandalizaria com o mercantilismo praticado por certos setores que hoje se
dizem servos de Deus... Considerando a teologia católica romana, na visão de
juízo a partir do: “limbo, purgatório e inferno”; numa comparação entre “esses”
e “aqueles” que vendem e vendiam a fé ─ certamente esses mereceriam o inferno,
e aqueles (dentro dessa comparação) talvez até se livrassem do “limbo”... Aqueles (também comercializavam a fé);
vendiam perdão dos pecados ─ o que tornava os que compravam, pessoas de
objetivos até nobres ─ buscar perdão...
Esses de hoje são inqualificáveis, porquanto corrompem exatamente o que
a Bíblia ensina ─ que é considerar a Deus, não como o Senhor a
ser adorado, e sim, o Deus provedor de todas as benesses materiais que lhe
exigimos em nome de Jesus; de quem esses que vendem se apresentam como uma
espécie de representante (como aqueles fizeram), cobradores e recebedores do
indevido pagamento, para deferirem o recebimento da famosa “benção”... É possível, que o dito aqui por mim esteja
próximo do que seria dito por Friedrich wilhelm Nietzsche contra esses que hoje
vendem acintosamente a fé.
92
Sou
cristão e creio em igrejas congregacionais sem chefões (como referencial de
conjunto de idéias), e quero falar efetivamente como aquele que entende que os
que são sérios quanto à fé; atentemos para os genuínos princípios bíblicos,
entendendo não caber o que chamo de BURGOS ou igrejas com número elevado de membros.
93
Se
uma determinada igreja tem número exagerado de membros, terá também
invariavelmente que ter um grande número de pastores auxiliares... Esse grande
número de pastores inevitavelmente gerará uma estrutura hierárquica interna que
na prática parece-me que é maquiada por eufemismos, para evitar o de fato Papa,
cardeais, arcebispos e bispos; pois aquele que se reporta àquele, que se
reporta àquele outro, que se reporta ao presidente Supremo; são de fato e de
direito, partes do conjunto hierárquico, que embora sofismado, de fato existe
nessas macro-congregações.
94
Em
tempo, tenho afirmado esse meu conjunto de entendimentos ─ por entender serem
estes os princípios mais próximos do ensino bíblico (quando da sua origem),
entretanto não faço proselitismo quanto a essa ou aquela denominação ─ até
porque, hoje, grande parte dos que se dizem cristãos ─
lamentavelmente os mais importantes
─ comungam e praticam de alguma
forma essa hierarquia abjeta ─, porquanto Deus e o seu Filho o Senhor Jesus,
ensinam a mim e a todos os que queiram ter eterna relação com Eles através de
aceitarem a Jesus como salvador; a
pregarmos o Evangelho a toda criatura, conforme Atos 1.7-8 ─ Respondeu-lhes: a vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou
à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e
Samária, e até os confins da terra. Mateus 28.20 - Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis
que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos... Eu, como
qualquer pessoa que receba o Senhor Jesus com salvador, tenho a obrigação de
anunciar a Jesus como salvador e a concomitante delegação de ensinar os
Princípios bíblicos, os quais Princípios, entendo estar fazendo, também aqui,
de maneira séria.
95
Por
fim, sem alarde, de maneira determinada e constante, sigamos os princípios
bíblicos a nós ensinados no texto sagrado; que será levar plenamente em conta o
que nos adverte o escritor aos Hebreus 2.1-4 ─ Por isso convêm atentarmos mais diligentemente para as coisas que
ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas. Pois se a palavra falada
pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu justa
retribuição, como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A
qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada
pelos que a ouviram; testificando Deus juntamente com eles, por sinais e
prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos
segundo a sua vontade.
96
Antes
de qualquer consideração objetiva sobre os diversos pontos, gostaria de dizer,
que a “questão estratégia é não ter estratégia...” ─ Jorge, você sabe o que está falando, me
questionariam ─ Jesus ensinou estratégias e as usou em seu
ministério? Sei sim, exatamente do que estou falando... Quando falam e falam de
estratégias, inclusive com o pressuposto de necessária, a grande maioria tem a
idéia de que as usadas por Jesus estariam obsoletas ou para alguns, nem eram
necessariamente estratégias, mas sim, o agir de forma aleatória em função da
demanda daquele momento.
97
Quando
faço essa afirmação forte na direção de estratégias é para ser entendida exatamente
contra o que denomino de “estrategismo exacerbado”, que nada mais é o que
dissera Nicolau Maquiavel na sua obra, O Príncipe: Os fins justificam os
meios ─
quanto ao que dizem sobre essa fala de Maquiavel, ler o subtítulo
Considerações iniciais do Blog, endereço
─ www.socratesplataomachado.blogspot.com ─, quando, hoje, se faz de tudo para lotar os
templos a todo custo, com objetivos muitas das vezes, nada nobres.
98
Pastores,
essas palavras amargas não têm absolutamente nada a ver com esse ou aquele
irmão (como pessoa) específico; todavia tenho grandes reservas quanto aos
exemplos de igrejas citadas por muitos irmãos, as quais, lamentavelmente
(perdoe, a meu juízo) são exatamente aquilo ─ embora profetizado que
aconteceria ─, que não corresponde ao
que Jesus e seus apóstolos ensinaram e nos delegaram fazer.
99
É
um fato incontestável que o crescimento considerável em igrejas evangélicas
está invariavelmente ligado a estratégias, aberturas e comportamentos mais
liberais, que de forma alegórica, seria o caminho largo e espaçoso e não a
porta estreita... Isso permite que se crie uma metáfora aritmética, mais ou
menos assim: Jesus afirmou ─ usando uma parábola para isso, que na seara a
ser colhida no juízo tem em si trigo e joio ou nas igrejas temos no seu rol de
membros, salvos e perdidos. Considerando para salvos a letra S, para perdidos a
letra P... Primeiramente teríamos que, se tem nas igrejas, salvos e perdidos,
podemos afirmar que nos membros das igrejas há P e S.
100
A
metáfora aritmética de que falei tornam-se conseqüentes da seguinte maneira:
Sendo P perdidos e S salvos. A igreja que adota a estratégia do caminho e porta
larga terá nos seus membros P > S; no entanto, logicamente, a igreja que
segue a Palavra de Deus adotando a porta estreita terá no seu rol de membros P
< S. A conseqüência maior de ter P > S é que o pastor dessa igreja terá
efetivos problemas com o joio ou lobos dentro do seu rebanho, que fatalmente
contaminará os demais. Sendo a contrapartida disso, a igreja com S > P,
quando, nessas, as coisas acontecem de maneira tranqüila e sem maiores problemas
para o pastor.
101
Ainda,
a questão substantiva quanto a assunto igreja é que igreja (grego, ’Εκκλησία ─
assembléia, grupo de pessoas) não é e não deve se tornar em clubezinho de
amigos que pagam para ali estar, enriquecendo os seus líderes, os quais usam
vários títulos e nomes buscando cooptar inocentes crédulos... Nada contra
clubezinhos de amizade, cuja finalidade seja exatamente esta, no entanto, o que
não se pode aceitar como normal é o Evangelho de Cristo ser usado com fins que
não sejam o estabelecido pelo Senhor Jesus e seus apóstolos, conforme II Pedro
2. 2-3 ─ E muitos seguirão as suas
dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também,
movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação
dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita... E
quanto ao denunciar essas coisas estranhas ao Evangelho, o Senhor Jesus nos
manda assim fazer numa advertência séria, que não deve ser ignorada por aqueles
que amam a Deus, conforme Lucas 19. 40 ─ Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se
calarem, as pedras clamarão.
VOLTA À QUESTÃO
DÍZIMO
102
Após
essa retrospectiva de fatos, momentos, acertos e lamentáveis deformações quanto
ao entendimento e prática das coisas de Deus; vou caminhar de forma objetiva na
questão dízimo e ofertas numa visão bem mais próxima de nós ou efetivamente
contemporânea, no que diz respeito a sua legitimidade ou não hoje, como está
sendo praticado e o que se pode dizer exatamente sobre isto.
103
Todo
aquele e/ou aquela dita igreja que recebe dízimos (por entender isto vigente na
era da graça) e ofertas por bênçãos e milagres no pressuposto de serem oriundos
de ações suas; estão praticando crime bíblico (ilícito cristão) de apropriação
indébita contra a Constituição da fé humana, que é a Bíblia e os preceitos de
procedimentos que regem pós o ministério de Jesus (era da graça) os atos de
todos nós, os escritos do Novo Testamento, quando diz, II Pedro 2. 1-4 ─ Mas houve também entre o povo falsos
profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão
encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas
dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também,
movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócios;
a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não
dormita. De igual modo, o texto quando Jesus disse em Lucas 6. 24-25 ─ Mas ai
de vós que sois ricos porque já recebestes a vossa consolação (...). O
texto de Mateus 24. 24, usado como
referência importante para o estudo é o seguinte Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes
sinais e prodígios; de modo que se possível fora, enganariam até os escolhidos.
E outros textos como: I Timóteo 6. 9-11 ─
Mas os que querem tornar-se ricos
caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as
quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de
todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
transpassaram a si mesmo com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, segue a justiça, a
piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Também I Timóteo 6. 3-7 ─ Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs
de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é
soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras,
das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, disputa
de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que
a piedade é fonte de lucro; e, de fato, é grande fonte de lucro a
piedade com o contentamento. Porque nada trouxemos para esse mundo,
e nada podemos daqui levar; tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com
isso contentes. Mas os querem tornar-se ricos caem em tentação e em
laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os
homens na ruína e na perdição.
104
E o dito por Jesus
quando da formação da comissão dos doze, conforme Lucas 9. 1-6, Marcos 6. 1-13 e Mateus 10. 1-16, da qual
reproduzo o versículo oito, que é uma antítese do que ensinam os mercenários da
fé ávidos por dinheiro ─ Curai
os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de
graça recebestes de graça daí... Crimes esses, que se fosse
estabelecido um tribunal regido pelos ensinamentos do Senhor Jesus e seus
apóstolos para julgar a procedência ou não da cobrança de dízimos; com toda
certeza, os recursos tomados dessa maneira indevida ─ do
ponto de vista cristão ─; fatalmente
seria determinado que tudo fosse devolvido com juros e correção monetária
àqueles que de boa fé acreditaram serem devidos a essas instituições não
bíblicas quanto a esse procedimento e muitos outros que têm prejudicado a fé
verdadeira segundo a Bíblia.
105
Quando qualquer
pastor ou aquele que age como uma espécie de semideus, donos de igrejas, lhe
chamarem de ladrão com base no texto de Malaquias 3. 8-10 e lhe atribuir falta
de fé, quando você diante de pagar o aluguel de onde mora e/ou comprar remédios
não pagar o dízimo, lhe dizendo não estar você confiando suficientemente em
Deus. Devolva-lhe a acusação de falta de fé; porquanto a primária e real falta
de fé é aquela do líder que se diz chamado por Deus para o ministério pastoral
e não tem fé suficiente para acreditar que Deus moverá os corações dos fiéis a
ofertarem para o sustento da sua obra; e não que o dito pastorzão semideus
precise ter com segurança um recolhimento compulsório polpudo de dízimos e
ofertas regulares... Quem é que não tem fé, afinal de contas?
106
Inclusive,
quando qualquer líder cristão que acusa os fiéis de sua religião de ladrão, a
partir de Malaquias 3. 8-10 incorre em crime de injúria e difamação, porquanto
o pagar dízimos a qualquer igreja dita cristã não é devido, conseqüentemente
não se constitui em ilícito cristão o não entregar dízimos. Pelo fato de não
haver a mínima relação do que disse Malaquias sobre o dízimo com qualquer
igreja cristã ou dita cristã; pelo elementar fato, de que, o dízimo era uma
tributação do Estado-religião judaica, não tendo qualquer religião cristã ou
qualquer cristão a obrigação de pagá-lo, diferentemente, como disse antes, o cobrá-lo
dos fiéis se constitui em ilícito bíblico... Ou você entende e crê ou lavaram (alienação)
sua mente a ponto de acreditar que Jesus e seus discípulos não conheciam o
texto de Malaquias 3. 8-10, e por este motivo não o citaram e em conseqüência
as igrejas não o praticaram, no entanto, agora, os maravilhosos líderes
evangélicos servos de Deus descobriram que o Senhor Jesus e seus apóstolos
erraram em não saber disto e praticar, daí a indevida prática voraz dessa
cobrança exacerbada.
107
Após essas considerações é possível que
os interessados na continuidade e recrudescimento dessas deformações apelem
para o dito crescimento do evangelho (Evangelho, sim é o do Senhor Jesus) no
Brasil; o que é tremendamente lamentável na maneira como está acontecendo e o
que se tem gerado nas pessoas atingidas (cooptadas), na sua fé, conhecimento e
prática; quando esse crescimento não se dá nas igrejas históricas tradicionais
e defensoras do Evangelho verdadeiro e sim em nichos novos; cujo discurso
básico é o do ecumenismo da relativização da fé focado no ofertar, ser
curado de doenças e receber bênçãos materiais.
108
Isto, conseguido por meio dos veículos
Rádio e Televisão com programas cuidadosamente preparados por material editado
sobre curas, cuja materialização é predominantemente de conseqüência psicossomática
de ação posterior... O que chamo de
ação posterior é aquela cura que acontece muito depois de uma determinada
oração ter sido feita; ou seja, alguém (um desses ditos iluminados que nos
pedem dinheiro) faz determinada oração com características universais ─ para
todo aquele que em qualquer tempo, em qualquer lugar, leve quanto tempo levar;
a ouça num determinado programa de Rádio ou Televisão; no qual, essa oração,
previamente já fora contemporizada, porquanto, inteligentemente ele a fez com a
construção de como se estivesse falando comigo e contigo ontem, hoje, amanhã ou
qualquer dia que esse programa vá ao ar.
109
Também nesse processo e maneira de fazer
há três nichos de procedimento que são indevidamente usados, que são: o
tratamento psicológico, aí está o erro teológico; junto a problemas familiares,
também quanto ao uso de drogas; quando fazem literalmente procedimentos de
psicólogos e psicanalistas, e alguns até
o são; num claro exercício ilegal da profissão, se avaliado o que realmente se
pode fazer do ponto de vista evangélico. Que confesso serem esses como
evangelistas, ótimos psicólogos e psicanalistas, sem o ônus do perigo de erro
profissional, que é remetido para Deus no motivo da falta de fé do crédulo
inocente útil. De igual modo, os casos que deveriam ser tratados por
psiquiatras; são remetidos para ser tratado como possessão demoníaca, quando
qualquer sintoma com essa semelhança
─ entendendo que existem casos
verdadeiros de possessão ─, o racional,
inteligente e correto é e seria remeter primeiramente essa pessoa a um
profissional da psiquiatria, o qual, não sendo o caso da pessoa problema
patológico irá identificar isto, porque Deus não é Deus de confusão...
Diferentemente, quando de fato existe ação diabólica, sabemos que Jesus e seus
apóstolos trataram isto de maneira sumária, com um simples de Jesus, saia! Ou por
parte dos apóstolos, saia em nome de Jesus! Entretanto, as entrevistas e o
mandar façam isto ou aquilo ─ numa analise inteligente de conivência ─, é perfeitamente conveniente àquele que é
pai da mentira, Satanás; porquanto a ele convém esse joguinho de projetar como
semideus o líder exorcista e ao mesmo tempo iludir os crédulos inocentes úteis...
E se você não sabe como tratar com Satanás, primeiro tome ciência do que foi
dito por Paulo em Romanos 16. 20 ─ E o
Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés... O
problema quanto ao estudo e interpretação do que se lê é muito sério ─
tanto que se identificou e se classificou desde a terceira década do
século passado (século XIX) o entendimento do chamado analfabetismo funcional ─; ou seja, muitos de nós temos lido vários
livros e outras obras escritas, e não as temos entendido. Quando isto acontece
com relação à Bíblia, a coisa se torna muito séria, porquanto envolve fé e
assertivas ou não quanto a procedimentos e a nossa relação com Deus; que no
caso de Satanás, essa fala de Paulo e o que se tem concluído sobre ela, num
determinado cântico, inclusive de melodia péssima, isto é até repugnante; e o
lamentável e perigoso é interpretar e entender que nós podemos pisar em Satanás,
quando o texto diz de forma objetiva: Deus esmagará, tempo futuro, que
ainda não aconteceu, passados quase dois mil anos, conforme Apocalipse 20.
7-15, do qual transcrevo somente o versículo 10
─ e o Diabo (Satanás), que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso
profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos...
Quanto ao adjetivo breve (com a idéia de curto tempo), isto foi
exatamente o desejo e expectativa de Paulo, aqui externada. Após a explicação
acima é fácil concluir não haver a mínima possibilidade de seres humanos
brincarem com Satanás, como parece fazer os exorcistas de plantão na Mídia,
conforme Zacarias 3. 2 Mas o anjo do
Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor
que escolheu Jerusalém, te repreenda! Também na carta II Pedro 2.
11 ─
enquanto que os anjos, embora
maiores em força e poder, não pronunciaram contra eles juízo blasfemo diante
do Senhor. E na epístola de Judas 1. 9
Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a
respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição,
mas disse: O Senhor te repreenda. Esses três textos concluem de
maneira decisiva não ser correto e possível o teatrinho que se faz nessas ditas
igrejas de líderes exorcistas, cujo objetivo é validar o líder caça-níquel, com
a plena concordância do pai da mentira, Satanás.
110
Do exposto, se pode explicar com toda
racionalidade e de forma didática o quanto é perigoso e ao mesmo tempo
ridículo, quando, nós inocentes úteis, nos deixamos levar por essas coisas...
Se entendermos que só por Deus, o Pai e em nome do Senhor Jesus se poderá
contrapor a Satanás, então se faz necessário analisar o que de fato acontece ou
está acontecendo no momento que alguém num pretenso trabalho de libertação
(exorcismo); quando aquele liderzão se dirige ao dito possesso de demônio, lhe
cobrando entrevista, mandando que faça isso ou aquilo (até coisas degradantes
para o indivíduo) e depois, como que num passe de mágica, ele ordena que o
demônio vá embora. Você e eu, nós os crédulos inocentes úteis; fatalmente
ficaremos amedrontados e sem a mínima condição de dizer não a esse líder, ainda
que ele nos peça para lhe dar até a nossa roupa do corpo, coisa essa que está
acontecendo, quando pessoas retiram poupança, transferem propriedade de
veículos e de imóveis para dar às igrejas desses.
111
Se eu estou denunciando isto é pelo elementar
fato de que realmente está acontecendo e pessoas têm reclamado sobre esse tipo
de coisa; preciso também explicar como é possível que esses líderes possam dar
a entender que têm e tenham esse poder; se há centenas, senão milhares de
relatos, nos quais, parece que Satanás foi vencido. Isto acontece, pelo fato de
que quem não tem discernimento espiritual e até pouca inteligência acaba sendo
enredado por Satanás; que segundo Paulo, se transfigura em anjo luz (II
Coríntios 11.13-15) quando lhe interessa e é ardilosamente sagaz para interagir
em eventos cuja conclusão seja contrária ao que a Bíblia ensina e conseqüente vontade de Deus. Não sei se você
esta se lembrando de eventos na TV, em algumas igrejas e em algumas casas, nas
quais, o líder ungidão (indevido esse
status de unção, como vou explicar em trabalho posterior) brinca com a
pessoa possessa, inclusive numa ação ilegal e constrangedora para a pessoa
possessa; manda que o demônio faça isso ou aquilo buscando mostrar-se “o
poderoso servo de Deus” que faz quer do Diabo e seus demônios, também quando
mandam usar isso ou aquilo para que o demônio saia, inclusive, ungindo-o com
óleo. Expedientes estes que não têm nenhum poder sobre os demônios, entretanto,
na maioria dos casos que se conhece são os que aparentemente dão certo; porque
a maioria das pessoas acredita nisto e os espertos da fé sabem que Satanás
adora este tipo de cumplicidade. Porquanto o espertalhão fica importante como quem
manda no Diabo, e o Diabo fica com a implantação da nova heresia, que acontece
também no caso do dito servo de Deus inocente útil, aquele que crê naquilo que
viu e entendeu errado e não no ensinado pela Bíblia.
112
Caminhando um pouco mais neste ponto
específico, como você já deve ter visto em filmes e nos noticiários na Mídia.
Há muitos casos de lutadores que são subornados para perder a luta, ou seja,
recebem dinheiro daquele com quem vai lutar, para que perca e aquele seu
opositor seja vencedor... É algo mais ou menos parecido com isto que acontece
com essa espécie de show; nos quais, os exorcistas espertos de plantão que
sabem não ser Deus mesquinho, e de outro modo
plenamente misericordioso, que só pedirá contas do que fazemos de errado
no juízo final ; sabem da possibilidade
de fazer este tipo de teatro para conseguir fama e dinheiro, também agrada a
Satanás, fazer com esses uma espécie de cumplicidade (como comparei com o
suborno aos lutadores); em que, com total facilidade, zombaria e prepotência. Esses
ditos ungidãos mandam e desmandam (em cumplicidade) nos demônios que estão
perturbando alguma pessoa; entretanto, sendo isto muito comum acontecer
aqui e ali, deveria servir de alerta para querer saber o que está por traz de
tanta facilidade, porquanto, quando, de fato um verdadeiro servo de Deus
expulsa um demônio, sempre o demônio resiste por algum tempo. Justamente na
tentativa de desacreditar a pessoa séria que o está expulsando, diferentemente,
quando se trata de alguém que usa métodos não bíblicos, ensina heresias aos
fiéis e não é espiritual. Como que, numa espécie de passe de mágica, em
cumplicidade o Diabo e seus demônios agem de forma dócil e obediente para dar
credibilidade a este, pois lhe interessa o ter como aliado na divulgação de
heresias. Devemos ter todo o cuidado com estes pretensos grandes líderes que
zombam do Diabo (quando os anjos de Deus assim não fazem e ensinam não fazê-lo,
senão veja Zacarias 3. 1-2 e Judas 1. 8-13), derrubam pessoas com paletós, com
sopro e usam uma série de coisas que já enumerei, inclusive, óleo para unção. O
expulsar demônios é pura e simplesmente dizer: Saia em nome de Jesus! O que
passar disto deve ser encarado com todas as restrições e exame, segundo o
discernimento que Deus nos dá para tal.
113
Você que esta lendo este estudo,
considere tudo o que eu disse até agora, estude a Bíblia, seja mais contestador
como os crentes de Beréia (Atos 17. 11), não permitindo que lhe enfiem por
goela abaixo toda e qualquer heresia, e comece a lembrar, não para temer o
poder de Satanás e dos demônios, porquanto eles estarão sempre subordinados ao
poder maior de Deus como estão todos os anjos e nós que somos humanos. Ninguém se deixe levar por informações
erradas de pregoeiros da feitiçaria e até de religiões que se dizem evangélicas;
entretanto difundem todas essas coisas sem base bíblica, e se dizem preparados para
lutar contra elas, sendo esta causa de Satanás cada vez mais dispor de meios
para agir dentro desse mar de heresias.
114
A partir daí (nos casos de cura); eu ou
você, inocentes úteis, que estamos ouvindo e/ou vendo este show-man da fé;
usamos a fé que o Espírito Santo de Deus nos deu, e é por este motivo que a
cura acontece, senão veja-se o que Jesus disse sobre isto: A TUA FÉ TE SALVOU!
Do que podemos listar alguns casos que mostram isto no Novo Testamento: A cura da mulher que tinha fluxo de sangue: Mateus 9. 22,
Marcos 5. 34, Lucas 8. 48. O cego de Jericó: Marcos 10. 52, Lucas 18. 42. A
mulher Cananéia: Mateus 15. 28, Marcos 7. 29.
O cego de Betesda: Marcos 22-26, nos quais relatos é claro por parte de
Jesus a construção da conseqüência psicossomática naquele homem cego.
115
Aproveito
aqui, para com todo respeito, reconhecimento e apreço agradecer de todo meu
coração, como ser humano e cidadão, aos chamados Doutores do riso pelo brilhante e importante trabalho, feito aqui e
ali na visão de solidariedade humana; quando agregam a essa nobre coisa o
conhecimento científico, no uso do que chamo, me permitam: Terapia psicossomática concomitante do riso; trabalho esse que tem
se mostrado reconhecidamente eficaz do ponto de vista médico, e maravilhoso na
sua conseqüência lúdica, que gera felicidade e vontade de viver nos pacientes,
inclusive, evolução eficaz no tratamento, e quiçá, a cura... No que, esses
homens e mulheres ─ seres humanos como cada um nós ─, dedicam tempo de suas vidas e habilidades
cognitivas a gerar esta coisa, digo novamente, maravilhosa, que já se constitui
em patrimônio doado por todos eles (as) a nós seres humanos.
116
Dando seguimento ao que parei para a
justa menção e agradecimento aos Doutores
do Riso. Lamentavelmente o que acontece é que eu e você e muitas outras
pessoas endeusamos esses que usurpam a glória de Deus, nos tornando seus fiéis
contribuintes, inclusive, financiando a construção de templos da religião que
estes são uma espécie de Papas ─ coisa essa que dizemos repudiar com relação à
Igreja Católica... Ainda, há milagres que valeria a pena serem investigados e
alguns testemunhos também; e com relação a isto bom seria que você que está
lendo este estudo procurasse nas locadoras ou na internet o filme que aborda de
maneira satírica este assunto; estrelado pelo grande ator de comédias, Stive
Martin, o filme, Leap of Faith (título
original e inglês), similar (copiado) ao livro de James Randi, The Faith Herlers, cujo título em
português (do filme) é: FÉ DEMAIS NÃO
CHEIRA BEM, que satiriza essa prática abjeta muito usada nos Estados Unidos
que veio para o Brasil com força total... E quanto ao orar pela cura ou solução
de algum problema, melhor é seguir o conselho do Senhor Jesus; pelo simples
fato de não ser necessário ─ não estou dizendo que alguém sério não possa
orar por outra pessoa. Porquanto, sendo repetitivo, eu, você ou outra pessoa
podemos orar por nós mesmos ou por outrem; no entanto, tenho a preocupação de
lhe informar não haver, de maneira nenhuma, a necessária dependência do dito
iluminado servo de Deus, arrecadador de dízimos e ofertas, e sim,
preferencialmente, como Jesus ensinou, conforme Mateus 6. 5-6 E, quando orardes não sejais como os
hipócritas que gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua
recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta,
ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que te vê em secreto, te
recompensará.
117
Com relação a verdadeiros milagres e
curas feitas pela ação de alguém e não pela fé daquele que recebeu a ação de
cura, como são os ditos milagres que estão acontecendo: o da fé da pessoa que o
recebeu (a tua fé te salvou) que na maioria das vezes, é pura e exatamente cura
psicossomática (ação mental sobre o corpo). As de fato curas milagrosas, que
têm componentes e características que estão além do que é tecnicamente
possível, os anticristos não fazem ─ não estranhe eu chamar os líderes donos de
religiões de anticristos, e quanto a isto leia o Blog, endereço: www.igrejamilmembros.blogspot.com ─, porquanto
essa prerrogativa de curas e milagres é muito difícil, e só aconteceu
basicamente no início da Igreja. Que foram curas como a ressurreição de Lázaro
─ ressucitação seria o termo correto,
porquanto Lázaro morreu posteriormente e aguarda como todos nós a definitiva
ressurreição... Vou listar quatro curas (milagres) com essa característica, as
quais aconteceram por ação do próprio Jesus, e atentem para o fato, que quando
de forma diferente, os realmente milagres nunca acontecerão por mérito de quem
quer que seja, senão em nome do Senhor Jesus. As três citações são: A Ressurreição de
Lázaro (já citada acima), conforme João 11. 1-44. A ressurreição do filho da
viúva de Naim, Lucas 7. 11-17. A cura do homem que tinha a mão mirrada
(atrofiada), Mateus 12. 9-13, Marcos 3. 1-5 e Lucas 6. 6-11. O paralítico do
tanque de Betesda João 5. 1-16... Essas ações milagrosas por parte do
Senhor Jesus aqui identificadas foram plenamente de milagre, como as chamou o
grande cientista Sir. Isaac Newton (1643 ─ 1727) quanto à física, matemática,
astronomia e as ciências no geral e até lhe devemos respeito quanto à Teologia,
que disse ser milagre aquilo que quebra as leis da Natureza, ou seja,
não poderiam acontecer por efeito psicossomático para serem usadas por espertos
de plantão.
118
Precisamos, todos
nós, da maturidade de fé, grande conhecimento e sensibilidade dos expedientes
humanos existentes aqui e ali para nos enredar como inocentes úteis; inclusive,
quando argumentam que devemos simplesmente crer na obrigatoriedade dos
pagamentos dos dízimos, sistemáticas ofertas e as ofertas votivas parceladas
(as campanhas e correntes) ─ que insistem deva ser entendido como entrega no
pressuposto de ser devido ─; na tranqüila irresponsabilidade nossa de não
nos cabe questionar o uso ou apropriação desses recursos por nós pagos. Quando,
diferentemente, o judaísmo entende que depois da destruição do templo, e
Jerusalém ter sido arrasada no ano setenta, tendo com isto, feito findar o
ministério levítico, o que restou do dízimo foi o princípio de ajuda aos pobres,
muito bem praticado pelo Judaísmo no Maasser
Ani (os 10% para caridade), que é de
responsabilidade do indivíduo, inclusive, no acompanhar o sério uso dos
recursos doados. Assim age hoje o Judaísmo, de quem é oriunda a prática do
dízimo; e o Islamismo pratica o seu Zacat
(2,5% para caridade) que tem a mesma raiz do dízimo do Judaísmo; ambos entendem
que o dízimo ser devido aos levitas e ao templo é passado desde o ano 70; e o
mantêm tão-somente com princípio de ajuda aos pobres, na qual, aquele que
entrega ─ não à sinagoga ou a mesquita e
sim diretamente à pessoa necessitada ou à instituição beneficente, buscando
responsavelmente investigar o correto uso desses recursos; coisa essa,
obrigação sine qua non daquele que fez
e faz a oferta. Têm-se também neste rol as Testemunhas de Jeová que não cobram
dízimos dos fiéis para nenhum objetivo.
119
No caso dos cristãos, mais
especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude voraz o cobrar
dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento,
sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início
da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja
católica romana ─ que começou de fato no seu primeiro Papa Leão
I (440-461) ─; posteriormente (final do VI
século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa
Idade Média ─ teria a seu favor a estrutura de
Estado-religião semelhante ao Judaísmo na era da lei; porquanto, como já
comentei o Vaticano é um Estado político
─, entretanto o Catolicismo não age hoje com a
voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos
recursos financeiros, embora busque
recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança
de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação,
Idade Média começou no ano 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e terminou
em 1453 (queda do Império Romano do Oriente). O período que compreende ou marca
o final da Alta e início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito
Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a
ascensão política do Islamismo, o Cisma Católico em 1079 e o início da falência
do sistema feudal.
120
Quando digo que não há no Novo
Testamento legitimação para cobrança de dízimos; isto, esta afirmação, decorre
ou está baseada em não haver em nenhum relato, quer dos evangelhos, o livro de
Atos dos apóstolos (que é uma espécie de rastreamento histórico das igrejas),
nas epístolas de Pedro, Tiago, Judas. Paulo, no caso da epístola aos hebreus
(que entendo ser dele escrevendo de forma anônima), como escritor, de forma
objetiva discorre sobre o sacerdócio judaico, a findada função sacerdotal dos
levitas e o conseqüente fim do dízimo
─ por isto não fora praticado
pelas igrejas do período do Novo Testamento.
121
O escritor aos hebreus do que escreveu
dedicou ─ daquilo que foi posteriormente identificado como capítulo, isto em
toda Bíblia. A divisão em capítulos, por Hugo de Sancto-Caro em 1250, e em
versículos por Robert Stevens em 1445 (A. T.) e em 1551 (N. T), do capítulo
cinco ao capítulo nove, quando minuciosamente estudou à luz do Antigo
Testamento: O ministério exercido pelos levitas, o sacerdócio judaico, o seu
final no ministério do Senhor Jesus e o total final do antigo pacto (lei), no
qual estava também o dízimo, que nunca existiu como prática cristã e não mais
existe para nenhuma igreja que se diga cristã e com seriedade pratique os
ensinamentos de Jesus e dos seus apóstolos.
O
DÍZIMO E O NOVO TESTAMENTO
122
No Novo Testamento há a inserção da
palavra dízimo dez (10) vezes, e a partir disto os arrecadadores de plantão
buscam legitimar esta forma de arrecadação indevida... Vejamos agora com
carinho e realidade o que de fato a Bíblia (o Novo Testamento) ensina e
registrou na sua parte histórica a sua prática ou não pelos primeiros cristãos,
como consta nos relatos do evangelho de Mateus e no evangelho de Lucas.
123
Estando eu falando agora
especificamente dos evangelhos, e de um modo mais ainda específico dos chamados
sinópticos; é bom também falar de particularidades que envolvem o estudo desses
escritos para se ter maiores informações sobre como a Bíblia foi escrita, como
é entendida por essa ou aquela corrente teológica e o quanto é necessário
sabermos essas coisas para que se cumpra em nós o que disse Jesus: E conhecereis a verdade e a verdade vos (também,
nos) libertará.
124
O conteúdo dos três evangelhos
sinópticos (vistos pelo mesmo ângulo) é exatamente a narrativa da história
embrionária Igreja nascente, que passou a existir de fato pós o evento relatado
em Atos capítulo 2 (já disse isto); pela instrumentalidade dos apóstolos, que a
partir daquele momento tiveram a plena ação do Espírito Santo capacitando-os
para aquele importante e árduo trabalho, conforme os relatos desse mesmo livro
dos Atos dos apóstolos. Que tendo sido escritos no período da Igreja já
existente; alguns relatos foram influenciados por fatos posteriores, como
comentarei de maneira objetiva em livro sobre Escatologia a ser editado...
Aguardo de quem queira fazê-lo ─ veja
partes dele no Blog, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com .
125
No prefácio do evangelho de Lucas,
precisamente no primeiro versículo, ele nos dá a idéia da feitura do seu
evangelho ser concomitante a outros relatos, e não cópia de algo existente... No
segundo versículo, ele fala da sua preocupação em ter como fonte de informação,
pessoas que foram testemunhas oculares dos fatos; que a priori afasta a possibilidade de cópia, pois Marcos não foi
testemunha ocular. Também por que o Evangelho de Lucas, e de igual modo o de
Mateus, começam as suas narrativas efetivamente desde o princípio da era
cristã: Mateus, com nascimento de Jesus, e Lucas, com nascimento de João
Batista; também não teria nenhum sentido, que Mateus sendo testemunha ocular de
todos os fatos, pois fora um dos discípulos, fosse recorrer a João Marcos que
foi informado por outro, possivelmente Pedro; também há a impossibilidade de
Lucas ter copiado a Marcos, pois isto o tornaria verdadeiro e mentiroso ao
mesmo tempo, porquanto Lucas diz que a sua base de informação foi a de pessoas
que testemunharam os acontecimentos, do versículo dois e a parte “a” do
versículo três, no qual ele diz ter feito isto de maneira cuidadosa, que
contrasta com o Evangelho de Marcos, que é resumido em relação aos outros;
todavia, se o absurdo copiar é verdade!? O prefácio do evangelista Dr. Lucas é
mentiroso, pois ele não informa que copiou e diferentemente diz que a sua fonte
foi a de testemunhas oculares; nas quais decididamente não poderia estar João
Marcos, que não viu os acontecimentos.
126
Junte a essas ponderações
anteriores, mais esses dados: Dos eventos, parábolas, ou efetivos registros nos
três sinópticos, que nas nossas Bíblias recebem subtítulos do editor. Tem-se no
de Lucas, que não foi testemunha ocular, entretanto fez um trabalho sério de
pesquisa, conforme seu prefácio. Identificando 124 subtítulos ou assuntos... No
de Mateus, que foi testemunha ocular, lemos 117 assuntos, e para Marcos, que
não foi testemunha ocular como Lucas, tem-se 77 subtítulos ou assuntos.
127
Nos 124 subtítulos de Lucas, nos 117 de
Mateus e nos 77 de Marcos; encontramos nesses três sinópticos, dentre esses
assuntos; 53 deles são comuns aos três Evangelhos. Numa comparação entre Lucas
e Mateus vemos que eles registraram 64 assuntos presentes nos relatos de um e
do outro. A comparação entre Lucas e Marcos está contemplada na comparação
entre os três, quando identifiquei 53 registros que aparecem nos três. Agora
comparando Mateus e Marcos, tem-se 13 assuntos, que são comuns aos dois, e que
Lucas não registrou.
128
Nos 53 assuntos comuns aos registros
dos três, tem-se o da parábola do semeador, que está em Mateus 13. 10-17,
Marcos 4. 10-12 e Lucas 8. 9-10, na
qual, o Senhor Jesus explica o significado dessa parábola e ressalta o valor, a
pertinência e o efetivo objetivo delas (as parábolas)... Mateus entendeu essa
ponderação do Senhor Jesus, pois registrou 14 parábolas no seu Evangelho...
Lucas levou a “sério mesmo” essa ponderação, pois no seu evangelho, tem-se o
registro de 24 parábolas no total, sendo 21 tituladas, e mais três outras sem
estar titulada pelo editor das Bíblias: Lucas 6. 39-44, Lucas 7. 40-43, Lucas
14. 31-33; já no Evangelho de Marcos, tem-se o registro de somente 5
parábolas... Creio que todas essas ponderações e as anteriores inviabilizam o
especular na direção daquilo que denominaram Proto-Marcos (o primeiro que serviu de base para os outros), algo
nada racional como foi visto até agora.
129
Vale a pena ainda analisar e ponderar
numa visão da possível construção paulatina dos escritos sinópticos... Quando
João Marcos, que possivelmente foi informado dos fatos por Pedro, como o
ponderado acima por mim também considerando a dificuldade de escrever
certo volume a partir de uma única fonte que não possa a todo tempo estar
disponível para informar, é fácil concluir, pelo menos duas condicionantes
importantes: Pedro foi informando a Marcos aos poucos, à medida que lhe era
possível com ele estar também,
certamente Marcos, por Pedro lhe ser muito próximo e uma importante liderança,
acabou tornando-se a sua principal fonte de informação ─; daí pode-se
perfeitamente entender a pequena extensão do evangelho de Marcos.
130
Mateus, tendo sido testemunha ocular
dos fatos, lhe foi possível ir paulatina e ordenadamente construindo um
evangelho extenso, se comparado com o de Marcos, o qual é mais detalhado e
resgata (mostra) o perfil judaizante do
seu autor... Que não foi maior ainda, talvez por ter Mateus somente levado em
conta o que a sua memória lhe permitiu reproduzir no
que, uma evidência para isso seria o fato de que embora Lucas não tenha sido
testemunha ocular dos fatos ─, conseguiu
escrever nos 24 capítulos do seu relato, mais do que Mateus, pois se tem na reprodução
do seu evangelho 1.151 versículos (para 124 assuntos), contra os 1.067
versículos dos 28 capítulos do Mateus (para 117 assuntos), também em função da
maior habilidade dialética da escrita de Lucas.
131
Lucas, como mostrado anteriormente da
maneira relatada no prefácio do seu evangelho, conforme Lucas 1. 1-4 ─;
informou que a feitura desse seu escrito, teve o pressuposto de primeiramente
informar-se quanto aos fatos e as suas ordenações cronológicas; o que infere
que ele inicialmente reuniu as informações conseguidas aqui e ali
buscando juntamente identificar, se as testemunhas foram oculares ou não
e se verídica as suas informações (Lucas 1. 3)
─; posteriormente, já com as informações em seu poder, construiu, com
ordenação cronológica a narrativa dos fatos que lhe foram relatados por várias
fontes oculares, 124 assuntos, contra 117 de Mateus e 77 de João Marcos... Se
você está também cuidadosamente avaliando essa minha segunda construção exegética
plenamente alicerçada na hermenêutica, certamente constatará que é sem a menor
procedência a idéia de Lucas ter copiado a Marcos... Verá de igual modo, que
tendo Lucas construído a sua versão a partir de informações de muitas pessoas;
isso lhe permitiu uma construção mais isenta, até de si mesmo e melhor
explicada, facilitando isso a sua interpretação, como podemos constatar nas
três versões da chamada A grande
tribulação (titulação indevida), que misturam juízo final com a destruição
de Jerusalém, grafadas em Mateus 24. 15-28, Marcos 13. 14-23 e Lucas 21. 20-24,
que no texto do Evangelho de Lucas é claro se tratar da destruição de Jerusalém
no ano 70. Isso mostra o pouco que entendemos sobre muitas coisas com relação à
Bíblia, e não só não entender; mas também, o sermos mal informados, e o pior e
lamentável, é que essa má informação tem se tornado senso comum e usado para
nos alienar, não para sermos conduzidos biblicamente como ovelhas (metáfora
bíblica) e sim como “gado marcado” da
crítica poética da canção do nosso Zé Ramalho.
132
Vou aproveitar essa questão Proto-Marcos ─ o entender que Mateus e Lucas copiaram a
Marcos ─, para colocar dentro desse trabalho,
a sinalização de um futuro estudo sobre o chamado discipulado, que tem vínculo direto com a insinuada relação de
dependência entre os sinópticos... Rudolf Bultmann, na sua Teologia do Novo Testamento, que poderia
ser chamada de Evolução Cultural,
Sociológica e Religiosa do Judaísmo ou
ainda
o Judaísmo e a sua Helenização Cristã; caminha na direção do Proto-Marcos,
e quando vai desenvolvendo citações do Evangelho de Marcos e identifica textos
iguais nos outros dois sinópticos ele as denomina de paralelas. É inconseqüente
estranhar isto, pois o ideal e perfeitamente normal seria todas as falas de
Jesus estarem grafadas nos sinópticos exatamente iguais (por serem o mesmo
fato), no entanto cada evangelista registrou as falas na sua própria forma de
reproduzir fatos... Tem-se também nesse volumoso trabalho uma acintosa presença
de textos grafados em grego, num volume excessivo e sem a devida pertinência
quanto ao elucidar problemas de etimologia e muito menos gramatical junto à
tradução, no qual, aparecem também textos em hebraico sem a mesma pertinência...
Maiores informações sobre a improcedência do chamado Proto-Marcos será feito em estudo futuro.
133
Quem estuda com seriedade a Bíblia num
todo, encontra desconexões cronológicas em muitas narrativas, entretanto, não
creio que isto afete a legitimidade da informação. No entanto, vale à pena e é
até necessário que se comente que não há como estabelecer o momento de
determinada fala do Senhor Jesus em relação a outros eventos, como a
intitulada: Jesus censura os fariseus e
os escribas, registrada em Lucas 11. 37-54, isto com registro anterior ao
da Entrada triunfal em Jerusalém
─ como parâmetro cronológico para
identificar a seqüência de relato dos evangelistas, sem usar datas ─; no relato de Lucas do capítulo 19, quando
a mesma fala foi registrada em Mateus 23. 1-39, informada por Mateus após o
registro da Entrada triunfal em Jerusalém...
Sendo que, a informação colocada aqui por mim tem o objetivo de também chamar
sua atenção para a maneira simplista e mal-intencionada como esses líderes lhe
explicam coisas relativas à Bíblia; quando não há, absolutamente, o interesse
de lhe ensinar com segurança o que realmente o texto sagrado ensina; não lhe
motivando a estudá-lo, e sim, pura e simplesmente querem aliená-lo como crédulo
tributário.
134
A primeira menção, que tem dois textos
para a mesma fala de Jesus, conforme Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54, das
quais cito o versículo 42 ─ Mas ai
de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e da hortaliça,
e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem
deixar aquelas. O total desse texto contempla seis ais, entre elas o
dízimo, para um conjunto de treze severas repreensões, como se poderá constatar
na leitura de ambos os textos.
135
Para esta mesma fala de Jesus do texto
acima do evangelho de Lucas, a registrada por Mateus 23. 1-39 (o outro relato),
que cito o versículo 23 ─ Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do
endro, e do cuminho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a
saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer,
sem omitir aquelas. No total desse texto há oito ais, num conjunto de
trinta severas repreensões ─ afinal, este texto é da mesma fala de Jesus
registrada em Lucas 11. 37-54 ─, e no seu
todo de trinta repreensões; nos oito ais está à parte relativa ao dízimo, a
transcrita acima, que nos dois casos não é o mais importante.
136
A segunda legitimação buscada para o
dízimo no Novo Testamento é parte de uma censura indireta (por meio de uma
parábola) Lucas 18. 9-14, A parábola do fariseu e do publicano, do
qual, transcrevo o versículo 12 ─ Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de
tudo quanto ganho... Quando
disse censura indireta; isto se prendeu ao fato de Jesus ter usado uma parábola,
aqui nesta espécie de alerta; para chamar a atenção para a falta de humildade,
que no caso fariseu, a sua maneira de ser como indivíduo reunia práticas, as
quais, a juízo deles (a maioria) os credenciavam como melhores que outras
pessoas em tudo o que faziam; que a de dar o dízimo era muito importante,
inclusive, dar o dízimo e ser circuncidado era aquilo que mais movia a
jactância exacerbada de vários fariseus.
137
O que se conclui dos textos até agora
analisados ─ os quais são os que aqueles interessados nos
dízimos dos fiéis usam na busca de legitimá-lo como devido às igrejas ─, é que de maneira clara, de fato, essas
falas do Senhor Jesus não tiveram de forma alguma, como motivo dar a estender a
sua legitimação cristã ou transferir o dízimo da era da lei para a era da
graça...
138
Primeiro, pelo fato da citação do
dízimo nessas duas falas teve exatamente o motivo e objetivo de ensinar que não
se deveria fazer nada do que os fariseus apregoavam como bom e correto e/ou, em
algumas questões, as julgasse pelo procedimento deles, e quanto ao dízimo, o
não condená-lo estava exatamente em função do ensinado e comentado nessas falas
ter como universo o judaísmo e não a igreja (Jesus referiu-se a lideranças do
Judaísmo), que só passou a existir após o evento narrado em Atos capítulo 2, o
início do ministério do Espírito Santo... Também, se você observar (ler,
estudar) os três textos das duas falas de Jesus, verá que na primeira (Lucas
11. 37-54) há seis ais (repreensões mais graves) ─
advertência quanto à punição ─, em
treze graves repreensões e na segunda (Mateus 23. 1-39) as repreensões são
trinta, dentro das quais há oito ais, como o comentado anteriormente por mim.
139
Segunda, a questão de dar ênfase às
coisas visíveis foi sempre presente na visão religiosa dos fariseus e demais
líderes do Judaísmo: identificada de maneira contundente nos dois textos,
chamado pelo tradutor de: Jesus censura
os fariseus e os escribas (sendo eu repetitivo), com duas inserções para a
mesma fala de Jesus (Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54), tendo esses dois
textos 30 severas críticas do Senhor Jesus quanto a essa deformação de caráter
de mostrar-se importante por meio de ações visíveis... De igual modo, a fala de
Jesus, produzida por meio de uma parábola: A
parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18. 9-14) teve por objetivo
mostrar a importância da humildade e ao mesmo tempo censurar de maneira severa
a presunção e jactância que muitas das vezes tem-se enrustida ou flagrante,
atrás de uma pretensa santidade, como era a daquele fariseu da parábola.
140
Se você que está lendo esse estudo tem
realmente interesse em entender plenamente essa e outras questões bíblicas;
teve a devida preocupação de ler detidamente os três textos que aparecem a
palavra dízimo: o da parábola A parábola
do fariseu e do publicano, tem, como as duas da censura, um elenco de
procedimentos visíveis dos quais os fariseus se vangloriavam de praticar,
conforme já comentei... Nas duas censuras, que correspondem à mesma fala de
Jesus, no registro de cada um dos evangelistas: Mateus e Lucas, que têm na sua
soma total (considerando os dois, os de Lucas estão dentro do de Mateus) de
trinta repreensões, nas quais aparecem oito ais ─ estou sendo repetitivo
intencionalmente ─, nos quais, fica também evidente que no texto, nem para o Judaísmo
Jesus estava legitimando a prática do dízimo. Senão considerem outras
evidencias da preocupação dos fariseus com aquilo que era visível e palpável...
141
No episódio da cura do Paralítico de Cafarnaum têm-se mais uma
evidência dessa visão do satisfazer-se ou ter como referencia tão-somente coisas
visíveis por parte dos fariseus, conforme Mateus 9. 26, Marcos 2. 5-11 e Lucas
5. 20-24
─ E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem,
são-te perdoados os teus pecados. Então
os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que
profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém
percebendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Por que arrazoais nos
vossos corações? Qual é mais fácil? Dizer: são-te perdoados teus pecados; ou
dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te
digo: Levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa. Na realidade qualquer
um de nós, também, possivelmente faria conjetura semelhante, entretanto, no
caso dos escribas e fariseus havia essa exacerbada valorização do que é visível
e palpável; e no caso da fé daqueles que introduziram o paralítico pelo telhado,
a fé deles não teve a ver com o perdão e a cura daquele homem, conforme
ponderei em outros casos identificando-os como fruto de efeito psicossomático.
142
Ainda, com relação a gostar de coisas
visíveis e que poderia gerar prestígio, como se achar o importante servo de
Deus por entregar o dízimo, que é parte do elenco das trinta repreensões
contidas nos dois textos: o de Mateus 22. 1-39 e Lucas 11. 37-54; há outra
dessas coisas censuráveis, por exemplo, na série de assuntos do sermão do
monte, quando Jesus falou sobre a forma correta de jejuar ─ que
foi um dos itens da jactância do fariseu na parábola sobre ele e o publicano.
Como todo o conjunto de falas do sermão do monte, foi proferido como
ensinamento para uma multidão, e não de forma específica como a fala de censura
diretamente aos fariseus; daí, o ensinamento sobre o jejum está no ensinar o
procedimento correto àqueles ali reunidos e a menção de quem jejua de maneira
errada foi identificado como hipócritas (como Jesus chamava os fariseus),
conforme Mateus 6. 16-18 ─ Quando jejuares, não vos mostreis
entristecidos como os hipócritas, porque eles desfiguram seus rostos, para que
os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua
recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
para não mostrar aos homens que estas jejuando, mas teu Pai, que está em
secreto, te recompensará... Creio ter ficado objetivamente claro que a
inserção do dízimo nos textos chamados de Jesus
censura os escribas e fariseus, com o número de trinta repreensões, e no
meio delas a inserção do dízimo, não teve a função de legitimá-lo.
143
Nesta parte final de estudo sobre os
três textos dos evangelhos; agora objetivando não haver ─ como já informado
anteriormente ─, registros no livro de
Atos dos apóstolos e nas epístolas da prática do dízimo; pelo contrário o
registro de coletas de ofertas com fins de ajuda a irmãos pobres, que
justamente essas coletas identificavam não haver a prática do dízimo (como vou
explicar com detalhes); e a veemente contraposição do escritor aos hebreus
sobre esse assunto dízimo. Sendo que isto se apóia numa anterior informação de
Jesus, já descredenciando qualquer prática do período da lei continuar com
vigência na era da graça, quando disse, conforme Mateus 11. 13 e Lucas 16.
16 ─
As leis e os profetas vigoraram
até João, desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem
forceja por entrar nele.
144
Até agora somente trabalhei três textos
do Novo Testamento, nos quais aparece a palavra dízimo, quando busquei explicar
a finalidade objetiva daqueles textos na relação com a era da graça; quando no
detalhamento fiz algumas outras considerações buscando dar ao estudo maior
abrangência. E ainda vou caminhar um pouco mais, justamente pelo fato de; às
vezes, por ignorância e muitas outras pelo puro e simples interesse de
beneficiar-se de interpretações erradas daquilo que é bíblico; como no caso dos
líderes religiosos daquela época, quando na sua vangloria de dar o dízimo
estariam advogando em causa própria, porquanto, os sacerdotes e os escribas
eram levitas (descendentes de Levi), também os saduceus (zadoquitas),
descendentes do sacerdote Zodaque (Ezequiel 40. 46) eram, de igual modo,
levitas; restando agora identificar os fariseus, que também tinham nos seus
quadros descendentes dos levitas e/ou de outras tribos...
145
Os fariseus eram
uma facção séria de conhecedores da lei e tradições do povo judeu... Fariseu
significa: separatista, aqueles que buscavam seguir seriamente (bom se fosse
verdade) as leis de Deus, tanto que, Deus quando precisou de alguém para
ensinar objetivamente sobre o novo pacto. O Evangelho de Cristo; chamou
exatamente um fariseu, Saulo da cidade de Tarso, o nosso Paulo, conforme Gálatas
1. 1, 15-116 e Filipenses 3. 4-6... A hermenêutica (do grego, interpretar) é
coisa de muita importante; quem não considerá-la terá tremenda dificuldade em
entender corretamente tudo o que se escreve, desde literatura, leis (Direito)
até o texto bíblico (Teologia); como explico no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA
DA OBRA DOM CASMURRO, endereço ─ www.verdadedomcasmurro.blospot.com ...
Considerando o que é bíblico e a hermenêutica; o que se tem com relação à
posição defensiva e de vangloria dos saduceus, sacerdotes, escribas e
fariseus ─ os três primeiros, todos descendestes de Levi
─, e no caso dos fariseus, nem todos,
porquanto, Paulo, fariseu por excelência era da tribo de Benjamim, conforme
Filipenses 3. 5 ─ circuncidado
ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de
hebreus, quanto à lei fui fariseu, como possivelmente outros de outras
tribos, inclusive de Levi.
146
A avaliação hermenêutica da motivação
de defesa e vangloria dos líderes quanto ao dízimo remete exatamente para
interesse próprio, no que, o pagar dízimo, decorreria de primeiramente
recebê-lo como levita, conforme Levítico 23. 18-26 (transcrito no parágrafo de
número 21), dízimo dos dízimos, ou seja, para um levita pagar o dízimo,
necessário se fazia recebê-lo antes como levita, ou ainda, no entender deles era
preciso fazer propaganda da fonte de renda em causa própria, com toda certeza
assim fizeram; daí, a reprovação do Senhor Jesus registrada por Mateus e Lucas
nos textos transcritos nos parágrafos desse estudo, números: 134, 135 e 136... Do
exposto, não se reocupe com o tamanho que este estudo possa atingir em função
das ainda sete inserções da palavra dízimo, que estão dentro de pormenorizado
estudo do escritor aos hebreus: do capítulo sete ao de número dez, porquanto o
estudo já caminha para a conclusão. Daí, em atenção à promessa feita por mim
(comentada no início), anteriormente de maneira objetiva no Blog sobre
cânticos, endereço ─ www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com , do qual,
transcrevo parte sobre o ministério levítico, para marcar a conclusão deste
estudo e a sinalização e evidência da promessa feita anteriormente sendo
cumprida... Início da transcrição:
147
Começarei
a fechar esse pequeno comentário com um lembrete que julgo muito importante e
oportuno; que é dizer serem levitas (como a maioria indevidamente quer
entender) no sentido figurado do Antigo Testamento; não somente aqueles (homens
e mulheres) grandes instrumentistas, grandes cantores (gogós de ouro) e grandes
compositores, mas, de igual modo o pastor, mesmo não sendo instrumentista ou
cantor e também todos os que prestam serviços no templo. Outro lembrete
importantíssimo ─ sendo os brilhantes instrumentistas, as vozes maravilhosas e
importantes, e os grandes compositores (considerando que esses dons foram dados
por Deus) se lembre de que aquele ou aquela, que vocês não têm dado muito
valor; seriam também como vocês, ditos levitas (nessa comparação do que já é
passada e não existe mais); porquanto pode acontecer que Deus atente mais para
este ou aquele levita que faz a limpeza do templo com todo amor, carinho e
respeito a Ele, o Pai e ao seu Filho o Senhor Jesus, do que para qualquer outro
dito levita seja: pastorzão, cantorzão, instrumentistazão, professorzão,
compositorzão ou qualquer outro “zão”. Ainda, considerando o meu aparente
aceitar da continuação do chamado ministérios levítico ─ o fiz tão-somente como
elemento didático de comparação ─,
entenda, e isto é plenamente bíblico: o não existir desde o início da Igreja de
Cristo, esse dito ministério levítico (que vou explicar com todos os detalhes
num trabalho futuro sobre dízimos). Não há nenhum levita no sentido da função
na era da graça (leia-se na Igreja), inclusive, não é citada nem dada nenhuma
ênfase à tribo de Levi no Novo Testamento, ou pior, o escritor aos hebreus diz
de maneira pormenorizada que esse ministério era passado. Que não aparece em
nenhuma das igrejas do Novo Testamento e é explicado pelo escritor aos hebreus
(reiterando, Hebreus capítulo 7) não mais existir todas essas coisas (inclusive
ditas promessas específicas dos judeus) pós o início do ministério do Senhor
Jesus, traz do Antigo Testamento somente os princípios morais e espirituais,
como o Senhor Jesus e os apóstolos informam de maneira clara no Novo
Testamento. Tem muitos espertalhões ávidos de projeção pessoal e ganhar
dinheiro com o Evangelho, que aí estão se intitulando muitas coisas e
prometendo muitas outras na conta de Deus e de forma concomitante se
apresentando com tesoureiros de Deus para receber o dinheiro que Ele não os
mandou pedir, como Jesus diz em Mateus 10.8
─ Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai
os demônios; de graça recebestes, de graça daí. Fim da transcrição.
148
Não existe hoje no cristianismo nenhum
cantor ou cantora levita ─ gospel, ou seja: o que se queira rotular, que
seja até levita; contudo, até pode ser
─, na premissa deste ou aquela, sendo judeus, e serem também
descendentes da tribo de Levi, entretanto, de maneira nenhuma levitas no
sentido Teológico-cristão... O serão tão-somente do ponto de vista histórico e
genealógico ─ se forem judeus da tribo de Levi. Senão,
pergunte sobre isto ao escritor aos hebreus, como também sobre o dízimo.
149
Dos dez (10) textos que aparece a
palavra dízimo ─ três deles nos evangelhos, já foram detalhadamente mostrados
por mim ─, há ainda sete outros na carta
do escritor aos hebreus, os quais ou sobre os quais, eu e você que está lendo
este estudo caminharemos de maneira tranqüila, séria e detalhada... Isto será
feito basicamente nos capítulos sete, oito, nove e dez, e os textos da palavra
dízimo que consta da carta aos hebreus são: Hebreus 7. 2 ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas vezes); mas, antes identifiquemos alguns
relatos de ofertas que foram praticadas na era da graça, que é o modelo de
contribuição usado pelos crentes no período do Novo Testamento.
150
Podemos entender e chamar de ofertas o
que foi praticado no pequeno período que denomino de Escatologia de Pedro, entretanto, com as devidas restrições que lhe
cabem e procurarei demonstrar, conforme Atos 4. 32-37 e Atos 5. 1-16 ─ Mas um certo homem chamado Ananias, com
Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o
também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, por que
mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o
possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois,
formastes este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
Para isto, usarei parte de livro que pretendo sobre escatologia, quanto ao qual
faço pequena menção no Blog, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com . Início da transcrição:
151
O que chamo de Escatologia de
Pedro foi o entendimento inicial dos discípulos (excetuando Paulo, ainda
não convertido), a partir da interpretação errada que tiveram de uma pergunta
de Pedro feita a Jesus, no último momento em que o Senhor esteve junto com eles
antes da sua ascensão aos céus...
152
Jesus, no seu terceiro contato com parte
dos discípulos (sete deles), junto ao mar de Tiberíades, na parte final desse
relato; aconteceram ou foram registradas três interações (se falou sobre eles)
de Jesus para com Pedro e uma para João, que são muito importantes para
entendermos as deformações ou maneiras de fazer inicialmente o que Jesus
ensinara totalmente diferente do mandado pelo Senhor, vejamos primeiro os
relatos de João 21. 18-19 ─ Em
verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo,
e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro
te cingirá, e te levarão para onde não queres.
Ora, isso ele disse, significando com que morte havia Pedro de
glorificar a Deus. E, havendo dito isso, ordenou-lhe: Segue-me. Sobre
essa profecia quanto à forma da sua morte (por velhice), Pedro a registrou no
início da sua segunda carta, conforme II Pedro 1. 13-15 ─ Sabendo que brevemente hei de deixar este
meu tabernáculo, assim como nosso Senhor Jesus Cristo mo revelou. Mas procurarei diligentemente que também em
toda ocasião depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas. Sendo
que esses relatos invalidam de maneira contundente a fantasia da tradição
católica romana da estada de Pedro em Roma e a sua crucificação de cabeça para
baixo ─ inclusive, aceita até por
Seminários evangélicos. Antes dessa informação de Jesus a Pedro sobre a maneira
como morreria, Jesus fizera-lhe três perguntas (João 21. 15-17) e concluiu
pedindo que ele apascentasse as suas ovelhas; que se refere a Pedro ser
constituído como o principal apóstolo aos judeus e não o primeiro Papa, pois o
primeiro Papa que a história conheceu foi Leão I (440-461)... Se a história não
viu Pedro em Roma, se Jesus disse-lhe que ele morreria de velhice, é óbvio que
ele não morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma, porquanto não há prova
histórica quanto a isto... São tristes, pouco compreensíveis e tremendamente lamentáveis
as contradições que atribuíram ao grande apóstolo Pedro no decorrer da
história. Ainda, como você deve estar lembrando o que falei sobre os três
evangelhos chamados sinópticos, escritos esses basicamente de narrativas de
acontecimentos (história), diferentemente, o evangelho de João reúne história e
avaliação teológica por parte dele. Que no caso do relato registrado do versículo
15 ao 24 (João 21. 15-24), nos quais, do versículo 15 ao de número 18, o
registro é histórico, e no versículo 19, João, na realidade informa um fato
posterior ─ porquanto o seu evangelho foi escrito por
volta do ano 90, quando possivelmente Pedro havia morrido de velhice, pois João
era bem mais jovem que ele na época do ministério de Jesus... O que disse de
forma objetiva, e isto é o exercício da importante e necessária Hermenêutica,
senão constate que os versículos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22, referem-se ou é
narrativa histórica daquele momento antes da ascensão de Jesus, no entanto, os
versículos 19, 23, 24 e 25 é a avaliação dele dos relatos passados no momento
em que João estava escrevendo o seu evangelho... Concluir isto é estudo
cuidadoso e sério de escritos antigos, textos de Leis e inclusive Literatura,
conforme comentei no parágrafo de número 145.
153
Creio
que essas duas informações de João sobre o diálogo de Pedro com o Senhor Jesus,
tiveram toda a pertinência de estarem contidas nos escritos de João; e quero
evoluir na terceira, que se funde ou foi parte importante da vida de João, de
Pedro, dos demais apóstolos e de todos os primeiros crentes (que eram todos
judeus), que participaram infantilmente daquela espécie comunismo cristão,
identificado por mim como Escatologia de
Pedro. Prossigamos com a leitura de João 21. 20-23 ─ (...) Ora, vendo Pedro a este, perguntou a
Jesus: Senhor e deste, que será? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero quiser que
ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-se,
pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer.
Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quero que fique até que eu
venha, que tens tu com isso? Este é
o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro.
154
Se esquecermos do vício da maioria de
nós, de buscarmos na Bíblia textos isolados para fundamentar pretensiosos
estudos que alardeamos estar fazendo, e com seriedade considerarmos de forma
diligente os textos com os seus contextos e principalmente a sua seqüência
histórica; ver-se-á ou se vislumbrará para nós encadeamentos e conseqüências de
fatos anteriormente narrados, que obviamente se interligam; e o mais
interessante ─ que não podem de maneira nenhuma ser
desconsiderados ─, que é o seguimento de
um determinado assunto ter o seu continuar ou conseqüência, na narrativa feita
por intermédio de outro escritor servo de Deus, sendo isso feito às vezes de
forma intencional (que via de regra identifiquei), e de forma natural como é
mais comum, pois acontecimentos, história de um determinado universo de
pessoas, estão necessariamente sempre interligados... Entender isso, saber
identificar e trabalhar essas informações consiste na mais elementar;
entretanto, também a maior e melhor vertente da habilidade e arte dessa coisa que
é a importante e necessária hermenêutica.
155
Após
essa pequena avaliação sobre hermenêutica e a necessidade de um estudo mais
aprofundado do que chamaria de causa e efeito; creio que podemos agora melhor
entender o que denominei de Escatologia
de Pedro, referendando-a a explicar o momento atípico ─ que denominei de Comunismo cristão ─,
inconseqüente e totalmente improcedente como referencial a ser seguido, conforme
o ide e pregai estabelecidos por Jesus.
156
No
texto acima do Evangelho de João 21. 20-23 foi informado por ele, que a partir
do Jesus ter dito: “Se eu quero que ele
fique até que eu venha, que tens tu com isto?”, se criou a idéia ou os
discípulos e os crentes entenderam e divulgavam que ele, João, não morreria ou
mais precisamente, Jesus voltaria estando ele ainda vivo... A conseqüência
disso foi, primeiro (esquecendo o ide de Jesus), a pregação ostensivamente
judaica de Pedro com o componente fortemente escatológico ─ sendo esse o
ponto maravilhoso, se fosse aos dias de hoje; o que aconteceu naquele
momento atípico e cheio de deformações
─; quando os atos dos discípulos, naquela fase inicial da Igreja foram
norteados por esse entendimento da volta iminente do Senhor Jesus, pois ele
voltaria antes de João morrer de velhice.
157
Se Deus agisse e estendesse o seu poder
somente àqueles que entendem e fazem tudo exatamente como ele determinou;
fatalmente não haveria a atuação do seu Santo Espírito em muitos eventos
bíblicos... Estou dizendo isso porque é muito claro nos relatos de Atos
capítulo dois ao capítulo seis mostrarem uma atitude de ignorar o ide de Jesus
por parte dos discípulos; tendo estacionado ali em Jerusalém para aguardar essa
pretensa volta iminente de Jesus analisada a partir do possível tempo de vida
de João; que gerou o momento, que denomino de Comunismo cristão, quando coisa parecida com essa só veio acontecer
em 1525 na Alemanha e pelo mesmo erro. Apud:
Harald Schaly, Breve História da
Escatologia cristã. 2a edição; JUERP
RJ 1992 ─ Havia um pastor em Lochal e Holandorf, no
condado de Wittenberg, cujo nome era Stiefel, que também, por conta própria,
calculou e chegou à conclusão que o dilúvio estava para chegar e que o mundo
desapareceria. (...). Com isto pararam todas as
atividades. O arado enferrujava no campo, o gado pastava no roçado e
ninguém se importava e com razão. Que adiantava acumular posses, quando o
mundo estava para se acabar? Os mendigos que passavam por Lochal
experimentavam tempos áureos, pois dali saiam rindo por terem enchido seus
bolsos e sacolas. Os visinhos que não acreditavam nas profecias nas profecias
de Stiefel também se loclupretavam, quando negociavam e regateavam com os
moradores dessas duas vilas. Os porões e dispensa se esvaziavam, e as mesas
fumegavam com gostosos, de manhã, ao meio dia e à noite... Pois tudo devia ser
consumido, porque quem levaria chouriços, presentes, etc., para a eternidade? (...).
Às 7 horas, nuvens escuras vinham em direção do rio Elba, e, às 8, começou a
chuviscar, mas ficou nisso, o vento levou as nuvens, o sol saiu. Ai, então
ergueram a cabeça, um após outro, olhando para o pastor, que se havia levantado
e esfregou as mãos e as ergueu para o céu. Esperai, queridos filhos ─ disse
ele com voz rouca ─ talvez eu tenha me
enganado quanto à hora. Mas já eram 9 horas, depois 10, e as nuvens não mais
voltaram e o sol era de escaldar... Creio bastar por aqui; voltemos ao
início da era cristã... Que aquele posicionamento atípico lá no início da
Igreja, acabou até prejudicando ao casal Ananias e Safira, que em função do
gerado naquele momento mentiram ao Espírito Santo; quando informaram estar praticando
a comunhão total de bens, conforme Atos 4. 34. 35 ─ Pois não havia entre eles necessitado
algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o
preço do que vendiam o depositavam aos
pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade. Esse procedimento totalmente atípico,
porquanto não era fruto de um verdadeiro sentimento de generosidade, como a
maioria dos que estudam a Bíblia superficialmente entendem; e também é usado
indevidamente para fundamentar a infeliz estratégia de igrejas em células, foi
sim, o entender, que sendo a volta de Jesus iminente (se fosse verdade), seria
até falta de inteligência reter propriedades e riquezas que não poderiam levar;
não houve ali naquela época e momento histórico, nenhuma ação de desprendimento
e grandeza cristã e sim, a pseudo simples avaliação racional, que até acabou
complicando a visão gananciosa de Ananias e Safira, e também não tem nada,
absolutamente nada, a ver com dízimos ─
bi-dízimos, tri-dízimos com toalhas sujas de suor ou outras coisas que eles
inventam para tomar dinheiro dos incautos
─, e nem com ofertas, o que nortearia a vida da igreja em relação aos
pobres e àqueles em dificuldades, que diferentemente devem receber e não doar.
158
A
conseqüência desastrosa desse proceder foi a de não haver o início e consolidar
do evangelismo exigido por Jesus na grande comissão, cuja ordem era e é: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura”; que eles não praticaram inicialmente, se tornando
necessário Deus agir de alguma forma para acabar com aquela deformação, e o
Evangelho começar a ser pregado a todas as pessoas... Coisa que só aconteceu
com a perseguição de Saulo, conforme os relatos de Atos 8. 1 e 4 ─ Naquele dia levantou-se grande perseguição
contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos,
foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. (...) No entanto os
que foram dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. A
partir daí o ide do Senhor Jesus começou a ser cumprido ou praticado como Ele
ordenara, e aquela espécie de Comunismo
cristão acabou e não mais aconteceu no período apostólico. Também se faz
necessário, um melhor estudo por parte dos estrategistas dos Gs 12 e das
células em constatar que não há a mínima possibilidade de associar essa dita
estratégia àquele momento atípico que denominei de Comunismo cristão, pois o que se praticou ali, naquele momento, foi
exatamente o contrário do que Jesus ordenara a eles que fizessem... Para que
você tenha uma melhor idéia sobre isso leia com a máxima atenção os oito
primeiros capítulos do livro de Atos e dê uma atenção especial aos discursos de
Pedro, nos quais se vê claramente a atitude racista (pregando unicamente na
direção dos judeus, Atos 2. 14 e 3. 12), com uma mensagem plenamente
escatológica iminente, que começou a perder o seu componente racista na visão
que o mandou pregar a Cornélio (Atos 10. 9-23) e a idéia da volta iminente de
Jesus ele foi perdendo aos poucos, principalmente em função da zombaria ─ que
mereceram, porquanto o Senhor Jesus mandou que se pregasse o Evangelho e não a
sua volta iminente. Que motivou a mea-culpa
(justificar-se) que consta em II Pedro 3. 3-14 e, inclusive, nos versículos 15
e 16, de alguma forma confessar ter feito confusão com que Paulo dissera,
conforme comentei no subtítulo O pretenso
anticristo... A questão substantiva quanto àquele momento de Atos dos
apóstolos, a da Alemanha em 1525, a previsão dos Adventistas para o ano de 1844
e das Testemunhas de Jeová para o ano de 1914; foram exatamente inconseqüentes,
justamente pelo fato do Senhor Jesus e posteriormente os apóstolos terem
informado de maneira grave que a sua vinda seria à semelhança do agir do ladrão
(que não avisa), como aparece de Mateus a Apocalipse 16. 15 ─ Eis
que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas
vestes para que não ande nu, e se veja a sua nudez. Advertência grave quanto à conduta, justamente por
não haver data para a volta de Jesus, e sim profecias que se cumpririam
antes ─
a maioria delas (as principais) já se cumpriram.
159
O
outro ponto importante e lamentável foi o fato de que esse Comunismo cristão capitaneado por Pedro, mesmo depois da
perseguição de Saulo, e a sua posterior conversão; a idéia da volta iminente de
Jesus ainda persistiu por muito tempo, chegando inclusive ao final do primeiro
século quando da feitura das cartas de João como comentei no subtítulo O pretenso anticristo (que João
ironizou)... Leia novamente esse subtítulo e estude este livro sem preconceito,
mas com atenção e carinho, como deve ser a maneira de fazer daqueles que amam a
verdade.
160
Ainda,
com relação ao estudo e entendimento bíblico; no decorrer da história esse tem
sido o grande problema de todos que nos julgamos aptos e entendedores das
coisas de Deus (nós, hoje e aqueles nossos irmãos do passado), daí, vejo até
como profética, a pergunta de Filipe ao eunuco etíope (Atos 8. 30), que tem, de
alguma forma, cabido a cada um de nós no decorrer da história, pois, temos
tido, grande dificuldade no trato com o texto sagrado e a sua correta
interpretação, como a dificuldade de Pedro, dos demais apóstolos e crentes do passado.
Erro esse, elementar; que está presente em muito do se escreve e se verbaliza
sobre a Bíblia; quando ignora liminarmente que os evangelhos e o livro de Atos
dos apóstolos são essencialmente relatos históricos ─
excetuando o evangelho de João, que também mescla narrativa histórica
com avaliação plenamente teológica de Jesus e também e de João, como no caso do
final do capítulo 21, que agora estamos estudando. No final desse capítulo, até
o versículo dezoito, tem-se o seguimento da narrativa histórica; no entanto, a
parte “a” do versículo dezenove é uma constatação contemporânea ao momento que
João estava escrevendo o seu evangelho (final do primeiro século); indicando o
cumprimento da profecia sobre a morte de Pedro por velhice ─ que
certamente já havia acontecido, conforme o informado aqui ─, e segue a narrativa até o versículo vinte
e três, e nos dois versículos finais as suas considerações contemporâneas.
161
O que procurei informar e motivar aqui é
o fato passado e presente que precisa ser mudado, que consiste no vício de
fazer doutrina e até estabelecer princípios a partir de qualquer coisa que
esteja escrita na Bíblia; que por leviana inferência legitimaria, de fato
dizer: isso é bíblico! Esse vício, lamentavelmente ─ e
esse é o grande perigo ─, tem por traz
de si a motivação da nossa idéia pronta que busca desesperadamente base bíblica;
e quando encontra alguma coisa parecida, não interessa avaliar melhor com toda
ferramenta hermenêutica. Se o encontrado encaixar plenamente no que nós
pretendemos... Do exposto, concluo, que ainda que o Senhor Jesus tivesse
explicado plenamente: o “se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens
tu com isso?” Creio que pouco adiantaria, porque eles (os nossos irmãos do
passado) queriam crer na volta iminente do Senhor Jesus. Daí, para melhor ficar
entendido o que ali aconteceu e o que significou do ponto de vista plenamente
escatológico, vou construir e reproduzir uma paráfrase do que o Senhor disse
exatamente a Pedro.
162
Se,
está sendo lembrado, como insisti no fato de que a regra básica para
fundamentar escatologia tem que prioritariamente vir do livro de Daniel e o de
Apocalipse. Que ao dizer isso, você pode concluir ser esse o principal motivo
pelo qual o Senhor Jesus foi todo o tempo evasivo e aleatório quanto a fatos
escatológicos, sendo preciso (objetivo, claro) tão-somente quando falou sobre a
destruição de Jerusalém, que, esse evento, sim, era iminente, como de fato
aconteceu. Leia a paráfrase que faço de
João 21. 22 ─ Se eu
quero que ele fique até que eu venha. Que tens tu com isso, Pedro? Faça, e continue sem interrupção a obra de
evangelismo que vou ordenar a ti e a todos que me receberem como salvador (Atos
1. 8), e não esqueças também o que já te ordenei: apascenta as minhas ovelhas,
os judeus. Não te intrometas, Pedro; com essas questões de ordem escatológica,
porque, como já te disse: que tens tu com isso, se é a João que darei a
incumbência de falar sobre esse assunto? Sei que tu és cabeça dura, como
todos seres humanos, e vais se intrometer nisso
─ que vai fazer com que tenhas que se explicar quando escrever tua
segunda epístola (II Pedro capítulo 3) a judeus dispersos, como também o
será a eles, a primeira ─, nisso, sei que tu aprenderás; que embora
eu tenha vindo para salvar toda humanidade, o teu ensinamento prioritário é aos
judeus. Paulo também vai ajudar nessa questão escatologia, mas a complicação já
estará feita por ti, e Paulo, de igual modo, se complicará, como tu dirás nessa
tua carta com relação a ele: serem essas coisas difíceis de entender (II
Pedro 3 15-16)... Não, a questão é que vós não consultastes a Daniel, aquele que
estabelece todo o roteiro dos eventos escatológicos; e o pior, não esperastes
João escrever sobre esse assunto, que veio a ser a complementação do que
escreveu Daniel. Fique tranqüilo Pedro, tu também Paulo e os demais; porque
como vou dizer a Paulo (II Coríntios 12. 8), a minha graça basta a todos vos e como
o próprio Paulo dirá (Romanos 8.
28): mesmo
que tenha havido em vós a precipitação bem intencionada, quanto a tudo isto,
esse vosso agir, como tudo, contribuiu, contribui e continuará contribuindo
para o bem daqueles que me amam.
163
Seria
algo semelhante a isso que Jesus poderia ter dito a Pedro e aqueles irmãos que
difundiram que João não morreria antes dele, Jesus, voltar para arrebatar a
Igreja (João 21. 22-23). Sim! É mais ou menos isso que significaria, aqueles
irmãos terem divulgado que João não morreria. Se não foi isso que você concluiu
ao ler essa informação nesse texto do evangelho de João; procure ficar mais
atento a tudo o que lê na Bíblia, senão as suas conclusões estarão longe do que
o texto sagrado realmente diz e ensina. Fim
da transcrição... A transcrição concluída agora sobre o que chamei de Escatologia de Pedro foi para que você
naturalmente concluir que tudo acontecido no período apostólico ─ o trabalhado
no estudo ─, não houve a prática e não
se considerou absolutamente a questão dízimo.
164
Segue
agora os textos que evidenciam não ter havido no período do início da Igreja qualquer
tipo de coleta ou arrecadação que não fosse de ofertas voluntárias ─ o
dízimo fora devido e compulsório na era da lei, e na era da graça ele não
apareceu ─; inclusive a partir do motivo
da ajuda a irmãos pobres que passavam dificuldades. E o primeiro relato bíblico
a seguir se deu dentro do período do ano 41 ao ano 54 (tempo de Cláudio como
imperador), quando foi envenenado por Agripina, mãe de Nero, que assumiu o
poder após isto neste mesmo ano (54)... Vale à pena, rapidamente informar a chegada
de Cláudio ao poder, porquanto sua ascensão marcou o início da intervenção
militar ─ que foi de profecia citada por
mim no final desse parágrafo ─, na secessão do poder em Roma: O assassinato de
Calígula (antecessor de Cláudio), que embora não tenha gerado revolta pela sua
perda, fez abrir uma séria crise sucessória, pois não havia nada determinado
quanto a quem o sucederia... Enquanto o Senado estava avaliando essa questão; a
guarda pretoriana (segurança pessoal dos imperadores, que até então era de
Calígula) resolveu proclamar Cláudio como imperador; que considerando a
característica pessoal simplória de Cláudio, para o Senado convinha alguém
assim; no entanto entende-se que esse perfil de assim agir era uma espécie de
auto-proteção de sua vida num possível conflito sucessório; também, esse evento
marcou o efetivo início do “golpe militar” na sucessão do poder no Império
romano; como aconteceu novamente na sucessão de Nero ─ o ano dos quatro imperadores ─, que alguns historiadores identificam
somente três, no entanto foram de fato quatro como vou mostrar. Com a morte de
Nero em 9 de julho de 68, assumiu o poder o general Galba, governando até 15 de
janeiro de 69; sendo sucedido pelo general Oton (que só se manteve no poder por
três meses), que quando vencido pelo general Vitélio, se suicidou em 17 de
abril de 69. Vitélio assumiu o poder e posteriormente foi morto (degolado)
pelos partidários do general Vespasiano em
19 de dezembro de 69 ─ aquele que invadiu a Judéia no ano 66 a mando de
Nero ─, que tendo deixado o seu filho Tito
no cerco à Jerusalém, invadida e destruída no ano 70; assumiu o poder em Roma
em 20 de dezembro de 69, quando foi aclamado como imperador, portanto quatro
imperadores no ano 69: Galba, Oton, Vitélio e Vespasiano. Posteriormente, a
partir da morte do imperador Domiciano em 96 ─ 2º filho de Vespasiano; aquele
que exilou o apóstolo João em Patmos ─,
começou o que a história chamou de Pax
Romana, que se consolidou de Nerva (96-98) até o imperador filósofo Marco
Aurélio (161-180), sucedido pelo obsceno e injusto Cômodo (180-192), morto pela
guarda pretoriana; aquele do ótimo filme, O
Gladiador (o herói general Maximus do filme não pertence à história); a
partir de quem findou a Pax Romana, quando
império foi leiloado pela guarda pretoriana, e comprado pelo Senador Dídio Juliano,
em seguida deposto pelo general Septímio Severo (193 - 211), em quem iniciou a
conturbada ascensão dessa dinastia, e em Alexandre Severo (222 - 235) findou no
ano 235 a dinastia dos Severos; quando até a ascensão de Diocleciano e seu
co-imperador no ano 284, se cumpriu o período profetizado em Apocalipse 6.
4 ─
o cavalo vermelho, que mostra a luta constante pelo poder em Roma
(se matassem uns aos outros), e no
versículo 5 o cavalo preto (inflação, um queniz de trigo por denário), que corresponde ao período de
Diocleciano e Maximiano da Trácia (284-305). Isto e muito mais está plenamente
detalhado no livro sobre escatologia que pretendo editar... Identificado o
período cronológico em Cláudio e eventos subseqüentes prossigamos com o texto
de Atos dos apóstolos.
165
Lê-se em Atos 11. 27-29 ─ Naqueles
dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia: e levantou-se um deles, de
nome Ágabo dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo
mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. E os discípulos resolveram
mandar, cada um conforme suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia.
Os textos que serão analisados no seguimento, como este, estão todos ligados
basicamente às dificuldades pelas quais passaram os irmãos (os cristãos) da
igreja da Judéia, que foram socorridos por meio de coleta de ofertas pelos seus
iguais de diversas outras igrejas.
166
Gálatas
2. 9-10 ─ e
quando reconheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas, e João, que
pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para
que nós fossemos aos gentios, e eles à circuncisão. Recomendando-nos somente
que nos lembrássemos dos pobres; que procurei fazer com diligência. Este
texto de carta de Paulo aos gálatas (no ano 53) é a síntese do que se decidiu
sobre ajuda aos pobres, que ele naquela carta estava informando o que
acontecera em Jerusalém quando daquela conclusão e preocupação a ser levada em
conta. Coisa essa, que se fora normal e praticada a entrega do dízimo pelos
primeiros cristãos, aqui, neste relato de Paulo, ele informaria que a decisão
dos apóstolos teria sido a de, conforme está em Deuteronômio 14. 27-29 e Deuteronômio
26. 12-13, que retivessem parte dos dízimos arrecadados para doar aos
necessitados. Após essas primeiras considerações sobre ofertas e a sua
destinação creio já estar perfeitamente claro não ter havido de modo nenhum a
presença do dízimo nas igrejas do Novo Testamento. Senão, você que está lendo
esse estudo, procure lembrar ou reveja os dois textos do Antigo Testamento
transcritos no início, os endereços citados acima.
167
A
citação feita por Paulo, em carta ditada por ele e escrita por Tércio no ano 57
(em Corinto), antes de Paulo ir a Roma, conforme Romanos 15. 25-27 ─ Mas agora vou para Jerusalém a ministrar
aos santos. Porque pareceu bem à
Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os
santos que estão em Jerusalém. Isto, pois, lhes pareceu bem, como devedores que
são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos
espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais. Esta
carta, que Paulo ditou quando estava com os irmãos de Corinto; e nesta carta
entre vários assuntos, Paulo, também faz aos irmãos de Roma apelo no sentido
deles, como os de Antioquia, da Galácia, da Macedônia, da Acaia e os de
Corinto, de igual modo recolhessem ofertas de ajuda aos irmãos da Judéia.
168
II Coríntios 8. 1-4 ─ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a
graça de Deus que foi dada às igrejas da Macedônia; como, em muita prova de
tribulação, a abundância do seu gozo e de sua profunda pobreza abundaram em
riquezas da sua generosidade. Porque, dou-lhe testemunho de que, segundo as
suas posses, deram voluntariamente; pedindo-nos encarecidamente, o privilégio
de participarem desse serviço a favor dos santos. Aqui nesta segunda carta
de Paulo aos de Corinto, escrita no ano 56 ─ primeira inserção do assunto ajuda
aos pobres da Judéia ─, ele inicialmente
aproveitou para elogiar os membros das igrejas da Macedônia, os quais, segundo
Paulo, reivindicaram como privilégio, participarem das ofertas aos irmãos
pobres da Judéia, diferentemente, hoje, certas igrejas buscam tomar de maneira
voraz o dinheiro do pobre. Coisa que se
assemelha ao que diz Aristóteles na obra Ética a Nicômado, diz Ao
contrário, a avareza é ao mesmo tempo incurável (pois considera-se que a idade
e as diversas manifestações da decrepitude tornam os homens avarentos) e mais
inerente à natureza humana do que a prodigalidade, pois a maioria dos homens
gosta mais de ganhar dinheiro do que dá-lo, e esse vício é também muito
difundido e se apresenta sob diversas formas, visto que parece haver muitas
espécies de avareza. (...) um enfrenta os maiores perigos por amor ao
produto do roubo, enquanto o outro tira dinheiro dos seus amigos, aos quais,
devia, em vez disso, dar. Os dois, então, como de bom grado auferem ganhos
de fontes erradas, são sórdidos amantes do ganho, portanto todas essas formas
de tomar incluem-se no vício da avareza...
169
II Coríntios 9. 1-2 ─ Pois, quanto à ministração que se faz a favor
dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela
qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta
desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Este texto do capítulo
nove na sua totalidade é usado para fundamentar o chamam de Lei da semeadura e colheita; quando na
realidade este texto refere-se simples e exatamente a ofertas a favor dos
pobres da Judéia, os quais foram tremendamente prejudicados pela fome havida
naquela região por algum tempo, conforme o registro anterior de Atos 11.
27-29... Agora vejamos como este texto da carta aos coríntios é usado de
maneira indevida:
170
O ensinamento
didático e comparativo, como o Senhor Jesus fez usando as parábolas, que ainda
continuam ─ por esse motivo assim ensinou, pelo componente atemporal delas ─, com
toda sua força didática e de facilitação para o melhor entendimento. A partir
dessa lógica ponderação; estou, convidando você, leitor, a uma determinada comparação
que, inclusive, vez outra, nos remete para “nos colocarmos no lugar do outro”
para à partir daí entendermos com mais facilidade o ensinamento proposto aqui
por mim numa elementar comparação.
171
O que estou de
forma objetiva dizendo e propondo, é que façamos num dado momento a comparação
entre nós e Deus, ou nos coloquemos no lugar Dele; quando pressupomos e
exercemos a atitude de considerá-Lo, pura e simplesmente como nosso ente
provedor de todas as coisas. Na comparação de nos colocarmos na condição de
sermos nós Deus, isto fatalmente nos remeterá para a conclusão de que sendo eu
(ou você) Deus aquele que tem o pleno direito sobre todos os
seres humanos, os anjos fiéis e também os demônios. Será que eu (ou você)
aceitaria a leviana abordagem de ditos crentes fiéis que dizem gostar deste
Deus (que seria eu ou você) porque entendem prioritariamente que Ele, este
Deus
que seríamos nós , é por deveras
bonzinho e pronto a atendê-los imediatamente em todos os seus desejos? Será que
você (ou eu) veria com bons olhos e aceitaria esse tipo de relacionamento entenda,
que guardada as devidas proporções. Deus (é fácil e elementar concluir assim)
certamente não gosta nem aceita esse tipo de relacionamento, que nesta
comparação concluímos e temos ciência que não, porquanto nos colocamos no lugar
Dele (eu, nem você aceitaríamos); que no Antigo Testamento nos manda amá-Lo
(primeiro mandamento) de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento, sem
nenhuma contrapartida. E no Novo Testamento nos manda, conforme Mateus 6.
33 “buscar o seu reino em primeiro
lugar”. A essa comparação agregue a conjectura do como você (ou eu) se
sentiria, do ponto de vista do amor e da adoração, quando aqueles seus ditos
adoradores; têm o pressuposto de amá-lo e adorá-lo porque receberão riquezas e
toda sorte de bênçãos? Receberia você (ou eu), com alegria e compreenderia
pessoas com esse perfil de intenções utilitaristas mesquinhas?
172
O sério e ruim,
quanto a esse posicionamento (da maioria dos ditos crentes de hoje) é que temos
na Mídia e em vários lugares (igrejas) ensinamentos que colidem com essa
didática conclusão. E um dado interessante quanto a isto é que nesta mesma
Mídia (na TV) há um importante pastor, dentre outros que
é uma espécie de Ícone evangélico, o qual respeito tão-somente pela sua
capacidade intelectual que é aceito e
seguido por crentes de inúmeras denominações ; quando nesta sua projeção e
aceitação, tem feito em suas mensagens o
uso indevido do que ele chama de “lei da
semeadura e colheita” (como muitos outros também fazem); quando, de fato,
essa pretensa lei existiria exatamente
não em II Coríntios capítulo
nove
que vou explicar com detalhes o porquê não , e sim, no que fazemos em toda a nossa
vida.
173
Tanto que, por todo
o tempo do seu ministério o Senhor Jesus associou a colheita ao juízo final,
conforme Mateus 9. 35-37, Mateus 13. 1-30 (as parábolas do semeador e do joio,
que também estão presentes em Marcos e Lucas), Marcos 4. 26-29 (a parábola da semente),
João 4. 31-42 (A ceifa e os ceifeiros), em Apocalipse 14. 14-20 (A ceifa e
vindima). E se devemos valorar essa idéia de semeadura e colheita como lei,
isto, esta lei, teria os contornos que Jesus lhe dera, e os apóstolos seguiram,
inclusive Paulo, que a sistematizou exatamente nesta outra direção, que não é a
deste pastor, quando escreveu aos Gálatas 6. 7-8 Não
vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear,
isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne ceifará
corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida
eterna. E não em II Coríntios
capítulo nove (já citado acima), no qual, semeadura e colheita têm uma
aplicação didática diferente; que nos remete para ele próprio que
ostensivamente diz na Mídia: “texto fora do contexto é pretexto para heresia”;
porque o texto em apreço é sobre
beneficência ou ajuda aos irmãos pobres, senão vejamos: No versículo nove
(deste capítulo nove de II Coríntios), Paulo faz referência ou transcreve parte
do Salmo 112. 9 (II Coríntios 9. 9)
Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o
seu poder será exaltado em honra. No seguimento também Isaías 55. 10 Porque, assim como a chuva e a neve descem
dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e fazem produzir e brotar,
para que dê semente ao semeador, e pão ao que come. Na mesma idéia e
entendimento de Paulo sobre o assunto, Oséias 10. 12 Semeai
para vós em justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado (fértil,
preservado em toda a sua força, para o novo plantio); porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça
sobre vós. Ainda, o Salmo 126. 5-6
(que foi escrito na volta do povo judeu do cativeiro babilônico) Os que semeiam com lágrimas, com cânticos
de jubilo cegarão. Aquele que vai chorando, levando a semente para semear,
voltará com cânticos de jubilo trazendo consigo os molhos. É essa a visão e entendimento de Paulo
sobre semeadura e colheita; que não tem nada a ver com o vou dar uma boa
quantia em dinheiro a este “procurador de Deus” (semeadura) e tenho certeza que
Deus vai me dar muitas vezes mais do que eu dei (colheita), quando isso é na
verdade a dita Doutrina da Prosperidade;
sofismada de forma leviana ou mais precisamente uma espécie de cassino, onde
jogamos uma determinada quantia na expectativa de ganhar muito mais,
entretanto, seja bereano (aquele que quer realmente saber a verdade, Atos 17.
11-12) e constate que Paulo em momento algum caminhou nessa direção de
entendimento. Veja os textos de suas epístolas que aparecerão no decorrer do
estudo, e leia novamente o que ele diz objetivamente sobre bênçãos em Efésios
1. 3.
174
Ainda, sobre
semeadura como alegoria totalmente diferente de riquezas, em I Coríntios 15.
36-37 (falando sobre ressurreição), ele diz
Insensato! O que tu semeias não é
vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que
há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer
semente. Por favor, não tentem colocar na boca de Paulo nada absolutamente
nada que se relacione com a Doutrina da
Prosperidade. Buscando ser o mais abrangente possível, ou não tão-somente
isto; porquanto creio que você pode melhorar e dar maior abrangência a esse
estudo na direção do que é verdadeiramente bíblico. Também dizer não ter eu
exatamente o interesse de denegrir o que este importante pastor tem feito via
Mídia ─ porque alguma coisa do dito por ele se aproveita ─; entretanto é fato
ele sofismar de maneira lamentável o seu alinhamento com a Doutrina da Prosperidade (com a qual diz não concordar, mas seu
amor ao dinheiro o faz agir diferente); e outra coisa a
qual pode ser o seu estilo de pregar, já aceito por aqueles que o seguem , que consiste no uso indevido de excessiva
ironia e do jocoso despropositado, inclusive, com linguajar chulo,
inconveniente ao púlpito de qualquer líder cristão. Não cai bem a alguém que é
uma espécie de referencial evangélico; que pela sua reconhecida capacidade
intelectual poderia ser muito mais útil ao Evangelho do nosso Senhor Jesus
Cristo, principalmente nesta questão, que é hoje o nicho de maior atuação de
Satanás, esta dita doutrina, que é a comercialização da fé. Por este motivo o
Senhor Jesus teve como preocupação desde o início do seu ministério o contestar
isto, que ele sabia que se constituiria na poderosa arma de Satanás nos últimos
tempos; quando compara os lírios do campo a Salomão em toda a sua riqueza e
glória e neste mesmo texto de Mateus 6. 24-33, que será transcrito no todo mais
frente, no versículo 26 ele usa a semeadura e a colheita, mais uma vez,
totalmente diferente do como o defensor dessa pretensa lei as vê Olhai para as aves do céu, que não
semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso pai celestial as
alimenta... Em suma, pratica do dízimo no Novo Testamento de maneira
nenhuma foi ensinado, muito menos praticado; quanto a ofertas, creio ter ficado
bem claro quando e como foi praticada...
175
Se você está
lembrando os dois primeiros versículos do capítulo nove (II Coríntios 9. 1-2),
do conjunto de quinze versículos, que é usado indevidamente, também para
fundamentar o dízimo, quando diversos pastores lêem esse texto no momento
dedicado a esta arrecadação, e como o explicado acima é, de igual modo, usado
para fundamentar o que chamam de Lei da
semeadura e colheita, quando, entretanto, se isto fosse verdade e o dízimo
fosse praticado pela igrejas, como já demonstrei de maneira cabal que não;
todavia vale à pena ser mais incisivo repetindo os dois versículos, acrescido
do texto de Maquias 3. 10, em vermelho como paráfrase; para a qual, assim seria
a construção que segue; se o dízimo fosse verdade para Paulo ─ Pois, quanto à ministração que se faz a favor
dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela
qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta
desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Se fosse verdade para Paulo e prática pelas igrejas, do dízimo, naquela
época; ele agregaria à sua fala esse texto aqui em vermelho: Por este
motivo também vos exorto: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que vos
advenha maior abastança. Entretanto nada, absolutamente nada se pensou ou
falou sobre dízimos quando se precisou de recursos financeiros na época dos
discípulos.
176
Por fim, estudemos agora ajudados pelo
escritor aos hebreus, quanto ao sacerdócio e por conseqüência sobre o dízimo...
Para tratar desses assuntos, o escritor aos hebreus o fez desde o capítulo sete
até o capítulo dez um detalhado estudo sobre o assunto, quando no capítulo
sete, registrou a palavra dízimo sete vezes, as quais são: Hebreus 7. 2 ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas
vezes); que foram usadas no explicar a sua relação com o Sacerdócio Levítico,
que incluía todos os levitas. O estudo e considerações sobre o sacerdócio, ele
o começa por Melquisedeque, que estava antes de Jacó (Israel), pai de Levi e
identificou Melquisedeque como sendo alegoria do Senhor Jesus (o sumo sacerdote
de fato)... Creio que não será preciso trabalhar detalhadamente esses três
capítulos da carta do escritor aos hebreus, porquanto o que vou fazer é
transcrever boa parte desse conjunto de textos, de maneira a estimulá-lo a ler a
Bíblia com atenção tudo o que ele buscou informar nesse estudo e informação.
177
Como o informado, o assunto sacerdócio
levítico, que findou no sacrifício do Senhor Jesus, foi plenamente explicado em
três capítulos, o de número sete, titulado pelo tradutor como: O sacerdócio de Melquisedeque era figura do
sacerdócio eterno de Cristo, com 28 versículos, em sete dos quais aparece a
palavra dízimo e serão transcritos sete desses 28, sendo que na leitura desse
capítulo já se entende com clareza ser findo o sacerdócio e ministério levítico
e a plena ausência do dízimo na era da graça; desse capítulo sete transcreverei
sete versículos. O capítulo oito tem 13 versículos, dos quais, transcreverei
três, e foi titulado como: O antigo pacto
era um símbolo transitório: Cristo é
mediador de um pacto melhor e eterno. Do capítulo nove, cujo titulo é: Os sacrifícios do santuário, por causa de
suas imperfeições, repetiam-se, mas o de Cristo é único, porque é perfeito,
transcreverei dois versículos, sendo o total do capítulo 28 versículos. O
capítulo dez segue o título do capítulo nove e tem 18 versículos, dos quais vou
transcrever cinco versículos.
178
Seguindo o roteiro acima quanto às
transcrições, reproduzo, conforme Hebreus 7. 11 ─ 7. 12 ─ 7. 15 ─ 7. 18 ─ 7. 19
─ 7. 24 e 7. 25 ─ De sorte que, se a perfeição fosse pelo
sacerdócio levítico (pois, sob este o povo recebeu a lei), que necessidade
havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de
Melquisedeque, que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se
o sacerdócio, necessariamente se faz a mudança da lei (versículos 11 e 12). (...). E ainda muito mais manifesto é
isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote (versículo
15), (...). Pois, com efeito, o
mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido totalmente) por causa da sua fraqueza e inutilidade (versículo
18) (pois a lei nenhuma coisa
aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos
aproximamos de Deus (versículo 19).
(...) mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo.
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,
porquanto vive sempre para interceder por eles (versículos 24 e 25)... A
ordem dos versículos transcritos é a do início do parágrafo, mas leia todo o
capítulo e também a carta aos hebreus na Bíblia.
179
Do capítulo oito vou transcrever,
conforme Hebreus 8. 1 ─ 8. 2 e 8. 13
─ Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo
sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da majestade,
ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não
o homem (versículos 1 e 2). (...).
Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna
antiquado e envelhece, perto está de desaparecer (versículo 13).
180
Do capítulo nove transcrevo dois,
conforme Hebreus 9. 11 e 9. 24 ─ Mas
Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do
maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta
criação) (versículo 11). (...)
quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para
servirdes ao Deus vivo? (versículo 24).
181
O capítulo dez
tem 18 versículos e desses transcreverei somente cinco, que segue o nove no
desenvolver do assunto, até porque, o tradutor lhe atribuiu o mesmo título, dos
quais cito Hebreus 10. 1 ─ 10. 14
─ 10. 15 ─ 10.
16 ─ 10. 17 ─ Porque a lei, tendo a sombra dos bens
futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos
sacrifícios que continuamente se oferecem de ano a ano, aperfeiçoar os que
chegam a Deus (versículo 1). (...). Pois
com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.
E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito: Este é
o pacto que farei com eles depois daquele dias, diz o Senhor: Porei minhas leis
em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: E não me
lembrarei mais de seus pecados e de suas eqüidades (versículos 1, 14, 15,
15, 15, 16 e 17). A referência que o
escritor aos hebreus faz aqui é de uma profecia de Jeremias 31. 31-34, (629 ─
585 a. C.) que é exatamente sobre o novo pacto da era da graça e o
envelhecimento e nulidade da lei.
182
Para que se
tenha a plena idéia da importância da epístola aos hebreus e como eu, que
estudo com seriedade a Bíblia: primeiro não tenho dúvidas sobre a autoria desta
carta. Ela foi escrita por Paulo quando esteve preso em Roma até o ano 62, que
tendo sido absolvido, nesta primeira vez que foi preso e julgado, retornou a
Jerusalém. E na direção de provar isto, não há ninguém no período apostólico
que tenha currículo como o de Paulo, e que corresponda ao conteúdo do pleno conhecimento
do Judaísmo na questão lei e tradição judaica desta epístola... O motivo do
anonimato está em ser Paulo apóstolo aos gentios e a carta ter sido dirigida a
hebreus (judeus). Também que se veja a informação que termina esta carta
(Hebreus 13. 23-24), que claramente é uma dica intencional para
identificar o autor da carta e o lugar de onde veio.
183
Paulo a começa
com uma sinopse de todo o plano de Deus para a humanidade, quando diz ─ Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, e aos profetas, nestes últimos dias a
nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por
quem também fez o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa
imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade nas alturas. Ainda, nesse primeiro, no segundo e terceiro
capítulo, inclusive, em forma de midrash,
a contextura, na sua maior plenitude, pois na aglutinação de textos de 9 Salmos
e dois do profeta Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato eterno, e
não uma simples manifestação do Pai, como quer a Doutrina da Trindade...
Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao
assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira
objetiva por meio do escritor aos Hebreus 1. 1-3 (transcrito acima), Heb. 1.
12-13, e Heb. 12. 2... Os demais textos usados são: Heb. 1. 5 ((Salmo 2.7), Heb.
1.7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61. 1), Heb.
1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1 . 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6
(Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13
(Salmo 18 . 2 e Isaías 8. 18)... Daí, até o capítulo dez (10) o assunto foi
Moisés e a lei, e o sacerdócio dos levitas; o onze (11) e doze (12) sobre o
tema fé, cujo referencial é a base de toda teologia de Paulo, o texto de
Habacuque 2. 4, que em Hebreus 10. 38, ele agrava o que Habacuque dissera
─ esse texto é o que encerrará este
estudo... O capítulo treze (13) consiste basicamente em considerações finais;
leia toda a epístola aos hebreus, porque ela é uma espécie de plano de estudo
de toda a Bíblia.
IMPLICAÇÕES
MACROECONÔMICAS DO DÍZIMO
184
Agora nessa parte final pretendo abordar
a questão dízimo na sua importante vertente, que é o conseqüente pleno efeito
para o bem das pessoas ou não ─ sua implicação macroeconômica, útil ou não para
sociedade ─, e para isto me permito analisar até onde possa fazê-lo, ou melhor,
sinalizar o assunto numa pequena comparação
─ que não terei como fazer por
falta da disponibilidade de informações confiáveis sobre essa enorme massa de
recursos tiradas de maneira não bíblica da economia ─, que tem e terá como
objetivo remeter à economistas e sociólogos a oportunidade de fazer tese
de doutorado sobre este importante assunto, até por necessidade de transparência
e conhecermos o útil efeito macroeconômico ou não desse grande volume de
recursos recolhido na economia da maneira compulsória e com indevida coerção, confrontando
II Coríntios 9. 7, quando não se tem absolutamente nenhum respaldo bíblico para
tal.
185
Como já foi visto no decorrer desse
estudo. O dízimo e ofertas com características compulsórias, inclusive, as com
o componente de parcelamento, para se atingir quantias maiores ─ as
chamadas campanhas e/ou correntes e
também os famigerados carnês e boletos bancários ─; cujo problema bíblico, como foi visto até
agora, foi e é o não haver respaldo, validação cristã por parte de Jesus e seus
apóstolos para essa prática. Que agora quero analisar do ponto de vista macroeconômico...
186
Atualmente o Governo do nosso país
pratica uma forma de distribuir renda na direção dos mais pobres, chamado: Bolsa família, que segundo o informado
pela ministra que administra essa área; serão destinados a esse programa de distribuição
de renda no ano de 2012, recursos da ordem de 16 bilhões de reais; agora com
uma espécie de gatilho muito interessante, que é: dar o peixe junto com a vara de pescar (perdoe o coloquial), ou
seja, a família cadastrada que recebe o benefício poderá pedir que o benefício
cesse, se num dado momento entendê-lo desnecessário, sem que com isto perca o
cadastro; que havendo necessidade poderá
solicitá-lo novamente...
187
Nesta mesma direção tem-se atualmente o Empréstimo consignado, com recursos de
2.29 bilhões de reais ─ que pela sua inadimplência zero, permite
juros humanos e morais. Também se tem o Micro-crédito,
com recursos de 3 bilhões de reais a estimular o empreender por parte dos mais
pobres... Enfim, o que estou querendo trazer para o nosso foco de visão é que
essas medidas; de alguma forma, têm distribuído renda, ou seja; essa massa
considerável de recursos injetada na economia está comprovadamente tendo sua
função social, e se parece com o que o Judaísmo faz com o Maasser Ani (o dízimo remetido diretamente aos pobres) e o Zacat (idem) do Islamismo; não sendo
exatamente assim no catolicismo e muitíssimo e menos no caso das ditas igrejas
evangélicas; quando não se pode precisar se tem ou não função social a grande
massa de recursos arrecadados ─ tirados da economia e justamente daqueles que
mais precisam desse dinheiro para a sua subsistência ─, por meio de dízimos e
ofertas compulsórias, as das espoliativas correntes e campanhas.
188
Se nos reportarmos aos dois textos que
transcrevi do Antigo Testamento no início, ver-se-á a preocupação do nosso Deus
com os mais pobres (isto é regra bíblica), conforme Deuteronômio 14. 27-29 ─ Mas não desampararás o levita que está
dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada
terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os
depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem
herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro de
tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para
Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. Também
o texto de Deuteronômio 26. 12-13 ─ Quando
acabardes de separar todos dos dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o
ano dos dízimos, dá-los-ás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva,
para que comam dentro de tuas portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor
teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas, e as dei ao levita, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens
ordenado; não transgredi nenhum dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.
189
Como foi visto desde o princípio do
estudo; dos 10% correspondentes ao pagamento dos que administravam a
Nação-religião Israel, parte dos recursos eram destinados especificamente à
ajuda dos mais pobres (beneficência no geral) e isto estava presente em outros
textos, como o de Levítico 19. 9-10 ─ Quando fizeres a colheita da tua terra, não
segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da
tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos
caídos da tua vinha, deixá-los-ás para o pobre e para o estrangeiro. Eu sou
o Senhor teu Deus. Coisa essa, que como foi visto no estudo; tendo
cessado o ministério dos levitas; o Judaísmo e o Islamismo ─ que tem a mesma origem ─, mantiveram esse tipo de ensinamento na
direção única de ajuda aos necessitados, isto, com a severa observação de que
essa prática seja de indivíduo para indivíduo, ou seja, aquele que dá o dízimo,
no Judaísmo e no Islamismo, não o faz à Religião ─
sinagoga ou mesquita e sim àquele que precisa ou a alguma instituição, a
qual, precisam investigar a sua seriedade. Isto, de forma elementar remete para
a exata idéia de distribuir renda aos necessitados, quando, embora nós os
cristãos, também tenhamos a mesma raiz (origem) do Judaísmo; o nosso
procedimento quanto a dízimos é totalmente incorreto, até pelo fato óbvio de
não existir legalmente esse direito ─ do ponto de vista bíblico ─, o dízimo cristão. E o pior, a forma como é
recolhido, pela religião, e não diretamente ao pobre.
190
Se esquecida ou colocada de lado essa
irregularidade bíblica; restará a pergunta e conseqüente análise, comprovação
ou não; se esses recursos cumprem sua função bíblica e social estabelecida
desde o Antigo Testamento? Do que, vale à pena e é até necessário que se faça
um estudo sério sobre isto, porquanto o texto sagrado deixa bem claro para
qualquer um de nós: ser a beneficência
de competência exclusiva da prática da igreja indivíduos (os fiéis)
─ as pessoas, aquelas que doam e
fiscalizam quem recebem a doação ─, e
não no templo ou na religião, reiterando, igreja são as pessoas ( grego εκκλησία,
assembléia)... Sendo repetitivo, o ensinamento bíblico e o seu conseqüente
entendimento é que igreja (grego, εκκλησία) significa exatamente Assembléia,
grupo de pessoas, e é nesse principal entendimento que aparece (foi escrito,
grafado) no Novo Testamento; embora apareça de maneira decorrente com
entendimento semântico de instituição: como é usado hoje de forma cultural
inadequadamente prejudicial, inclusive já dicionarizaram o templo como igreja.
191
Sendo repetitivo maia uma vez, nenhuma
religião cristã ou dita cristã TEM O DIREITO BÍBLICO DE COBRAR E RECEBER
DÍZIMOS, porquanto, as igreja (como instituição) do Novo Testamento assim não
fizeram, Jesus não ensinou a fazê-lo e os apóstolos também não validaram essa
prática. Isto, pelo fato de igreja (grego, ’εκκλησία) significar exatamente
assembléia ─ grupo ou reunião de pessoas ─, que do ponto de vista bíblico,
lingüístico, etimológico e semântico, igreja nunca será ou significará templo
ou religião; por que na verdade templo é o local onde a igreja se reúne e
religião, a instituição, a qual a igreja pertence (melhor, faz parte); isto é a
informação bíblica e teológica correta, entretanto, o mais importante é o que
foi visto neste estudo: não há absolutamente nenhuma menção da prática pelos
primeiros cristãos do pagamento e recebimento de dízimos... E às igrejas (as
pessoas) cabe hoje pregar o Evangelho e cada uma dessas pessoas (que são as
igrejas no conjunto de cada grupo) na medida do possível ajudarem aos menos
favorecidos, conforme também já estabelecia o Antigo Testamento em Deuteronômio
15. 11 ─
Pois nunca deixará de haver
pobres na terra; pelo que eu te ordeno dizendo: Livremente abrirás a mão para o
teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra. Esta
ordenança lá no passado fora dirigida à pessoa, o indivíduo, e isto continuou
na era da graça, inclusive para nós hoje, como já foi visto no decorrer do
estudo... Na Igreja nascente (os primeiros cristãos) não se recolheu dízimos,
somente ofertas; e em nenhum momento foi remetida à Religião (a instituição) e
sim àqueles que necessitavam da ajuda. Tanto que, o Senhor Jesus quando diante
de um jovem que se dizia grande servo de Deus ─ identificando o seu amor às
riquezas, como os caçadores das bênçãos de hoje
─, lhe disse, conforme Mateus 19. 16-30, Marcos 10. 17-31 e Lucas 18.
21-22 ─
Replicou o homem: Tudo isto tenho
guardado desde a minha juventude. Quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te
falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um
tesouro no céu; e vem, segue-me. Com certeza os caça-níqueis de plantão
gostariam que Jesus tivesse dito: Entrega tudo o que você conseguiu com a venda
dos seus bens ao primeiro pastorzão e/ou a qualquer outro zão que aparecer ou
procure aquele que você acha mais famoso e da dita igreja mais poderosa...
Graças a Deus (o Pai), o Senhor Jesus não disse isto.
192
Você, que tem me acompanhado nesse
estudo, está? Ou não está?! Se perguntando como é que uma igreja ─ entenda como
igreja um grupo pequeno de pessoas, cuja referencial bíblico é sinagoga (120
pessoas, Atos 1. 15) ─, irá sustentar-se
sem o dízimo? E me lembrará também que os textos que citei neste estudo
referem-se somente a ofertas para os pobres. Sim, é somente isto que o Novo
Testamento ensina sobre dinheiro... Deus, o seu Filho, o Senhor Jesus e o
Espírito Santo, que habita em nós e nos capacita a agir corretamente; fez, faz
e fará sua obra acontecer ─ como prova a sua trajetória, no agir daqueles
homens simples e perseguidos pelo sistema
─ fizeram o Evangelho chegar até
nós ─, não tendo eu, você ou ninguém que cobrar dízimos para fazer esse
maravilhoso trabalho, como estou fazendo ao levar este estudo até você; que
comprou o seu PC e está doando parte de tempo de sua vida para ler este estudo.
Uma coisa que a maioria de nós não sabe é que esse grande volume de dinheiro
que compra empresas de Comunicação, constrói macro e suntuosos templos para a
honra de seus líderes; a improcedência disto hoje, explicado pelo diácono Estevão,
conforme Atos 7. 47-50 ─ Entretanto foi
Salomão quem lhe edificou uma casa (o templo, destruído duas vezes); mas o Altíssimo não habita em templos
feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é meu trono, e a terra
escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar
do meu repouso? Esta é a verdade a partir do ministério de Jesus, que antes
não era entendida; como também pagar milhões de reais por horários nobres a
essas mesmas empresas é oriundo de dízimos e ofertas compulsórias (campanhas e
correntes), não de ricos tributários e sim de crédulos sinceros de pouca renda
(escala de muitos), que torna possível arrecadar milhões de reais... Conclua
agora com toda calma que pequenas ofertas voluntárias ─ sem
lhe meter medo, sem lhe prometer bênção ou lhe iludindo com pretensa
necessidade. Fará o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, voltar a ser
poderoso em nós (em si ele sempre foi e será) na sua forma simples, que não
dependa dos líderes show men dos milhões de reais... Se alguém quer insistir em
ter como base o Antigo Testamento; que o faça na sua figuração e referencial de
princípio.
193
Paulo, nas suas epístolas usa como
referencial básico para todo seu estudo teológico um texto do profeta Habacuque
2. 4, que na carta aos hebreus é usado ostensivamente, no que o tradutor
titulou de Exortação a perseverar na fé e O que é a fé: exemplos de fé tirados do
Antigo Testamento, conforme expliquei no parágrafo de número 182; sendo a
fé o fator (elemento) principal da relação do ser humano com Deus, e é ela (a
fé) o mote ou instrumento de manipulação dos líderes caça-níqueis para enredar
os incautos e tomar dinheiro deles; entretanto é a fé a base (desculpe a
reiteração) do Evangelho do Senhor Jesus, tanto que, este estudo desde o início
caminhou por ela, como não poderia ser diferente... Daí, este estudo terminar
com o uso de Habacuque 2. 4, num agravamento feito pelo escritor aos hebreus.
194
Para os que gostam de aferir-se pelo
Antigo Testamento (a lei) considerem este texto, mas, levando em conta o que é
espiritual na obra de Deus e a provisão Dele para mantê-la; que para tal
comparação e referendar, o caso da viúva visitada por Eliseu é e será uma ótima
referência para os que são sérios (II Reis 4. 1-7), quando ali, enquanto era
necessário e havia vasos a serem enchidos do azeite para honrar dividas e
compromissos, ele não faltou; de igual modo ─ sem a
arrecadação do indevido dízimo, que não é da era graça ─, não faltará recursos financeiros para as
religiões sérias que confiam no Senhor,
dono da obra; que proverá tudo na exata medida e segundo a regra estabelecida
por Ele, quando diz por intermédio do escritor aos Hebreus 11. 6 ─ Ora, sem fé é impossível agradar a Deus;
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11. 8 ─ Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar
que havia de receber por herança; e saiu sem saber para onde ia. E Hebreus 10.
35-38 ─ Não lanceis fora, pois, a vossa
confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança,
para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas
o meu justo viverá pela fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
Lembrando o grande teólogo Paulo na sua carta aos Romanos 12. 1-2: Com toda
racionalidade cognitiva, com plena fé (que contempla perfeita cognição),
humanidade e a concomitante espiritualidade; afirmo com tristeza e decepção como
não se tem levado em conta os ensinamentos do Senhor Jesus, e lamentavelmente
estão usando o Evangelho para ganhar dinheiro.
195
Eu sendo cristão e cidadão brasileiro,
tenho toda autoridade para fazer crítica de valor sobre o universo evangélico;
todavia, não estou aqui representando nenhuma denominação evangélica e o seu
conjunto de doutrinas, todavia, por ser servo de nosso Senhor Jesus Cristo e
buscando pautar-me e remeter aos outros, como é determinado no texto sagrado,
os seus ensinamentos e dos seus apóstolos. Nisso permito-me evocar dados pós o
início da Reforma Protestante, a qual
teve o seu de fato início em wycliffe. Dito isso, convido-o (a) a entrar em
contato com a história sobre a Reforma,
quando lá encontrará a plena identificação de João Wycliffe (1320 ─ 1384), como sendo o primeiro a romper
a barreira católica romana da Bíblia do latim para o idioma inglês, quando foi
fazendo aos poucos, e à medida que ia traduzindo, copiava e distribuía essas
cópias para os seus alunos e o povo em geral; que pelos seus atos, ficou
conhecido na história como a Estrela
Matutina da Reforma... Falarei sobre isto com detalhes num livro sobre o
Tema Escatologia. Ler meu Blog, endereço
─ www.igrejamilmembros.blogspot.com .
196
Quando
faço essa referencia a historia versus
o Evangelho é pelo fato de um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo,
quarenta e dois meses, e mil duzentos e sessentas dias (cada um dos três
exatamente iguais 1260 anos), com o início da contagem em Diocleciano (284─305,
início e final de governo) e término em Calvino (1509─1564, nascimento e morte). Tempo
e profecias estas que têm seus endereços em Daniel 7. 25, Daniel 12. 7, Daniel
12. 11 e Daniel 12. 12; Apoc. 11. 2, Apoc. 11. 3, Apoc. 12. 6, Apoc. 12. 14 e
Apoc. 13. 5. Disso se conclui de maneira objetiva serem os mil duzentos e
sessenta dias (que são anos, como já conclui) começaram na tetrarquia nos dois
imperadores romanos: Diocleciano e seu co-imperador Maximiniano da Trácia e
seus dois Césares (284 a 305, anos de governo) e terminaram em João Calvino
(1509 a 1564); em quem se completam o um tempo, mais dois tempos e metade de um
tempo ou mil duzentos e sessenta dias ou ainda quarenta e dois meses, ou
exatamente mil duzentos e sessenta anos... Perdoe o ser repetitivo e me
alongar, porquanto no seguimento vou explicar o motivo.
197
Conforme os dois parágrafos imediatamente
anteriores. A partir do início da Reforma
Protestante: em todos os lugares onde o evangelho era pregado e aceito pelo
povo houve comoção, redução da imoralidade, abandono de diversos vícios e total
redução nos índices de violência, como no caso da Suíça sob o comando de
Calvino. Diferentemente no Brasil à medida que cresce (incha) o dito ramo
evangélico... A violência cresce e tem crescido em número exatamente igual ou
até maior do que o crescimento desse evangelho mercantilista. Coisa que torna
tremendamente frágil e duvidosa a qualidade desse dito crescimento do
“evangelho” no Brasil, conforme já comentei no parágrafo de número 76 sobre a
compatibilidade do atual dito crescimento do evangelho e dos índices de
violência ─ quando o desejável e normal seria (incompatibilidade) o “Evangelho”
crescer e a violência diminuir.
198
Sendo repetitivo; é criminoso do ponto
de vista da Bíblia (heresia) sacralizar dízimos e ofertas compulsórias, como se
fora algo divino e de obrigação de todo cristão, que caiba apelação coerciva,
quando diferente do que Jesus e seus apóstolos ensinaram; esses dizem precisar
de milhões de reais para evangelizar, e há alguém bem mais sutil e habilidoso dentre
eles que diz ser imperioso receber essa grande massa de recursos o mais rápido
possível, porquanto, segundo ele, o evangelho será suprimido brevemente (não
haverá mais escritos bíblicos); isto, usando a profecia de Amós (787 a. C.),
capítulo 8. 11-12 ─ Eis
que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não
fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão
errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte,
buscando a palavra do Senhor, e não a acharão. Profecia essa que já se
cumpriu no período dos 1260 anos, informado nos parágrafos 195 e 196 (acima) ─
quando, inclusive neste período ainda não havia impressão tipográfica ─, como a
maioria das profecias bíblicas já se cumpriu antes do fim da Reforma Protestante e nela... Hoje não
há como suprimir informações bíblicas em literatura (livros) e no amplo
universo da Mídia eletrônica ─ como aconteceu na Alta e Baixa Idade Média e
na Inquisição ─, hoje, isto é algo
impossível; o que torna quem diz coisa semelhante isto ter pouquíssimo
conhecimento bíblico ou estar com má intenção nessa informação nada verossímil,
porquanto profecia e seu cumprimento é coisa muito séria e não pode ser
elemento de manobra para iludir incautos,
dos quais se quer tomar dinheiro de forma ilegal apelativa.
199
Para concluir, de forma provocativa
estou repetindo o parágrafo de número 119 em azul, numa espécie de fazer
lembrar que somente a partir do final do sexto século; dízimos começaram a ser cobrados
pela Igreja católica romana e antes disso nenhuma religião ligada ao
cristianismo cobrou e recebeu dízimos, conforme tudo que já foi explicado no
estudo e a repetição desse parágrafo, que é o de número 119: No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos
evangélicos, que praticam com plenitude o cobrar dízimos. Não há absolutamente
legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de
vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto
século não entregava dízimos; e no caso da Igreja católica romana ─ que
começou de fato no seu primeiro papa Leão I (440-461) ─; posteriormente (final do VI século)
iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade
Média ─
teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao judaísmo
na era da lei; porquanto, como já comentei
o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o catolicismo não age hoje
com a voracidade dos ramos ditos
evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque recebê-los... Do que se conclui não ter
havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas...
Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império romano
do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império romano do Oriente). Quanto ao
período que compreende ou marca o final da Alta e o início da Baixa Idade
Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu
conjunto três sérios eventos: a ascensão política e bélica do Islamismo, o
Cisma católico romano em 1079 e o início da falência do sistema feudal.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este estudo estava prometido por mim há
algum tempo e agora o tendo colocado para leitura e avaliação; entenda que o
aqui reproduzido corresponde exatamente a um trabalho sério de estudo
e pesquisa. Também entenda, assim como este estudo, tudo o que tenho
postado na Internet é fruto do estado de consciência como indivíduo e cristão
de que cabe a cada um de nós o expressar o que entendemos e sentimos sobre
aquilo que irá, de alguma forma, influir ou ter conseqüência na nossa vida. Daí,
o estar presente novamente diante de você, leitor, em mais um estudo para sua
leitura e avaliação, até porque, o Senhor Jesus nos adverte quanto ao ter que
fazer isto, conforme ─ Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus
dentre a multidão: Mestre repreende os teus discípulos. Ao que ele respondeu:
Digo-vos que, se esses (eu me calar) se
calarem, as pedras clamarão.
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA II
E O MANDATO DE JESUS
CARTA ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO GAY, A
ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE, ORIGEM GENÉTICA DO HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE SUGESTÃO À FEITURA DE LEI
SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU
OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS
LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS BLOGS
SEXO ANAL NO CASAMENTO
É PECADO?
EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?
(inclui um estudo sobre crimes dolosos
contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O
AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com Sobre o amor Eros
(lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de
Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor
(heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange
ao amor Eros.
DOUTRINA DA
ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS
LIVRE-ARBÍTRIO www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL MEMBROS
OU O EVANGELHO
HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O DÍZIMO II OU QUERO
A BENÇÃO E FICAR RICO
A NECESSÁRIA TEOLOGIA
CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O
ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF
THE TRINITY IS HERESY
FINAL I
Esse é o meu décimo terceiro Blog, conforme expliquei no
início nas Considerações Iniciais, de
uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte a ser postado (o décimo quarto), cujo Tema ainda não defini, se sobre
a TRINDADE ─ entendida e estudada no decorrer da história
como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro
Tema antes desses. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando
forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em
qualquer um deles; com um clique no link perfil
geral do autor (abaixo do meu
retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um
clicar no título correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e
dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe,
usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não tão-somente
em função do direito autoral, mas, para
que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam
divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor autodidata
Email egrojladiv@yahoo.com.br